Não muito tempo depois, Marianne chegou à escola. Como sempre, Paulo ainda não tinha chegado. Ela colocou seus materiais na carteira (que, por acaso, ficava bem ao lado da dele) e ficou pensando: o que ele estaria fazendo? Pensando nela? Ah, como Marianne gostaria que fosse… Mas ela não tinha essa esperança, era quase certeza de que ele gostava da Isadora. Bom, podia ser…

- Bom dia, Mari! - Mônica interrompeu os pensamentos da loira.
- O quê? Ah, bom dia, Mô.
- Você parece distraída… Já sei… - disse Mônica com um sorriso - Está pensando no…
- Shhh! Não fala!
- Tá bom, calma! Falou com ele ontem?
- Não… Toda a vez que eu entro, aquela Isadora tá online também…
- Ah… Mas ele não deve gostar dela.
- Não? Todo o mundo SABE que eles se gostam!
- Sério? Hm… Acho que ela gosta dele, mas ele dela… Sei não…

Mônica sabia, ou quem sabe sentia, que Paulo falava com Marianne de um jeito diferente. Todas as vezes que estavam os três conversando, ele preferia falar com a Mari… Mas e a Isadora? Realmente, todos diziam “coisas” sobre eles. mas ele gostava mesmo dela? Talvez, quem sabe… Mas algo lhe dizia que não era mais que uma amizade.

- E aí, gente? - Disse Daisy interrompendo a conversa. - conversando sobre aquele assunto?
- Assunto? Que assunto?
- Aquele que você não quer me contar!

Claro, Daisy já desconfiava. Desconfiava tanto que, alguns dias antes, tinha tido uma conversa com a Vi e a Amanda sobre o assunto.

- Não tem nada pra contar!
- Ah, não, imagina! Tem a ver com o Guga*?
- Claro que não, aquele viado não tem nada a ver com isso.
- Vai, Mô, fala você, então!
- Eu não!

Então, Paulo chegou. O coração de Marianne começou a bater mais forte. Ela corou. Seus pensamentos se embaralharam.
Mônica tentava segurar o riso. Se ela fizesse alguma coisa, a Daisy podia desconfiar. Ou pior… O PAULO! Mas aquilo parecia uma tarefa quase impossível. Daisy saiu para conversar com a Amanda, mas Mônica continuava ao lado de Marianne.

- Bom dia, Mari!
- Bom dia!

Paulo não demorou muito para sair da sala e ir conversar com seus amigos. Ou talvez com a Isadora. Quem sabe. Tudo aquilo se passava pela cabeça de Marianne. Mas aquelas simples palavras mudavam o dia dela. Parecia que o fato DELE ter desejado um “bom dia” tornaria o dia dela realmente bom.

- Não falei? - disse Mônica, cortando seus pensamentos de novo - Ele só deu bom dia pra você… Eu sou invisível por acaso?

Bem, aquilo era verdade… E se Mônica estivesse certa? E se ele gostasse mesmo dela? Não, foi só um simples “bom dia”. Não significa nada. Ah, a paixão! O sentimento que transforma pequenas ações em enormes acontecimentos!

Triiiim! O sinal bateu e interrompeu os pensamentos da loirinha mais uma vez. Mas ela estava feliz. Só de saber que ele ficaria 50 minutos sentado ao lado dela… Ahhhh!