I Hate That I Love. escrita por Vitória F


Capítulo 31
Capítulo 31.


Notas iniciais do capítulo

ooooooooooi, olá quem voltou depois de uns 3 dias pensando no capítulo ?!. É sério, eu passei esses três dais pensando como seria esse capítulo, meus pontos de criatividade só imagina coisas de zumbis, (outra história). Mas ai eu vi um filme e desse filme veio minha inspiração haha :3
Boa leitura :3



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Qual era o plano para hoje ? Tentar não enlouquecer. O que eu faria hoje ? Não enlouquecer. Qual roupa eu iria hoje ? Não enlouquecer. Nada passava na minha mente a não ser, que eu não deveria ficar louca com aquele jantar. Laura já estava arrumada, estava tão linda em um vestidinho branco com vermelho. E eu ?, bom, eu tentava encontrar alguma roupa que não fosse curta no meu guarda-roupa, Ricardo fez uma rapa tão grande dele, que eu não encontrava mais nenhuma calça, só vestidos curtos, saias curtas. Ricardo é um grande otá... bobão. Desisti de procurar uma calça e coloquei uma saia, uma blusinha meio caída, salto, brincos e pronto, finalmente eu estava pronta. Arthur me esperava na sala com Laura.

– Linda. - ele exclamou. - Você está linda !.

– Obrigado. - agradeci envergonhada. - Vamos ?.

Ele assentiu com a cabeça. Peguei Laura do colo dele e peguei alguns pequenos brinquedos para ela, seria a primeira vez em 4 meses que Laura ia conhecer a família de Bernardo, se ela começa-se a chorar ou fazer um escândalo, os brinquedos me ajudariam em boa parte. Eu esperava o elevador, Laura sorria com as palhaçadas que Arthur fazia, eles vão se dar bem, eu espero.

– Bernardo já foi ?. - Arthur perguntou.

– Não sei. - respondi. - Sei lá de Bernardo.

A porta do elevador se abriu, assim que entramos ouvimos alguém gritar para seguramos. Era Bernardo, Bernardo e Débora. Débora praticamente me fuzilou com os olhos e agarrou Bernardo. Laura estendeu os braços e Bernardo à pegou no colo.

– Você não sabe Ber ?, a Cristiana tá namorando o Arthur. Felicidades a eles né ?. - Débora tinha a voz mais irritante do mundo.

– Ótimo. - ele respondeu seco.

Entrelacei meus dedos com o de Arthur e sussurrei em seu ouvido 'não liga tá ?'. Ele assentiu sorrindo e me deu um beijo no canto da boca. Aquilo fez Bernardo me olhar furioso, revirei meus olhos e continuei a trocar olhares idiotas com Arthur. O elevador se abriu e com isso, pude respirar um ar mais lindo, já que o perfume de Débora imundava todo aquele lugar. Deixei Bernardo levar Laura com ele. Entrei no carro de Arthur, tudo na vida dele era de luxo, seu carro não passaria longe disso, uma ferrari ou algum carro do tipo, nunca liguei para carro, nem sei qual é o nome do meu. O carro dele era cheiroso, tinha o perfume dele.

– No que pensa ? .- ele sorria, mas encarava a rua.

– Em quantas mulheres você trouxe para cá ?. - brinquei. - foram muitas ?

– Bom... tirando você ? umas 100, pode ser ?. - ele ria.

– Eu acho que a 101 devia ganhar um prêmio. - ironizei.

– Pensarei nesse caso. - ele sorriu.

Chegamos na mansão dos Oliveiras. Arthur ficou de estacionar o carro enquanto eu esperava Bernardo chegar. Quando ele chegou, Débora me entregou Laura, os dois cochicharam alguma coisa e Bernardo foi estacionar o carro.

– Olha, vem aqui, tente... só tente falar com Bernardo e eu faço um escândalo tá ?. - Débora murmurou ao meu lado.

– Bom, se você não gostar, fica parada aqui, no meio da rua, ai um carro passar por cima de você e você não sofre nada... caso ele lhe acerte, desviam dos animais aqui. - debochei da cara de fúria de Débora. Arthur vinha vindo e com isso fui ao encontro dele.

Respirei bem fundo antes de entrar na casa e segurei firme a mão de Arthur. Assim que entrei, todos ficaram felizes, vieram todos, completamente todos ver Laura. Ela estranhou no começo, mas foi se acostumando aos poucos. Eu via Lilian, minha adorável Lilian, bem no fundo, tão triste, eu queria ver ela, mas as pessoas não deixavam. Entreguei Laura para Bernardo e fui ao encontro de Lilian.

– O que tem nesse olhinhos triste ?. - sorri ao me aproximar dela.

– Nada. Eu só não suporto isso tudo... - ela respondeu cabisbaixa.

– Não suporta o que ?. - perguntei.

– Bobagem. - ela secava suas lágrimas. - Loucura da minha cabeça.

Jorge se aproximou, então deduzi a mudança de assunto tão rápido. Ele me cumprimentou e saiu. Eu assenti para Lilian e fui cumprimentar meu pai. Saudades enorme dele.

– Cris... eu vou me mudar. - ele exclamou. - Encontrei uma casa no interior, você sabe, eu prefiro terra do que asfalto. Bia vai comigo... você pode ir lá, é perto.

– Mas pai, você não pode ir. - falei manhosa.

– Cristiana!, que coisa mais feia, você não acha que já está grandinha demais para fazer manha ?. - meu pai sorria.

