A Vingança De Kammi escrita por MisuhoTita


Capítulo 8
O Nascimento de Belinda




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Seis meses depois...

No pátio do presídio, Kammi observa seu volumoso ventre, que se torna mais pesado a cada dia que passa. Sabe que o momento de sua filha nascer está cada vez mais próximo e, é este o fato que vem lhe tirando o sono todas as noites.

Sabe que não poderá ficar com Belinda quando ela nascer, que está condenada a esta maldita prisão por vinte anos! E que por este motivo sua filha vai ser criada longe de seus braços!

Tudo isto por culpa de Richelle!

A cada dia que passa, consegue odiar a verdadeira assassina de Mark cada vez mais! E sua sede e desejo por vingança apenas aumentam com o passar dos dias!

Cada dia que é obrigada a viver neste inferno, seu ódio aumenta! Odeia a todos eles! Richelle por ter elaborado este plano para acabar com sua vida! O Ministério Público por tê-la acusado de forma tão injusta! O advogado sujo de Richelle, por ter compactuado com uma mentira! O juiz que a condenou! Junto com todo aquele maldito júri que disseram estar fazendo justiça, condenando-a de forma tão injusta, enquanto a verdadeira assassina posava de inocente bem na frente deles!

É claro que Laureen havia tentado recorrer da sentença, porém, a luta da prima fora em vão, pois, o juiz não diminuiu um único dia em sua cruel e injusta pena de vinte anos.

Agora, tudo o que quer, tudo o que deseja, é que a prima consiga para os pais a guarda de sua filha, para que ela possa saber que a filha irá crescer com os pais e poder vê-la todos os domingos.

Ao lado de Damon e Georgina, sua pequena Belinda irá crescer em segurança e, quando tiver idade suficiente para compreender, saberá que ela é inocente! Que está presa por um crime que não cometeu e que a ama mais do que qualquer outra pessoa no mundo.

Está tão distraída em seus pensamentos que nem percebe a aproximação de Melody, acompanhada de suas cinco e inseparáveis companheiras.

― A barriga está incomodando muito? – pergunta Melody, um tom anormal de preocupação em sua voz.

― Um pouco. – responde Kammi, desanimada – Sinto que se aproxima mais e mais o momento de minha filha nascer.

― Isto é fato! – fala Laina, apontando para o ventre de sua companheira – É só olhar para você, Kammi. Quando chegou aqui ninguém imaginava que você estava grávida.

― A Melody não demorou a descobrir. – informa Kammi.

― A Melody entra em outro departamento – continua Laina – O tempo passou, você foi condenada, começou a engordar, a barriga começou a aparecer e cá estamos nós, com você prestes a dar à luz no meio do inferno.

― Isso até daria um belo romance, não acha? – brinca Regina – Só não vá cometer a burrice de se apaixonar pelo bebê, porque depois a separação vai ser muito mais difícil. E, se eu estou falando isso, é porque eu aprendi a gostar de você e quero seu bem.

― Kammi, o que você tem que fazer é fingir que você está alugando a sua barriga para alguém. – opina Edrea – Aí quando a Belinda nascer e você tiver que se separar dela, será como se a criança não fosse sua, e obviamente, será muito mais fácil.

―Aliás, se você me permite uma opinião, Kammi. – a voz de Adriana se faz ouvir – Você não deveria nem ao menos ter dado um nome ao bebê, isso é sinal de apego. Depois, no momento da separação, será demasiado pior para você.

― O nome nem ao menos fui eu que escolhi. – fala Kammi, a voz triste, lembrando-se do passado – Foi Mark, muito antes de eu sonhar em engravidar. Ele sempre dizia que, se um dia nós tivéssemos uma filha, que ela iria se chamar Belinda. E, depois de Mark dar a vida dele para salvar a minha, é o mínimo que posso fazer. E, além disso, ele é o pai da minha filha, e eu gosto do nome.

― Kammi! – o tom de voz de Melody é de repreensão.

― O que é? – questiona Kammi, confusa.

