Do Lado De Dentro escrita por Mi Freire


Capítulo 45
Sonho


Notas iniciais do capítulo

Parece que finalmente a Hayley vai ter uma ajudinha do Brandon.



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"Eu te amo não parecia o bastante. Não dizia tudo que eu queria dizer.”

Mesmo com aquela linda declaração não nos beijamos nem nada. Há um bom tempo paramos de ser tão injusto em parte com as pessoas a nossa volta. Afinal, não poderíamos esquecer que ainda tem a Alexa e agora o Tyler. E mesmo que a Amy já não faça parte disso, porque ela mesma deu o braço a torcer, não é como se fossemos só nós dois para decidir o final dessa história. Há um longo caminho para percorrer. E não me importa qual será o tamanho dessa jornada, portanto, que no final, sejamos só nós dois finalmente como eu venho sonhando que aconteça.

Eu queria muito poder ter passado o resto do meu dia – dia do meu aniversário – ainda com o Jesse. Mas sabia que havia um mundo lá fora me esperando mesmo com o anoitecer. Deixei-o sozinho e saí andando distraidamente pelos corredores com suas palavras em minha mente. Não pude conter um sorriso bobo ao lembrar de sua expressão. Seu rostinho sereno, a pele alva, os olhos âmbar expressivos, os cabelos dourados na testa e a boca rosada.

— Enfim te encontrei – trombei com o Tyler no corredor, que nem esperou que eu me explicasse para sair me puxando pelo jardim a fora. — Preparei uma surpresinha pra você. Vamos comemorar o seu aniversário!

Estávamos atrás do ginásio.

Tyler providenciou uma garrafa de vinho, outra de champanhe, alguns petiscos sobre uma toalha clara exposta ao chão com um arranjo de flores.

— E que venham mil anos ao seu lado! – nós brindamos. Depois ele me beijou carinhosamente.

Não posso dizer que isso é uma certeza. Eu quero o Jesse. Quero ficar com o Jesse. Penso em estar com ele todas as vezes que penso no futuro. E olha que eu nunca fui muito de pensar nos planos para o futuro. Mas em todos eles o Jesse está por perto. É assim que imagino. Eu gosto do Tyler. Muitos gostam. Mas sinto que por ele não é o suficiente para que eu acredite que seremos nós dois daqui um ano, ou mais. Não me vejo passando muito tempo com ele. De maneira alguma me vejo estando com ele fora do internato quando tudo isso acabar. Não consigo nem imaginar na possibilidade de construirmos um futuro juntos. Tyler não é o tipo de garoto que se pode levar a sério, por mais que ele esteja diferente ultimamente.

Tais pensamentos não me preocupavam até então. Mas com o amor que sinto pelo Jesse na jogada os peso das coisas parecem maiores. Eu e o Tyler estamos juntos desde que pisei meu pé nesse internato, foi algo que aconteceu naturalmente. Estávamos juntos todo o tempo porque tínhamos muito em comum. Tínhamos. Não pensávamos em mais nada além de suprir as carências um do outro. Não era algo concreto, fixo ou estável. Não tínhamos um compromisso como um casal normal.

Eu já deveria ter imaginado, desde o começo, que muita coisa ia mudar. E mudou. Especialmente entre nós dois. Com o tempo fui percebendo que o Tyler vinha suprindo algo mais intenso ou até mesmo mais significativo. Houve um momento que ele parou de ver aquilo como só mais uma ficada. Ele começou a levar nós realmente muito a sério. Acho que de alguma forma ele foi se... Apaixonando de verdade. Deixou de gostar e passou a me amar. Só que eu não. Eu não o amo. Eu ainda só gosto dele. Eu nunca imaginei que algum dia estaríamos namorando. E olha só para nós agora, ali escondidos no meio do jardim, debaixo do céu estrelado, atrás do ginásio, tomando bebida alcoólica, agarradinhos comemorando meu aniversário... Qualquer um que nos visse diria que éramos tudo para ser um casal perfeito. Somos tão iguais. Ou costumávamos ser. Eu na verdade já nem sei mais quem sou. Mas só quem sabe o que eu sinto por dentro, que transborda quando o requisito é o Jesse, saberia que nem sempre as coisas precisam ser perfeitas para darem certo.

