Mistérios da Lua escrita por uzumaki


Capítulo 16
O que faremos agora?


Notas iniciais do capítulo

Cupcakes, eu vou viajar pra Porto Alegre, se alguém mora lá, me manda uma MP, pq vou continuar on pelo cel e tablet, mas volto nesta semana (eu acho), então fiquem com o capítulo que eu nem sei qual é o número. Tchau, 2bjos!
P.S. Qual é o Reino d vcs??



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– O que faremos agora? - Perguntou Sophie. - Se Anne é a Filha da Lua, ela tem um poder capaz de libertar Luna.

– Espero que não esteja pensando em matá-la. - Respondi, grosso.

– Não, é claro que não. - Respondeu ela, vendo os olhares assassinos que Lorrie mandava a ela. - Eu não seria capaz de fazer isso nem querendo.

– Tanto melhor. - Falei.

– O que estou querendo dizer é que: Anne tem um poder capaz de libertar Luna, o que não é nada bom. - Argumentou ela.

– Quem é Luna afinal? - Perguntei.

– A sete mil anos, a Lua e o Sol tiveram sua primeira filha, que foi chamada de Ravih. Mas para nós é Luna. O casal estava em êxtase. Mas uma estrela, invejosa, e apaixonada pelo Sol, roubou a menina e a jogou na Terra. A criança foi criada por um casal que havia acabado de perder o filho para uma doença, e criou com muito amor a menina, que era chamada de Luna. Essa era a Luna original. A menina cresceu e se tornou uma bela jovem, que em determinada idade parou de crescer, nunca envelhecia. No entanto, ficava cada vez mais bela, e era comparada a beleza da Lua. A Lua se enfureceu com a comparação e desceu à Terra, com o intuito de ver quem era a mais bela. Quando conheceu Luna, se deu conta de que era sua filha perdida, mas a jovem se negou a subir aos céus com ela. Mas por fim acabou aceitando. Ela ficou com mãe durante 100 anos, até se apaixonar por um jovem Feiticeiro. Ela desobedeceu aos pais e fugiu ao encontro do seu amado. Um dia, a Lua se cansou da desobediência da filha e matou o genro. Luna ficou em choque. Ela então cortou os pulsos e se jogou no mar, onde não era domínio da mãe nem do pai. Como ela era filha da Lua e do Sol, sua alma era imortal, e ela renasceu em uma outra menina 2000 anos depois. E a história se repete a 5000 anos. Sendo que Luna, agora vingativa e amargurada, vive em Anne. - Contou Lorrie, realmente arrasada.

– Mas o que eu posso fazer? Eu não sou poderoso ou forte para ajudar Anne e mesmo assim, eu nem saberia como ajudar. - Minha voz soava fraca.

– Você é a única pessoa capaz de ajudar Anne. - Disse Lorrie.

– Eu sei, você já me disse isso. Mas qual será a escolha de Anne? - Eu estava implorando para Lorrie me dizer.

– A escolha dela será a coisa que ela mais quer e o bem de todos. - Respondeu a menina.

– Não importa qual será a escolha dela. Ela precisa saber que sacrifícios são necessários. - Disse Sophie.

– Mas não o sacrifício dela! - Explodi. - Você quer que ela se sacrifique? Essa não é a resposta para tudo!

– Josh, se acalme. - Falou a ruiva. - A questão aqui é o salvamento do mundo inteiro, já que já sabemos que a Lua se chocará contra a Terra. Anne vai fazer falta, óbvio, mas é preciso. Antes uma vida perdida do que bilhões.

– O quê? - Gritei. - Eu NUNCA vou deixar que você ou qualquer outro mate ela! Que o mundo acabe, eu estou nem aí! Mas você não vai tocar nem em um fio do cabelo dela.

– Ninguém aqui está pensando em matá-la! Mas você conhece Anne e sabe que ela daria a vida por outras pessoas, afinal é isso que uma princesa faz! Se sacrifica em nome das pessoas. - Tentou a ruiva.

– Você é egoísta Sophie! - Saltou Lorrie. - Você espera que se sacrifiquem por você, mas não sabe se sacrificar! Saiba que seus pais não se sacrificaram apenas por você, mas também pelo seu irmão! Isso é ser nobre. - Seja qualquer coisa que Lorrie havia falado pareceu que ela havia colocado sal na ferida de Sophie. A ruiva cambaleou para trás e pareceu desnorteada. Ela virou o rosto, mas podia se perceber as lágrimas. Eu quase fiquei com pena, mas vi o rosto de Lorrie, e como mostrava raiva. - Pois é assim que todos iríamos nos sentir. Você perdeu os seus pais, mas eu perderia uma irmã, meu pai uma filha e o Reino uma Princesa. E ela é a única que pode governar, porque tem o sangue dos Reis. Então não pense nem por um minuto que a perda dela não daria nada. A família Raxel, a mais poderosa, perderia o Trono, e não haveria mais proteção por aqui. Nossa família tem se sacrificado há anos. Anne não tem este dever. - Ela fez uma pausa, para que suas palavras tivessem o efeito desejado. - Agora vão arrumar suas coisas. E isso é uma ordem. - Para enfatizar suas palavras, a menina nos olhou, séria e saiu.

