A Vingança De Kammi escrita por MisuhoTita


Capítulo 2
Disparos


Notas iniciais do capítulo

Neste capítulo, vocês vão conhecer um pouco da Kammi antes da condenação, para entenderem melhor a transformação que ela vai sofrer e o desejo de vingança que vai se instalar no coração dela.
Eu espero sinceramente que vocês apreciem o capítulo.
Boa leitura!



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Meses antes...

Em um grande laboratório de pesquisas, uma jovem de vinte e dois anos termina seu trabalho com alguns tubos de ensaio. A jovem possui a pele acobreada, estatura mediana, olhos cor de chocolate que sorriem para a vida junto a um sorriso perfeito e luminoso, e longos e sedosos cabelos castanhos ondulados, que caem em cascata por suas costas até sua cintura. Usa um jaleco branco de mangas curtas e, por baixo dele, um vestido branco florido, com rosas delicadas brancas e azuis na altura de seus joelhos e com manga boneca, e nos pés, delicadas sapatilhas pretas.

Guardando o tubo de ensaio em um suporte, olha para o relógio de parede do laboratório e, para sua alegria, vê que já acabou seu expediente de trabalho.

― Ufa, finalmente o dia acabou! – exclama a jovem tirando o jaleco.

― Para você a noite é o que realmente importa, não é, Kammi? – pergunta uma moça mais velha.

Alta, cabelos curtos, negros e lisos em um corte Chanel e moderno, olhos tão escuros quanto seus cabelos e pele morena. Usa calça jeans, sandália de salto alto e uma bata vermelha.

― Que exagero, Becca. – responde Kammi, com um sorriso – Mas confesso que ultimamente as minhas noites tem sido bastante especiais.

― E quando você vai contar ao Mark, querida?

Kammi leva as duas mãos ao ventre com um sorriso tímido em seu rosto, que começa a ruborizar sem que ela se dê conta. Desde que o teste confirmara aquilo que já suspeitava, vem pensando em uma maneira especial de contar a Mark a novidade. Sua prima e melhor amiga Laureen se ofereceu para ajudá-la com todos os preparativos para um jantar romântico, onde pretende contar ao noivo a novidade que a deixou radiante.

― Amanhã. Laureen ficou de me ajudar a preparar um jantar especial para Mark. Quero que este dia seja marcado para sempre em nossas memórias.

― E aposto que será, Kammi. Você merece toda a felicidade do mundo.

― Obrigada.

As duas deixam a sala do laboratório e andam por um longo corredor, conversando animadamente até uma sala onde estão os armários. Kammi tira o cordão com seu crachá de seu pescoço e, pendurado no crachá, estão duas pequenas chaves, ela usa uma para abrir seu armário e tira o jaleco em seguida, guardando-o no armário, pegando sua bolsa e o trancando em seguida.

Abre a bolsa, pega seu celular e olha as chamadas perdidas, um total de dez, todas elas de Mark, não consegue deixar de sorrir.

― Eu tenho que ir, Becca. Marquei de fazer compras com Laureen, depois me encontrarei com Mark. Até amanhã.

― Até amanhã, Kammi. E divirta-se, amiga!

― Pode deixar.

Kammi deixa o laboratório e vai para o ponto de ônibus habitual, onde senta-se em um banco à espera de seu ônibus. Estava com planos de começar a tirar a carteira de habilitação, porém estes planos agora terão de esperar por no mínimo um ano, agora que uma nova vida está crescendo em seu ventre.

O ônibus que pega diariamente se aproxima e, levanta-se do banco do ponto para fazer o sinal para que o coletivo pare. Entra o ônibus, paga o cobrador, gira a roleta e senta-se em um banco qualquer, abrindo sua bolsa, pegando os fones de ouvido, conecta-o ao celular e abre sua pasta de músicas para se distrair ouvindo Legião Urbana.

Meia hora depois, desce em frente a um Hipermercado e, não se surpreende nem um pouco a encontrar a prima Laureen à sua espera. A prima é muito parecida com ela, sendo três anos mais velha, possui a mesma pele acobreada e os mesmos olhos cor de chocolate, mas os cabelos são vermelhos como o fogo, e ondulados, assim como os de Kammi. As duas se cumprimentam com um beijo caloroso no rosto e um abraço.

― Como foi seu dia hoje, Laureen? – pergunta Kammi, animada.

― Tive um dia difícil no fórum. – responde a ruiva – Um caso de vara familiar. O casal estava mais preocupado com quem ia ficar com o carro do que com os filhos, de nove e seis anos.

― Imagino o quanto deve ser desagradável lidar com este tipo de situação.

― Como advogada, pego os casos que me interessam. Mas o que gosto mesmo é da área criminal. Não há nada melhor do que ajudar na condenação de um culpado. E ainda realizarei meu grande sonho de ser juíza.

