La Prometida escrita por Fernanda Bracho


Capítulo 29
Alguns segredos revelados


Notas iniciais do capítulo

Holaaaaaaaaa s2 como estão? como sempre, obrigada por tudo. Aqui começam alguns segredos sendo revelados, besos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/422546/chapter/29

Carlos Daniel estava conversando com Vovó, e Paulina saiu na varanda e pode observar Marissa sentada na escada, olhando o nada.

— Olá! — ela se sentou do lado dela

— Oi! — ela sorriu

— Porque está aqui sozinha? — Paulina perguntou

— É que ás vezes, gosto de ficar apenas comigo mesma, sabe senhora? Olhar o além e pensar na vida!

— Olha, primeiro me chame apenas de você, está bem? — sorriu — Sei sim, eu também gosto de apreciar o silêncio, pensar... principalmente olhar as estrelas! — falou

— Sério? Puxa, eu também. O som da natureza é o melhor que existe. Longe de tudo... é onde posso descarregar tudo o que sinto sem julgamentos ou olhares de reprovação! — explicou

— Eu também penso assim... a energia do sol, do ar puro é a melhor que existe. Longe de toda futilidade humana, falsidade... sabe, acho que temos muito em comum, sabia? — sorriu

— Eu também acho! — ela sorriu de volta — é incrível... tão idêntica e tão diferente ao mesmo tempo! — pensou alto

— O que? — Paulina perguntou

— Nada, pensei alto! — respondeu rapido

— Como assim, Ma? Porque disse tão idêntica e tão diferente?

— Não é nada!

— Não é a primeira vez que se referem a mim me comparando com outra mulher. Por favor, me diga... você conhece alguém chamada Noélia? Ela se parece tanto assim comigo?

— Paulina, eu prefiro não falar disso... tio Carlos não ia gostar....

— Eu prometo que ficará só entre nós duas! Mas eu preciso saber! Não é a primeira vez que isso acontece!

— Tá bem! — se deu por vencida — mas não conta pra ninguém, por favor...

— Está bem, pode confiar em mim!

— Faz uns dois ou três anos... Lizete ia fazer dois anos e Carlinhos tinha uns 5 por ai... eu sempre cuidei deles, desde que eles vem aqui. Até quando a tia Elizabeth era viva... mas nessa época, Tio Carlos chegou com uma moça... dizia que era sua noiva e que iria casar-se com ela. Seu nome era Noélia. E posso falar com toda certeza do mundo, ela era idêntica á você. Até no corte de cabelo. Se algum dia, por um acaso vir uma foto dela, vai ver que é verdade. Confundiriam vocês duas facilmente. Mas enfim... a principio eu gostei de saber que o tio estava feliz, que havia encontrado alguém que pudesse preencher um pouco do vazio que ele sentia. Sempre gostei dele como um irmão mais velho, ou um pai. E assim como Elizabeth, pensei que pudesse ter a Noélia como uma amiga, ou talvez irmã... mas foi o oposto. De um mês que ela passou aqui, eu posso dizer que foi o pior pesadelo da minha vida! — respirou fundo, Paulina ouvia atentamente — Na frente do tio, ela era um anjo. Incapaz de pisar numa barata. Mas quando ele não estava por perto, ela se transformava... ia da Cinderela á madrasta má. Era fria com as crianças, batia nelas e as tratava com aspereza. Lizete nem tanto, era muito pequena e eu a protegia. Mas Carlinhos sofreu bastante. Ela o ameaçava e dizia que se ele falasse algo ao pai, ela o levava pra bem longe e nunca mais o veria. Era impaciente, e queria tudo ao seu modo. Não gostava das crianças, nem dos Bracho e tão pouco do tio. Traia-o com o primeiro que visse pela frente. Tanto é, que acabou tendo um caso com o amigo do tio, o Douglas. Ela foi o motivo dessa rixa entre eles! — explicou — Eu ouvia as ligações que ela fazia pra ele. O seduzia, dizia que iria terminar com o tio pra ficar com ele. Falava que não o amava, que ele a maltratava e batia nela. Chegou a inventar que descobriu que a Elizabeth morreu de tanto apanhar! — deu uma pausa, e negou com a cabeça — Douglas, enfeitiçado por ela e acreditando que aquilo tudo fosse verdade, acabou tendo um acaso com ela! E os únicos que sabiam eram eu e Carlinhos, ainda pequeno coitadinho. Ela me ameaçava... me batia, e fazia de empregada. Eu sempre almoçava e jantava por último, por conta das minhas tarefas... ela jogava minha comida fora, quando não colocava alguma substância pra me fazer passar mal e coisa assim. Eu nunca entendi o ódio que ela sentia de mim, sabe? Sem querer me fazer de vítima, mas de todos, a quem mais sofreu nas mãos dela foi eu. Talvez, por saber mais dela e defender as crianças que os outros. Sentia ciúmes de mim com o tio, ele ia falar comigo ou me dar alguma coisa e ela sempre se atravessava na frente. Já chegou a discutir com ele e ameaçar ir embora por minha causa. Me empurrou uma vez no lago, acabei batendo a cabeça numa rocha e desmaiei... se não fosse o tio Zeca pra me resgatar, teria morrido afogada. Acho que essa era a intenção dela... me matar. Nessa mesma noite, foi até meu quarto e me ameaçou com um canivete no meu pescoço. Disse que se eu contasse alguma coisa estaria morta. Eu tinha 12 anos, e omiti tudo com medo. Depois que ela foi embora pra cidade junto com os Bracho, fiquei sabendo que o tio Carlos descobriu dela e do Douglas, e se separou dela. Pelo que entendi, ela falava mal do Douglas pro tio, dizendo que ele era quem dava em cima dela e a obrigava ir pra cama com ele, e falava mal do tio pro Douglas. Mas um não acreditou no outro... brigaram feio, e ela sumiu pra nunca mais voltar. E eu tenho certeza que a culpa do Carlinhos ter ido aquele trauma todo foi dela. Deve ter feito muito mais do que o que eu sei! — desabafou

Paulina ficou em choque.