― Você está fazendo tudo errado, Kammi! – fala Melody, ainda com o tom de voz de reprovação – Já cansamos de falar que você não pode pensar assim! Vai ser muito pior para você! O fato é que você vai ter que se separar dela quer queira ou não! Vai ser muito mais fácil para você se não tiver se apegado a ela! Lembre-se, Kammi, são vinte anos! Vinte anos! Tenha isso em mente sempre, e será melhor para você!

― Se tem uma coisa que eu não consigo esquecer é exatamente isso. – fala Kammi – Agradeço a preocupação de vocês, e prometo que vou tentar não me apegar muito a minha filha...! Sei que terei de me separar dela...! Penso nisso todos os dias.

― Bom saber que você pensa assim, Kammi. – aprova Regina – E pense que, daqui a vinte anos, você vai sair daqui e poderá fazer a verdadeira culpada por seu infortúnio pagar com lágrimas de sangue!

― E é exatamente isso que eu vou fazer, Regina! – a voz de Kammi é repleta de ódio – Aquela menina ingênua que vocês conheceram meses atrás morreu no dia da minha condenação. No lugar dela, nasceu outra, que tem seu coração sedento por vingança.

― Nós vamos te ensinar muito, Kammi. – fala Laina, animada – Vamos te transformar em uma mulher forte, guerreira! O tipo de mulher ideal para estar na máfia do Alcir! Vamos te ensinar o jogo da traição! A se fingir de boazinha para dar o bote na hora certa! A manipular para conseguir o que quiser e, no dia que sair daqui, nos encontraremos, as sete no mundo lá fora, e, todas nós, juntas com todo o poder da máfia do Alcir, vamos fazer com que a Richelle e todos os responsáveis por sua injusta condenação paguem com lágrimas de sangue. E, para Richelle, o pior dos castigos.

Kammi não consegue deixar de sorrir. Pelo menos, para seu sofrimento não ser ainda maior, encontrara no meio do inferno seis mulheres as quais consegue chamar de amiga!

 

 

*****

 

 

No meio da madrugada, Kammi acorda, sentindo uma forte contração. Começara a sentir as primeiras contrações a tarde, um pouco depois de ir ao banheiro e notar um pequeno sangramento em suas pernas, que ela tratou de secar imediatamente.

Depois disso não demorou muito para começar a sentir as primeiras contrações e, soube imediatamente que estava começando a entrar em trabalho de parto.

Por conta disso, não quis ir para o refeitório e, preferiu ficar em sua cela, sofrendo calada todas as dores das contrações, uma atrás da outra.

Com o passar das horas, as dores foram aumentando, assim como a intensidade. E agora, está difícil conseguir conter os gritos.

Mais uma contração. Muito mais forte do que as anteriores. E dessa vez não consegue conter um grito agudo de dor.

― Agora não...! – exclama Kammi, entre um grito e outro – Por favor...! Agora não...!

O grito de Kammi acaba por acordar Melody, que encara a companheira com o rosto inchado devido ao sono.

― Qual o problema, Kammi? – questiona Melody, a voz carregada de sono – Não vê que tô tentando dormir?

Kammi não tem tempo para responder, pois, sente sua bolsa estourar e o líquido amniótico escorrer entre as suas pernas, molhando sua cama e consequentemente o chão, fato este que não passa despercebido por Melody que, apressada, levanta de sua cama e vai até sua companheira.

― Kammi...! – a voz de Melody é de autêntica preocupação – Vai nascer, menina! Sua filha vai nascer!

Kammi não responde, apenas grita após mais uma contração. Melody a ajuda a se deitar e manda que ela abra as pernas, e a jovem a obedece de imediato. Em seguida, Melody vai até as grades da cela e começa a gritar:

POLICIAIS!!! ALGUÉM!!! ALGUÉM POR FAVOR VEM AQUI!!! POLICIAIS!!!

Não demora muito para uma policial aparece, com uma expressão facial demasiado aborrecida.

