Jogos Vorazes - Johanna Mason escrita por L M


Capítulo 25
Capítulo 25


Notas iniciais do capítulo

Quanto tempo gente!!!! Quero agradecer a NandaMellark pela linda recomendação!!! Valeu mesmo, flor!! :)) Boa leitura!!



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Terence nos encarava e eu sentia que Cole estava a pronto de se levantar mesmo com a perna ferida e ir socar a cara dele. Eu me ergo e encaro Terence:

–O que você quer falar comigo, garoto?-pergunto:

–A sós...-ele fala:

–Era só o que me faltava, você larga a garota e depois quer vim de conversa?!-fala Cole:

–Isso não te interessa.-fala Terence:

–Oh meu irmão...Eu acabei de salvar a sua vida, seu idiota! E do mesmo jeito e talvez pior, posso tirá-la de você!-fala Cole tentando se levantar:

–Depois conversamos, primeiro vamos achar um abrigo...-eu digo:-E se eu ver os dois se olhando eu vou dar esse machado no meio das pernas de vocês!

–Sim senhora...-fala Cole:

–Como quiser.-fala Terence indo na frente.

Eu vou ao lado de Cole e o ajudo a se levantar. Ele passa seu braço pelo meu ombro, e eu seguro sua cintura e o ajudo a caminhar:

–Odeio ele...-fala Cole.

Fomos andando com uma leve chuvinha fria caindo sobre nós, até Terence parar e começar a cortar uma folhas grandes e cipós de uma rocha:

–O que está fazendo?-pergunto:-Já perdeu o juízo, garoto?!

–Não!-ele fala e eu vejo uma entrada para uma caverna:-Acho que um obrigado de sua parte seria a melhor opção, Johanna!

–E eu acho que é melhor você calar a boca antes que eu corte sua língua!-eu digo entrando.

Coloco Cole lá dentro e ergo sua calça até onde posso ver o estrago:

–O que você vai fazer? Johanna...O que voc...-ele começa falando mas logo puxo sua perna com força, voltando seu osso para o lugar:-AH!

Ele grita e começo a enfaixar sua perna, como se nada estivesse acontecido e até sorrio para ele que me olha com raiva:

–Então...-eu digo me levantando:

–Obrigado Johanna, por quase arrancar minha perna e depois a enfaixar.-ele fala com os dentes cerrados:

–Foi um prazer, Cole.-eu digo.

E então Terence pigarreia na entrada da caverna e eu me levanto e vou em sua direção com o machado em meus ombros. Nem olho em sua cara, apenas continuo andando e ele me segue.

Vou até um pico, que dá para um precipício e lá fico parada olhando o céu e sentindo a brisa suave e refrescante sobre minha face. Percebo Terence parado atrás de mim e me viro para ele:

–O que você quer? Cansou de bancar o Romeu apaixonado, e se ligo que estamos em um jogo de morte?-pergunto friamente:

–Quero me aliar a você.-ele fala:

–E quem te garante que eu vá concordar com isso?-pergunto:

–Você quer sobreviver, o idiota da caverna também e eu também...Cada um de nós possui algo que o outro precisa.-ele fala:

–Eu não preciso de nada que venha de você! Eu tenho nojo de você!-eu digo:

–Ciúmes?!-ele pergunta com um sorriso travesso.

Viro e chuto o meio de suas pernas, o fazendo se contorcer ajoelhando no chão e me xingando de vários nomes, alguns que nunca ouvi na vida:

–Não ouse insinuar uma coisa dessas seu estúpido! Você parece que é filho daquele velho hipócrita do Snow!-eu digo:

–Você precisa de abrigos e comida...Eu sou b-bom em sobrevivência e você sabe!-ele diz se levantando com certa dor em sua expressão:

–Pelo menos é bom em alguma coisa!-eu digo:

–Não irei matar nem você e nem Cole...Apenas quando não tiver escolha.-ele fala:

–E quando esse dia chegar, o que não irá demorar, você briga é comigo!-eu digo:

–Primeiro mato o garoto e depois resolvo contigo.-ele fala:

–Tem medo de morrer por uma garota, Terence?! Justo você, o machão do distrito 7?!-eu pergunto rindo:

–Você quer morrer mesmo, hein Johanna?! Como quiser, brigo com você e depois mato o garoto.-ele fala:

–Quem te garante que irá vencer...Eu posso ser bem malvada, Terence. Fica a dica!-eu digo:-Feito?!

