Paranoia escrita por Yasmim Rosa


Capítulo 20
Could kill you now


Notas iniciais do capítulo

Boa Tarde, pessoas, eu simplesmente estou decepcionada com vocês, onde estão os nossos leitores? Sumiram? Nos abandonaram? Se for o caso da morte do Léon, vocês poderia pelo amor ter paciência? Tudo tem sua hora, e logo tudo vai se resolver, se eu disser que se vocês não colaborarem eu aviso, os capítulos serão mais curtos e demoraram para vir.
Então, larguem da preguiça e comentem, por favor.



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Violetta ainda estava surpresa pela visita que recebera de sua tia. Não esperava que Angie voltasse tão cedo de Paris, não por enquanto. Ela sabia que sempre fora um dos principais motivos de discussões entre seu pai e sua tia, mas nunca gostou disso e sempre sentia-se culpada. Não queria que Angie a visse naquele estado, naquela situação, naquele local.

Depois daquela conversa com a sua tia, teve certeza de que Angie faria de tudo para tira-lá dali, não importaria quais obstáculos e barreiras tivesse, Angie enfrentaria tudo para conseguir o que queria e proteger sua sobrinha como sempre fez. Mas Violetta não sabia se queria mesmo sair dali. Por mais que Lucas não estivesse mais trabalhando no Manicômio ao seu lado, tinha Diego. E ela havia conquistado um sentimento a mais por ele. Um sentimento diferente, não chegava a ser amor, mas era um carinho muito grande e ela não queria sair de perto dele.

Sentou na cama cansada assim que a tia saiu do quarto. Ficou com suas palavras na cabeça, Angie a tiraria daquele "inferno". Sentiu suas mãos soarem frio, ela tinha medo do que sua tia seria capaz de fazer. Uma brisa fraca a atingiu fazendo seus cabelos esvoaçarem. Reparou que a pequena janela estava aberta. Foi até a mesma na intenção de fechá-la, mas algo lá fora a impediu de fazer.

Enxergou Diego sentado em um banco no jardim, parecia cansado. Com a cabeça sobre suas mãos, suspirava lentamente e encarava o pequeno lago a sua frente. Estava perdido em seus devaneios. Talvez estivesse pensando na vida, mas sinceramente, Violetta tinha quase certeza que seu medico pensava nela. Viu quando ele mexeu em seus bolsos e pegou o celular em mãos. Olhou na tela como se esperasse uma ligação ou alguma mensagem impaciente.

Viu quando o mesmo guardou o celular e suspirou frustado, olhou em volta e voltou a enterrar o rosto em suas mãos. De longe observou quando Jackie, uma das secretarias se aproximou e sentou ao lado do medico. Ela acariciava o cabelo dele enquanto dizia algo baixo, na qual Violetta não conseguia escutar. Diego abriu um sorriso e abraçou a mesma, mas quando ela se aproximou mais na tentava de beija-lo, o medico se afastou e desmanchou o sorriso.

– Eu já disse que não Jackie! - Ouviu o grito do medico. - Eu amo a Castillo e não você. - Levantou do banco a deixando sentada frustrada no banco.

Violetta fechou a janela com as mãos tremendo, com certeza Diego tivera alguma coisa com Jackie em um passado distante, mas agora parecia que ele nem se importava mais com os sentimentos que a mulher nutria por ele, ele havia se apaixonado por ela, pegou a cortina em seus dedos sentindo a maciez e vendo Diego se afastar de mãos atadas, foi quando Jackie se virou para trás, encontrando o olhar de Violetta, viu que os olhos da megera brilharam ao notar a menina indefesa observando tudo que ali acontecia.

– Droga. - Violetta murmurou assim que viu Jackie se levantar e seguir para a ala dos pacientes.

Não levou muito tempo, talvez alguns minutos, e Violetta até podia sentir a raiva que consumia a mulher loira, passos se exaltaram pelo corredor e logo a cabeleira cacheada e as roupas brancas e meio sensuais apareceram na sua frente, Jackie mantinha suas mãos presas na cintura, com uma expressão fria presa nos olhos.

