Mistérios da Lua escrita por uzumaki


Capítulo 28
Pôr do Sol


Notas iniciais do capítulo

Heeeey, tortuguitas! Eaê gente, como foi a Páscoa? eu devo ter engordado cinco quilos, só pelo o que comi domingo!
Desculpem a demora, meus cupcakes, mas eu realmente não tive tempo. Meu celular bugou o meu editor (sim, eu baixei o Evernote pro celular, assim escrevo em qq lugar), mas o Evernote se atualizou e me pedia pra elevar minha conta gratuita a Premium (e eu NÃO VOU TROCAR POR PREMIUM!), o que aconteceu foi que eu não podia escrever no cel, então teve que ser só no PC, pq eu não carrego papel e caneta por aí u.u
Bem, deixando os problemas de lado, o capítulo é curto, mas COMPLETAMENTE necessário. O próximo vai ser SUPER comprido.
Este é o antepenúltimo capítulo da fic :'(

P.S. Esperem mortes no próximo capítulo! Bjs!



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POV'S JOSH DOGER, PRÍNCIPE DAS TREVAS

Levantei lentamente. Abri os olhos e percebi estar em um quarto. Minha cabeça latejava e minha garganta estava seca. Me levantei e minhas pernas mal me seguraram. Este não era o meu quarto. Era um quarto mais feminino. Então, vi uma jaqueta preta de couro pendurada. Era a jaqueta de spikes da Anne.

– Este... este é o quarto da Anne. - Murmurei.

Andei até a penteadeira e reconheci o celular dela. Eu sorri ao colocar a senha padrão. Um "J". Ela não tinha mudado. A foto de capa do celular, era uma foto dela com Ed, os dois abraçados, ela dando um beijo na bochecha dele. Entrei na galeria de fotos e vi as outras. Ela fazendo careta com ele, ela e uma garota que eu não sabia quem era abraçadas, como melhores amigas. Os três abraçados, Ed no meio, parecendo como sempre, petulante e arrogantemente satisfeito. Anne, de lado, olhando para o horizonte, o cabelo brilhando a luz do sol. Ela e Ed se beijando. Ela e Ed sorrindo um para o outro, parecendo completamente apaixonados. Anne parecia tão feliz. O que eu havia feito?

– Josh. - Alguém bateu na porta. Achei que era meu pai.

– Entre. - Joguei o celular no armário com um crek.

– Encontramos uma feiticeira da Luz perambulando por aqui. - Não era meu pai, era um dos guardas. E ele estava carregando... uma comprida cabeleira laranja. Tentei esconder minha cara de idiota.

– Guarda, deixe-a aqui. - Mandei. Ele estranhou, mas colocou a ruiva em cima da cama. Ela estava desmaiada. - Obrigado. Saia, por favor.

– Como quiser, meu príncipe. - O guarda saiu. Eu me aproximei da cama e coloquei a mão na cabeça de Sophie. Ela estava branca como papel, os lábios roxos e as roupas cinzas. Eu apertei sua mão.

– Sophie. Se puder me ouvir, eu sinto muito. - Murmurei. - Eu não queria que acontecesse tudo isso. Mas foi tudo tão rápido. Em um momento eu estava junto com vocês na casa de Adrien, tentando tirar Millena dos escombros, no outro eu estava brigando com Jessie, e no outro, meu pai estava na minha frente e eu ia com ele embora. O que aconteceu com vocês? Millena está bem?

Silêncio. Eu não sabia nem se ela estava me ouvindo. Um leve aperto na minha mão foi o que eu senti.

– Sophie, você está me ouvindo? - Perguntei. - Abra os olhos, por favor. Eu te imploro.

Sophie não abriu os olhos, mas eu vi um tremular em suas pálpebras.

– Sophie, você está me ouvindo? - Perguntei novamente. - Abra os olhos. Abra os olhos, ruiva.

Com grande dificuldade, observei Sophie abrir os olhos azuis. Ela parecia apavorada, e grandes lágrimas tomaram conta de seus olhos.

– Sophie... o que aconteceu? - Eu estava assustado.

