E Agora Shenlong? escrita por Taty M


Capítulo 12
12. Enfim, o fim.


Notas iniciais do capítulo

GENTE DO CÉU!
Sumi né? Hihihi :3

É que além da mudança e instalação de internet, meu pc estragou... pois é. Sofri, mas voltei com o ultimo capitulo!
Bora ler *-*



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Era um tipo estranho de despedida. O clima entregava isso.

E mesmo não soubessem, foram as ultimas palavras que Vegeta e a jovem Bulma trocaram.

A mulher olhava para as esferas a sua frente, seis ao todo.

Esse objeto que Bulma buscou, recolheu, juntou, aclamou por quarenta anos. Nossa!

Olhando por esse lado, soava terrível.

Mas era a mais pura verdade, sem camuflar ou enganar.

Aos dezesseis anos acionou uma capsula de carro e seguiu seu coração.

Aos dezesseis anos ela se deparou com o pirralho que seria o causador de toda sua aventura.

Se não fosse assim, a que estaria destinada? Afinal de contas já era uma cientista, mas seria uma vida no laboratório.

Ou não.

Bulma também sabia como ser o oposto de modesta, ela teria mesmo assim arrumado uma bagunça para sua vida. Porem nenhuma delas seria comparada com a que viveu ao lado de Goku e toda turma.

Fora que se não fosse por Goku, nunca conheceria Vegeta. Consequentemente não teria seus filhos e toda sua vida.

Sim, tinha que agradecer a Goku muito mais do que imaginava.

Parecia que estava prestes a morrer!

O arrepio a assolou, na certa não era o melhor pensamento a ter no momento. Era um filme nostálgico que pulsava em sua mente, e não era isso que diziam? Antes de morrer os humanos não veem toda sua vida passar perante os olhos?

Quanta palhaçada!

Bulma já tinha morrido uma vez e nunca viu nada diante dos olhos, alem do terrível Majin Boo.

Talvez ela estivesse apenas sendo… ela mesma.

Olhando ao longe onde deveria estar à casa do mestre Kame, tinha preferido fazer isso sozinha, sem plateia, sem despedida.

Quanto anexou à sétima esfera, respirou fundo e chamou baixo porem firme, a frase que tanto repetiu durante os anos: “apareça Shenlong, e realize o meu desejo”.

Uma sensação de estranha excitação a invadiu, como se ainda fosse uma jovem aventureira, mas ali estava a chance de voltar para seu tempo e seu lar. Já tinha passado da hora de organizar toda a bagunça que causou, dessa vez não teria erro.

O céu começou a escurecer, e do centro das sete esferas alaranjadas, o enorme dragão surgiu onipotente.

“Qual é o seu desejo?”.

Ela pensou por um instante se esse dragão a reconhecia do futuro, se ele sabia que ela queria apenas consertar tudo aquilo. Mas era ridículo, esse era Shenlong de anos atrás.

— Eu desejo… — a mulher deu um sorriso, sentindo o gostinho prazeroso de sua inteligência a invadir. — Desejo ter direito a três desejos!

Se fosse possível, Shenlong teria se espantado. Afinal quem mais seria abusada para tanto? Ela sabia que tinha muito a ser feito, e apenas um desejo não resolveria.

— Você tem direito a três desejos! — a voz do dragão respondeu.

Ótimo, ela recapitulo rapidamente o que teria de fazer, não seria difícil.

— Eu desejo que a Bulma do passado que esta no futuro volte para seu tempo original!

Os olhos do ser supremo de acenderam antes de finalmente concretizar o pedido.

— Ela já esta em seu tempo correto.

— Certo. Meu segundo desejo é que todos do passado que tiveram contato comigo e inclusive a Bulma desse tempo não se recordem de nada que ocorreu nos últimos cinco dias.

Novamente Shenlong levou um minuto para ter alguma reação, e esse pedido fez com que ela hesitasse, afinal era algo grande e complicado.

— Seu pedido foi concretizado, diga qual é seu terceiro e ultimo desejo.

Ela respirou fundo.

— Desejo voltar para meu tempo original, no futuro!

Ela fechou os olhos já imaginando o que viria, e ao abrir estava na parte externa da corporação.

A SUA corporação capsula.

No SEU tempo.

Decorada a SUA maneira.

Tinha dado certo. Ela voltou para o futuro.

Estava sentada de bunda no chão, e de repente a grama dali passou a ter muito valor. Droga, devia estar entrando na menopausa por estar se sentindo tão sentimental.

Cogitou na noite anterior todinha seu plano, ela teria de fazer o que fosse para que as pessoas do passado não se recordassem disso.