Não podia continuar ali fingindo que simplesmente estava tudo bem e que aquele dia, aquele instante, era o melhor de toda a minha vida. Posso ser injusta muitas vezes, uma traidora e falsa. Mas isso não é algo que eu me orgulhe. Então, depois de “comemorarmos” o meu aniversário, depois que as bebidas acabaram e eu já estava começando a sentir uma pequena tontura... Levantei-me, despedi-me do Tyler e fui para meu quarto.

Mas o meu dia não poderia acabar simplesmente assim. As meninas, digo Amy e Natalie, prepararam uma outra pequena surpresinha para mim no nosso quarto. Teríamos uma espécie de “festa do pijama” entre amigas. Coisa da qual nunca participei. Sempre achei uma bobagem, algo muito menininha. Mas ali com elas, minhas duas únicas amigas, tudo parecia diferente. Melhor. Com a insistência delas coloquei um pijama e me uni a elas sobre o carpete no meio do quarto. Havia almofadas por todos os lados, coisas para comer – tanto doce quanto salgadas – que elas pegaram na cantina, suco e refrigerante.

Deixamos o rádio tocar nossa seleção de músicas preferidas enquanto conversamos sobre os mais diversos assuntos. Coisas típicas entre amigas. Revelações, segredos, piadas, mistérios, coisas de família, relacionamentos, sentimentos, até mesmo escolares. Acho que há muito tempo eu não me divertia com tão pouco. Há muito tempo não dava tanta risada. E pela primeira vez, trancafiada naquele internato, eu conclui que preferia milhões de noites como aquela do que ir a festas baladas com meus colegas na minha cidade.

Acabamos caindo no sono ali mesmo no chão lá pelas três e meia da madrugada. Não foi em nada desconfortável. Pelo contrário, dormi tão bem que acabei tendo um sonho que é uma coisa muito rara.

Mas não foi um sonho qualquer.

Lá estava o Brandon. Corri muito depressa para alcançá-lo. E quando finalmente estava próxima o bastante.... Abracei-o tão forte que pensei que seria capaz de sufoca-lo. Há quanto tempo eu não o via? Não o tocava, não o sentia, não o ouvia e não o olhava? Sentia mais saudades do que eu poderia descrever. Então chorei ainda o apertando firme. Suspirei diversas vezes sentindo seu corpo em volta do meu. Fiquei maravilhada ao poder sentir outra vez seu perfume amadeirado, olhar de perto seu rosto e analisar cada traço. A pele dourada, o cabelo liso castanho-escuros e os olhos âmbar... Exatamente como os do Jesse. Não queria me afastar dele por nada no mundo com medo de perde-lo outra vez e nunca mais ter uma oportunidade como essa. Mas Brandon acabou de convencendo e pegou minha mão para segura-la. Olhou-me com doçura e beijou meu rosto de uma maneira adocicada.

— Me desculpe se parece tarde demais para te desejar um... Feliz aniversário. – era a primeira vez que ele estava falando. Depois de muito tempo eu podia ouvir a sua voz como uma lufada de vendo atingindo meu rosto em um fim de tarde. — Feliz aniversário, Hayley.

Eu sempre gostei do sorriso dele. Do tipo de me fazia derreter e sorrir também. E pra piorar ele falava sorrindo. E todas as vezes eu achava que estava prestes a ter um ataque do coração.

— O nosso tempo é curto...

— Brandon... não!

Eu sabia que era só um sonho e que aquela magia poderia acabar de uma hora pra outra. Mas tudo parecia tão real. Eu podia ouvir a voz, sentir seu toque, olhar pra ele, sentir o perfume, o hálito fresco e então me lembrei das palavras do Jesse: “Quando a gente quer muito uma coisa, é possível sim que ela aconteça.” Só que isso, o Brandon aparecer pra mim depois de sua morte, nunca tinha acontecido antes comigo. Parecia difícil acreditar que estava acontecendo agora. Eu nunca me achei merecedora disso, eu nem mesmo conseguia acreditar que essas coisas aconteciam.

