I Hate That I Love. escrita por Vitória F


Capítulo 44
Capítulo 44.


Notas iniciais do capítulo

Olha quem voltou depois de um belo borre ? Eu.
Fiquei com uma terrível dor de cabeça ate dia 28. Depois do dia 28 estava no rancho da minha tia e lá infelizmente não pega internet. Fiquei louca novamente dia 31 e dia 1. E hoje estou aqui com outra baita dor de cabeça, mas estou. Espero que gostem e boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423654/chapter/44

[5 anos depois]

O tempo realmente passou. Consegui chegar no Brasil dois dias depois que conversei com Neide. Ela infelizmente foi embora. Custou bastante para Ricardo me deixar ir embora, mas eu consegui. Aqui no Brasil criei um estúdio bastante balado, uma grife de roupas requisitada e várias ações. Dei para Nanda meu apartamento e comprei uma casa. Nanda sempre fazia alguma visita e me ajudava bastante, sempre me ajudou. Laura estava linda. Seus olhos estavam ainda mais azuis, seu cabelo era castanho e liso, terminando nos ombros. Ela se parecia bastante a mim, mas tinha as atitudes do pai. Sorria como o pai, brincava, engava a todos como o pai. Bernardo depois de dois anos voltou de Paris e virou o que sempre queria: cantor e compositor. Suas atitudes ainda não mudaram sempre vivia com mulheres, mas dedicava seu tempo todo para Laura.

Não fazia Sol e o tempo estava nublado. Laura estava brincando no quintal com Ana. Elas dizem que são irmãs, já que nasceram quase ao mesmo tempo. Ana era filha da minha empregada; Glória. Ela e outros me ajudam muito na casa, não considero nenhum como meus empregados. Eu lia um livro de alto-ajuda nada interessante quando vi alguém parar à minha frente. Era Laura. Estava suja de barro, com as mãos nas costas e sorrindo. Arquei minha sobrancelha e perguntei o que ela queria.

– Ir na casa de papai. - Ela respondeu. - Com Aninha.

– Mas você sabe se Glória irá deixar ?.

– Gódoia deixou. - Ela chamava Glória assim por que foram suas primeiras palavras. - E papai também vai deixar Aninha ir. Vai mamãe, vamos, me leva.

– Está bem, arrume suas coisas e vá se arrumar. - Eu não resistia àquele sorriso e não seria má ideia já que precisa arrumar milhares de coisas.

Ela subiu as escadas apressadas como se fosse perde alguma coisa. Deixei o livro de lado e levantei. Encarei o quintal e respirei fundo. Chamei por Michel - meu motorista - um velho que já aparentava seus 50 anos, porém muito sábio.

– Eu quero ir na casa de Bernardo. - Falei.

– Sim Sen... Cristiana. - Ele sorriu. - Mesmo caminho ?.

– Mesmo caminho.

Depois de um tempo Laura desceu. Estava arrumada e com vários brinquedos na mão, brinquedos que ate caíam. Ela chamou por Aninha que logo apareceu juntamente com sua mãe.

– Você acha que Bernardo aceitará ela ?. - Glória cochichou ao meu lado.

– Sim, lógico que aceitará. - Respondi.

– Mas Ana é uma hazara e ninguém gosta de hazara. - Ela contrariou.

– No Afeganistão. Aqui ninguém sabe o que é uma hazara. Fique calma.

Glória sorriu meio preocupada e deu um beijo na testa de Ana. Laura e Ana saíram em disparada na minha frente. Michel já nos esperava no carro, assim que entramos Laura pediu para colocar a música do seu pai. Bernardo havia virado compositor e músico.

– Pensativa novamente ?. - Michel perguntava me encarando de lado.

– Não, só estou quieta.

– Mamãe sempre fica assim quando estamos indo para a casa de papai. Ela finge que não gosta de ir lá, mas toda vez que vai lá fica com um sorrisinho no rosto. - Laura apoiava seus braços no banco da frente. - Ela ainda gosta de papai.