Não poderia se responsabilizar por alterar o futuro.

Na verdade, quando a maquina do tempo é usada, a linha temporal acaba sendo quebrada, consequentemente um novo — e diferente — futuro é criado.

Mas ela não sabia os limites da linha temporal quando é algo “natural”. Talvez o tempo que estava fosse mesmo seu tempo sem alteração, dessa forma, ela teria feito uma avalanche terrível.

Então sabia que o pedido para que todos no passado esquecessem essa ocasião fora necessária. Tinha certeza que ninguém ali se recordava de nada, e assim que tinha de ser.

Bulma ficou de pé e agitou a sujeira de seu vestido, era a hora de encarar sua família e saber a proporção de problemas que sua versão do passado causou.

Era um silencio, certo, ainda estava bem cedo.

Entrou no quarto de Trunks e viu o filho inundado em cobertas, sua vontade era correr e o abraçar. Foram poucos dias, mas o bastante para deixa-la maluca.

Seguiu para o quarto de Bra e estava vazio, mas deixava claro que alguém dormiu ali fazia pouco tempo.

Bulma.

A garota extravagante do passado dormira ali, ela tinha certeza absoluta. E isso fazia um respeito anormal, e alem do que já tinha, crescer por Vegeta. Não que imaginasse se ele resistiria ou não, sabia muito bem que nunca fora santa quando jovem.

Ou melhor, nunca fora santa em momento algum.

Quando caminhou ate seu quarto, percebia o quanto Vegeta fez falta em tão pouco tempo, tinha se tornado uma verdadeira senhora mesmo, como Goku já dissera algumas vezes. Uma senhora dedicada ao lar, e louca por aquele homem a quem chamava de marido.

Seu quarto tinha o mesmo cheiro, a mesma temperatura.

Vegeta dormia de uma forma tensa, como se a qualquer momento tivesse que se levantar e lutar. Da mesma forma que ele dormia anos atrás. Forma essa que Bulma foi quebrando dia após dia, e ao seu lado, ele se tranquilizava.

Ótimo, sua falta afetou o homem mais do que imaginou.

Como se tivesse percebido algo, e seria uma surpresa se não percebesse, o homem abriu os olhos.

— Vegeta?

Quando associou a voz, com a presença no quarto, o homem literalmente saltou da cama.

Ainda olhou por alguns instantes a mulher a sua frente, sua esposa original.

— Bulma. — não foi uma pergunta. O nome saiu acompanhado de um suspiro aliviado.

Mas foi ela quem se jogou nele, era incrível como se encaixava perfeitamente o aperto dos braços, os músculos brutais eram delicados sob o encosto macio dela.

Droga! Ele oficialmente sentiu falta de Bulma. Mas nunca diria em voz alta, nem sobre tortura.

— Senti tanto sua falta Veggie...

Certo. Ela expressou o sentimento de ambos, ates de finalmente segurar seu rosto e o beijar. Bom, se ela não fizesse, ele o faria. Era inevitável e ambos sabiam disso. Ah beijar, sem duvida alguma. Falar o que sentiu, não. Ai já era demais.

— Como foi pra você? — os dois disseram ao mesmo tempo.

O que arrancou uma risadinha dela e um sorriso dele.

— Eu sabia que sua ideia não daria certo. — ele murmurou sentando na cama, e puxando-a para seu colo.

— Preciso falhar ao menos uma vez para mostrar que sou uma mera humana.

— E lá?

— Bom, tudo o que já vi. Mas... Acho que nunca valorizei tanto estar com vocês. Eu não pertencia ali, mesmo sabendo que já pertenci. E aqui?

— Sua versão é bem... Inovadora. Mas era você, de alguma forma.

— Sei que não vai ficar falando.

Ele deu ombros.

Ela o conhecia.

Ele não ficaria contando como foi, mas exigiria que ela dissesse cada passo. Afinal Bulma amava falar, e ele tinha se acostumado com isso.

E fora exatamente o que aconteceu por mais de uma hora. Vegeta teria mais coisa para contar do que ela, incrivelmente, ou pelo menos dessa vez.

— Eu me comportei?

— Você alguma vez na vida se comportou? — Vegeta perguntou.

— Claro que não. — murmurou dando um sorriso.

Antes de voltar a beijá-lo. Trunks demoraria a acordar, mas o foco da mulher era estar com seu marido.

— Eu desejei que eles esquecessem, inclusive a Bulma.

— Desejou?

— Pedi para Shenlong. Sentia que se todos tivessem passado por isso e se lembrassem, poderia alterar o futuro de alguma forma, eu preciso viver o que vivi.

— Sei que sim.

