Tomodachi No Kiochi escrita por Marih Yoshida


Capítulo 18
Amizade: Marina vai dormir na casa de Pedro e Paulo




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/425009/chapter/18

–Tchau Vanessa, até! - Eu disse enquanto saía do carro. O dia tinha sido bem legal, eu fui com a Vanessa até uma lanchonete e depois ela chamou o motorista dela para ir nos buscar e fomos até um parque de diversões.
Abri a porta de casa e não encontrei ninguém no salão principal nem na sala de estar, o que era estranho para aquele horário. Geralmente Pedro estava no salão principal conversando com James e minha mãe estaria na sala de estar assistindo alguma coisa na TV, como meu pai estava viajando, não me impressionava que o escritório estivesse vazio. Fui até o meu quarto e joguei minha mochila em um canto. Desci as escadas e fui até o campo de treinamento, me surpreendi com o que encontrei.
Meu irmão e Marina estavam lutando, e, pelo jeito, meu irmão estava perdendo. Ele estava com alguns arranhões no braço e no rosto enquanto ela estava sem nenhum. Quando me viu, Pedro abaixou a guarda, o que permitiu a Marina derrubá-lo no chão e tirar sua espada.
– Oi Paulo! - Ele disse enquanto se levantava com a ajuda de Marina.
– Oi. - Marina deu um sorriso não muito largo, não me admirava, já que ela estava sem fôlego e suando.
– Desculpa atrapalhar o treino de vocês! - Eu disse meio constrangido.
– Tudo bem, eu ia perder mesmo! - Pedro me animou um pouco. - E nós já treinamos o bastante.
– É. - Marina concordou com ele. - Passamos a tarde inteira treinando!
– A Marina é muito boa! - Pedro embainhou a Katana. - Eu não venci nenhuma vez.
– Você que é mole! - Ela o provocou, o que o fez fazer uma careta. - Você luta? - Ela se virou para mim.
– Não. - Eu me envergonhei um pouco. Eu tinha tentado, mas era bem ruim. Sempre fui bom com negócios e dinheiro, como meu pai, mas nunca fui bom com a espada como minha mãe e meu irmão.
– Ah. - Ela guardou a espada. - Que pena!
– Ele já tentou mas é... - Ele se interrompeu. Tinha certeza que ele queria dizer que eu era muito ruim. - Ele não tem muito jeito.
Marina fez uma expressão como se entendesse o que meu irmão quis dizer. Tenho certeza de que se Vanessa estivesse lá ela riria da minha cara.
– Pior que você ele não deve ser! - Ela respondeu rapidamente, o que me fez soltar uma risada.
– Não sou tão ruim assim! - Ele se irritou com nós dois rindo dele. Pedro se sentou no chão e emburrou a cara.
– Paulo já chegou? - Eu escutei a voz da minha mãe atrás de mim. Me virei e ela estava com uma espada nas mãos. - Marina aqui sua espada, agora é permanente.
– Ah obrigada!
– Oi mãe. - Eu disse ainda rindo.
– Pedro você está bem machucado. - Minha mãe de inicio não entendeu o porque, depois ela viu eu e a Marina abafando o riso e entendeu, o que eu menos esperava era que ela começasse a rir junto com a gente. - Marina é assim tão boa?
– Não dona Luisa, ele é que é mole. - Marina já estava bem a vontade perto da minha mãe, o que não era muito difícil. Mesmo que as vezes ela fosse um pouco... doida, ela era bem legal e agradável.
Minha mãe começou a rir. O que fez meu irmão ficar mais bravo ainda. Pedro viu a cabeça de lado e fez um tsc com a boca.
– Nhó, ficou bravinho? - Marina, ainda rindo, deixou a espada cair e o abraçou, o provocando ainda mais. Ele a fez cair em seu colo e começou a fazer cocegas, ela começou a rir mais alto ainda. Quando finalmente Pedro parou de fazer cocegas Marina se levantou com um pulo do colo dele o que o fez dar risada. Eu ficava aliviado de saber que meu irmão estava em boas mãos, e que ele também não dependia só de mim para ser feliz.
– Pedro, eu preciso ir, já está ficando tarde e...
– Marina não quer dormir aqui? - Minha mãe a interrompeu. - Se quiser posso avisar seus pais. Faz tempo que não falo com sua mãe!
– Se os meninos não se incomodarem por mim tudo bem! - Ela sorriu.
– Por mim tudo bem! - Tentei não parecer ansioso para que ela ficasse. Era bem legal ter Marina por perto fazendo meu irmão rir.
– Claro! - Pedro deu um sorriso bem largo, não escondendo que estava feliz que ela ficasse. - Pedro vamos tocar alguma coisa? Marina pode cantar.
– Vamos.
Nos dirigimos ao salão principal onde tinha uma pequena sala que eu e Pedro guardávamos os instrumentos - duas guitarras, um baixo, uma bateria, um teclado e dois microfones, geralmente só usávamos uma guitarra a bateria e um dos microfones.
Marina pegou o baixo e um dos microfones. Pedi a James que me ajudasse a tirar a Bateria, que estava parte montada e parte desmontada e Pedro pegou uma das guitarras e o outro microfone. Marina nos mostrou uma música que ela tinha composto, meu irmão rapidamente a transformou em um dueto e me passou as batidas. Quando começamos a tocar me surpreendi, as vozes deles eram feitas uma para a outra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Tomodachi No Kiochi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.