– Eu não gosto de seu pai. - Fazia cocegas na barriga dela e ela ria. - Não mais.

Depois de um tempo chegamos na casa de Bernardo. Era enorme e vivia com mulheres lá dentro. Dois bons carros na garagem, uma boa varanda, um belo quintal e um cachorro. Laura correu ate a porta e bateu nela com força.

– Calma meu amor, assim você vai destruir a porta. - Me aproximei dela.

Ela sorriu como se conforma com o que eu falei. Bernardo abriu a porta. Ele estava lindo, parecia ter ficado mais bonito. Ele sorriu quando me viu e sorriu quando viu Laura.

– Meu amor... - Ele exclamou quando abraçou Laura.

– Quero ficar um pouco aqui com você e Aninha. - Laura falava. - Mamãe não vai ficar, mas depois ela vem me buscar.

Então Bernardo me olhou e ficou me encarando por um tempo. Eu também não conseguia tirar os olhos dele. Laura e Ana já entraram na casa correndo e nós ainda estávamos ali.

– Eu...tenho que ir.... mais tarde venho buscar Laura.

– Tudo bem. - Ele sorriu. - Então até mais tarde.

– Ate. - sorri.

Tentei duas vezes cumprimentar Bernardo ate que consegui. Ele deu um beijo na minha bochecha e eu sai. Não correndo, só apressada. Pedi para Michel me levar ate uma das lojas da Rafa. Ele largou tudo e criou uma loja de Games que agora virou franquia e ele está se dando bem. Sempre estou lá com ele. Ele foi um dos poucos que realmente ficou comigo e assim, virou meu melhor amigo. Sua namorada é legal também, mesmo que ao meu ver está com ele só pelo dinheiro.

– Alguma coisa interessante chegou aqui ?. - Perguntei.

– Só alguns livros. - Ele respondeu. - Quer vê-los ?.

Assenti com a cabeça.

– Só espero um pouco. - Ele completou.

Depois de um tempo ele voltou com uma caixa de papelão em mãos. Eram vários livros e apenas um me chamou atenção. O autor era Oliveira, só Oliveira. Cartas para ela era o nome do livro, achei bastante interessante e Rafael decidiu dar ele para mim. Conversamos bastante ate anoitecer e decidi voltar para pegar Laura.

– Virá outras vezes ?. - Rafa perguntou.

– Sim. -Respondi. - com a pequena Capitu também.

Ele acenou, eu acenei; entrei no carro e pedi para Michel ir na casa de Bernardo. Quando cheguei na casa de Bernardo o próprio veio abrir a porta. Sorriu novamente quando me viu e eu não pude segurar meu sorriso e também sorri.

– Tchau pai. - Laura sorriu e Bernardo acenou. - Vou esperar você no carro, tá bom mamãe ?

– Laura eu estou indo...

– Espere. - Bernado me interrompeu. - Preciso falar com você.

– Eu tenho que... tá, tá, mas fale logo.

– Quero ficar com Laura amanhã, mas a tarde.

– Por que ?. - Perguntei confusa, mas logo entendi: - Ah, é um dos teus joguinhos de sedução. Tudo bem, eu preciso mesmo ficar a tarde sozinha.

– Então está resolvido ?.

– Sim, está.

Bernardo me abraçou e foi errado, o abraço se arrastou por alguns minutos ate eu ouvir Michel chamar. Me despedi de Bernardo e entrei no carro.

Aninha já dormia e Laura ainda estava acordada. Ela encarava pela janela a rua escura e balançava os pés. Eu à observava através do retrovisor. E então, ela sorriu.

– Mamãe ?. - Ela chamou.

– Sim.

– Por que você não desfila mais ?.

Essa foi a pior pergunta que ela pode ter feito. Tudo voltava para minha cabeça, a briga, a transa... tudo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, passei os anos, mas tudo se ajeitara.
Beijos e comentem :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "I Hate That I Love." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.