— Eu só quero que você saiba que mesmo aqui onde estou estarei sempre com você. E tenho ficado muito orgulhoso de você a cada dia. Você está finalmente evoluindo, encontrando seu verdadeiro eu, procurando progredir e ser ainda melhor do que é. Essa é a ordem natural do ciclo da vida. Crescer é essencial. E olha que você nem precisou de mim pra isso. – Brandon soltou um risinho. — Você encontrou aqui dentro – ele apontou meu coração – uma razão pra mudar quem costumava ser. Uma razão pra começar de novo. E essa razão é o Jesse.

Eu ia começar a protestar. Não tinha fundamento nós falarmos do Jesse no único momento em que nos encontramos desde que ele morreu. Não parecia certo. Tínhamos que aproveitar o momento tão precioso. Eu queria saber mais sobre ele. Como ele estava e onde estava. Queria saber o que ele ainda sentia e se mesmo depois de tudo seria capaz de continuar a me amar, porque eu ainda o amo. Mas com apenas um gesto, Brandon não permitiu que eu abrisse a boca. Ele queria falar. Ele tinha que falar.

— Eu sinto muito ter feito você sofrer. Eu sei que ainda é difícil pra você aceitar que eu não posso mais estar com você – sua expressão mudou repentinamente. Brandon não estava mais sereno ou passível como o oceano. Agora parecia desesperado com os olhos cintilando com as lagrimas. — Acredite, no começo pra mim também não foi fácil. Mas eu aprendi muito aqui. Saiba Hayley, eu não estou sozinho. Eu queria muito poder fazer com que sua dor passasse. Eu gostaria de poder retira-la complemente porque sei que seria mais fácil pra você. Eu chorei todas as vezes em que você chorou, e quis muito poder secar todas as suas lágrimas e ficar ao seu lado de alguma forma quando precisou. Eu não queria te perder! Não queria aceitar que a morte era o nosso fim. Mas houve um momento em que eu tive que me desfazer de tudo que deixei pra trás. Não foi fácil ter que me desligar de você. Mas foi preciso. Eu ainda não consegui me desligar completamente. E nem sei se algum dia serei capaz, porque eu te amo. Te amo mais que a minha própria vida! – a essa altura já estávamos chorando frente a frente.

— Brandon...

— Eu preciso que você me escute – Brandon segurou meu rosto. Sentia que ia desmoronar. Sentia meu coração se comprimindo. Como se um ponteiro estivesse dentro da minha cabeça sabia que o tempo estava esgotando. Mas eu só queria ficar ali. Pra sempre. — Sei que você está em busca de respostas, na maior parte do tempo se sente perdida, não sabe qual decisão tomar ou qual caminho a seguir. Mas não esqueça, por nada no mundo, que eu estou com você. E comigo estará sempre segura. Mas não é o suficiente. E nunca será. Agora, nesse momento, eu estou em outro plano e você precisa continuar a sua jornada. Parece impossível sozinha, mas você tem, nesse momento, pessoas maravilhosas a sua volta. E não deixe isso se perder.

— Mas eu quero você! Só você! – eu berrei entre lágrimas e soluços como uma garotinha mimada que quer um pirulito. — Eu preciso de você, Brandon. Por favor. – meu desespero era tão grande que sentia a pele arder. Provavelmente estava ficando vermelha. E bati no peito dele enlouquecida, achando que de alguma maneira poderia traze-los de volta.

Para me conter Brandon me puxou para um abraço. Apoiando seu queixo sobre a minha cabeça. Beijou minha testa e deslizou seus dedos por meus cabelos cuidadosamente sussurrando algo em meu ouvido que eu não poderia identificar. Parecia uma canção. Como uma mãe faz com o seu bebê para acalma-lo.

