Mundos Entrelaçados escrita por Alasca


Capítulo 30
Férias e Natal


Notas iniciais do capítulo

O capítulo de hoje é praticamente uma passagem de tempo, mas também tem umas reflexões do Harry e do Michael... bem, o veredito é de vocês. Acabamos de entrar em semana de provas e não queríamos deixar vocês sem nada.
Manatica.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/424707/chapter/30

POV Harry

As férias começaram muito bem, apesar de o senhor Weasley ter sido atacado. Fomos até a casa de Sirius, como no começo do ano antes da minha audiência no Ministério da Magia. Michael foi bem aceito pelas pessoas, especialmente Sirius e Remo, que descobrimos que era seu padrinho. Olha que louco, ele nem sabia da existência do menino a alguns meses atrás... Eu e Michael dormíamos no mesmo quarto, a mando da senhora Weasley. Eu não parava de sonhar as mesmas cenas que sonhei no ano passado, e isso me irritava muito.

Mas, pelo que me parecia, Michael tinha sonhos muito piores, e sempre que eu perguntava a ele sobre, ele respondia que não era nada. Mas eu não caía nessa. Foi naquela noite em que eu me cansei daquela desculpa, ele se acordou de supetão, seus olhos estavam arregalados e ele estava tão cheio de suor que parecia ter saído do banho. Se ele me falasse outra vez que não era nada, eu acabar dando uma voadora nele!

–Certo, agora chega, dessa vez, não me venha com essa história de que não é nada que eu não vou aceitar! O que é que está acontecendo?- Perguntei chamando a atenção dele. Rony dormia conosco, mas ele estava roncando.

–Por que se importa?- Perguntou ele com a respiração ainda acelerada.

–Qual é, que pergunta é essa? Você é minha família, por que eu não me importaria?

Ele ficou quieto, desviou o olhar e mudou de posição. Ficou tanto tempo quieto que achei que tinha perdido a voz.

–Você... sabe o que é se sentir estranho?- Ele finalmente disse.

–O que?

–Sabe, o que eu mais queria era ter sua vida, Harry.

–Peraí, como assim? Você era o preferido dos nossos pais, eles quiseram te esconder e me deixaram no perigo. E do que você tá falando?

–Você sempre soube deles.- Ele falou meio triste.

–O que?

–Papai e mamãe. Você sempre soube deles, quem eles eram, que morreram. Eu passei a vida inteira com a ideia de que eles me abandonaram, inventando mil teorias do que teria acontecido. Eles me queriam mas não podiam me criar? Eles não me queriam? Me jogaram naquele fim de mundo pra eu apodrecer longe deles? Passei grande parte da minha infância imaginando que um dia iriam me buscar, e a outra parte os odiando. Você não, você sabia seus nomes, sabia que morreram. Sabia o por que de terem te deixado.

Aquilo não tinha nada a ver com a minha pergunta, mas... se ele precisava desabafar... Eu somente escutava, não tinha nada pra falar sobre aquilo.

–Então, nesse ano mesmo, me dizem que sabem quem são meus pais, e eu tenho uma pequena esperança de que eles possam querer me encontrar, aí eles estão mortos.- Continuou ele -Mas sobrou meu irmão, meu irmão que ficou com nossos tios o tempo inteiro. E ainda por cima é Harry Potter! Que ótima maneira de conhecer a família, não é? Por um livro da escola.É como se eu não fizesse parte disso, nunca fiz ou vou fazer. Você? Não, você ficou com nossos tios, sempre soube dos nossos pais. Sempre esteve na família.

–Bem... é verdade. Eu sempre soube deles. Mas se você pensa que nossos tios são legais desse jeito, esqueça. Eles me mantivera trancado num armário por 10 anos de minha vida, servia de saco de pancada pro filho deles, e eles nunca falavam dos nossos pais, era proibido. Só consegui fotos deles quase aos 12 anos.- Rebati.

–Pelo menos você sabia seus nomes. E porque não te buscavam.- Silencio novamente. -Mesmo assim, fiquei ansioso pra te conhecer. Afinal, você é meu irmão, não é? Mas quando cheguei aqui tudo o que você fez foi me ignorar.

–Bem... eu fiquei com raiva. Você foi o favorito deles, foi por isso que eu te ignorei. E também porque você agia como um idiota.- Respondi. -Mas, por outro lado, é bom ter um parente vivo que não ache que eu sou um peso na sua vida. Desculpa.

–Certo, acho que não vi pelo seu ponto de vista.- Ele deu uma pausa um pouco longa. -Bem, acho que nossa conversa já está "sentimental" o suficiente por uma noite. Vou dormir.

–Peraí, peraí, peraí.

–Que foi?

–Você não respondeu minha pergunta.

–Pergunta?

–O pesadelo.

–Ah...- Ele mordeu a língua, estava refletindo. -Não é muita coisa, mas piorou esse ano. Sou perseguido por umas coisas estranhas meio borradas, esse é o mais recente e comum. Mas já tive piores, alguns que eu tive certeza de que eram reais.

