Pegando Fogo. escrita por hollandttinson


Capítulo 13
Canhões


Notas iniciais do capítulo

Realmente, pessoas, Em Chamas foi inclassificável. Não tem nem o que dizer desse filme. Superou todas as expectativas de todo mundo e me encheu de orgulho. Foram totalmente fiéis ao livro, apesar de eu ter sentido falta do "eu sei", mas de boas com essa parte. Eu também fiquei impressionada com a evolução dos atores e do entrosamento deles no filme, quero dizer, Josh e Jennifer pareciam um só, eles interpretaram Katniss e Peeta perfeitamente, dava para ver o sentimento nos olhos deles. Tenho certeza que ano que vem nós vamos votar neles para o "The Best Kiss". O Liam também, estava incrivel aquele homem! Conseguiu mostrar todos os sentimentos do Gale naqueles olhos azuis e lindos... Mas acho que ninguém surpreendeu mais que Jena e Sam. Estou absolutamente orgulhosa do Cast que o Francis colheu para Em Chamas e acho que merece o Oscar 2013 pra ontem! Enfim, vou deixar um pouquinho de lado o meu momento "sou fã e quero gritar pra todo mundo o meu orgulho" e vamos de capítulo.



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POV: KATNISS.

Eu e Peeta estávamos correndo e ignorando a dor na perna de Peeta. Queríamos saber quem era a pessoa com quem nós não íamos mais precisar nos preocupar.

– Cato!- Peeta parou e sorriu olhando o corpo de Cato esparramado na grama com as mãos sujas de amoras cadeado, ainda quentes. Eu suspirei, aliviada.

– Não precisamos mais nos preocupar com ele! Estamos livres dele, Peeta, livres!- Eu disse, abraçando Peeta com força. Ele também me abraçou. Não estávamos comemorando a morte de Cato, não estávamos comemorando a morte de alguém, longe disso, estávamos comemorando a oportunidade de um de nós ficar vivo. Quero dizer, sem Cato, as chances eram maiores. Todos sabem o quanto sanguinário Cato é.

– Ao menos agora ele vai se encontrar com seu grande amor, Clove.- Disse Peeta, ainda sorrindo quando nos soltamos.- Apesar de tudo, é uma pena que tenha morrido dessa forma. Se entregado dessa forma. Vá em paz, Cato.- Ele se ajoelhou ao lado de Cato e raspou as amoras de sua mão, colocou-as no bolso e fechou os olhos de Cato de uma forma singela e totalmente pura. Aquele era o Peeta que eu sempre conheci e amei. Sorria para ele enquanto se aproximava.

– Isso foi muito singelo.- Eu disse, abraçando-o enquanto voltávamos á árvore onde estavam nosso alimento. Nos sentamos no casaco enquanto eu limpava o esquilo com a água da garrafa de Peeta conseguiu no casaco de Cato e Peeta acendia o fogo.

– Se eu vou morrer, quero morrer com a certeza de que fiz algo de certo.- Ele deu de ombros.- Sei que fechar os olhos dele pode não parecer nada, mas desejar que ele fique bem, salvo, onde quer que ele esteja agora, deve significar algo maior. Algo grande.

– Tenho certeza que significa.- Eu disse. Ele sorriu para mim.- Agora só nos restam Thresh e Foxface.

– Não quero tocar em Thresh.- Disse Peeta no mesmo instante que o fogo acendeu.- Ele foi nobre conosco.

– Mas foi só daquela vez. Eu tenho certeza que ele não será capaz de ser nobre novamente. Aquilo tudo foi por Rue, por mim e pelo Distrito 11. Mas eu sei o que você quer dizer, eu também não sinto como se fosse capaz de machucá-lo.- Eu disse, colocando os esquilos no fogo. Peeta deu de ombros.

– É uma forma de me manter menos imundo.- Ele disse. Eu concordei com a cabeça.

Queria que as coisas fossem fáceis assim. Queria que Peeta tivesse razão e não ser capaz de pensar diferente. Queria ter coragem para não matar Thresh da próxima vez que nos encontrássemos e queria que a Capital não nos obrigasse á encontrá-lo. Mas as coisas não são fáceis. Nunca é.

