Jogos Vorazes - Johanna Mason escrita por L M


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!!!!



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Saí correndo em meio a imensidão escura da floresta sem olhar para trás e aos poucos parando de escutar os gritos repletos de fúria de Lana. Meu corpo doía insuportavelmente, eu estava quase morrendo de sede, completamente faminta e exausta. O cansaço estava consumindo tudo o que eu ainda obtinha de forças.

Uma chuva fina começou, e começou a lavar o sangue que estava em minhas roupas que lembrava da briga com meus inimigos da qual eu ganhei. E lavando sangue impregnado do meu machado.

Ainda não consigo acreditar que eu acabei com a metade do bando dos carreiristas! Mas não me arrependo, porém sinto dentro de mim que mudei...Não sou mais a Johanna meiga do distirto 7, não sou a Johanna fria dos jogos vorazes, eu...Eu...Sou a Johanna assassina agora!

Sento-me encostada em uma árvore...Pensando...Só restam eu e Lana, Damon daqui a instantes estará morto.

E foi apenas pensar que o canhão soou. Damon está morto! Pelo menos tive a bondade de fazer os pombinhos horrendo se despedirem, coisa que seu pensasse bem, não faria.

Os ventos assoviam, e eu sinto a sede aumentando e a fome se tornando insuportável, o cansaço estridente...Não posso me dar ao luxo de me render a isso, não agora que Lana está disposta a me torturar atén eu implorar pela morte! Mas não é somente ela que está com ódio do mundo, não... Eu também estou! E talvez até mais do que ela!

–Gostando do show Snow?! Ãhn...?! Mas já está acabando... E eu estou aqui! Firme e forte e enfretarei qualquer porcaria que você mandar para esse inferno seu desgraçado!-eu grito olhando para o céu, me levantando:-Você não pode me machucar, Snow! Você já conseguiu me transformar em mais uma peça nesse jogo doentio, e me transformou em uma assassina! Nada mais você consegue de mim... Aliás...O QUE MAIS VOCÊS QUEREM DE MIM?!-eu berro com todas as forças e um raio inunda a arena com seu grito grave a amedrontador:-Eu vou acabar com aquela infeliz da Lana e vou sair como vitoriosa e você...Terá que me deixar em paz!

Quando termino de falar um raio quase me atinge, sorte que eu me esquivei e cai no chão de barriga para baixo perdendo boa parte do meu ar:

–AH!-eu grito me levantando.

E então uma tempestade de raios começa, caem por todo o lugar. Coloco o machado em meus ombros e saio correndo em meio a floresta. A única luz são a dos raios que caem sem cessar, porque a floresta está na mais completa e absurda escuridão.

Bato minha face em uma árvore e caio para trás massageando minha testa que doía intensamente. Então um raio cai em cima da mesma árvore e sou jogada para longe.

Ao longe escuto um grito estridente...É, não sou a única com problemas com os raios. Lana também está!

Corro ainda mais rápido e vou colocando meu machado na frete do corpo, porque não quero bater meu rosto em nenhuma outra árvore ali...

Até que os mesmos param e vejo o quão eu corri...

E então os raios começam a cair em uma só direção. Subo em uma pedra de tamanho mediano e vejo que os raios se concentram em uma rocha absurda de tão grande. Percebo que o grande final está se aproximando, e a 72 edição dos Jogos está tendo um fim! Começo a caminhar a passos lentos na direção onde os raios se encontram.

A chuva aperta, os pingos são grandes e pesados. Ignoro o cansaço e abro bem a boca para beber a água da chuva para tentar idratar pelo menos um pouco o meu corpo que estava sem forças, mas minha luta final se aproxima... Preciso reunir o máximo que eu obtiver!

Vou andando lentamente, mas logo avisto a pedra. O vento se torna mais forte e frio, os raios caindo em uma tempestade horrenda e estrondosa...

Vou caminhando lentamente até que vejo Lana do outro lado da pedra chegando também. Ela estava com os cabelos soltos e levemente bagunçados, as roupas rasgadas como as minhas e sua espada na mão direita e a espada, se não me engano de Damon, na mão esquerda.

Seus olhos logo cruzaram com os meus, e um misto de dor, ódio e vingança passam em ambos nosso olhos... Ela levanta seu rosto e começa a caminhar a passos rápidos até a pedra.

Coloco meu machado nas costas e caminho na mesma velocidade com um olhar de fúria para ela.

Logo os raios, antes estavam se conscentrando na enorme pedra, agora estavam caindo em volta da mesma, assim que eu e ela subimos nela. Lana me encara com os braços caídos e as espadas também, permaneço com meu machado nos ombros e a olho com um sorriso sínico:

–Está com raiva porque eu matei o seu namorado estúpido, porque eu sou melhor e mais bonita do que você ou porque você é simplesmente maluca?! Sabe... Eu voto na segunda opção.-eu digo rindo e ela cerra os olhos e aperta os punhos:

–Você está muito tranquila para alguém que está prestes a morrer...-ela fala:

–Queridinha... Não temo a morte! Temo me tornar igual a você!-eu digo:

–Fique tranquila, você não chega aos meus pés!-ela fala;

–Claro... Porque evidentemente estou acima de você!-eu digo e ela fica vermelha de ódio:

– CALA ESSA BOCA! Você vai se arrepender do dia em que nasceu!-ela fala:

–Me faz arrepender, então...-eu digo:-Você me assombrou desde o dia em que nos vimos no desfila dos tributos! Eu fiquei com medo de você, mas agora...Você não passa de um nada para mim!

–Cometeu um erro no momento em que deixou de me temer! Você sabe que sou melhor do que você, você sabe que eu posso acabar com você, você sabe... Que ainda tem medo de mim!-ela fala se aproximando.

Intimido-me de início, mas logo fico séria e a encaro com mais intensidade:

–Sabe que uma de nós morrerá, não é?!-eu digo:

–Sei... E tenho uma ideia de quem será!-ela fala sorrindo insanamente para mim:

–Quero que saiba que a única coisa que me arrependo nessa arena foi de deixar que eles me transformassem em um monstro... E invejo você por ter vivido um amor correspondido aqui!-eu digo e ela me olha com os olhos lacrimejando em fúria:

–Odeio você... Sempre soube que não era o que aparentava!-ela fala:

–Também te odeio e você foi muito lerda para seguir a sua intuição!-eu digo.

Ela empunha as malditas espadas e eu o meu machado:

–Que a mais voraz vença!-eu digo:

–Vai para o inferno!-ela fala.

A minha última luta começa... Tudo pode acontecer, reviravoltas podem surgir, e eu posso morrer também. "Mas não é de minha natureza cair sem lutar!"

E que a sorte esteja ao meu favor!


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Notas finais do capítulo

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