― Sei que sim, você é dedicada.

― Mas e você, Kammi? Como é que está?

― Tenho me sentindo bastante enjoada, especialmente pela manhã. Mas pelo que andei lendo, no primeiro trimestre isso é normal.

― De quanto tempo você está mesmo?

― Eu não sei. Só peguei o resultado do exame de sangue esta manhã. Mas acho que devo estar com uns dois meses, se eu for levar em conta a minha última menstruação. Depois que contar ao Mark, pretendo marcar uma consulta com meu médico para começar a cuidar de mim e do bebê.

Na entrada do hipermercado, Laureen pega um carrinho e as duas começam a enche-lo de compras enquanto conversam animadamente sobre todos os planos de Kammi, para o novo futuro que tem pela frente.

― Kammi, você está radiante, sabia? Fazia tempo que não via você assim, tão feliz.

― Impossível não estar, prima. Na verdade, Mark e eu tínhamos planos de ter um bebê só ano que vem, mas, ele resolveu vir antes. E eu não vejo a hora de poder ter esta criança em meus braços.

― Bem sei disso, Kammi. Desde que éramos crianças você vive dizendo que o grande sonho de sua vida é ser mãe.

― E há verdade em cada uma destas palavras, prima. Parece um sonho que, daqui a alguns meses, terei um bebê em meus braços.

As duas vão para uma das filas do caixa, com o carrinho lotado de compras e, enquanto esperam a vez delas de passar, Laureen não deixa de notar a mulher na fila do caixa ao lado olhando para Kammi com desprezo. Alta, corpo escultural, de modelo, loira dos olhos azuis e cabelos lisos na altura dos ombros, cortados em um corte repicado.

― Aquela ali não é a Richelle? – comenta Laureen.

Kammi olha para o lado e o sorriso em seu rosto desaparece, vendo a mulher olhá-la com ódio. Nunca conseguiu entender o porquê de Richelle odiá-la tanto, afinal ela nunca teve culpa das escolhas de Mark, aliás, quando o conheceu os dois já haviam terminado, ela nunca fora a causa de nada.

― Eu não consigo entender para que tanta raiva por parte da Richelle. – comenta Kammi – O que eu tenho a ver com os problemas dela?

― Kammi, você é muito inocente. A Richelle é o tipo de mulher toda glamorosa que acha que o mundo tem que girar ao redor dela, ela é uma modelo influente, uma diva no mundo da moda. Não aceitou perder o Mark para você.

― E quem disse que ela perdeu o Mark para mim? Quando o conheci, eles já haviam terminado. Não tenho nada a ver com o término do relacionamento dos dois.

Chega a vez das duas passarem no caixa e Kammi agradece aos céus por isso, apenas para se livrar do olhar de ira de Richelle. Após pagarem as compras, ela e Laureen se dirigem ao estacionamento, onde a ruiva pega as chaves de seu golf prata e começa a abrir o porta malas para colocar as compras.

― Vou te levar até sua casa e te ajudo a guardas as compras. – fala Laureen, animada – Imagino que não terá nenhum problema com relação ao Mark.

― Nenhum. – responde Kammi – Hoje combinamos de jantar em um barzinho bem aconchegante, tem música ao vivo lá, uma banda local. Você deveria conhecer o lugar, é bem aconchegante.

― E você a partir de agora deve começar a tomar cuidado com a alimentação, mulher! Nada de barzinhos e coisas assim! Tem que se alimentar bem por esse bebê que está esperando!

― Laureen, você está parecendo a minha mãe!

As duas começam a rir e entram no carro de Laureen. Kammi liga o rádio do carro da prima e coloca um CD de Roberto Carlos, e, enquanto Laureen dirige pelas ruas da cidade, as duas conversam animadamente sobre vários assuntos.

O papo é tão animado que Kammi nem percebe o tempo passar e, quando se dá conta, Laureen já está estacionando o carro em frente a seu modesto prédio. As duas deixam o carro, e a ruiva volta a abrir o porta malas para tirar as sacolas de compras, liga o alarme do carro enquanto o porteiro abre o portão do prédio para que as duas entrem. Kammi o cumprimenta com um sorriso e as duas rumam para o elevador, e sobem até o quinto andar, para o apartamento de Kammi.

Laureen ajuda a prima a guardar as compras na dispensa e se despede da prima, prometendo ligar no dia seguinte para combinarem a hora de se verem.

Após se despedir da prima, Kammi vai para seu quarto, abre seu guarda roupas, pega uma toalha, escolhe um vestido azul bebê de alcinha com um discreto decote em v e vai para seu banheiro, a fim de tomar um banho e se arrumar para se encontrar com seu noivo.