Pergunto estendendo a mão, ele encara minha mão e depois a aperta com força:

–Feito! Seus dias estão contados.-ele fala:

–Os seus podem ser considerados inexistentes, já colega...-eu digo retirando minha mão e voltando para onde eu estava.

Entro na caverna e Terence vem atrás de mim e me ajoelho ficando de frente para Cole:

–Nós vamos achar alimento, temos que ter mais alguma coisa, só por garantia. Você fica aqui!-eu digo:

–Eu quero ir também! Não vou deixar você com esse bode sozinha!-ele fala:

–Acho que já deveria ter aprendido que sei me defender muito bem sozinha!-eu digo:-Você fica!

–Tá...Mas se demorarem vou atrás de vocês!-ele fala:

–Não vai não! Vai que os carreiristas te acham?!-eu digo:

–Acho que já deveria ter aprendido que sei me defender muito bem sozinho!-ele fala sorrindo cinicamente:

–Como quiser, não vamos demorar mesmo!-eu digo me levantando e saindo da caverna com Terence atrás.

Fechamos a passagem com folhas e cipós para que ninguém descubra que Cole estava ali. E começamos a caminhar.

Voltamos até aquele riu, já limpo e pegamos bastante água:

–Deixa que eu faço isso!-fala Terence querendo pegar meu cantil de água e o do Cole:

–Olha só porque estamos nessa aliança ridícula, não quer dizer que nos gostamos, muito menos que iremos ser legal um com o outro. Eu pelo menos, não...-eu digo o empurrando:

–Você é difícil, hein...-ele fala:

–E você é insuportável!-eu digo:-Vamos, quanto mais cedo acharmos algum bicho sem ser você comestível, mais cedo voltamos para a caverna!

–Engraçadinha...-ele fala.

Vamos andando e a arena está no mais completo silêncio. Quatorze já morreram, mas ainda faltam muitos para matar. Alguns podem ser espertos, eu queria matar Terence agora e ficar livre desse garoto, mas uma das coisas que eu não sou é um a traidora como ele!

A alguns metros encontramos um peru selvagem, Terence logo o persegue e o mata cortando sua cabeça fora. Pelo menos ele sabe caçar.

Fomos andando até o infeliz pisar em uma armadilha e ficar de cabeça para baixo, fazendo o maior barulho:

–AH!-ele grita:-Me tira daqui!

–Cala a boca, garoto! Mas você é um jumento idiota, hein moleque?! Por que não presta atenção por onde anda...E para de fazer barulho!-eu digo indo em sua direção:

–Dá para ser mais rápida, por obséquio?!-ele fala:

–Espera! Esse nós está muito bem feito...AH!-eu grito ao sentir algo perfurando minha panturrilha:-Maldição!

Eu olho e vejo uma pequena faquinha, mas o ferimento estava transbordando sangue por toda a extensão de minha perna:

–O que foi?!O que foi?! O que foi?!-perguntava Terence:

–Fica quieto seu imbecil! Graças a sua burrice, estamos sendo atacados e eu fui ferida! Se sobrevivermos eu vou te dar uma surra, seu animal!-eu grito:

–Tá...Agora o céu cair é culpa minha!-fala Terence em ironia:

–É! É tudo sua culpa!-eu grito.

