Eu tomei um dos remédios para dor, e enfaixei minha perna completamente ensanguentada. E fui caminhando com o machado nos ombros. Minha perna doía muito, minha boca estava seca devido a sede e para piorar, pelo que percebi agora há muitas armas espalhadas pela arena. Que ótimo, agora todos os tributos tem armas...

Eu parei um pouco para ver minha perna, e o sangue pingava da atadura. Que droga...

Estava indo limpar o sangue, quando fui derrubada por alguma coisa ou por alguém...E adivinha! Por alguém...

Era Cole, e estava com uma adaga imensa em suas mãos. Ele me olhava não como um assassino e nem de estar se divertindo com a situação. Ele parecia ter fugido de algo, pois estava bem ofegante.

E apontava aquela maldita adaga para mim. Até ver minha perna e abaixá-la um pouco:

–O que houve com você, sete?!-ele pergunta:

–Por que você quer saber?!-eu rosno com raiva empunhando o machado e ignorando a dor:

–Porque eu quero, falo?!-ele fala:-O que houve?

–Garoto...Isso não é da sua conta! Se for atacar, venha de uma vez!-eu grito e ele se aproxima de mim e eu achei que fosse mesmo me matar. Mas ele tapa a minha boca e me manda ficar quieta:

–Fala baixo!-ele fala e me empurra atrás de uma árvore.

Vejo então um cachorro como aquele que eu matei a uns instantes atrás. Chego mais perto de Cole e sinto meu coração disparando.

E então o cachorro vai embora:

–Meu Deus! Tem outro deles?!-eu perg

unto:

–Como assim outros?!-ele pergunta:

–Acabei de matar um mais a frente!-falei e ele arregalou os olhos e em seguida baixou em minha perna:-Já vi o que lhe causou isso?!

–Por que você se importa?-eu pergunto:

–Digamos que...Me afeiçoei a você! Tá afim de uma aliança?-ele pergunta:

–Bom...Eu...-eu fico se reação.

Não sei o que fazer! Ele poderia ser um bom aliado, já que matou Felou. E se eu recusar capas dele me matar sem nem me der algum tempo de reação, por estarmos muito perto.

Eu sorrio para ele:

–Pode ser...-eu digo e ele sorri de volta.

Ele me ajuda a andar até chegarmos em uma gruta, onde ficamos e permanecemos ali.

Eu retiro a atadura e vejo o estrago que está ainda mais. O ferimento está piorando, se infectar estarei com problemas...Recoloco a atadura e me encosto na parede da gruta.

Ele retira uma garrafa cheia d'água e a entrega para mim. Sem raciocinar direito eu pego e bebo o máximo que posso, ele apenas ri de mim.

Quando termino me encosto novamente na parede e fico um pouco desconfortável dele estar olhando para mim:

–Você sabe quem morreu mais cedo?-pergunto:

–Sim, a garota do doze e Catrina...-ele fala e levo um susto:

–Como assim, Catrina?!-eu grito:

–Fale baixo...Não ouviu o canhão?-ele pergunto:

–Ouvi, não sou surda...Mas não imaginei que fosse ela.-eu digo:

–E por quê?-ele pergunta:

–Porque ela é carreirista!-eu digo:

–Eu não sou carreirista e matei a do quatro e ela!-ele fala.

Meu coração gela e o olho com um certo medo, engolindo em seco:

–Foi você que a matou?-pergunto:

–Foi!-ele fala:-Joguei a adaga na cabeça dela...Nem sofreu tanto!

–Hum...-eu digo:

–Não tenha medo, não vou fazer nada com você!-ele fala sorrindo:

–Quem disse que eu estou com medo! Eu acabaria com você sem pensar duas vezes, arrancaria sua cabeça com isso!-eu digo com raiva desse garoto:

–Veremos então quando essa aliança acabar...-ele fala.

A noite chega densa e fria. Então vai ser assim, os dias quentes como o inferno e as noites frias de rachar a alma...

Coloco meu casaco e Cole coloca o dele, eu como uma maçã e ele bolachas. Ambos conseguimos mochilas então nos ajuda nesses quesitos:

–Onde está o seu parceiro de distrito?-ele pergunta de um jeito debochado. Garoto irritante:

–Espero que esteja sendo torturado por algum tributo ou bestante nesse momento...-eu digo com raiva:

–Nossa, quanta raiva...Por quê?-ele pergunta:

–Isso realmente, não te interessa nem um pouco!-eu digo:

–Como aliada você está se saindo pessimamente, sabe disso né?!-ele fala:

–E você, não passa de um curioso! Aliás...A sua parceira morreu, né?!-eu digo:

–É, ela morreu. Lavínia era uma idiota!-ele fala:

–Não gosto nem de lembrar...-eu digo:

–Por que, você viu quem a matou?!-ele pergunta em um salto:

–Claro, você não?-pergunto:

–Não! estava ocupado lutando com a Felou para notar em alguma coisa!-ele diz e eu mostro minha língua para ele:

–Foi a Lana,a carreirista do dois!-eu digo:

–Odeio essa garota! Me tirou todas as noites de sono que eu tinha.-ele fala:

–E eu então?! Ela não parava de me olhar, e está atrás de mim!-eu digo:

–Quando ela te achar eu estarei com você, mato ela e a gente encerra essa aliança!-ele fala:

–Não! Eu quero matar ela!-eu digo:

–Você ficou louca?! Do jeito que é fraquinha e meiguinha, morrerá rápido nas mãos dela!-ele fala e eu aponto o machado pulando em sua direção, o colocando em seu pescoço:

–Nunca mais repita que eu sou fraca!-eu digo ferozmente.

E uma faca passa zunindo nós, se cravando na mão de Cole que se prende na paerde da gruta:

–AH!-ele grita e tenta retirar a faca com a minha ajuda, mas ela está muito presa:-Você está piorando! AH!

–Desculpa! Eu não sei o que fazer, de onde veio isso, aliás...?!-eu grito:

–Ora...Ora...Ora...Quem encontramos Blair!-fala uma voz grossa e me viro para quem quer que seja.

E na entrada da gruta está Jacob com uma espada menor que a de Lana, mas ainda sim uma espada e Blair a garota do distrito 3 com várias facas em sua mão.

A desgraçada, soube esconder bem suas habilidades:

Cole está tetando arrancar a faca, mas ela está muito presa. Como, Senhor, está garota teve forças para isso?!

–Temos um problema...-fala Cole:

–Ah...Não diga!-eu grito:-Eu dou conta deles!

–Esse é o nosso fim...A gente vai morrer!-fala Cole:

–Cala a boca, seu retardado!-eu grito:

–Ui..O casal está com uma briguinha!-fala Blair rindo juntamente com Jacob:

–Pensei que você tinha gosto, Johanna....-fala Jacob:

–Escuta aqui seu desgraçado, quando eu sair daqui eu vou arrancar sua cabeça com as minhas mãos!-grita Cole:

–Duvido...Até sair daí nós já iremos ter matado sua "amiguinha" e você.-fala Blair:

–Vamos ver, então...-eu digo empunhando meu machado e saindo da gruta:

–Isso vai ser legal!-fala Jacob:

–Pode apostar que vai...eu digo.