Never Gonna Be Alone. escrita por Shadow Shirami Mitsuko


Capítulo 10
Capítulo 10.


Notas iniciais do capítulo

Depois de um longo tempo de espera... Enfim estamos no último capítulo da história. Sim, esse é o último.
Então sem mais delongas, boa leitura.



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Talvez a vida esteja apenas brincando consigo, dando-lhe regalias demais para tão logo tomar-lhe-ás, talvez fosse infantilidade dele jogar a culpa de seu infortúnio nas obras do destino, culpando lhe de algo que era inteiramente culpa sua.

Aquilo era de longe um conto de fadas, em que toda a ruína e tristeza do protagonista tinha um delicado fim e todos os envolvidos teriam o seu famoso ‘final feliz’. Não, ele não estava recebendo seu final feliz, nem ele e nem quem tanto ama.

Shadow não acordou depois que Sonic voltou de seus devaneios em meio a floresta e nem nos dias seguintes, embora ele respirasse, ele não acordava. Não importava os esforços que eram empenhados para tal faceta, era totalmente inútil e todos principalmente o ouriço azul estavam completamente desolados.

Rouge poderia não ser a melhor e nem mais intima amizade dele, porém o conhecia melhor que todos ali, não por ter vasculhado e lido todos os dados baixados dos antigos computadores da colônia espacial desativada, mas porque ela conviveu por tempo suficiente para poder dizer que, não havia outra pessoa que tinha chegado tão longe quanto ela em um relacionamento amigável com Shadow, ela assim pensava.

Knuckles não suportava Shadow, era claro seu ciúme que por orgulho insistia em negar, porém até mesmo o equidna durão não conseguia ser indiferente ao clima que se estabelecera depois que, Shadow não abriu mais os olhos e permanecia desacordado. Esse foi o ano novo mais desastroso de todos e também o mais triste, para muitos.

Os outros pareciam alheios as ações e reações de Sonic, vez ou outra um ou outro olho mais atento notava um remexer estranho, uma expressão triste demais para ser facilmente justificada com meras palavras. Apenas daquele grupo, apenas um deles estava ciente do porquê Sonic parecia estranho e inquieto demais, mesmo que Shadow publicamente fosse considerado um rival à sua altura tanto pela velocidade que podia alcançar quanto pelo desafio de uma batalha, ainda assim mais parecia que o ouriço azul estava vendo um amante no leito de morte e não um amigo.

Até mesmo Amy Rose parecia desolada, não invadindo mais o espaço pessoal de Sonic durante aquela noite e nem pelos dias seguintes, às vezes passavam a impressão de serem apenas bons amigos, não o abraçava mais com a mesma ferocidade depois daquele dia, parecia que tudo depois do ano novo mudou, até mesmo ela.

Era o quinto dia de um novo ano, as festividades deixaram de fazer sentido à ele de uma forma que não passava de apenas meros dias, estava novamente sentado naquela cama, não havia percebido muito do quarto, embora já o tivesse visitado muitas vezes, não tinha percebido até aquele instante como os travesseiros e a colcha pareciam possuir a mesma cor e profundidade de seus olhos vermelhos. Nunca havia notado até aquele momento como era engraçado que as paredes fossem de um azul meio lilás que fazia um estranho contraste com a cama de madeira escura. E muito menos que tudo parecia ter seu cheiro, até mesmo lugares que ele sabia que Shadow tampouco teve oportunidade de ir.

Muitas vezes já se pegou pensando sobre Shadow ser uma espécie de ‘Belo Adormecido’, porém era ridículo apenas o mero pensamento, não era um conto de fadas. Shadow não iria despertar com um beijo de amor verdadeiro. Nem ele tampouco servia como o príncipe. Muitas vezes já pensou como a vida poderia ser bastante injusta, e quem mais sofreu disso foi o próprio Shadow, primeiro perdeu sua família, seu lar, suas memórias e sua liberdade, e o que mais fazia seu peito doer era que, talvez até mesmo perca a vida.

