I Hate That I Love. escrita por Vitória F


Capítulo 60
Capítulo 60.


Notas iniciais do capítulo

Enfim, o último :[
Quero agradecer a todos que leram, comentaram e recomendaram. Eu adorei dividir minha ideia com vocês e posso assumir que fiquei com extrema saudades. Muitas saudades terei de tudo aqui. Enfim, boa - e última - leitura.



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POV ESPECIAL.

Quando acordei um cabelo completamente bagunçado e um cara de terno me olhava feliz. Ele murmurou alguma coisa que não consegui entender e beijou minha testa. Observei ele sair e voltei novamente à deitar na cama. Eu não queria ir para à escola e ficar ouvindo o pessoal falar da minha roupa de rica, do meu cabelo super ótimo e dos meus olhos. Eu não sofria bobagem nenhuma, mas as pessoas me olhavam apenas por minhas roupas ou meus pais.

– Vamos princesa; acorde. - O homem novamente voltou ao meu quarto.

Balancei minha cabeça, porém, levantei. Tomei meu banho e procurei a roupa menos 'rica' do meu guarda-roupa. Meus olhos estavam bem intensos com o azul, ou melhor dizendo, com o olhar de cigana dissimulada como minha mãe fala. Ela me chama de Capitu - Uma personagem da literatura brasileira.

– Vamos ?. - Os olhos azuis mais intensos que o meu me encarou na porta.

– Posso fazer um pouco de hora ?. - Perguntei.

– Obvio que não Capitu, vamos logo.

Assenti com a cabeça e sai do quarto. Minha mãe já andava na minha frente e seu jeito de andar era encantador, quase igual ao meu ou o meu era quase igual ao dela. Senti alguém bater no meu ombro rápido e vi ele correr.

– Augusto idiota. - Gritei pegando meu livro do chão.

– É você, sua bobona. - Ele retrucou.

Augusto tinha 10 anos e era insuportável. Parecia meu pai quando teimava em irritar minha mãe. Meu pai sempre falava que eu parecia minha mãe, que eu era a cópia perfeita. Bom. Era bom isso, afinal eu adoro a história da minha mãe, a história de Londres, a história dos dois; tudo.

Cheguei na mesa do café e deixei o livro de lado. Augusto falava sobre futebol com meu pai e eu e minha mãe estávamos em silêncio - ainda com sono.

– Sabe... Laura está namorando. - Minha mãe decidiu brincar com a minha vida com meu pai.

– O que ?. - Ele dirigiu seu olhar ate os meus olhos.

– Nada disso, pai. Beto apenas gosta de mim, eu não gosto dele.

– Não gosta ?. - Augusto se intrometeu e eu o fuzilei. - Pai ela gosta desse Beto ai, fica chamando ele de Bentinho e tudo.

– Para de mentir, idiota. - Gritei novamente.

– Parem vocês dois. - Minha mãe fez eu e Augusto calarmos a boca. - O que tem ? ela é jovem.

– Ela não pode namorar.

– Claro que pode.

– Claro que não, Cristiana.

– Claro que pode, Bernardo.

E então começou uma discussão, uma discussão saudável. Eles ? Bernardo e Cristiana não eram um casal perfeito, daqueles de cinema. Brigavam muito, ficavam um tempo sem se falar e nesse intervalo ainda rolava uma guerra de indiretas, cada um querendo ser o dono da verdade. Mas no fundo eles sabem que tudo era joguinho bobo de orgulho, e que por trás das caras fechadas e bicos não se aguentavam de saudades. Tudo bem se eles passavam uma imagem de cão e gato, mas uma coisa é certa... Eles se amavam mais do que qualquer coisa.

Eles brigam, batem a porta e saem por aí. Mas voltam rindo da cara um do outro e dizem coisas como '' não consigo ficar bravo com contigo''. Eu e Augusto já nos acostumamos com isso. Meu avôs adoram isso e minhas tias - Clara e Bia - dizem que os dois combinam.

O que eu acho ? Que eles ficarão juntos para sempre ? Sei lá talvez. Mas se são feitos um para o outro ? Claro que são.

– Vamos, pouca sombra. - Falei para Augusto. - Vamos para a escola.

– Se cuidem. - Minha mãe falou. - E por favor... Laura não vai arrumar briga com o Rafael.

Assenti rindo com a cabeça e peguei minha mochilha. Esperei o idiota do meu irmão descer a escada e fechei a porta.

– Ei, espera... - Falei. - Esqueci meu livro.

Quando abri a porta já estava rolando uma grande gritaria. Meu pai e minha mãe discutiam novamente por alguma coisa que nunca entendi. Revirei meus olhos, peguei meu livro e fechei a porta.

Eles estavam sendo eles, eles e eles. O amor, a paixão ainda existe e dá para ver nos olhos deles. Eles passaram por tanta coisa que é ate difícil de falar, mas estão juntos novamente. E brigas ? pô, eles estão sendo Cristiana e Bernardo Oliveira.

The end.


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Notas finais do capítulo

Eu adorei vocês, adorei escrever.
Beijos.
Irei começar uma outra fic sobre twd chamará ''Live and let die'', se gostarem vão lá.