NewBury

Emily estava no sofá, pesquisando faculdades de medicina. Ela não queria trabalhar para sempre em um restaurante.

Ela estava entretida no que estava fazendo, até que foi interrompida pela campainha. Ela se levantou e foi ver quem era... Correio.

- Katherine Gray?

- Filha dela.

Ele estendeu uma carta.

- Só assina esse papel.

Ela pegou a carta e assinou o papel, com a caneta que ele havia dado.

- Obrigado. – disse Emily –

Ele deu um sorrisinho fraco de “de nada”. Ela esperou ele ir embora para fechar a porta.

A carta era para sua mãe e ela havia sido enviada por um homem chamado Robert. Emily estava observando a carta, com uma vontade enorme de abrir a carta.

Ela se conteve por um minuto, mas sua curiosidade era tanta, que não conseguiu. Na carta estava escrito:

“Cara Katherine, já faz muito tempo, não? Eu recebi sua carta há alguns anos, anunciando a morte de seu marido. Por um lado fiquei feliz e outro triste. Feliz, pois assim poderia, finalmente, viver ao seu lado como sempre quis. Triste, porque eu não podia simplesmente aproveitar a morte de seu marido, para poder ficar ao seu lado e te chamar de “esposa”. Então, minha cara, eu devo simplesmente anunciar a você: voltarei para NewBury para poder ficar com você. Espero que você prepare sua filha, pois será um choque para ela, saber de nosso romance, mesmo antes de seu marido morrer. Estou ansioso para poder voltar para você.

- Robert”

Emily teve que parar de ler, pois havia ouvido o barulho do carro de sua mãe. Reguardou a carta como se nunca tivesse sido aberta. E pulou no sofá, fingindo estar entretida nos panfletos de faculdade.

- Bom dia. – disse sua mãe, fechando a porta –

- Bom dia.

- Nossa. Uma semana fora de casa e minha filha me recebe assim?

Emily deu um sorriso fraco e se levantou do sofá e deu um abraço em sua mãe.

- Pra quem é essa carta?

- Pra você. – disse Emily séria –

Ela pegou a carta e começou a ler. Depois de ler, ela ficou tão feliz, que era como se ali tivesse escrito que ela havia ganhado na mega sena.

- O que está escrito? – perguntou Emily fingindo não saber de nada –

- Nada. A gente conversa depois.

Emily demorou a responder. Pois havia percebido que sua mãe era uma mentirosa. Ela havia traído seu pai e tinha a cara-de-pau de no outro dia, dizer a ele que o amava.

Mas finalmente respondeu.

- Ok. – disse séria –

Ela subiu as escadas, foi para o seu quarto e se trocou. Colocou um short jeans, uma blusa regata branca e por cima, uma blusa de ombro caído com a bandeira dos Estados Unidos e um all star preto. Pegou seus óculos de sol, estilo aviador e pegou sua bolsa, e desceu as escadas.

- Emily! Nós precisamos conversar!

Ela deixou sua mãe falando sozinha e saiu.

***

- Mas mesmo assim... Isso ainda não faz sentido. – disse Sam –

- O que não faz sentido? – perguntou Castiel –

- Por que os anjos fariam pacto com os anjos?

- Lúcifer quer matar todos os descendentes de Deus. Mas ele está fraco. E os anjos, não importa o lado em que estiver não pode matar uma pessoa... Que estiver apaixonada.

- E? – perguntou Dean –

- Por isso, eles fizeram pacto com os vampiros. Vampiros não acreditam no amor e não podem senti-lo. Assim, matam qualquer um.

- Ah... – disse Dean –

E o silencio se seguiu. Mas foi interrompido por Dean:

- E por que eu não posso ir atrás dela de novo? Digo... Seria mais proteção para ela.

- Por que, se ela se apaixonar por um dos dois eu não poderei protegê-la mais.

- Mas... Ela só vai estar apaixonada. Qual o problema nisso? – disse Dean com um sorriso malicioso –

- O amor.

Sam e Dean ficaram quietos, esperando Castiel dizer algo mais.

- O amor é o único sentimento que nós não podemos mudar... Sendo assim, quando a pessoa que devemos proteger está apaixonada, nós não conseguimos protegê-la mais. Só o amor a protege, mas logicamente, ele deve ser correspondido.

- Hum... – disse Dean –

***

Emily estava andando sem rumo na rua, que a visse, achava que estava perdida.

Ela estava andando, até que encontrou Jason.

- Oi. – disse ela dando um sorriso –

- Aonde você estava? – perguntou ele –

- Como?

- Na noite em que a gente ia se encontrar...

- A gente ia se encontrar? – disse Emily confusa –

- Sim! – disse ele –

- Me desculpa... Mas eu não me lembro de nada...

- Como não?

- Sei lá. Eu simplesmente não me lembro de nada daquela noite. É como se ela nunca tivesse existido. Eu só me lembro de ter acordado em casa.

- Estranho...

- Muito...

Silencio.

- Você esta ocupado? – perguntou Emily -

- Não. Por quê?

- Já que a gente ia sair, e eu esqueci o que não foi legal da minha parte... Vamos agora!

- Ok.

Jason a levou para um restaurante italiano e ficaram lá por um tempo, conversando.

Depois de um tempo, Jason levou Emily para casa. Chegaram lá e a mãe de Emily não estava. Provavelmente, ela estava no trabalho.

- Mora sozinha? – perguntou Jason –

- Não. Minha mãe é muito ocupada...

- E seu pai? – perguntou Jason –

Quando Emily ouviu a palavra “pai” teve uma vontade enorme de chorar.

Fazia tempo que não se lembrava dele. Como uma filha esquece o pai?

- Ele... – disse de cabeça baixa –

- Morreu. – disse ela levantando a cabeça e com lágrima nos olhos –

- Eu... Sinto muito. – disse ele –

- Esta tudo bem. – dizia ela limpando os olhos com o dorso da mão –

Ele se aproximou dela e a abraçou. Ela aceitou o abraço. Ela não sentia um abraço amigo fazia muito tempo...

Vee? Seus pais a haviam mandado para um colégio interno e mesmo assim, ela não dava muito apoio a Emily.

Quando se separaram do abraço, Jason a olhou no fundo de seus olhos. Colocou sua franja atrás de sua orelha e foi se aproximando lentamente de sua boca... Até que elas se tocaram.

O beijo dele era quente, do tipo que fazia qualquer garota da idade de Emily se apaixonar incondicionalmente.

Ele a puxou para mais perto de si e ficaram no beijo por um longo tempo. Até que tiveram que parar, porque sua mãe havia chegado.

Jason saiu pela porta dos fundos da casa e deu um beijo rápido em Emily, em forma de despedida.

Emily subiu para o seu quarto, colocou seu pijama. Deitou-se com um sorriso no rosto... E logo pegou no sono.