– Então Castillo, você foi é a sortuda de conquistar o amor do Diego. - Jackie cuspiu as palavras com ríspida raiva. - Você não ama ao Lucas? Porque deseja tanto ao Diego?

Violetta bufou se levantando da cama fria, dando de cara com a mulher e seus olhos verdes penetrantes.

– Eu amo o Lucas, mas eu também sinto alguma coisa especial pelo Diego. - Declarou determinada.

– Não deve estar falando serio. - Ela gritou irritada. - Você não pode ser tão hipócrita e nojenta ao mesmo tempo.

– Como?

– Não se faça de burra, percebe-se bem que você foi uma garota mimadinha, e que agora, quando vê dois homens a desejando, não sabe como agir e sabe como isso termina? Com você sozinha, abandonada nesse Manicômio, totalmente maluca e vendo coisas que não existem.

– Você não sabe do que está falando Jackie. - Respondeu na mesma altura. - Não sou vadias que nem você que correm atrás de um homem. Não tenho culpa se Diego se apaixonou por mim.

– Vadia? Quem é vadia aqui? - Jackie se aproximou bruscamente da menina e a empurrou fazendo cair com froça na cama. - Diego é meu, e sempre será. - Segurou nos braços da garota indefesa. - Você nem sabe do que ele gosta. Vamos ver quem ele vai preferir. - Aproximou do rosto dela. - Eu duvido que você saiba satisfazer um homem na cama, não passa de uma criancinha.

– Ah claro. - Violetta riu irônica. - É pelo seu nome que ele chama quando está gemendo de prazer neh sua... V-A-D-I-A. - Falou pausadamente provocando mais fúria na mulher.

– Vadia é sua... - A olhou furiosa. - Você não perde por esperar Castillo. - Respirou fundo se controlando. - Você não sabe do que eu sou capaz. - Disse ríspida se afastando. - Vai se arrepender de ter aparecido na minha vida, te der entrado no meu caminho. - Ameaçou e saiu do quarto deixando a menina assustada em sua cama.

Jackie bateu a porta do quarto sentindo a vingança arder em suas veias, foi quando acabou trombando com um corpo que ela conhecia, levantou o olhar e encontrou Lucas a fitando confusa, ela bufou, ajeitando o cabelo sobre os ombros, ela sabia que ele estava atrás da garota indefesa do quarto.

– Ela esta no quarto. - Resmungou ela saindo batendo os pés com força no piso frio do corredor.

Lucas revirou os olhos adentrando no quarto, encontrando apenas o cardigã de Violetta sobre a cama, andou um pouco mais sobre o quarto exatamente igual como ele tinha visto da ultima vez encontrando Violetta sentada no chão próximo à janela, com lagrimas nos olhos, ela nem havia notado que ele estava ali, Lucas se ajoelhou ao seu lado, afagando seu braços nu e sentindo como ela estava fria, parecia sem vida.

– Vai embora Diego! - Ela disse entre soluços e lagrimas.

Lucas revirou os olhos tomando a menina em seus braços, ela tentou relutar com alguns gemidos e empurrões.

– Não é Diego. - Lucas sussurrou em seu ouvido, sentindo a garota estremecer em seus braços, ela levantou o olhar assustada, seus olhos vermelhos como fogo.

– Lucas? - Violetta repetiu meio grogue.

Ele sorriu, tomando o rosto dela em suas mãos e enxugando as lagrimas, passando de leve os lábios sobre os dela, sentiu a maciez que ele tanto sentiu falta,o corpo pequeno dela em seus braços, comprimiu os lábios de vez com urgência e desejo, as mãos de Violetta vagavam pelas costas de Lucas e ele sentiu mais lagrimas descerem os olhos delas.

– Shhh... Agora vai ficar tudo bem. - Sussurrou a beijando novamente.

Estar nos braços de Lucas era unica coisa que a acalmava, estar com ele era sua ultima esperança de vida. Ele era seu porto seguro, ela sentia-se ótima ao seu lado, sentia-se realizada, era como estar perto de León.

– Achei que não voltaria mais. - Sussurrou enquanto era envolvida por seus braços.

– Jamais repita isso. - Acariciou o rosto da menina. - Eu sempre estarei aqui.