Tails havia chamado esse estado de “Animação Suspensa”, afirmou-lhe que ele ficaria bem e que cuidaria dele, mas Sonic sabia que era trabalho e responsabilidades demais para alguém tão jovem como o vulpino e prometeu que mesmo que desconhecesse a maioria dos termos que Tails empregava aos objetos que ele usava em seus experimentos e ‘atendimentos médicos’ faria o possível para que ele não carregasse tudo sozinho.

Uma responsabilidade que era somente sua e de mais ninguém.

— Sonic... — A voz calma e baixa veio suavemente da porta. — Você não precisa se culpar pelo que aconteceu.

— Você não entende, Tails, nem eu mesmo entendo. Só sei que sim, eu tenho culpa... — Fechou os olhos com força, agarrando o tecido da colcha com as mãos. — Se eu apenas tivesse vindo mais cedo... Se eu tivesse agido mais cedo...

— Você não fazia ideia. — O interrompeu sorrindo tranquilizadoramente, Tails odiava quando Sonic acabava por se culpar por algo que ele tampouco tinha controle. — Na verdade ninguém sabia. Eu realmente queria ter tido a oportunidade de ter conversado mais com ele, aprendido mais e descoberto o que eu poderia ter feito para reverter...

— Vejo que ambos estamos na mesma... — Tentou seu máximo para esboçar um sorriso, não era um sorriso feliz, mas ao menos era algo, o humor entristecido de Sonic poderia contagiar se continuasse naquela maneira e mesmo odiado a ideia, tentou seu máximo para transparecer que tudo estava bem, pelo menos para que não se preocupassem com ele desnecessariamente.

Suspirou, olhou ao redor do quarto mais uma vez, sentia que faltava algo para deixar aquele lugar completo e por mais que desejasse, aquele quarto continuaria incompleto, assim como ele se sentia naquele momento, vazio, frio e incompleto.

— Ainda me pergunto se estamos deixando algo passar... — Tails murmurou de repente, quase fazendo com que Sonic pulasse pelo susto, porém o ouriço apenas piscou e olhou seu amigo e irmão com um olhar tanto questionador quanto surpreso.

— Pensava que só eu estava com essa impressão... — Sussurrou mais para si mesmo que para Tails, porém a raposa ouviu claramente e sem esforço.

Tails responderia se Sonic não tivesse entrado em um monologo consigo mesmo, esquecendo até mesmo que ele tinha ouvintes.

— Me pergunto muitas vezes, porque sempre temos que suportar perdas injustas, sacrificar algo que não deveria ser sacrificado... Se eu pudesse voltar no tempo, juro que teria feito muito mais do que assistir alguém que amo definhando diante dos meus olhos e não ter feito nada, me sinto pior do que se eu tivesse feito isso pessoalmente a ele. — Suspirou, precisava de alguma formula de escape, algo que o fizesse se sentir menos inútil do que se sentia, e não se importava se, naquele momento, Tails acabasse descobrindo tudo aquilo que tentou guardar por tempo demais em seu interior.

— De que adianta eu ser a criatura mais rápida viva, se eu não fui rápido o suficiente para livrá-lo da morte? É irônico como eu fracassei, como eu estou prestes a perder uma das pessoas que para mim é bastante importante. — Suspirou baixando a cabeça e encarando a fivela dourada e reluzente de seus sapatos de corrida. — Eu só quero que ele tenha uma chance, uma chance que muitos negaram a ele por medo e desconfiança. — A vontade de chorar era imensa, porém ele estava bastante crescido para sentar e chorar como uma criança.

Desde sua mais tenra idade, lutar contra o domínio de Dr. Eggman sempre fora sua principal missão, desde jovem se machucava e desde essa idade aprendeu a sobreviver. Talvez se não tivesse conhecido Tails, ele não teria amadurecido mentalmente a tal ponto de, ele se tornasse o irmão mais velho e quem sempre o ajudava e protegia. Chorar agora, fraquejar agora, não é nunca e nunca lhe foi uma opção, ele tinha que se forte, porque sabia que raramente encontraria alguém para ser forte por ele. Era preço a se pagar por ser quem era.

