Cap. 1

2 dias atrás ...

Eu, Rose e Alice estávamos no nosso quarto fazendo a nova música para o time, a outra já estava muito velha. Tão velha que até os CDF’s já sabiam. Isso não é um bom sinal.

- Caara, se a gente não começar a atualizar logo o clube a gente vai perder o posto de líderes de torcida para aquela vadia da Tânia. – falou Alice com uma cara de tédio. Rosalie gemeu quando a Alice falou de Tânia. Cara, elas se odiavam mais do que cão e gato, a rivalidade delas já passou há muito tempo de apenas briguinha de líderes. Eu acho que elas ainda vão se matar.

- Tá tudo bem Alice, ela nunca vai vencer a gente ok ? A gente só precisa criar uma música boa e fácil de cantar.

Eu é que não ia me meter nessa história, fiquei sentadinha na minha cama fingindo que estava escutando tudo. Nesse momento a campainha tocou.

- Merda. Quem é a essa hora? – Eu recamei, porra já eram 11:30 da noite! Eu levantei e fui abrir a porta, era um CDF engomadinho que devia ser do clube de matemática com um buquê de flores na mão. Eu ri da cara dele.

- Quem é você? – Eu tinha que saber o nome do idiota. Bem que sempre dizem que a esperança é a última que morre.

- Oi, eu sou o Mike Newton, prazer. – Ele estendeu a mão mas eu só a olhei com desprezo, e ele como um perfeito idiota coçou a cabeça e murmurou baixinho algo como “isso vi ser difícil”. Se eu tivesse certeza que ele disse isso eu diria pra ele que seria impossível.

- Errou o caminho pra sala de aula? Eu acho pouco provável, com um buquê de flores ... – Eu tava sarcástica, ele escolheu um péssimo dia pra aparecer no meu quarto. Ele ficou calado. – E então, pra quem é as flores ?

- Ah ... é ... p-para a senho-senhorita Alice Brandon. – Pronto, agora o retardado ia gaguejar. – Você quer mandar flores para a Anã? – Esse foi o apelido carinhoso que eu dei para ela.

- Não eu não, não são minhas. Bem, é melhor ela ler do que eu explicar. Foi uma pessoa que me mandou trazê-las aqui. Toma. – Ele ia me entregar as flores.

- Ei, tá achando o que? O pombo-correio aqui é você. – Tem gente que não tem noção alguma né? – Ô Anã, visita pra você!

Ela ainda foi toda animada. Só ela mesmo pra achar que é boa coisa. Eu me juntei a Rose.

- Bella, quem você acha que mandou essas flores ? – ela me perguntou realmente curiosa.

- Não sei o Tyler? – Ele era um dos jogadores, do time. O Shoker Club.

- Nãão, é muito romântico pra ele. Não lembra como ele tratava a Jéssica?

- Então eu não sei. O Ben talvez? – Perguntei já sabendo a resposta.

- Não. O Ben é fofo mas está apaixonado pela Angela.

- Então vamos perguntar para a Anã – a baixinha vinha se aproximando com uma cara de quem está profundamente intrigada. – Quem foi que mandou Anã?

- Eu não sei... – respondeu lentamente ainda olhando para o papel. Eu ri.

- O que? É um admirador secreto? Que brega. – Falei debochada.

- Sua invejosa, só porque o Jake nunca fez isso. – Ela falou ofendida.

- É que meus admiradores tem coragem de se mostrar. – Falei fingindo vaidade. A verdade é que eu os odiava. Ela me deu língua e eu ri de novo.

- Ai, querem parar! Me passa o papel Alice. – Rose falou com uma expressão de irritada. A Anã passou o papel pra ela com uma expressão magoada. Eu realmente magoei a bonequinha de porcelana, mas não me importei muito. Ela iria esquecer daqui a pouco. Me aproximei de Rose para ler o bilhete, realmente me assustei com o que estava escrito.

Espero que tenha gostado das flores, pois as escolhi com muito carinho. Quer saber quem é? Vá até o parque à meia-noite esperando—lhe  ansiosamente. Sei que posso te fazer feliz, te fazer mulher. Uma mulher muito amada. Desde que te vi pela primeira vez percebi que foste feita para mim. Por favor, não falte.

Apaixonadamente, J.

Pronto! A Anã tinha virado Cinderela.

- J.? Quem é J.? – Rose perguntou, com a voz afobada de  curiosidade.

- Sabe que quando você fica assim, agitada você parece a Jéssica? – falei provocando. Sabia que ela não gostava da Jessica. Ela me olhou tão mortíferamente que eu pensei que ela ia me bater.

- Geente! Eu vou ou não? – perguntou Alice numa vozinha de criança pedindo doce que ela fazia quando queria algo.

- Vai! – agora a Rose estava bem animada.

- Isso, vai Anãzinha, se você não gostar do J. dá um fora nele. Se gostar, vai que vai! – eu disse rindo.

- Tá. Eu vou me arrumar e vou. – Disse ela já fuçando o armário provavelmente atrás de um dos milhões de vestidos da Calvin Klein. Dito e feito, pegou um vestido que eu só usaria as festas que a minha mãe me obriga a ir. Exagerada. Correu para o banheiro e começou o ataque de frescurite nervosa.