– Desculpa ter pensado isso. - Sorriu. - É que depois daquela noite...

– Esqueça aquilo... o que importa é que eu estou aqui agora. - Lhe deu um selinho.

– Lucas... - O olhou. - Sei que Diego foi até sua casa... o que ele queria?

– Eh... ele só foi falar que... - Pensou numa desculpa, ele não iria falar o que Diego realmente tinha pedido. Violetta não podia odiar Diego naquele instante, afinal ela só tinha ele ali dentro. - Foi dizer que você estava sentindo a minha falta. - Sorriu nervoso.

– Não minta pra mim Lucas, eu conheço muito bem Diego e sei que ele não iria até você só pra dizer o quanto senti sua falta. - Falou fria. - Fala a verdade.

– Mas eu to dizendo a verdade, não mentiria pra você Violetta. - Suspirou. - E ele também disse que... te ama... - Falou baixo.

– Disso eu já sei, mas ainda acho estranho o fato de ele ter ido até sua casa só pra lhe dizer isso. - Disse desconfiada.

– Estou falando a verdade princesa, acredita em mim. - Sorriu e a beijou intensamente.

Violetta deitou a cabeça no seu ombro sentindo as mãos dele fazerem carinho em suas costas, sentia falta de estar fora dali, e poder ouvir as luzes da cidade, sentia falta do pai, mesmo ele as vezes sendo rude com ela, de Camila e Francesca mesmo elas não sendo mais suas grandes amigas, e também de Natalia, a que disse que iria estar com ela sempre, e que agora não estava mais.

– No que esta pensando? - Perguntou Lucas depois de um tempo de silencio.

– Das pessoas que eu amo, nas minhas amigas que não são mais tão amigas, em Natalia, que dissera que viria me visitar sempre e que agora nem se quer se lembra de mim. - Suspirou brincando com os dedos nos botões da camisa de Lucas. - Sinto falta das pessoas, da cidade, do céu azul. Eu sei que já saímos, mas eu sinto que estarei presa aqui, presa eternamente.

Lucas tomou o rosto da garota em suas mãos, passando os dedos pelas olheiras profundas delas, se recordando do dia em que a viu pela primeira vez.

– Você esta mal. - Ele indagou estático. - Se eu pudesse fazer alguma coisa...

– Você não precisa, não tem necessidade, eu vou ficar bem eu só preciso me acostumar de vez com tudo isso. - Ela fechou os olhos tentando controlar as lagrimas que estavam tentando cair.

Lucas levantou-se com cuidado ajudando Violetta que estava ainda triste e abalada com tudo, Lucas enlaçou a cintura dela com seus braços e ambos saíram do quarto em silencio, Violetta não sabia que caminho estavam tomando, até encontrar o lago que antes mais cedo ela tinha visto Diego.

– Lucas, por que me trouxe aqui? – Perguntou olhando-o.

– Porque sei que você precisa de tranquilidade. – Sorriu e a puxou para se sentar no banco.

Permaneceram sentados. Violetta mantinha-se abraçada a Lucas que acariciava seus cabelos enquanto a mesma olhava o lago a sua frente em silêncio e lembrava-se do momento em que avistou Diego sentado ali também. Ela sabia que sentia algo por ele, mas ainda não sabia distinguir o que era exatamente.

– No que tanto pensa? – Lucas quebrou o silêncio. – Pensa em mim? – Riu.

– Bem... – Violetta abriu um breve sorriso. – Estava pensando no Diego. – Suspirou.

– Diego? – A olhou desconfiado.

– Sim... ele estava aqui méis cedo e Jackie chegou... – Fechou os olhos recordando o momento. – Mas não é nada demais.

– Hum... Diego e Jackie? – Perguntou num tom malicioso.

– Sim, sabe se eles já...

– Sim... – Riu. – Aqueles dois já se pegaram muito, mas nada serio. – Falou. – Diego não a ama, mas...

– Mas ela o ama. – Violetta completou a frase.

– Pois é... – Suspirou.

– Lucas, minha tia veio me visitar hoje. – Mudou de assunto após um breve silêncio. – Angie, aquela que eu te disse que estava em Paris.

– Ah, ela voltou quando?