– Millena... e Adrien... - Ela falou, fraca. Agora as lágrimas caíam mais fluentes. - Depois da segunda explosão você sumiu e eu não os achei. Tentei fugir mas levei um tiro no ombro e desmaiei... quando eu acordei, tudo tava em cinzas. Teve um incêndio que queimou tudo... eles... eu. Eu não consegui salvá-los. Eles estão mortos! Mortos, os dois! Eu não os salvei... a culpa é minha.

Eu estava congelado, chorando. Millena e Adrian estavam mortos. A loira de olhos verdes que havia me contado sua história. Morrera assim como a própria família. Incêndio.

– Quem colocou fogo na casa? - Minha voz tremeu.

– Acho que foi eu. - Sophie respondeu, em meio a lágrimas. - Sam ou eu? Eu não consegui salvá-los. Acho que foi eu. Não vi Sam por lá. Quer dizer, tenho certeza de que foi eu.

Ela chorou, e eu fiquei petrificado no lugar.

– Você não os matou, Sophie. Eu os matei. Eu não devia ter deixado vocês. - Abaixei a cabeça.

– Adrien morreu porque quebrou o crânio na explosão. - Explicou ela, apertando os olhos. - Eu vi seu corpo, e tive de cremá-lo. Mas Millena... eu não a achei e depois ainda corri do que sobrou do incêndio. E eu matei os feiticeiros das Trevas que estavam por lá. Eu vi seus corpos queimados. Jessie está morta.

Me ergui acima de Sophie e dei as costas para ela. Não me entenda mal, mas eu precisava chorar em paz.

– Você vai me colocar na prisão? - Perguntou Sophie.

– Não. Eu sei que você nunca teria matado eles. Não foi culpa sua. - Falei, ainda de costas.

Meu pai teria me dado uma bronca por poupar Sophie. Mas eu estava me lixando. Eu havia prendido Anne em uma cela no seu próprio palácio. Mas mesmo assim, ela havia me salvado de ser esmagado pelo teto. Eu era um ser humano horrível. Como eu tive esta coragem? Entregá-la para a Lua! Como eu sequer pensei nisto? Era hora de consertar meus erros.

– Sophie... eu também fiz uma coisa horrível. - Contei. - E eu fiz com a Anne. E o seu irmão.

– Josh... - Sophie disse, com a voz tremendo. - Você não o matou, foi?

– Não. - Respondi. Isso pareceu deixá-la mais calma, embora não tivesse motivo pra isso. - Eu... bem, na verdade foi o meu pai. Entregamos Ed para a Lua, para assim atrair Anne para lá.
Me senti tão impotente e pequeno que quase chorei ali mesmo. Olhei o espelho de Anne, e no reflexo, vi Sophie. Ela secava os olhos, e estava boquiaberta.

– Eu... eu não sei o que deu em mim. - Falei. - Alguma coisa aconteceu comigo, mas eu me sinto igual. Eu não acredito que tive a coragem de fazer isso.

– Tudo bem. - Disse ela, de repente com uma expressão determinada. Ela colocou os pés para fora da cama e saiu andando.

– Hey! - Corri, a impedindo de cometer suicídio. - Se passar por esta porta, os guardas terão permissão para atirar.

– Eu não ligo, vou salvar meu irmão. - Ela tentou me empurrar, mas eu estava parado no lugar.

– Eu sei, e concordo. - Assenti. - Mas sem mim, você vai morrer. Sendo assim, eu vou com você.

– Não é necessário. - Disse ela.

– Mas é claro que é! - Insisti. - Olha, vamos fazer um acordo. Eu te ajudo a achar seu irmão.

– Você não trairia seu pai. - Disse Sophie, sobriamente. Engoli em seco. Eu realmente não queria trair meu pai, mas eu devia fazer o certo, e o certo, neste momento, era libertar Ed.

– Mas eu sei onde Ed está! Ele foi entregue para a Lua ontem a noite, depois de eu... hum... ter falado com ele.

– Você falou com ele? - Sophie saltou. - O que ele disse?