Eu estava petrificado no lugar. Lorrie, a princesa de 7 anos havia deixado Sophie no chão com suas palavras, dado uma ordem para logo depois sair do quarto.

– Você também vai me apedrejar? - Perguntou Sophie.

– Eu iria, mas Lorrie já fez isso por mim. - Respondi, sincero. Eu não era bom com sarcasmo.

– Agora doeu. - Sorriu ela, tristemente.

– Pensei que já tivesse doído o suficiente. - Falei. Eu estava sendo indelicado, mas era verdade.

– Por favor, para. - Pediu ela. Ela estava derramando lágrimas, mas eu fingia não ver. Sim, eu estava sendo horrível. - Você também não.

– Me desculpe, mas é verdade. Cada palavra. Por que você faz isso? - Indaguei. Ela levantou o rosto, confusa. - Desde que te conheci, e não foi por muito tempo, vi que você é fechada, reservada, quase não tem amigos.

– Eu tinha 5 anos quando vi meus pais sendo assassinados. Meu pai, um mortal, foi assassinado por uma sombra, e minha mãe nos protegeu com sua vida. Todos se sacrificam por mim e eu tenho certeza que não mereço isso. Primeiro meus pais... Ed... sacrificou uma vida com os Dominantes de Fogo por mim. Ele se formou em Proteção. Para me proteger. - Ela estava arrasada. Parecia que ia desabar a qualquer momento. Me senti muito estranho. Ela havia acabado de entregar seus maiores medos para mim e eu estava a acusando.

– Sophie, eles tomaram a decisão de te proteger por livre vontade. Eles não foram obrigados nem nada assim. Eles fizeram isso porque te amavam. Ed, seus pais. Te amam. Você é a menininha deles, eles quiseram te proteger. Portanto agradeça. Eles se sacrificaram por você. E saiba que eu também me sacrificaria. - A consolei. Ela se virou para mim e seus olhos, agora azuis, eram carregados de tristeza. Então, ela fez algo que eu nunca vou esquecer. Ela me abraçou. Eu correspondi, dando tapinhas nas costas dela para fazê-la se acalmar. Por um tempo fiquei apenas consolando-a, até me lembrar da última vez que havia abraçado alguém. Foi em Anne, quando a vi escorregar para a morte. Me desvencilhei do abraço de Sophie, e me levantei. Estendi a mão para a ruiva e ela pegou, se levantando também. Anne nunca fazia isso. Ela empurrava a sua mão e se levantava sozinha. Só mais um dos charmes da morena.

– Obrigada. Agora vamos, não temos muito tempo! - Disse ela, saindo do quarto de hospital.
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Seis horas depois, estávamos com as mochilas prontas. Embora ainda fossem sete horas da manhã e partissemos ao amanhecer, queríamos já ter tudo pronto. Sophie e eu estávamos na sala do Palácio, que estava um pouco destruída por causa da Guerra com as Sombras - o exército da Lua. Sophie usava jeans escuros e uma regata por baixo da blusa laranja como seus cabelos, que tinha um decote "canoa". Eu sabia disso por quê minha mãe usava muitas delas. Botas de montaria marrons. Os cabelos compridos, até a cintura, ondulados, estavam soltos. Enquanto eu olhava, percebi como ela era diferente de Anne. Anne era impulsiva, atrevida e explosiva. Sophie era calma e quieta, mas no entanto, tinha certa tristeza dentro de si. Era triste olhá-la, como se eu estivesse olhando para um retrato na parede. Era uma figura imponente, mas agia como se estivesse em outra época, uma época melhor, e eu sabia que ela estava pensando na família. Eu não havia percebido, mas ela usava uma corrente com um pingente de uma chama. Eu estava usando calças jeans também escuras, uma camiseta branca e all star azuis. Meu cabelo estava molhado, e eu estava com sono. No entanto, esperava Raffael. Quando ele chegou, Sophie se levantou e fez uma mesura formal. Raffael balançou a cabeça, e ela se sentou novamente.

– Muito bem. - Disse o Rei. - Já tem tudo o que precisam?