– Não sei, acho que foi ontem mesmo. – Respondeu. – Ela disse que acabou discutindo com meu pai e que... vai me tirar daqui...

– Que? Não, espera! – Lucas a soltou. – V-você não pode sair daqui Violetta. – Falou nervoso. – Você precisa ficar aqui.

– Calma Lucas. – tentou acalmá-lo. – Não entendo seu desespero. Se eu sair, poderemos ficar juntos e...

– Não! – Alterou sua voz. – Você não pode sair daqui. – Manteve-se firme. – Aqui você tem o Diego, ele te ama. Ele cuida de você! – Disse desesperado.

– Não quer ficar comigo? É isso Lucas? Não me ama? – Indagou. – Tudo bem, pelo menos Diego me ama! – Se levantou do banco e seguiu para dentro do Manicômio.

Violetta se jogou na cama gelada, que relinchou sobre seu peso, fitou o teto pensando no quanto estava perdida, ainda mais com o que Lucas havia dito, que ela teria que ficar ali, e que talvez não pudessem mais estarem juntos, nem mesmo fora dali, parecia que ele não a amava, que era apenas uma imensa ilusão, fechou os olhos deixando a escuridão rodear o seu mundo.

A porta se fechou em um movimento quase inaudível, se virou rapidamente, vendo Léon sorrindo, seus olhos verdes brilhando como safiras raras, Violetta sorriu indo ao encontro dele, suas mãos suavam, e parecia que o mundo abaixo do seus pés não existia.

– Pensei que não viria. - Murmurou ela com a voz baixa.

Ele negou, passando as mãos pelo rosto angelical dela, Violetta fechou os olhos, deixando que o carinho a dominasse por completo.

– Eu nunca te deixaria. - Beijou a ponta do nariz dela. - Mas nós precisamos seguir, seguir o curso.

– De que curso esta falando Léon? - Violetta arqueou as sobrancelhas confusa.

Ele soltou o ar pelo nariz, parecendo perder a paciência, mas em seguida apenas deslizou uma das mãos para a cintura dela, fazendo carinho levemente, quase impossível de se notar.

– Escolha alguém que faça você feliz. - Ela arregalou os olhos. - Alguém em quem você possa confiar, contar os seus segredos assim como contava a mim, quero que...

– Quer o que? - A voz de Violetta foi cortada pelo barulho de um gatilho sendo puxado.

Logo ela viu, Léon caído aos seus pés, morto, se virou para trás assustada, suas pernas tremia, e parecia que o mundo tinha perdido a cor, exatamente de quando descobriu que Lucas iria embora, se curvou sobre a escuridão, tentando encontrar de onde tinha vindo o tiro, não se escutava nada.

A não ser risadas conhecidas por ela mesma.

Acordou assustada demais, seu coração palpitava dentro do peito. Suas batidas aceleradas eram tão fortes, que era possível escutá-las de longe. Sentou na cama e começou a fitar o nada.

Aquela não era a primeira vez que ela tinha esse tal pesadelo da morte de León, mas essa fora a mais real de todas. Ela conhecia aquelas risadas de algum lugar, só não conseguia identificar exatamente de quem era.

Respirou fundo tentando se acalmar, levou a mão até o peito tentando controlar suas batidas quando a porta de seu quarto foi aberta mostrando uma figura já conhecida com um sorriso vitorioso nos lábios. A mulher se aproximou e tirou suas mãos de trás deixando a mostra um objeto brilhante.

– Aqui está a prova de que você não sabe do que eu sou capaz Castillo. – Disse ameaçadora. – Eu disse que Diego é meu e sempre será. – Mostrou a faca e se aproximou mais da garota indefesa.

Violetta estava com os olhos arregalados e mais assustada que antes. Pensou em sair correndo procurando refugio, mas não deu tempo. Quando se deu conta, Jackie já estava próxima de seu pescoço.


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Notas finais do capítulo

Então? Larga dessa sua preguiça que me dá nojo, porque preguiça é coisa de gente que não quer nada, po, a fic esta tão ruim assim a ponto de deixar de ser comentada?Bom, esperamos que vocês comentem, se não demoráramos mais para postar e capítulos ainda menores.