I Hate That I Love. escrita por Vitória F
Notas iniciais do capítulo
Enfim, penúltimo capítulo. Realmente estou sentindo saudades já.
Sobre o capítulo ? É claro que Cris e Bê vão voltar, que história é essa que não existe um final triste ? rs. Boa leitura. Aviso: Pov da Cris.
Ao mesmo tempo em que eu amava Bernardo eu o odiava e aqui estava mais uma prova de que não deveríamos estar juntos: ele não é confiável. Ele era o homem da minha vida, mas não servia e muito menos para mim. Talvez o futuro quis dar uma outra bela lição entre nós e doeu pra caramba.
– Cristiana, por que está chorando ?. - Michel quebrou o silêncio. Sua voz era a única coisa calma em todo o carro.
– Por nada. - Respondi, mas depois pensei bem: - por Bernardo. Ele é um imbecil.
– O que ele fez ?.
– Me traiu. Traiu a promessa, traiu meu coração, traiu minha confiança com ele... - Lagrimas e lagrimas caiam dos meus olhos. Eu sentia tanta raiva de Bernardo que ninguém podia imaginar.
Chegamos em casa e eu não falei mais nada. Procurei por Laura que estava no quintal brincando, mandei ela subir e arrumar suas roupas.
– Aonde vamos mamãe ?. - Ela perguntava inocente.
– Embora. - Falei. Iriamos embora, ficar longe de Bernardo por não sei quanto tempo, só precisamos ir embora. - Vamos logo, não me faça mais perguntas.
Ela ficou em silêncio e continuou a colocar suas roupas na mala. Fui no quarto de Augusto e comecei a arrumar suas coisas. O pequeno ainda dormia e foi bem fácil arrumas as coisas dele. Quando entrei no meu quarto encontrei a nossa cama - minha e de Bernardo -, como vai ser difícil colocar uma mala lá encima e procurar minhas roupas que dividiam estar dividindo o mesmo lugar que Bernardo ocupava.
Eu realmente peguei tudo que me cabia, ate mesmo o meu peixe que dividia arquario com o peixe de Bernardo. Meus olhos conseguiriam secarem bem a tempo de Laura entrar no quarto segurando uma foto. Ela estendeu a mão e deixou que eu à pega-se. Era eu e Bernardo na foto, era a foto do nosso namoro antigo quando nenhum dos nossos filhos existiam.
– Vai acabar tudo isso ?. - Sua voz de choro invadiu todo meu corpo. - Mamãe não vai mais querer ficar com papai ?.
– Laura... - Levei ela ate a cama e deixei ela sentada lá. - Seu pai me magoou diversas vezes e eu perdoei. Ele me prometeu que não iria fazer mais nada e o que aconteceu ? ele me magoou novamente.
Peguei as malas e desci, quando cheguei lá encontrei Bernardo na sala andando de um lado para o outro, completamente ofegante e nervoso.
– Cristiana precisamos conversar. - Ele falou.
– Não; não precisamos. - retruquei.
POV BERNARDO.
Cristiana não entendeu nada. Completamente nada, ela chegou no pior momento. A idiota da Roberta decidiu me beijar e Cristiana chegou logo nessa hora. Eu não à beijei ate reclamei com ela e dei um tapa nela, eu não queria que Cristiana visse aquilo. No final eu obriguei ela à vir comigo e contar toda a verdade para Cristiana.
Mas eu conhecia muito bem Cristiana e talvez ela nunca iria me perdoar, mas eu precisava tentar. Era a última escolha.
– Você vai conversar comigo. - Afirmei.
– Por que eu tenho que falar com você ? Eu odeio você. - As últimas palavras foram socos na minha cara, os piores do mundo.
– Eu não trai você. - Falei. - Eu nunca trairia você. Você é o amor da minha vida, como eu trairia você ? como eu chegaria nesse tempo ?. Você acha que eu trocaria o teu sorriso por qualquer coisa . - Eu vi lagrimas escorrerem dos olhos dela. - Você acha que eu iria trocar o seu olhar azuis por qualquer outro ?. Você realmente acha.
– Você é um cretino. - Ela murmurou chorosa. - Você me fez ficar apaixonada por você duas vezes, foram duas vezes . E agora ? e agora você vai lá e beija qualquer uma.
Fiz Roberta entrar na sala e contar tudo à ela. Roberta não queria, mas contou. Depois ela recebeu um tapa na cara de Cristiana e foi embora. Ficamos em silêncio na sala, ninguém estava lá. Cristiana ficou sentada em silêncio no sofá enorme e eu na poltrona. O nosso silêncio parecia brigar e voltar ao mesmo tempo, os olhares que eu trocava com Cristiana eram torturantes.
Depois de algum tempo Cristiana foi ate a cozinha e eu a segui. Fiquei observando ela ir pegar água e ficar de costas para mim. A única coisa que fiz foi ir ate Cristiana e passar os mãos entre a cintura dela. De primeira ela estremeceu e depois virou para mim e me encarou.
– Bernardo por favor... - Ela parecia abalada. - ... vá embora. Não me magoe mais.
Os olhos de Cristiana tinha o brilho das cores da aquarela. Eu à beijei, claro que beijaria. Eu não iria embora e deixaria outro cara entrar no meu lugar. Eu precisava dela e ela de mim. Eu sabia, estava quase sendo perdoado e só precisava de mais um pouco.
Quando me separei de Cristiana seu olhar ainda continua triste, mas tinha um sorriso em seus lábios. Ela ainda segurava minhas mãos e eu queria que aquele momento fosse único, só para nós dois.
– Você não me odeia de verdade... odeia ?. - Perguntei.
Ela desviou o olhar e se aproximou um pouco:
– Às vezes eu gostaria de te odiar. Seria tudo bem mais fácil.
O outro beijo ? o outro beijo foi como uma mistura de sensações. Estranho seria se eu não me apaixona-se por Cristiana, isso sim seria estranho.
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Eu sei que ficou pequeno e tudo, mas é isso.
Ate o próximo, até o último.