Levantou-se da cama dele, olhou ao redor vagarosamente, as poucas semanas que passou naquela casa pareciam passar em sua mente como imagens em modo de slides. Tentou controlar novamente seu semblante, a última vez que perdeu o controle quase machucou Tails por se sentir desolado em excesso. Talvez até o teria feito se Espio não tivesse interferido, mesmo que o ciúme tenha sido mais forte do que a sua razão, agora ele admitia para si mesmo o quanto Espio era de alguma forma sutil e por mais que soasse estranho, o camaleão se tornou um amigo para si depois daquele dia, pois era o único para o qual ele poderia recorrer quando sentia necessidade de desabafar todas as suas frustrações. Sentia-se eternamente grato por isso.

Tails já havia saído do quarto e somente Sonic ainda permanecia. Olhou para cômoda, onde uma réplica perfeita de um quadro com uma simples fotografia colorida enfeitava a cômoda como única decoração. Deu um pequeno sorriso ao encarar a figura da jovem pálida de cabelos dourados e saiu do quarto.

*

Parecia que tinha se passado anos desde que Sonic tinha visto Shadow outra vez e não algumas horas, a ansiedade de vê-lo outra vez era tanta que sua mente jogava com duas emoções, fazendo-o quase se desesperar de estar tão longe dele.

Era incrível o que amor podia fazer com uma pessoa, inclusive ele, o borrão azul, o ouriço mais aventureiro e que tinha medo de amar, sim ele temia o sentimento tão quanto temia a água. Sua imagem idealizada levava-o a crer que se sentiria preso, sufocado e não seria mais livre como o vento. Agora estava engolindo suas palavras.

Ele mesmo se jogou nessa prisão, ele selou suas algemas e não estava nenhum pouco preocupado. Se sentia cada dia mais ligado a Shadow, vendo-o em seu sono profundo em um estado em que ele nem Tails sabia quanto tempo iria durar ou se ele morreria.

A sala em que o colocavam parecia uma réplica de um quarto de hospital, um monitor cardíaco estava conectado a ele, o que fazia sempre Sonic suspirar aliviado quando entrava e ouvia o bip do monitor, sinalizando que seu coração ainda batia. Ainda estava com máscara de oxigênio, Tails temia que Shadow acabasse tendo dificuldades para respirar e tomou medidas preventivas, Sonic poderia ter protestado, dito que era exagero, porém algo nele o impediu, a preocupação e o desespero foram altos o suficiente para que o impedisse de ir contra as atitudes do vulpino. E ali estava ele, em um quarto branco, sentado em uma cadeira do lado da cama, tomando as mãos negras com listras vermelhas desnudas com as suas com luvas.

Por mais que tentasse, nunca conseguiu falar nada durante aqueles dias em que estava ao lado dele, como se as palavras simplesmente morressem em sua garganta ou tivesse medo dele ouvir o quão patético ele era, porém hoje ele parecia extremamente chateado e precisava falar com Shadow, mesmo que ele não o ouvisse, somente a ideia de finalmente dizer algo, fazia seu estomago se contorcer de maneira irritante. Rosnou mentalmente, ele mais parecia algum idiota adolescente diante da experiência de seu primeiro amor!

Não que a afirmação estivesse errada, porém ele era Sonic the Hedgehog, não um adolescente comum e tudo aquilo estava soando ridiculamente fora de seu personagem, mesmo que estivesse caído de amores por Shadow, por que agia como se fosse uma garotinha dependente de seu namoradinho mais recente?

Aquilo realmente não fazia a menor lógica.

— Shadow, eu queria que houvesse meios de voltar no tempo. — Começou, tomando a mão destra nas suas apertando delicadamente seus dedos negros. — Eu queria tanto saber que tipo de maldição nos abateu! — Suspirou exasperado, de alguma forma, aquilo lhe era bastante calmante, mesmo que recebesse o silêncio como única resposta. — Se eu soubesse o quão ruim seu estado estava, eu teria lhe salvo, te protegido... — Interrompeu sua frase com uma risada irônica, porém não menos dolorosa e com nenhum resquício de diversão. — Mas que diabos eu estou falando? Você não precisa de proteção, não precisa ser apoiado. Mas tem algo que você precisa... Eu sei que você se negou em todos esses anos que lhe conheci. — Suspirou calmamente, tomando a liberdade de entrelaçar sua mão na dele suavemente, sentindo o calor tênue dos dedos ainda magros demais para seu gosto.