― Por que é que você está fazendo tanto barulho? – a policial começa a bater com o cassetete nas grades da cela, em sinal de repreensão – Desse jeito você acordará todo o presídio e eu terei de lhe dar uma punição!

― Eu não estaria fazendo barulho se não fosse importante! – responde Melody, sem se deixar intimidar – Olhe, a bolsa dela estourou! Ela vai dar à luz! Vocês precisam fazer alguma coisa! Ela não pode ter o bebê dela aqui sem nenhum tipo de assistência!

― Ela que tivesse pensado nisso antes de assassinar o próprio noivo a sangue frio! E, se você quer saber a minha opinião, essa assassina ainda teve muita sorte, se eu fosse juíza, teria negado a solicitação da advogada dela para ela ter direito a quatro consultas por conta desta criança. Agora cale esta maldita boca e tratem de não fazer barulho! Ou colocarei as duas em uma cela de castigo!

E, dizendo estas palavras, a policial deixa a cela a passos apressados. Melody sente a raiva tomar conta de si ao ver o descaso da mulher, mas, volta sua atenção para Kammi, que está mordendo o cobertor para conter os gritos de dor.

― Não tem jeito, Kammi. – fala Melody, segurando a mão da amiga – Agora somos só nós duas! Eu vou ter que fazer o seu parto!

A dor da contração desaparece, e, Kammi tem tempo para olhar a amiga, os olhos de Kammi refletem medo.

― Você... – Já fez um parto alguma vez? – a voz de Kammi reflete todo seu medo.

― E eu lá tenho cara de parteira? É claro que eu nunca fiz um parto antes! Mas infelizmente eu sou a sua única opção que você tem! Ou me deixa fazer o parto, ou morrem você e a Belinda, indo fazer companhia ao Mark no outro mundo!

As palavras de Melody causam um grande impacto em Kammi, que não consegue encontrar palavras para responder a companheira. E, no mesmo instante, volta a sentir uma forte contração, e, dessa vez, não consegue conter um agudo grito de dor.

Melody se aproxima de Kammi e abre mais as pernas dela, determinada a trazer esta criança ao mundo de qualquer forma. Sabe que as condições não são as mais adequadas para se ter um bebê, não conta com panos limpos, água potável... Não conta com absolutamente nada! Mas, mesmo assim, sabe que sua obrigação é trazer a filha de Kammi ao mundo, custe o que custar!

Mais um grito de Kammi a tira de seus pensamentos, fazendo-a voltar a realidade e no que tem de fazer.

― Kammi, escute! – a voz de Melody soa decidida – Agora é a hora de trazer a Belinda ao mundo e somos só nós duas! Você precisa me ajudar! Tá na hora, Kammi! Grite o quanto você quiser, mas, faça força para empurrar a Belinda para fora!

Kammi sente mais uma forte contração e não consegue conter outro grito, ao mesmo tempo em que sente o suor molhar seu rosto. E, misturando-se ao suor, surgem as lágrimas... É forçada a admitir que, apesar de todas as suas mudanças, apesar de ter se tornado uma mulher mais dura e ter amadurecido bastante ao longo desses meses, seu grande ponto fraco ainda é Belinda... E, se pudesse evitar, ela nunca viria ao mundo, apenas para não precisar de separar da filha tão amada.

Outra contração, mais forte do que as anteriores, e, mais uma vez, Kammi morde o cobertor para conter um grito, enquanto sente que, a cada contração, sua bebê desce um pouco mais para a sua região pélvica.

Melody se posiciona na frente de Kammi, e, de joelhos, ali na cama, segura as duas pernas da amiga a fim de mantê-las afastadas.

― Vai, Kammi, você precisa fazer mais força!

― Não...! Eu não aguento mais...! Eu quero desmaiar...!

― Depois você desmaia o quanto quiser! Mas agora é hora de você trazer a Belinda ao mundo! Por isso, força, Kammi! Sua filha quer nascer! Respira fundo e faz força!

As palavras de Melody ecoam nos ouvidos de Kammi, enquanto a cada contração, a cada respiração, vai sentindo sua filha sendo empurrada para o mundo.

