(Miku narra...)

Sabe o que é esquisito? Você ver um bando de gente louca correndo. Sabe o que é pior? Você fazer parte da cambada! Vou explicar.

Estava eu, inocentemente comendo salada no refeitório, alheia ao mundo, quando ouço gritos. Me viro pra ver uma cambada correndo. Sério. Começou com o Len e a Rin:

– Rin, volta aqui! – Len gritou enquanto corria atrás dela – Me dá isso aqui!

– Só se você me pegar, boneca! – E saíram correndo a todo vapor.

– Miku, espere por mim! – Rin gritou pra mim antes de ir para o corredor de salas.

Ah, claro! Agora não podia nem fingir que não conhecia aquele doidos. Logo após veio Luka, Kaito e Gakupo correndo. Kaito e Gakupo atrás de Luka:

– Haha! Peguei vocês! Vão se ferrar com essa musica suja!

– Não! – Os dois gritaram juntos, e desapareceram no corredor.

E então veio Gumi correndo, corada por sinal, com Drew logo atrás:

– Qualquer coisa, Miku, estou trancada no banheiro!! – Gritou Gumi antes de desaparecer.

– Oh, legal! O que falta agora? Mikuo e garotas raivosas? – Falei sarcasticamente, para ninguém em particular.

Mas minha boca é santa mesmo, hein? Advinha o que aconteceu? É, se você acha que é Mikuo e as garotas revoltadas, parabéns, você merece um biscoito!

– Miku, me ajdua! – Gritou vindo em minha direção.

Nem perguntei por que não queria saber a resposta naquele momento.

– Como?

– Corre! – Ele pegou meu braço e começou a me puxar para o estacionamento, onde estava nossas bikes.

~~~~~~~~~~~~~~~ 2 horas depois~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Estava Mikuo, Gumi, Drew, Len, Rin, Luka, Kaito, e eu na sorveteria, comendo e conversando, enquanto esperávamos pela chegada de Teto.

– Então, você andou fazendo inimigos hein, Mikuo? – Perguntou Gumi, que por acaso estava bem, bem próxima do Drew.

– Algo assim... vou me afastar do clube de artes pelas próximas semanas. – Mikuo parecia deprimido.

Eu ri.

– Você pode dar uma mão a sua irmãzinha linda, no clube de luta – Pisquei inocentemente

– Miku, você quer ir parar na enfermaria de novo? – Disse Luka exasperada.

– Calma, Luka, não vai querer insultar a BB – Mikuo falava como se não estivéssemos corrido de garotas perversas há algumas horas atrás. Ele nunca sabe usar a honestidade corretamente.

– BB? – Gumi estava ansiosa para descobrir o significado. Ninguém perde a chance de me zoar.

– Baixinha do Box – E todos riram. Pessoal sem senso de humor.

– Mas você nunca mais vai me chamar assim de novo, não é mesmo Mikuo? – Comecei a estralar os dedos. Mikuo parou de rir ao mesmo instante. – Calma, mana, tava só brincando.

Sorri e acenei pra ele, pra mostrar que estava tudo bem.

– Mas não era assim que me chamavam nos campeonatos.

– Qual deles? – Mikuo perguntou.

– Os legais, é claro!

– Ah, sim! Era Miku deslocadora de...

– Não! Seu idiota! – Interrompi-o corada, e dei um tapa em seu ombro.

Ele riu.

– Tá bom, parei. Era Baixinha Quebra-Joelho.

– Graças a você, muito obrigado pelo apelido – Falei sarcasticamente.

– Mas então seria o que? – Rin perguntou.

– Miku Shadow’s Blood. – Falei orgulhosamente.

– Mas esse era o dos ilegais. – Mikuo exclamou confuso.

Todos me olharam espantados. Mas tenho que admitir, foi a conversa com o assunto mais bizarro que já tive. Na verdade, sempre que estou com Mikuo, a conversa está em um assunto bizarro. Sobre mim.

– Okay, já chega. Não é como se eu ainda vivesse assim, passado é passado.

– Está me desafiando, Hatsune Miku?

Eu arregalei os olhos:

– Imagina! Não passei 7 anos apostando contra você com tudo que tinha, para aceitar mais uma aposta agora! – Falei, o sarcasmo era obvio.

– Então, eu te desafio para uma luta comigo – Mikuo sorria largamente.

– Eu também – Disse Drew do nada, assustando-nos.

– O quê? Tu ta doidão moleque? – Disse Rin, sorrindo.

– Nunca, Rin. Quero ver o Miku Sombra de Sangue é feita – Ele sorria, de um jeito que eu já tinha visto antes...

– Não acredito! Não é possível!

– Você demora para lembrar hein, Miku-chan?

– Mikuo, seu idiota! Sua memória é tão boa quanto a minha! E por que não me disse nada?

– Por que sou idiota – Ele gargalhou

– Engraçadinho. – Falei pra ele, porém olhando para Gumi. Não acredito que demorei tanto tempo para lembrar dos dois.

– Então, DeDe Foguinho, está me desafiando, han? – Disse eu arrogantemente.

– Sim, estou Sombra de Sangue.

– Tá bom, para de zuar meu nome, traduzir ele tira toda a graça!

– Okay, chega de embolação e vamos logo para essa praia! – Teto apareceu na sorveteria do nada, com uma postura impaciente, e uma mochila cor de salmão nas costas.

– Vamos! – Num salto estava Gumi, Teto e eu, lado a lado, andando para fora do local.

– Esperem a gente apressadas! – Disse Rin, correndo até nós, mas deixando uma Luka de cara feia pra trás.

Me inclinei na direção das três, para que somente elas ouvissem:

– Preparem seus veículos, e que a sorte esteja sempre ao meu favor – Sorri e me virei para os outros – É corrida! – Gritei bem alto.

E um minuto mais tarde estava todos nós, em nossos veículos, preparados.

– Que o melhor vença! – E taquei no chão uma biribinha.

Saímos todos apressados e a ferozes, apostando nosso orgulho, enquanto ríamos uns dos outros, em direção a mansão beira-mar.