- Bom a Alice vai demorar e eu fiquei de passar a noite com o Emmett, portanto o Jake vai dormir aqui. Ela deu aquele sorrisinho malicioso que sempre dava quando ia dormir no quarto do meu irmãozinho e Jake vinha pra cá. Mal ela sabia que eu era tão pura quanto uma meiga criança de sete anos de idade. Tá, eu exagerei. Talvez uma de dez, ou onze ... tá! Enfim... eu sou virgem. E se a Rose soubesse disso iria me encher o saco para eu dar logo pro Jake. Ninfomaníaca.

- Tá bom então... até amanhã. – Eu disse disfarçando o rubor do meu rosto.

Quando a Rose saiu eu comecei a me preparar para dormir, tendo em mente que, quando Jake chegasse eu já estaria dormindo.

- Já vai dormir? – perguntou a Anãzinha toda arrumada. – O Jake não vai vir para cá?

- É por isso mesmo que eu vou dormir. – respondi e ela riu. Ela era a única pessoa que sabia que eu era virgem, além do Jacob é claro.

- Bom, eu estou indo.

- Vai encontrar seu príncipe encantado, Barbie versão líder de torcida. – eu amava implicar com ela. Era a minha diversão diária.

- Eu vou mesmo tá? – ela deu a língua e saiu

Enquanto eu estava me preparando pra dormir o Jake abre a porta. Merda. Nem tive tempo pra começar a fingir que estava dormindo. Bem, agora teria que enganar a fera.

- Ia dormir sem mim, Bella Adormecida? – perguntou ele chegando perto. Quando ele fazia essas perguntas com voz de gangster eu esquecia que ele era meu namorado e não um serial killer criando um clima de suspense para matar uma pobre vítma indefesa.

- E-eu... – droga! Eu ia começar a gaguejar que nem aquele idiota que entregou as flores? Tá, atitude Bella, ele é só seu namorado. Só seu namorado taradão. Esquece essa parte. – Eu tô com dor de cabeça Jacob. Se quiser ficar aqui, fica quieto. Deitei e fechei o olho.

- Bella... – perguntou ele em repreensão. Eu abri os olhos e me arrependi na hora. – Bella, meu amor, você já usou essa desculpa semana passada quando eu vim pra cá.

Merda! Tinha esquecido disso.

- Bella, eu te amo muito. E é por isso que eu ainda estou com você. Nós já namoramos a dois anos e você nada! – ele falava seriamente. Eu sabia do que ele estava falando. Era óbvio.

- Jake... – eu não sabia o que falar. Sabia que estava rubra porque meu rosto ardia de vergonha. Ele pois a mão ternamente em meu rosto. Normalmente esse toque me fazia relaxar, mas não hoje. Ele estava sério demais para seu toque ser relaxante.

- Bella, entenda meu lado. Dois anos sem sexo. Tem noção do que é isso para um homem? – ele falou. Lógico que eu não sabia, eu não era um homem. Principalmente um homem gostoso e taradão.

- Tá, você não entende. – ele estava meio irritado. Será que era por causa da minha imaturidade ou pela falta de sexo. Bem, no fundo dava no mesmo já que ele estava na seca por causa da minha imaturidade.

- Me desculpe Jake. Mesmo. Só que eu não me sinto preparada, eu quero que minha primeira vez seja especial, o meu alguém especial eu já encontrei, agora só falta a ocasião. – nada me doeu tanto quanto aquelas palavras que eu disse. – Se... você quiser tirar essa abstinência de você, vai em frente, só não espere me ter de novo.

Ficamos nos encarando, não sei por quanto tempo. Uma hora? Um minuto? Pareceu a eternidade estendida diante daqueles olhos negros e penetrantes. A Anã chegou nesse momento sobressaltando-nos. Ela estava chorando? Ela não ia dormir com o Príncipe da Meia-Noite? Eu estava realmente confusa.

- A gente termina essa conversa depois Bella. – Jacob disse num tom sereno. Uma serenidade que não atingia seus olhos, que estavam duros feito pedra.

- Ok. Boa noite. – levantei-me e dei um beijo daqueles nele. Sabia que devia isso não só a ele, também a mim. Eu amava seus lábios lindos e cheios. Ele me deu um sorriso triste que correspondi.

Assim que ele saiu eu fui para o lado da Anã que estava chorando.

- Alice, Alice, o que foi? – eu estava ficando assustada a Anã quase nunca chorava a não ser que alguém a magoasse.

- Ele não era um príncipe, era um sapo! – disse choramingando. Eu prendi o riso.

- Era alguém do time de reserva? – chutei. Eu também estava ficando curiosa.

- Pior. – ela respondeu como se ficar com alguém do time de reserva era bom.

- Pior do que o time de reserva? Agora eu tenho que pensar. – pensei um pouquinho. – O empregado da lanchonete? – perguntei. Esse era feio e pobre. Nem um pouco o estilo Alice Brandon.

- Pior, muito pior.

Nossa, com isso eu fiquei assustada. Feio e pobre? O era pior do que isso? Ela se arrumou toda pra um bagulho então. Sem paciência pra chutar alguém que não tivesse dignidade nem em um fio de cabelo eu perguntei.

- Quem Alice?

- O Jasper! – ela disse exasperada.

- Quem é Jasper? – não conhecia nem um Jasper no colégio. Nome estranho.