FLASHBACK ON

– Acho que agora você poderá ver o seu amigo.– Meu pai dizia.

– Ele não é meu amigo. - Protestei. Hanker deu de ombros.

– Que seja. - Falou ele. Chegamos nas masmorras da ala norte. Anne estava na ala sul, por motivos de segurança. Em breve eu a visitaria. Iríamos entregá-la para a Lua, mas se Anne não cooperasse... bem, tínhamos um plano B.

– Josh! - Gritou Ed puxando suas correntes, assim que me viu. - Você não pode machucá-la! Seu pai pode mandar você fazer isso, mas você pode desobedecer!

– Seu traíra! - Não me controlei e gritei. - Uma semana longe e vocês estão namorando?

– Eu a amo! - Argumentou Ed. - E ela também me ama.

– Ela acha que te ama! - Cruzei os braços, birrento.

– E você acha que ela te ama? - Perguntou ele. - Nós vivemos perigos que você não viveu. Eu vi ela por dentro da sua casca de "garota forte". Eu aceitei ela com ou sem Luna. Mesmo que ela tenha me dito que iria morrer. Eu a amei. E você quer matá-la? E justamente porque seu pai, um homem mau, traiçoeiro, que tentou nos matar, mandou?

– Ele é meu pai! - Gritei novamente, o defendendo.

– Mas você... você gosta dela, não é? - Indagou Ed, cauteloso.

– Desde que me lembro. - Respondi, suspirando. Eu não queria ter dito nada, mas falei mesmo assim.

– Eu... a deixaria livre se você... prometesse... prometesse mesmo... não a machucar. Eu a amo mais que tudo. Disso você não pode contestar. Do meu amor por ela. Mas eu a deixaria se você prometesse não a machucar. - Falou Ed. E parecia se torturar com isso. Eu o encarava.

– Sério mesmo? - Dei de ombros. - Bem, demorou muito para dizer isso. Meu plano consiste basicamente em eliminar você e me casar com Anne, selando assim, o Trono das Trevas na linhagem real.

Ed me encarou, e de repente deu uma risada.

– Se você acha mesmo que Anne vai se casar com você, boa sorte. Ela é minha. E nela você não toca.

Rangi os dentes.

– Vamos ver por quanto tempo até ela te ver morto no chão frio de pedra e a Lua partir pra cima dela e eu a salvar. - Despejei. Eu devia ter ficado quieto, mas falei assim mesmo. Ed estava branco.

– Você... não faria...

– Ah, eu faria. - Sorri. Ed perdeu a fala, e eu dei as costas à ele e fui embora.

FLASHBACK OFF

POV JOSH ON

Sim, agora você entende o que eu fiz. Mas é exatamente por isso que tenho que me desculpar pelos meus erros. E a única forma de fazer isso é ajudando a Sophie. E eu vou salvar Anne.

– Bem, se é isso que você quer... - Começa Sophie, se aproximando da sacada do quarto. - Eu... tive um sonho. Me chame de louca, mas eu consigo fazer um meio de nós dois viajarmos até o Monte Everest.

– Sério? - Arregalei os olhos. Sophie assentiu, subitamente tímida.

– Sim. - Ela diz. - mas é perigoso e não tenho certeza se vai funcionar.

– Ora, o que nós temos a perder? - Pergunto. - Seu irmão está morrendo, vamos logo.

– Tudo bem. - Disse ela, se virando de costas. Então, ela rapidamente abre a janela, e antes que eu grite, ela pula da sacada, 13 metros até o chão. Eu corro até a sacada, mas não a vejo caindo.

Então, um borrão vermelho aparece e voa como um raio acima, e eu vejo, maravilhado. Sophie está montada em um cavalo vermelho, como fogo, e está sorrindo com louca.

– Pula, Josh! - Ela grita. E eu, me arrependendo, pulo da sacada até o chão, e Sophie dispara como um raio na minha direção. Quando menos espero, já estou cavalgando com Sophie em direção ao pôr do sol.


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Notas finais do capítulo

Comentem, meus lindjos! E não esqueçam do aviso lá em cima!



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