– Não. - respondi, o abraçando. - Você também pode vir aqui me visitar, visitar sua neta também.

O almoço começou, as tias de Bernardo não paravam de mimar Laura. Bernardo me olhava furioso cada vez que eu falava com Arthur, Débora sempre fora debochada e jogava suas piadinhas idiotas durante o almoço. Eu bem que queria enfiar o garfo nos olhos delas, mas ai ia criar uma grande confusão, preferi ficar na minha mãe, apenas aceitando suas idiotices.

– Eu tenho uma surpresa para todos. - Débora se levantou. - Eu... estou... gravida.

Todos na mesa comemoraram, minha única reação foi rir, rir escondido, Débora estava me provocando afinal, ao acabar a frase ela me encarou, me encarou como se fosse vitoriosa em alguma coisa, o mal dela é acreditar que aquilo me atingiria, ela não sabia que Laura foi sem querer e aquele bebê não, eles eram casados, tem todo direito de ter um filho.

– Você não vai falar nada Cristiana ?. - Arthur sussurrou no meu ouvido.

– Parabéns aos dois. - exclamei. - Só não sei se Débora vai aguentar, criança é difícil, não sei se vai ser uma boa pra você.

Pude ver Lilian rir baixinho quando falei isso.

– Bom, eu consigo. - ela exclamou.

Quando o almoço acabou e todos foram paparicar Débora, peguei Laura e fui para a piscina com ela. Eu queria fazer ela dormi já que todos já à paparicam demais. O céu estava lindo, bem azul com várias nuvens, Laura gostava de disso, sempre que eu à fazia dormi assim, ela esticava seus pequenos bracinhos para cima e curtia cada nuvem. Eu que tinha uma voz horrível, cantava para ela dormi, eram todas músicas calmas e que vinham na minha cabeça. Minha mãe fazia isso comigo, era uma das poucas lembranças que eu levava dela, mas a voz dela, o doce da voz dela me fazia cantar para Laura.

Gosto muito de te ver, leãozinho

Caminhando sobre o Sol,

Gosto muito de você, leãozinho,

Para de se entristecer leãozinho, o meu coração tão só

Basta eu encontrar você no caminho,

Um filhote de leão, raio da manhã,

arrastando meu olhar como um imã ♪

Laura já dormia. Mesmo assim, ouvi alguém atrás de mim continuar a música. Me virei para ver quem era, era Bernardo. Ele continha as mãos no bolso e sua voz, era tão tranquila quanto a minha.

O meu coração é o Sol, pai de toda a cor,

Quando ele lhe doura a pele ao léu

gosto de te ver ao Sol, leãozinho

de te ver entrar no mar,

tua pele, tua luz, tua juba,

gosto de ficar ao Sol, de molhar minha juba ♪...

– O resto eu não sei... - ele sorriu desapontado.

– Eu também não, mas ela sempre dorme nessa parte, então... - sorri.

Bernardo parecia desapontado, talvez não estivesse feliz com a notícia de que vai ser papai novamente. Aquilo era engraçado ao meu ponto de vista, agora ele vai ter que segurar isso, bom... a um ano atrás não era uma missão dele, mas agora ? agora ele vai ter outro e vai ter que se virar com esse outro.

– É fácil ?... Digo, é fácil cuidar de criança ?. - ele perguntará.

– Não. - respondi. - Nenhuma criança vem com um manual de instrução, nem com ajudas técnicas. Bom, quem é você se preocupar com isso ?, por que você não faz como fez antes ?, não assume ?. Você é fera.

– Cristiana, para. - Ele me olhava bravo.

– Por que parar ?!. ué, só falei a verdade, você mesmo disse, não era sua obrigação fazer isso, nem cuidar de uma criança, por que agora seria ?. - o encarei.

– Cristiana chega!. Você está revoltada só porque vou ter um filho com Débora, Qual é ?, você não se conformou não ?. - ele levantará.

– Não. - gritei. - Sabe por que ?, porque eu passei os piores nove meses da minha vida, sabe por que ?, porque um retardado feito você preferiu curti a vida do que cuidar de um criança. Sabe o que não me fez desistir ? Eu sabia, eu sabia que uma vida iria precisar da minha.

– Não era minha responsabilidade. - ele gritou também.

– Nem minha. - retruquei. - Mas mesmo assim eu cuidei dela, eu preferi cuidar dela, eu preferi virar mulher, do que entregar trabalho nas costas das outras pessoas.

– Laura nunca foi minha obrigação. - ele gritou novamente.

– Eu te odeio Bernardo. - uma lágrima queria cair.

– Eu odeio, odeio você Cristiana. - ele falou.

Passei trombando no ombro de Bernardo e entrei na sala. Chamei Arthur de canto e pedi para ele me levar embora. Lilian viu o meu estado mas não falou nada, talvez a dor dela fosse pior. Pedi para meu pai passar depois lá em casa e me despedi de todos. Entrei no carro de Arthur e fiquei em silêncio, o caminho todo. Nem consegui me despedir dele, a única coisa que eu queria era me encontrar com Nanda e desabafar com ela.

– Você está bem ?. - ela perguntará.

– Eu preciso de você. - respondi, já chorando.


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Notas finais do capítulo

mostrei pra minha mamy poderosa o capítulo e ela falou que estava ''odioso'' demais... que lindo então :3 beeeeeeeeeijão.



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