Ok. Não era minha intenção ser preso. Realmente não era. Só que o tiro saiu pela culatra.

Não estou preso porque matei alguém!

Bem, mais ou menos.

Mas, sério.

Eu não queria mesmo bater nele.

Tá, eu queria.

A questão não é essa. Ninguém mandou o idiota ficar no meu caminho. Bem, eu mandei não ficar no meu caminho.

Mas ele não me obedeceu.

Não foi minha culpa.

Só porque enchi Ulquiorra Schiffer de socos não quer dizer que ele não tenha feito nada. Afinal, o cara veio implicar comigo, pois sou um Kurosaki.

Fala sério.

Tem motivo mais idiota que esse? Não fui eu que escolhi ser um Kurosaki. E não fui eu que determinei que Kurosaki fosse um título de nobreza. Mas, como sempre, existem pessoas ignorantes que não compreendem isso.

E depois ainda sou obrigado a ouvir que sou um rebelde sem causa.

É muita merda.

- ICHIGO! – berra meu pai. Até que enfim vou poder sair dessa prisão.

- Oni-san! – chama Yuzu. Karin aparece logo atrás. Ela suspira.

É a segunda vez que vou preso essa semana.

- Seu idiota! Por que fez isso de novo? – grita meu pai. Ele tenta me dar uma voadora, mas bate o pé na cela. Ele começa a ganir e todos nós reviramos os olhos.

- Oni-san! Por quê? – pergunta Yuzu.

Não sei o que responder.

Não há resposta.

- Seu estúpido! Vou te deixar apodrecer aí! – reclama meu pai. O homem ainda segura o pé e pula por alguns segundos. Suspiro.

- Pai! – argumenta Yuzu.

- Vamos embora logo. – pede Karin.

Um guarda vem me soltar e saio da cela. Desfiro rapidamente dos golpes do pai e o chuto. Um galo cresce e Yuzu ralha comigo. Saímos da polícia com olhares desaprovadores dos polícias me seguindo.

Quer saber? Dane-se.

Abro a porta do carro e entro.

- Olá. – diz uma voz. Viro-me e me deparo com uma garota baixinha, de cabelos pretos e olhos roxos. Eu dou um grito.

- O que é você? – grito.

- Eu? Sou sua nova guarda-costas. Rukia Kuchiki. – Ela sorri.

Mas o quê?