–Certo... então boa noite, irmão.- Falei.

–Boa noite, mano.- Respondeu.

POV Hermione

De manhã, uma coisa muito esquisita aconteceu. Harry e Michael pareciam conseguir se comunicar telepaticamente, de um dia para o outro. É sério, quando eles desceram estavam com umas olheiras claras e parecendo cansados, então perguntei se estava tudo bem. Eles se entreolharam e pareceram ter uma discussão telepática, se viraram pra mim e disseram que estava tudo bem, ao mesmo tempo!

Depois de um tempo, a tarde, os semideuses mais Rachel apareceram na casa. Eles vieram pela Rede de Flú, então a casa se sujou mais anda do que estava antes. A senhora Weasley não ficou muito feliz. Podia ser muita gente na casa, mas até que dávamos um jeito de não ficarmos espremidos o tempo todo. Rony me perguntou muitas vezes se ele podia jogar xadrez comigo, mas recusei todas, pois os NOM's estavam próximos e eu tinha que estudar. Mandei ele ir jogar xadrez com Annabeth, que, de acordo com ele, era uma adversária admirável.

–Hm... Annabeth é realmente incrível... mas mesmo você sendo péssima, eu prefiro jogar com você.- Respondeu ele.

–Por que?- Perguntei -Está com a auto estima baixa?

–Não. É que você é minha amiga, não é? E faz tempo que não passamos um tempo juntos sem discutir.

–Hmpf, certo. Mas você sabe qual é a condição.

–Ah, qual é! Pelo menos pode não ser História da Magia?

–Pode.

Então começamos a jogar. Foi realmente bom passar um tempo com Rony sem discussão, apesar de toda a minha concentração estar no jogo. Ele mal parecia se esforçar, mas eu podia ver que eu conseguia lhe dar situações difíceis. Ficamos horas jogando, e eu tinha certeza de que ele estava prolongando o jogo o quanto podia. Por que? Não sabia. Só sabia que ele estava fazendo.

–Xeque Mate.- Disse ele.

–Não! Eu perdi!

–Com toda certeza. Mas a boa notícia é que você tá melhorando. Sabia?

–Ah, Rony, quieto! Me ajuda a arrumar o tabuleiro.

–Ei, não era você que não queria jogar?

–Eu disse pra você arrumar as peças.- Respondi vendo um sorriso babaca estampar na cara dele. -E tire esse sorriso da cara.

Ele só começou a rir que nem um idiota, mas assim que parou voltamos ao nosso jogo. Só que aquele sorriso imbecil não saia da boca dele, e acabou por me contagiar. Quando ele ia fazer um movimento, uma bola gigante de pelos pulou em cima do tabuleiro derrubando tudo no chão.

–Bichento!- Reclamei, e ele saiu.

–Hermione, já disse que eu odeio seu gato?- Perguntou

–Já, umas mil vezes desde o terceiro ano.- Respondi me ajoelhando e catando as peças com ele.

–Bem, ele merece todas e mais um bocado.

–Estou sabendo.

–Ei!- Gritou Leo entrando no cômodo. -Será que vocês podiam parar de namorar e vir ajudar a por o jantar?

–O QUE?- Gritamos pra ele.

–Ok, só mais cinco minutinhos.- Ele fingiu enxugar uma lágrima falsa. -Eles crescem tão rápido...

–LEO!- Reclamei.

–Tá parei.- Ele saiu mas logo enfiou a cabeça na porta de novo. -Só não façam nada inapropriado.

Rony jogou um bispo na direção de Leo, a peça nem reclamou, disse que ele devia ter feito isso. Mas ficou rindo da nossa cara até quando a trancamos na caixa. Rony ficou com as orelhas super vermelhas, e meu rosto não estava diferente. Enfim descemos e ajudamos com o jantar.

Snape apareceu mais tarde, ele conversou com Harry e Sirius a sós. Sirius não gostou da visita, eles quase brigaram no meio da sala. Logo depois Harry nos contou tudo sobre a conversa. A mente dele e a de Voldemort estavam ligadas de algum jeito, por isso ele estava na cobra naquela noite, quando sonhou com o ataque. Snape o iria ensinar oclumencia assim que voltássemos a escola. Resolvi pesquisar tudo o que pudesse para ajudá-lo, afinal, era um assunto muito sério. Vi os semideuses ouvindo nossa conversa, mas nada falei, pois sabia que só estavam tentando ver se algo disso era ligado a eles. Se era, ninguém demonstrou reação.

O natal passou tão rápido que nem notamos. O senhor Weasley ficou completamente recuperado e voltou rapidamente pra casa. Todos os Weasley ficaram super aliviados, ele não morrera. Senhora Weasley ficou uma fera com ele por optar fazer um tratamento trouxa, pontos, e eu tentei fala com ela que pontos eram eficazes em algumas situações, mas ela ficou com raiva do mesmo jeito. E em um piscar de olhos, o natal passara.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem é que gostou mesmo não tendo muito conteúdo?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Mundos Entrelaçados" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.