– Talvez ele seja nobre comigo. Eu nunca fiz nada por ele, mas talvez...- Disse Peeta quando nos sentamos lado á lado e começamos á tomar o nosso café-da-manhã.- Se eu pedir para que ele acabe logo com isso, ele seja capaz.

– Isso não seria nobreza, Peeta.- Eu disse, bufando.

– Mas eu morreria com o sentimento de que ele foi nobre.- Disse Peeta. Eu balancei a cabeça.

– E no momento seguinte ele me mataria.- Eu disse. Peeta negou com a cabeça.

– Não acredito que Thresh seja capaz de matá-la.- Ele disse. Eu revirei os olhos.

– Você viu ele matando Clove.

– Clove mandou matar Rue. É compreensível. Além disso, você ajudou Rue á viver, você matou a pessoa que matou Rue.

– E ele foi nobre pela minha ação. Mas uma vez só. Apenas uma vez.- Eu disse, balançando a cabeça. Não queria continuar falando sobre isso. Falar sobre Rue me trazia uma dor diferente e forte no meu coração. Eu ainda não acredito que ela morreu e não pôde ouvir o meu adeus, o meu agradecimento por ter me ajudado. Eu não acredito que a pequena Rue, aquela garota tão doce e pura, morreu.

– Bom, o que você está dizendo tem um tantão de verdade, é claro. Mas não vamos pensar nisso agora. Vamos comer e esperar a próxima morte.- Disse Peeta, balançando a cabeça.

– Vamos torcer para que não seja a nossa.- Eu disse. Ele concordou com a cabeça.

– Torcer. Essa é a única coisa que a gente pode fazer, não é? Lá fora, torcemos para que o nosso preferido não morra, aqui dentro, torcemos para não morrer.

– Ou, quem sabe, talvez, torçamos para que sejamos nós á torcer o pescoço de alguém.- Eu disse, dando de ombros. Ele revirou os olhos.

E foi assim que terminamos nossa refeição. Entre momentos de silêncio, reflexão e falando dos tributos, mortos e vivos. Nos levantamos para voltarmos á caverna quando vimos a cabeleira ruiva. Foxface corria. Mas aonde ela ia? Para onde ela estava indo? O que estava acontecendo? A gente não sabia, mas com certeza não seria muito bom ficar aqui. Corremos também. Direto para a Cornúncopia.

– O que está acontecendo?- Perguntou Peeta, olhando para trás. Nós parecíamos os únicos á correr. Observei mais e realmente, não tinha nada, não tinha ninguém. Mas Foxface continuava correndo como se alguma coisa fosse atacá-la á qualquer momento. Eu podia matá-la agora. Minha flecha estava armada e em minhas mãos, mas eu não poderia, não sem saber o que estava acontecendo.

– HEY, VOCÊ AÍ!- Eu gritei, ela se virou para onde eu e Peeta estávamos. Seus cabelos estavam soltos e sujos. Ela estava muito assustada.- O que está rolando?

– CACHORROS, ENORMES, ENORMES!- Ela dizia. Foi quando nós ouvimos um grito e Thresh saiu de trás das árvores, seguidos por cachorros manipulados pela Capital. Eles iam direto para a cornúncopia, mas conseguiram pegar o Thresh. Os gritos eram terríveis, eu me abracei á Peeta e ele tapou os meus ouvidos. Eu queria gritar, queriam que parassem. Era terrível!

– Calma, não é com você, não é com você!- Dizia Peeta, no meu ouvido enquanto estávamos ajoelhados, escondidos. Peeta mexeu em seus bolsos e pegou um pouco de amoras cadeado.

– O que você vai fazer?- Perguntei. Foi a hora em que ouvimos outro grito, mais fino dessa vez. Era Foxface. A ruiva foi atacada também.

– Está na minha vez, Katniss.- Disse Peeta, e se levantou indo na direção das Bestantes. Mas elas nem olharam para o Peeta, elas foram embora. Os canhões bateram.

1, 2, 3...


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Notas finais do capítulo

Me perdoem.