― Isso, Kammi! Continue assim, minha amiga! Sua filha está chegando! Já estou começando a vê-la! Vai, Kammi! Mais um pouco!

Kammi continua fazendo força, e, pouco a pouco, vai começando a sentir seu bebê sendo empurrado pela sua pelve, até que Melody começa a ver a cabeça da criança, enquanto continua a incentivar Kammi.

Mais uma contração e, a cabeça de Belinda é empurrada para fora, Melody a segura e, no momento em que Kammi mais uma vez faz força para continuar empurrando sua filha para o mundo, a mafiosa a ajuda, puxando para seus braços a menina toda ensanguentada, que começa a chorar no mesmo instante.

― Jesus! – exclama Melody pálida, sem realmente acreditar que conseguira trazer essa bebê ao mundo, segurando a pequena filha de sua amiga em seus braços.

Os olhos de Kammi se enchem de lágrimas que ela não consegue segurar, enquanto Melody entrega a ela a bebê, ainda ligada a ela pelo cordão umbilical, já que, ali, naquela cela, não possuem nada que possam usar para cortá-lo.

Kammi segura sua filha enquanto as lágrimas não param de cair por seu rosto...! Com cuidado, suas mãos percorrem o pequeno rostinho de sua filhinha, que continua a chorar. Olha o bebê maravilhada...! A filha de Mark...! Sua Belinda...! Agora sua vida encontrou um sentido muito maior, e sente crescer em seu coração um amor imensurável por aquela criaturinha que acabara de nascer...!

Porém a mágica se acaba no exato em que três policiais praticamente invadem a cela, segurando seus cassetetes e claramente incomodadas com o choro da criança.

― Afasta-se daí. – ordena uma das policiais a Melody, que obedece sem pestanejar.

Uma das policias tira de seu bolso uma tesoura e com ela corta o cordão umbilical, separando Belinda de Kammi, em seguida, a mulher volta a guardar a tesoura no bolso de seu uniforme, voltando sua atenção para Kammi.

― Me dê esta criança. – a mulher é curta e grossa.

O coração de Kammi começa a bater de forma descompassada em seu peito ao ouvir as palavras da policias e, instintivamente, abraça o pequeno bebê com todas as suas forças.

― Não...! – fala Kammi, sem se dar conta do que está dizendo – Ela é minha...! Vocês não podem tirá-la de mim...! Ela é minha...! É minha filha...! Minha filha...!

― Pensasse nisso antes de assassinar uma pessoa! – diz a mulher sem nenhuma piedade em sua voz – Agora me dê esta criança ou será muito pior para você!

― Não...! – Kammi volta a dizer.

As outras duas policiais se aproximam e seguram Kammi com força, enquanto a primeira arranca a criança dos braços de Kammi, sem se importar com os gritos e com as lágrimas desesperadas de uma mãe. Em seguida, as três policiais deixam a cela, levando com elas a bebê e deixando Kammi aos prantos.

Sem se importar com o sangue que ainda escorre por suas pernas, Kammi se arrasta até as grades da cela e se debruça nela. Chorando de forma desesperada.

― Minha filha...! Eu quero a minha filha...! Me devolvam elas...! Me devolvam a minha filha...!

Sem dizer uma única palavra, Melody se aproxima de Kammi, a levanta e, em seguida, a leva para a cama. E, ao longo de toda a noite, Melody apenas consola Kammi, sem dizer uma única palavra a ela.

 

 

*****

 

 

A semana se passa e assim, chega o domingo, o dia de visitas. Para Kammi, a semana pareceu durar uma eternidade, pois esperara pacientemente o domingo para a visita de seus pais.

Se recuperara bem do parto, mas, sente um vazio dentro de si, um vazio que só Belinda é capaz de completar. Seus seios estão cheios de leite, que ainda não secaram e, sofre ao saber que não poderá dá-lo a seu bebezinho tão lindo.