E então saindo da mata estava a garota do distrito 11, com milhares de faquinhas e me olhava com um sorriso travesso. Ela era boa de mira, e bem encorpada. Deve ter ganhado peso na arena, com certeza:

–Oi, sete...-ela fala:

–Oi brucutu do onze!-eu digo:

–Não implica com a garota, olha as nossas condições!-fala Terence:

–Cala a boca!-eu grito:

–Vai se arrepender de ter dito isso.-ela fala:

–E você de ter me ferido, sua imunda!-eu grito.

Ela corre em minha direção e lança umas seis faquinhas. Eu desvio. Ela não era tão boa como Blair era...

Eu lhe dou uma rasteira e ela cai no chão, mas quado fui lhe dar um murro na cara, ela me chuta no estômago com tanta força que todo o meu ar escapa de meu corpo.

Blair era bem magra e fraca, mas essa garota tem uma força muito grande. Eu caio para trás e fico de joelhos, tentando respirar. Vejo Terence tentando se soltar para me ajudar, ou simplesmente fugir e me deixar. Aliás, o motivo certo deu não fazer isso eu ainda desconheço! Ah sim, eu não sou traidora!

Me levanto e ela me chuta na face, com raiva eu me levanto com muita falta de ar, e seguro seu punho quando a mesma iria me socar novamente. Eu a faço se bater, e com o meu machado eu o passo arranhando toda a parte direita de seu rosto.

Ela grita e cai no chão. Eu chuto seu estômago, costela, costas, pernas, cabeça...Todo o seu corpo, eu vou batendo e chutando com toda a força que eu ainda tenho.

Depois fico de frente para Terence e ela levanta. Seu rosto está todo deformado e tudo sangrando. Tanto eu quanto Terence ficamos boquiabertos ao vê-la sem o olho direito! Fiquei atordoada, eu tinha feito isso! Mas eu tive escolha alguma...

Ela está chorando e joga novamente as faquinhas em minha direção. Eu desvio e ela ajoelha no chão, já sabe que é o seu fim.

Vou me aproximando vagarosamente dela, e a mesma está com a cabeça baixa:

–Levante a cabeça!-eu digo:

–Não quero que meus pais me vejam assim...-ela fala soluçando:

–Você aguentou até aqui, morra com dignidade e com a cabeça erguida!-eu digo a ela.

E então a mesma ergue o rosto e o deixa à mostra, fecho meus olhos, no fundo de mim me odeio por matá-la e ter feito isso com ela:

–Vá em paz...-eu sussurro apenas para que ela somente ouça, e então ela dá um sorriso mínimo e fecha o seu único olho:-Me perdoe!

E em um golpe rápido, cravo o machado com força em seu crânio e ela cai no chão morta rapidamente, e o canhão soa.

A raiva que estou sentindo de mim mesma, desses Jogos, de Panem de todo o mundo não é normal:

–SNOW EU TE AMALDIÇOOU SEU MONSTRO HORRENDO!-eu grito:-MORRA SEU IDIOTA PERVERSO!

–Johanna, para com isso!-berra Terence para mim.

Ergo meu olhar e encontro o de Terence, me aproximo dele e corto a corda, ele cai no chão e nem o olho em sua cara antes de sair dali o mais rápido possível.

Chegamos a caverna ao anoitecer, e passo direto por ela:

–Aonde vai?-pergunta Terence:

–Eu vou pensar e você cuide da sua vida.-eu digo:

–Pode demorar a vontade.-ele fala:

–Bata a cabeça em alguma árvore forte e morra!-eu digo andando.

Vou aonde conversei com ele e me sento na beira do precipício. Aproveito que estava escurecendo e as câmeras devem estra focadas em alguma outra parte da arena. E então eu caio em lágrimas até ouvi um barulho...Mas não um barulho qualquer, um barulho de explosão!

Cole....Terence...

Não!


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Notas finais do capítulo

Comentem!! O que acham que aconteceu??? :))