(Miku narra...)

Depois de me afogar em lagrimas com Len, evitá-lo (e todo mundo também), e depois voltar a chorar, eu decidi dar um basta nessa choradeira e voltar a funcionar, o que foi bem necessário quando vi o decreto de IA e Lily:

‘’ Todos do grupo de musica devem ensaiar suas musicas, que nós recebemos reclamações de não estar sendo feito, ou serão expulsos do grupo sem chance de recuperar a vaga. ’’

PS: A apresentação foi adiada para amanhã.

Otimo, agora estou sendo obrigada a encarar todo mundo com quem irei cantar. Fui para o meu quarto, para pensar um pouco nas musicas que irei cantar. Estava terminando de decorar a musica que ia cantar com Rin&Teto quando houve uma batida na minha porta. Quando abri, vi Kaito, com um sorriso tímido, e uma caixa preta na mão.

– Oi. Disse ele suavemente

Eu resisti a tentação de fechar a porta na cara dele e o convidei para entrar:

– Olá Kaito. Pode entrar. Disse eu com um sorriso tenso.

Ele entrou hesitante, e sentou na beirada da minha cama. Ele olhava pra caixa preta em suas mãos, refletindo sobre algo, então suspirou e olhou para as letras de musicas que estavam espalhadas na minha cama.

– Você já decorou nossa música? Ele perguntou.

– Já decorei sim, eu não vou cantar muito mesmo, sou a backvocal.

– Mas não deixa de ser importante nela.

– Como você saberia? Nunca me ouviu cantar!

Ele corou um pouco e olhou pra janela. Quando se virou pra mim, havia sorriso em seus lábios.

– Então vamos fazer a coreografia, já que decoramos a musica.

– Mas não seria a gente cantar primeiro? Pra ver como fica?

– Eu quero que essa parte seja surpresa, mas precisamos ensaiar a coreografia. Você sabe dançar tango?

– Não.

– Agora sim isso vai ser um problema.

Kaito se levantou, colocou a caixa preta em cima da minha cômoda e depois veio até mim. Ele pegou minha mão direita e a colocou no seu ombro, depois pegou minha mão esquerda e a manteve na dele, enquanto colocava sua mão livre na minha cintura.

– Pronta pra aprender?

– Não. Eu balancei a cabeça

Ele riu.

– Ah, relaxa, é fácil! Mantenha a cabeça erguida, dê passos largos e confiantes, e então você pega o jeito rapidinho, eu te guio.

– Mas como? Eu nunca fui boa em dança.

– Assim.

Ele começou a andar até mim, e eu fui prontamente pra trás. Ele parou e me lançou, me pegou e depois me girou, e me parou, com rosto bem próximo ao dele.

– Nossa! Isso foi...

Eu não terminei a frase (N/A: Avá ¬¬), eu o surpreendi, abraçando-o. Ele ficou tenso por um segundo, depois relaxou e me abraçou de volta.

– Obrigada. Nunca achei que fosse conseguir dançar.

– S-sem problema, eu só...

Ele parou, olhou para o relógio de pulso e suspirou.

– Tenho que ir, até mais miku-chan.

– Até mais Kaito-kun, e obrigado de novo.

– Ah, abra a caixa. É pra você.

Ele parecia nervoso. Eu o abracei de novo, só que dessa vez ele não hesitou, e me abraçou apertado.

– Ta bom, eu vou, até amanhã.

– Até. Ele piscou e fechou a porta.

Eu sorri e fui terminar de decorar a música, então me lembrei de abrir a caixa preta. Fui até a cômoda e peguei a caixa. Fiquei maravilhada com o que vi.

Uma pulseira dourada com pingentes de flores e violinos. Eu li o bilhete que havia junto:

‘’Miku, use no dia da apresentação, e aceite este presente como um pedido de desculpas meu’’

Com carinho, Kaito.

Sorri e guardei na gaveta, então fui até o quarto de Gumi, com toda intenção de lhe pedir desculpas. Bati na porta, mas a musica estava muito alta, então ninguém ouviu. Girei a maçaneta e abri a porta, ficando atordoada com a cena que vi.

(Gumi narra...)

Depois de um tempo em depressão, eu decidi me reanimar e começar os ensaios com Len, que já tinha uma coreografia em mente. Estavamos ensaiando a coreografia, na parte final da musica, em que eu pulava em seu colo, ele me girava, e depois me inclinava pra trás, me deixando de cabeça pra baixo. Justo nesse momento, a porta se abriu, e olhei pra Miku, que encarava a cena paralisada, com um leve tom de verde (N/A: Ciumes, hehe xD) em seus olhos, mas sem nenhuma emoção para demonstrar. Eu estava muito concentrada tentando ler sua expressão que não reparei que continuava na mesma posição (de cabeça pra baixo), e também não reconheci a voz atrás dela que disse:

– Bem, eu não queria estar na sua pele agora Len . . . (Voz 1)

– É, pequeno Len, me lembre de nunca deixar você fazer a coreografia. (Voz 2)

As duas vozes eram familiares, mas a terceira eu nunca ouvi:

– Não falem assim dele, já disse que ele não tem más intenções. (Voz 3)

– Então me fala, querida irmã, porque ela tá no colo dele? (Voz 2)

– Porque... (Voz 3)