— Eu sei você se negou a amar... Eu sei que sente medo, eu te compreendo, eu também sinto. — Inclinou seu corpo para que a cabeceira da cama tornasse seu apoio. Sua postura aparentava estar relaxada externamente enquanto ainda mantinha as mãos juntas, entretanto seu interior demonstrava justamente o contrário, sua mente e seus sentimentos conflitantes e complicados de ler. — Sim, é idiota. O grande Sonic the Hedgehog com medo de amar... Mas sabe, Shadow? — Sorriu docemente, enquanto tentava ter uma visão melhor de seu rosto.

Sentia-se tranquilo ao ver a suavidade com que o ar entrava e saia de seus pulmões, fazendo o movimento da respiração ser bastante suave e calmo. Um grande nó se formou em sua garganta.

— Eu não pensei que, depois de tudo o que passei, a solidão fosse novamente ser minha companhia. — Seu rosto tomou uma feição triste, enquanto levantou os olhos para encarar a janela, o olhar distante e solitário. — Tails é um bom amigo, na verdade um grande irmão para mim. Passamos por muita coisa boa e ruim, mas não posso tirar seu direito de ter uma vida por si só. Você sabe, ainda temos aventuras juntos, mas não é como antes. Ele cresceu. — Um som de suspiro podia ser ouvido da figura do herói.

— Não vivemos juntos, não mais, no início era necessário se quiséssemos nos proteger, mas agora... — Apertou novamente a mão que segurava, como se precisasse comprovar que era real, que estava realmente segurando a sua mão. — Agora ele é independente, não precisa mais de mim como antes, então realmente me sinto sozinho.

O silêncio se estabeleceu depois de suas últimas palavras, exceto claro pelo barulho constante do monitor cardíaco, seus olhos verdes esquadrilhavam cada canto do quarto, apreendendo pequenos detalhes que ele tampouco se preocupou em perceber das primeiras vezes que esteve nesse mesmo quarto, sendo improvisado como leito de hospital.

Demorou alguns minutos e muitas respirações profundas antes que ele se sentisse novamente apto para continuar seu monologo. E foi desses momentos sozinho com Shadow, que ele aprendeu o quanto o silêncio era confortador e acolhedor.

— Eu te procurei, era mais por estar entediado mesmo. Rouge não sabia nada de você, mas sabia onde você possivelmente morava. Eu achei estranho ela não ter vindo de procurar antes de mim, talvez fosse que ela pensava que não era nada mais que uma pausa ou umas férias, não sei. — Sorriu novamente, mais sincero, enquanto as lembranças inundavam sua mente lhe causando uma sensação engraçada de nostalgia.

— Eu tinha bisbilhotado pela janela antes e tive certeza de que você estava ali, na cama, mas só via suas costas. Não existe dois ouriços com o mesmo padrão de listras vermelhas... — Outra pausa. — Eu realmente não sei o porquê eu continuei ali, dia após dia, noite após noite. Ouvindo ofensas e desaforos de alguém que não era muito agradável. Eu não te culpo. Sinceramente não. — Podia ouvir o sorriso em sua voz, enquanto fitava a mão que segurava com tanto cuidado e carinho. — Isso vai soar idiota, eu sei. Mas se fosse para fazer tudo outra vez, eu faria, porque seria por você e para você.

Suas mãos entrelaçadas foram em direção ao peito cor de pêssego, enquanto o ouriço deu uma leve fungada.

— Shadow, ainda está escuro para distinguir e expressar tudo o que eu sinto. — Seus olhos ardiam fortemente e lágrimas ameaçavam caminho, porém ele ainda se manteve forte. — Q-Quando o sonho desaparece e... Eu experimentei da dor... Só podia acreditar em mim mesmo... Além da luz que eu conseguia enxergar... Também existia uma escuridão profunda...