Não demora muito em seu banho, troca de roupa, faz uma maquiagem suave em seu rosto e em seguida deixa o prédio, com a noite começando a cair. Decide ir caminhando para o barzinho que marcou com Mark, os pensamentos todos em euforia, pensando em como ele receberá a grande notícia no dia seguinte, mal consegue esperar.

Durante meia hora, caminha de forma tranquila pelas ruas de seu bairro até chegar ao barzinho que combinara com Mark, onde já é capaz de ouvir o som da banda local. Um ritmo romântico e leve, do jeito que gosta.

Combinara com Mark na porta do bar e, nota que ele ainda não chegou, se encosta em um poste de luz e resolve esperar por ele ali mesmo, pois sabe que não tardará a chegar. Enquanto espera, fica observando o movimento nas ruas e, para seu desagrado, Richelle passa por ela, com seu eterno mal humor toda vez que cruza seu caminho.

Querendo evitar o olhar da mulher, Kammi vira-se de costas de forma abrupta e esbarra em um homem. Alto, pele branca, cabelos negros e olhos verdes, sorri para ela de forma divertida.

― Cuidando por onde anda, Kammi. – ele brinca – Desse jeito vai acabar atropelando alguém, princesa.

Os lábios de Kammi se curvam em um sorriso radiante, enquanto seus olhos brilham de felicidade e ela abraça o homem à sua frente.

― Mark! – exclama a jovem mulher.

O homem retribui o abraço de Kammi com carinho, para em seguida tomar os lábios dela nos seus, expressando todos os seus sentimentos naquele gesto, que é retribuído com a mesma intensidade. Beijam-se por um breve momento, mas que para os dois parece uma eternidade e, terminam com o beijo de forma relutante.

― Você está linda esta noite, Kammi. – comenta Mark – E parece mais radiante do que nunca.

A resposta de Kammi é um sorriso infantil. Quer muito contar a Mark o motivo de tanta felicidade, mas decidiu que será amanhã, no jantar que planejara com a ajuda de Laureen e vai aguentar a ansiedade até lá.

Mark segura uma de suas mãos com carinho e, a conduz para o barzinho, onde escolhem uma mesa vazia e se sentam. O homem pede uma caipirinha, enquanto Kammi pede um suco de laranja, lembrando das recomendações de sua mãe, quando lhe contara a novidade.

― Não vai querer álcool hoje, Kammi? – pergunta Mark, estranhando.

― Hoje não. – responde Kammi, tentando manter indiferença – Li em uma revista que é bom mudar os hábitos alimentares de vez em quando.

O moreno sorri.

― Você é uma gracinha, sabia? E isso é uma das coisas que sempre me encantaram em você, Kammi.

― Uma gracinha? Você não acha que ser uma gracinha soa muito menininha? Eu já sou uma mulher, caso você ainda não tenha notado!

― Você é uma gracinha, Kammi. Porque você é inocente, brincalhona! Não vê maldade nas pessoas e é pura. Nunca esquecerei o presente que você me deu, sua inocência. E é meu desejo te fazer feliz pelo resto de sua vida. E não quero que nada lhe tire essa alegria de viver, esse sorriso em seu rosto, e acima de tudo essa sua inocência que é tão bela. O mundo seria um lugar muito melhor de se viver se existissem mais pessoas como você, princesa.

Kammi sente seu rosto se incendiar ao ouvir as palavras de seu noivo, e sabe que está vermelha de vergonha. Sempre fora tímida, e, mesmo após dois anos de namoro com Mark, ainda cora ante a cada elogio dele.

Os dois jantam animadamente, conversando sobre assuntos banais e, após terminarem a refeição, Mark a arrasta para dançarem, onde o fazem abraçados e trocando beijos castos e apaixonados.

Nos braços de Mark, Kammi se sente a pessoa mais feliz do mundo, além de protegida e segura. Ela e Mark se completam e quando está ao lado dele, não consegue sentir o tempo passar. Não vê a hora de poderem finalmente subirem ao altar para se jurarem amor um ao outro, e unirem suas vidas no sagrado matrimônio, para que possam estar juntos para o resto de suas vidas.

Pensa no bebê que carrega em seu ventre, e que no momento é apenas uma sementinha...! Quer que seja uma menininha, pois Mark sempre sonhou em ter uma menininha, e que tenha os olhos dele e seus cabelos ondulados.

Permanecem no restaurante mais um pouco e depois deixam o lugar, para caminharem pelas ruas da cidade de mãos dadas, sem nada o que se preocupar.

― Mark, posso te fazer uma pergunta?

― A vontade, princesa.

― Você me ama? – sua voz soa incerta.

― Isso é pergunta que se faça, Kammi?

― Me ama?

― Amo, se isso deixa você tranquila.