Ela o encarou. Como era lindo, tudo bem que Bulma não é a pessoa mais indicada para comentar sobre isso, sempre teve um bom gosto.

— E você em? Seu macaco bobo, se comportou?

— Deixa de ser baixa!

Mas o rosto avermelhado dele deixava claro que as suspeitas dela pareciam fazer sentido.

— VEGETA NÃO OUSE ME ESCONDER QUALQUER COISA!

— Não falei nada, como posso estar escondendo?

— Então me diga, aconteceu algo?

Ele olhou para a sacada do quarto, conversou com a outra sobre isso no dia anterior, então por que se sentia tão aflito.

Medo.

Medo de o que ele falasse fizesse com que perdesse sua mulher. Medo de perder Bulma.

Isso era vergonhosamente ridículo.

“Não pense que seu casamento vai desandar por causa de um beijo que trocamos, você ama sua mulher, que por sinal sou eu.”

— Ela era você. Apenas mais jovem, só que era você. Você.

Bulma piscou. Tinha acontecido algo.

Ele não negou, pelo contrario. Usava o fato de ser a mesma pessoa como álibi. Mas afinal, não era de fato a mesma pessoa? Não tem como ser traída por ela mesma.

— Eu amo você Vegeta. Com seu jeitão, defeitos e irritação. Independente de qualquer coisa, só espero que não tenha assustado minha versão jovem. Você sabe, com todas aquelas coisinhas que fazemos...

— UM BEIJO! — ele gritou. — Um beijo. Não aconteceu nada alem disso, para de dizer coisas vulgares.

Bulma começou a gargalhar.

— Hmm, fiquei mais feliz em saber que foi apenas um beijo. E sabe as coisas que você acha vulgar, mas adora fazer?

— Bulma! — era uma repreensão.

Mas apenas no tom, já que o olhar dele tinha adquirido um brilho malicioso.

— Acho que podemos trabalhar nessas coisas sacanas...

***

A moça acordou na casa do mestre Kame, com uma tremenda dor de cabeça, era como se houvesse um desfalque em sua mente, como se tivesse feito uma viajem muito louca e acordado na hora errada.

Será que Lunch estava usando alguma erva proibidona no chá da noite passada?

Quando chegou ate a sala, Bulma teve certeza que sim. Sem duvida alguma Lunch tinha burlado umas trezentas leis e drogado geral, afinal todos pareciam dopados e dolorosos. Desde o velho Kame, ate o mais pirralho de todos: Goku.

Goku. Kakaro... Estranho.

Era como se tivesse ouvido alguém se referir ao moleque de outra maneira. Em algum momento.

Algumas coisas não se encaixam. Mas podia ser apenas efeitos do entorpecente. Estranho...

¨:.. DEZ ANOS ..:¨

Não é possível. Não é possível. Não é possível.

Cadê Goku que não chega, todos os guerreiros lá se arriscando, Yamcha... Yamcha...

Morto. Como poderia estar morto?

Seu Yamcha, morto para todos verem através da TV. Aqueles saiyajins, aquele tal de Nappa e Vegeta...

V.E.G.E.T.A.

Por algum motivo, esse nome a fazia arrepiar. Parecia que já o conhecia de algum sonho. Não!

O conhecia de um pesadelo. O pesadelo onde esses saiyajins matavam seus amigos. Era isso. Eraisso.

“Pobre Bulma, mal sabia que ela de fato conhecia aquele homem baixinho, que o beijou quando o mesmo tinha anos à frente e ela ainda mais nova.

Mal sabia que meses depois o veria em outro planeta.

Mal sabia que após contratempos, o receberia em sua casa.

Talvez ela previsse que algo acabaria acontecendo, e quem sabe não maquinou?

Ela não imaginava que anos depois teria uma família completa.

E que quando tivesse bem inquieta com sua aparência, faria um pedido ao deus dragão para que tivesse sua juventude de novo.

No final, era bom brincar com os humanos. Para um deus que não tem muito que fazer... Sem duvida alguma.

Principalmente uma humana tão exasperada e divertida”.

FIM.


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Notas finais do capítulo

Eitaaaa. Ao que parece existe um ser supremo que se diverte em brincar com a Bulma e o tempo.
Claro se pensar que no futuro ela sempre desejaria ser jovem e isso sempre acontece... Booom, a cabeça explode.
Foi complicado finalizar, nunca sabia onde parar, mas acho que achei o ponto chave.

Espero que tenham curtido, enfiiiiiiiiiim... BEIJOS!!

Não deixe de favoritar e comentar (essa coisa de sempre). Logo venho com outra história maluca.
:3

Leiam as outras, beijos!!!



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