Recebera um apoio grande tanto de Melody como de suas outras companheiras e, fora por conta do apoio delas que conseguira sobreviver esta última semana. Fecha os olhos e ainda é capaz de se lembrar nitidamente do horror que foi ter sua filha arrancada de seus braços de forma tão cruel e, seu único consolo é saber que agora Belinda está com seus pais, que vão amá-la muito enquanto é obrigada a apodrecer nesta prisão.

Uma policias chega em sua cela anunciando suas visitas e, a passos apressados, vai para a cela de visitas, onde encontra seus pais e Laureen, mas, para sua infelicidade, não há nenhum bebê.

― Onde está Belinda? – pergunta Kammi, sem ao menos cumprimentá-los – Onde está a minha filha? Por que não a trouxeram com vocês?

― Kammi...! – começa Georgina, sem saber exatamente o que dizer.

― Onde está a minha filha? – pergunta novamente Kammi – Eu quero vê-la! Quero ver a minha filha!

Vendo o desespero de Kammi, Laureen não se contém e resolve abrir logo o jogo.

― Escuta, Kammi, seus pais não têm a guarda de sua filha.

― Como assim? Acho que não entendi ou não ouvi direito...

― Ouviu, querida. O juiz disse que seus pais não podem ficar com a criança, justamente por eles serem seus pais e a criança iria ter convívio com você, mesmo que uma vez por semana. Lamento, mas a Belinda foi entregue a uma família desconhecida.

As palavras ecoam na mente de Kammi enquanto ela sente o ódio tomar conta de si. Lágrimas inundam seu rosto, mas, são lágrimas provenientes da raiva insana que começa a sentir do mundo, por tirar dela sua filha de forma tão cruel.

Sem dizer uma palavra, deixa a cela de visitas e volta para sua cela, onde não para de chorar por ter perdido para sempre a sua filha...! Chora...! Chora até sua visão ficar totalmente turva e ser tomada pela dor da inconsciência...!

Não sabe dizer por quanto tempo dormiu, mas acorda com uma policial dizendo que tem outra visita e, vai para a cela de visitas, acompanhada de Regina que também irá receber visitas.

E, para infelicidade de Kammi, qual não é sua surpresa ao ver que a visita é Richelle, segurando uma menina recém-nascida em seus braços, que Kammi reconhece no mesmo instante.

Richelle olha para Kammi com um sorriso demasiado cruel.

― Vim te apresentar a minha filha, Kammi. – a voz de Richelle é cheia de ironia – Veja como é linda a minha bebê.

O corpo de Kammi começa a tremer devido a raiva e, ela só não vai para cima de Richelle, para arrancar dela sua filha, pois Regina a segura.

― Não, Kammi. – fala Regina – Não caia na provocação dessa daí! Vem, vamos embora! Não há nada para você aqui.

Regina leva Kammi para um dos banheiros e, a jovem abre uma das torneiras para lavar seu rosto e esconder as lágrimas de ódio, pois, além de perder a filha, descobre que ela está com sua pior inimiga. Não demora muito para que Adriana as encontre no banheiro.

― Achei você, Kammi. – fala Adriana.

― O que é? – fala Kammi, fechando a torneira e secando o rosto com as mãos.

― O Alcir acaba de chegar.

Alcir!

O nome vem como uma tábua de salvação para Kammi e, de repente, ela sabe o que fazer! Nada mais de ser a bobinha! A chorona! A inocente! A partir de agora realmente será uma outra mulher!

Sem pensar em mais nada, corre em disparada para a cela de visitas e encontra o mafioso ao lado da irmã. Ao vê-la, Alcir não deixa de sorrir.

― Bela Kammi. – fala Alcir, se aproximando da jovem e beijando de forma educada a palma da mão dela – É sempre uma alegria vê-la.

― Alcir! – Kammi decide ir direto ao ponto, deixando o ódio finalmente explodir dentro de si – Eu já me decidi! Quero entrar para a sua máfia! Quero vingança! Quero que a Richelle morta! Nem que para isso eu tenha que virar uma assassina de verdade! Quero que esta maldita mulher pague por tudo o que ela me fez! Quero vingança!


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