― Me ama a ponto de querer ter um filho comigo?

― Uma filha, Kammi. Sempre te disse que queria ter uma filha, e não vejo outra mãe para minha filha que não seja você.

― E se um dia nós tivermos um menino?

― Então vamos tentar de novo e de novo, até vir uma menininha linda como você! – Mark deposita um beijo nas bochechas de Kammi.

As horas passam com os dois caminhando sem nenhum destino em especial, apenas apreciando a companhia um do outro e, aos poucos, as movimentadas ruas começam a se esvaziar. Aos poucos, o tráfego de carros vai diminuindo, assim como o movimento de pessoas.

E, quando Kammi olha para seu relógio de pulso, vê que já passa de meia noite.

― Nossa, como está tarde. – comenta ela.

― Ao seu lado nem percebi o tempo passar.

Kammi sorri.

― Também não notei. Mas acho que já é hora de rir para casa, Mark. Amanhã tenho um longo dia de trabalho e, depois disso, ainda tenho que preparar o jantar especial que prometi para você.

― O que tem de especial neste jantar, Kammi? Se ainda não reparou, hoje você não parou de falar nele.

― É uma surpresa, já falei! Quando o momento chegar, você saberá, não se preocupe.

― Então acho que agora, é a hora de eu te levar para casa, não é me mesmo?

― Sim! – responde Kammi, com um sorriso infantil.

Mark sorri de volta mais então, subitamente, o homem olha para o horizonte e seu sorriso se esvai. Em um primeiro momento Kammi não entende o que está se passando, mas, olha para onde o olhar de seu noivo está fixo e entende a razão dele ter se tornado sério de repente. Ela. Richelle.

A mulher está a pouco metros dos dois, com as duas mãos no bolso e olhando para ambos com um olhar carregado do mais profundo ódio. Kammi não entende a razão disso, não entende porque é tão odiada por esta mulher, afinal de contas ela não roubou o namorado de ninguém. Simplesmente aconteceu e, Richelle nem era mais namorada de Mark quando os dois iniciaram o relacionamento.

― Richelle...! – Kammi tenta conversar.

― Cale essa sua maldita boca, Kammi! – responde a loira – Você não tem nenhum direito de falar qualquer coisa aqui.

― O que eu fiz para você, em? – Kammi questiona – Não entendo o motivo de tanto ódio! Vai seguir com a sua vida, Richelle, deixa a minha em paz! Me deixe viver em paz!

Richelle não responde e, ao invés disso, tira as mãos de seu bolso, revelando uma arma de fogo de calibre trinta e oito, que segura com a mão direita, devidamente enluvada. A mulher aponta a arma diretamente para Kammi, que fica paralisada ante o medo que sente, seu coração começa a bater de forma descompassada, enquanto seu rosto se torna branco como a neve.

Mark percebe o medo de Kammi, e sabe que precisa protegê-la do monstro chamado Richelle.

― Richelle, abaixe essa arma. – fala Mark, segurando uma das mãos de Kammi – Ouça a voz da razão, mulher. Uma arma é algo muito perigoso. Você vai desgraçar a sua vida com isso!

― E você acha que eu me importo? – responde Richelle, com desprezo em sua voz – Minha vida acabou no momento em que você me trocou por esta coisinha sem graça, Mark, e chegou o momento dela pagar por isso!

E então tudo acontece rápido demais! Com toda a sua força, Mark empurra Kammi para longe ao mesmo tempo em que três tiros são disparados por Richelle. Kammi grita desesperada ao mesmo tempo em que o coração de Mark é atingido pelos três tiros disparados pela loira, que corre em disparada deixando a arma do crime cair no chão.

Atordoada, Kammi não sabe o que fazer, Lágrimas inundam sua face enquanto olha o corpo de Mark perdendo sangue. Vai até ele e abraça aquele corpo inconsciente, que já não sabe se tem vida ou não. Não se importa com o sangue de seu noivo manchando o seu vestido, só o que lhe importa é Mark...!

― Não morra...! Mark, não morra...! Por favor...! – ela implora aquele corpo inerte, sem parar de chorar.

Totalmente perdida, olha para a rua que é o mais absoluto deserto, e procura por Richelle. Quando foi que ela sumiu dali que não percebeu? Caminha com o corpo trêmulo e as mãos cheias do sangue do homem que ama, se abaixa e pega aquela arma hedionda, sem parar de chorar.

Em choque, fica ali, com a arma na mão olhando para o corpo sem vida do homem que amou com todas as suas forças. Suas mãos e seu vestido ensopados com o sangue dele. Seu estado de choque é tão grande que não vê a aproximação de cinco policiais.

― Parada aí! – grita um dos policiais com uma arma em mãos – Solte essa arma e não resista! Está presa, assassina!

 

 


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