– Sim. - Respondeu Sophie. Ela estava cuidando de todos os mantimentos e coisas assim. - Só precisamos de algumas horas de sono, senhor.

– Claro, claro. Só há uma coisa que eu devo falar com vocês. - Falou ele. - Como sabem, toda vez que forem sair do Reino da Luz, devem sair acompanhados. Acompanhados por um Protetor. E eu, se não se importam, designei a sobrinha de minha esposa, Clarissa. Milenna, poderia entrar aqui, por favor?

Uma garota de uns 15 anos entrou na sala. Ela parecia simpática, mas seus gélidos olhos verdes diziam outra coisa. Ela tinha cabelos loiros, mesclados com dourado trançados. Usava uma blusa de mangas compridas listrada de verde e marrom, e uma calça colorida na cor verde, que combinavam com seus olhos. Ela estava com um all star também, só que beges. Pela combinação de verde e marrom, deduzi que dominava a terra.

– Sophie! - Reconheceu a loira. Virei para Sophie. Ela estava com uma cara de "alguém me tira daqui" e sorriu falsamente para a loira.

– Olá, Milenna. - Cumprimentou.

– Você conhece ela? - Perguntei, sussurrando.

– Sim. - Cochichou ela de volta.

– Como vai seu irmão, Frederick? - Perguntou Milenna.

– Frederick? - Repeti.

– Vai muito bem, obrigada. - Respondeu ela, secamente. Então se virou para mim. - Sim. - Respondeu Sophie. - O nome de Ed é Frederick. Ou você achava que era Ed?

– Pensando bem...

– Ei gente, eu quero ir indo de uma vez! - Me interrompeu a loira.

– Desculpe, Milenna. - Disse Sophie com falsa solidariedade. - Mas só sairemos daqui há algumas horas, depois de descansarmos.

– Ah. - Ela fez uma cara triste. - Tudo bem, desde que encontremos Ed.

– Claro. - A cortou Raffael. - Bem, descansem. Os quartos de vocês ficam no segundo andar. Peguem qualquer um que não estiver com um laço na maçaneta. Bem, é isso. Boa sorte. Nos veremos amanhã.

Nos despedimos do Rei e subimos as escadas até o 2° andar. Estávamos esperando encontrar alguns quartos sem laço, mas não encontramos nenhum. Lá no fim do corredor, encontramos alguns quartos sem laço. Eu entrei em um e Sophie no que estava na frente do meu.

– Boa noite. - Desejou ela.

– Igualmente. - Falei. Então ela entrou no quarto.

Girei a maçaneta e entrei no quarto. Procurei uma cama e quando achei, me joguei e no exato momento apaguei. Eu não fazia ideia de que estava tão cansado.

– Josh! - Gritou uma voz masculina. Era Ed. - Você não pode machucá-la! Seu pai pode mandar você fazer isso, mas você pode desobedecer!

– Seu traíra! - Gritou outra voz. A minha voz. - Uma semana longe e vocês estão namorando?

– Eu a amo! - Argumentou Ed. - E ela também me ama.

– Ela acha que te ama! - Gritei.

– E você acha que ela te ama? - Falou Ed. - Nós vivemos perigos que você não viveu. Eu vi ela por dentro da sua casca de "garota forte". Eu aceitei ela com ou sem Luna. Mesmo que ela tenha me dito que iria morrer. Eu a amei. E você quer matá-la? E justamente porque seu pai, um homem mau, traiçoeiro, que tentou nos matar, mandou?

– Ele é meu pai! - Gritei novamente. Eu, eu do presente, estava confuso. Naquele sonho, eu estava brigando com Ed. E a causa era Anne. Ele estava dizendo para mim não machucá-la. Aquilo só poderia ser falso. Eu nunca, nunca machucaria Anne.

– Mas você... você gosta dela, não é? - Indagou Ed.

– Desde que me lembro. - Respondi, no sonho.

– Eu... a deixaria livre se você... prometesse... prometesse mesmo... não a machucar. Eu a amo mais que tudo. Disso você não pode contestar. Do meu amor por ela. Mas eu a deixaria se você prometesse não a machucar. - Falou Ed. E como a voz dele estava embargada, deduzi que ele estava chorando ao dizer isso.

Abri os olhos. Havia uma menina loira na minha frente, com a mão em minha testa.

– Saber de uma coisa nem sempre é bom. Mas as vezes é necessário. Não machuque minha irmã. - Avisou Lorrie. Ela estalou os dedos e sem mais nem menos eu voltei a dormir. Mas algo estava errado.

E eu não tinha ideia de como estava errado.


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Notas finais do capítulo

Comentem, favoritem recomendem e.... ESPEREM!!