Outra pausa dessa vez mais longa e dolorosa, Sonic não percebeu, mas orelhas negras se mexeram e estavam direcionadas para ele, era alguma reação, porém sua dor era tanta que a simples reação passou completamente desapercebida pelos olhos que estavam embaçados pelas lágrimas. Não, ele não queria chorar, não queria ter seus olhos incapazes de o ver e isso apenas acrescentava mais para sua dor.

— Shadow... Queria muito ter tido mais tempo, queria ter me aproximado mais, ter aprendido mais sobre você. Mas quero que saiba, Shadow, que você nunca vai estar sozinho... E quero me prometa que manterá seu coração batendo. — Sentia que aos poucos as lágrimas escorriam por sua face, mas não importava mais. — Porque seu amor é meu para ser conquistado. Eu serei a pessoa que vai te segurar quando você cair, que vai te estender a mão quando todos lhe virarem as costas... Shadow eu... Eu realmente me sinto um idiota falando isso, é eu sei, eu estou completamente fora do meu personagem agindo tão sentimental assim, na verdade eu não levo jeito para romantismo...

Mudou sua pose lentamente, agora frente a frente, não no sentido literal, porém de frente para ele enquanto seus olhos encaravam sua face com uma serenidade pouco incomum. Tentou sorrir em meio suas lágrimas, porém isso só o fazia se sentir patético. Puxou a mão dele até que tocasse sua bochecha molhada, esfregou sua bochecha na mão inerte e aquilo o fez se sentir mais calmo.

— Shadow... Eu não sei exatamente quando e nem o porquê... Você foi o único que me fez me sentir assim... Eu... Droga, parece ser tão fácil! — Rosnou frustrado, as palavras pareciam lhe faltar de modo que sempre que tentava, não conseguia. — Eu não faço ideia como Amy faz parecer tão fácil! — Suspirou. — Shadow... — Se aproximou lentamente, seus lábios quase tocando as orelhas. — Apenas ouça meus sussurros na escuridão... Eu amo você... Com todas as forças, eu amo você, Shadow!

A tranquilidade do quarto foi interrompida pelo som frenético do monitor cardíaco.

*

Longe dali, em um lugar de acesso bastante remoto, uma sala recheada de computadores mantinha suas luzes sempre acessas, uma cadeira acolchoada movia-se de tempos em tempos e pernas finas demais para o corpo robusto podiam ver vistas, porém quase confundidas com a própria perna da cadeira com rodas, feita com metal grosso para suportar todo o peso que havia nela. A figura mexia vez ou outra em seu bigode castanho, quando muitas vezes algum pensamento lhe ocorria e lhe deixava em estado de reflexão enquanto tentava solenemente desvendar todos os códigos binários diante de si.

Ele sorriu sem mostrar dentes, porém era um sorriso bastante satisfeito antes de se tornar uma risada bastante doentia e estrondosa, o som ecoava por todo o recinto enquanto dois robôs de formas peculiares semelhantes a uma bola e um cubo se encolhiam em um canto afastado na escuridão, era admirável como seus chips conseguiam reproduzir à perfeição sentimentos como alegria e também o medo em sua forma mais crua e pura.

A risada continuou por um tempo incontável, até que o dono de tal som se cansou e parou para tomar uma respiração profunda, sorrindo mais largamente logo em seguida.

— Aproveite enquanto pode roedor desgraçado, farei questão de tirar de você um a um dos seus amigos, começando por ele... O maior dos meus problemas... O Ultimate Lifeform...

E aquilo era apenas o começo.

FIN


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Notas finais do capítulo

A imagem não é minha e os créditos vão para o respectivo artista.
Tem algumas referências à algumas músicas em alguns diálogos.
Talvez tenha continuação para a história... Ou talvez não... Quem sabe?
Enfim, gostaria de agradecer todos os leitores que me acompanharam até aqui, favoritando, comentando, recomendando e até mesmo só acompanhando, não vou mentir, vocês foram muito significantes para mim.
Cometem o que acharam, se odiaram e desejam realmente que tenham continuação~
Até uma próxima.
by: Shadow Shirami.