— Essa mulher... é um monstro! — foi tudo o que conseguiu falar

— Monstro é pouco... acabou com a vida de todos! Destruiu meus sonhos... das crianças... a sorte do tio e delas foi você! — sorriu — reestabeleceu o coração dele novamente, cuidou do Carlinhos... você é um anjo, Paulina! — Marissa sorriu

— Obrigada, meu amor! — sorriu de volta — e não importa o que ela tenha te feito, ou te dito, você é linda, especial e capaz de alcançar tudo o que quiser! — falou

— Obrigada, Paulina! — a abraçou

— Qual o seu sonho? — perguntou

— Bom, eu adoro cantar, mas não sou boa com isso! — sorriu

— Ah, qual é, deve ser boa... nem que seja um pouco! — Paulina falou

— É que eu nunca tive um contato de verdade com a música, sabe? Eu até aprendi a tocar violão com um peão aqui da fazenda, mas nada de profissional!

— Ah, vamos lá, toca um pouco pra mim. Por favor! — Paulina pediu

— Eu tenho vergonha! — falou

— Ah, vamos lá. Pega seu violão e toque! Nem que seja só um verso!

— Tá bom! — ela disse, e voltou correndo com o instrumento — Foi uma música que eu compus, então... não repare em afinação, perfeição e etc. Não sei muita coisa de música! — sorriu e começou a tocar

http://www.youtube.com/watch?v=ffbBEXuzNKk

Dí qué sientes
Cuando pienso en tí
Una y otra vez

Cada instante
Que no estas junto a mí
Mi mundo esta al revés
Camino en un desierto cuando tú te vas
No sé si es un espejismo, te siento tan real, baby...

Quiero volverte a ver
Para calmar mi sed
Un día sin tí es como un año sin ver llover
Si escapas otra vez
No sobreviviré
Un día sin tí es como un año sin ver llover

Contando estrellas
Oigo en mi mente tu voz
Oyes tú la mía?
Mi corazón esta sufriendo la soledad
Soy un desorden
Camino en hojas secas si no estás aquí, en mi vida
Regresa, que un diluvio lloraré por tí, oh baby...

Quiero volverte a ver
Para calmar mi sed
Un día sin tí es como un año sin ver llover
Si escapas otra vez
No sobreviviré
Un día sin tí es como un año sin ver llover

Regresa aquí, abrazame
Soy un desierto sin tu querer
Vuelve pronto a mí, no seas así
Porque un día sin tí es como
Un año sin ver llover...

Quiero volverte a ver
Para calmar mi sed
Un día sin tí es como un año sin ver llover
Si escapas otra vez
No sobreviviré
Un día sin tí es como un año sin ver llover

— Marissa, que lindo! — Paulina falou

— Não mente... tá horrível! — falou

— Não costumo mentir! — afirmou — se estou falando que gostei, é porque gostei! — sorriu

Depois...

— Marissa... fiquei sabendo que alguém aqui gosta de música, canta e toque bem e merece um violão de presente! — Carlos Daniel falou, com as chaves do carro na mão

— Ah, não, Paulina. Você não pode ter contado que... — Marissa disse e foi interrompida

— Sim, você é ótima e merece um incentivo! — Paulina sorriu

— O que acha de irmos até a cidade mais próxima e você escolher um violão bem bonito pra você? — falou

— Tá falando sério, tio? — Marissa falou, sem acreditar. Só tinha um violãozinho bem velho que haviam montado precariamente pra ela

— Claro, não vamos perder tempo. Vou pegar o carro e vamos sair! — falou, fazendo os olhinhos da menina brilhar de felicidade

— Mamãe, vou ganhar um violão. Um de verdade! — abraçou a mãe

— Obrigada, senhor. Não sei como agradecer! — ela disse

— É o minimo que posso fazer por ela! — respondeu

— Se comporte, vá com Deus e lembre-se: te amo! — beijou a testa da filha, que saiu alegre

Um pouco mais tarde...

Paulina estava no seu quarto, arrumando algumas coisas até que a mãe de Marissa entra.

— Com licença, senhora! — disse, entrando com algumas roupas da lavanderia

— Fique á vontade, Matilde! — sorriu, mas logo depois a viu parar e sem seguida perder os sentidos — Senhora! — correu até ela e a amparou até a cama, a ajudando se deitar — se sente bem? — perguntou

— Eu.... eu tenho... um problema cardiáco e acho... que chegou minha hora! — falou, pausadamente

— Não diga isso. Marissa precisa de você! — Paulina falou

— Marissa... senhora, eu preciso dizer algo, antes que seja tarde... — falou — Marissa não é minha filha biológica... a cuidei quando seu pai a deixou nos meus braços... — disparou


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heey, o que acham disso? u.u
Coloquei o acústico em inglês pois não achei em espanhol... enfim, besos