— Eu serei sempre de você, Hayley. Mas você sabe, até melhor que eu ou melhor que qualquer outra pessoa, que não pode viver bem sozinha. E foi por isso que o Jesse apareceu. A nossa história foi interrompida com um proposito. Que um dia você descobrirá qual é. Mas a partir do momento em que tive que te deixar, uma nova história foi escrita pra você. Nada disso está acontecendo por acaso. Não é uma ironia do destino ou uma maneira de te contrariar por nem sempre ter sido uma garota boa. É só um jeito diferente de você aprender que é sim possível amar outra vez. É sim possível obter uma segunda chance. Todos nós merecemos quantas chances por necessária até aprendermos os sentidos da vida.

Ouvimos um chamado que vinha de longe. Brandon olhou para trás como se identificasse o que aquilo significava. Depois que voltou olhar pra mim toda sua tristeza havia desaparecido dando lugar a sua beleza incomparável.

— Eu preciso ir. Mas lembre-se: há sempre uma razão para querermos ser melhores, diferentes. E você sabe qual é a sua razão. E essa razão já não sou eu. – Brandon passou os dedos vagarosamente de baixo dos meus olhos para secar a umidade que pouco a pouco eu vinha contendo. — Eu amo você, Hayley Collins e isso nunca vai mudar. Eu sei que você ainda me ama, mas também é capaz de amar outro e chegar onde deseja estar. É capaz de ser melhor, é capaz de progredir, é capaz de superar, é capaz de evoluir, é capaz de mudar mesmo que eu não esteja necessariamente mais ao seu lado.

Ele me abraçou novamente. E de alguma forma eu soube que aquele seria o último abraço daquele nosso encontro. Então fiz questão de aperta-lo forte sem me importar com a dor. Não queria esquecer quele momento, a aquela sensação única por nada. Nem por ninguém.

— Hayley – ouvia uma voz bem distante. Alguns cutucões pelo corpo me causando certo incomodo. Abri meus olhos devagar deparando-me com Amy praticamente sobre mim. — Hayley, tá tudo bem?

Então eu acordei. Demorei um tempo até me lembrar do sonho, onde estive e com quem estive. Não poderia acreditar que tinha voltado a realidade e que Amy e Nath me encaravam assustadas e curiosas enquanto o sol adentrava a janela já aberta pela manhã de mais um dia.

— Porque está chorando? – Nath perguntou se aproximando para tocar meu rosto e ter certeza de que eu estava chorando.

Mas eu não estava. Ou estava? Tive que tocar meu rosto para conferir. E só quando senti a umidade em meus dedos foi quando tive certeza de que o sonho realmente aconteceu. E não foi só mais um sonho como muitos. Foi algo precioso e extraordinário.

Não pude contar nada a elas. Poderia até contar depois para a Amy, mas Natalie ainda não sabia de nada daquela história minha com o Brandon. E apesar de termos ido dormir muito tarde em comemoração aos últimos instante do dia do meu aniversário ainda tínhamos aula.

Fui uma das últimas a entrar na sala de aula, pois antes passei na cantina para tomar um copo de leite. Assim que entrei, meu olhar foi diretamente de encontro com o do Jesse. Mesmo ele estando com a Alexa ao lado nas primeiras carteiras. E sorrimos um para o outro como qualquer dois amigos que compartilham algo só deles. E então me lembrei de tudo que Brandon me disse. Estaria ele mesmo certo em tudo que me disse?

Confia em mim, uma voz me disse.

Tiramos a tarde para aproveitar o dia de sol na piscina.

Jogamos voleibol. Eu na parte mais rasa para não me afogar observava de longe quando a bola não vinha na minha direção o quanto as vezes temos que fazer sacrifícios por quem gostamos. Por exemplo o Oliver, que detesta o meu namorado, mesmo assim aceitou jogar conosco por mim e pela Amy que insistiu. Nath e Eric que se isolam do mundo para ficarem juntos a sós naquele dia foi uma exceção e o Jesse que mesmo não estando na piscina conosco, está ali muito perto com Alexa carrancuda enquanto ele tenta a proteger do sol passando bloqueador nela.

Meu time – eu, Oliver, Amy e Jake – perdemos duas vezes e ganhamos apenas uma para o time oposto – Tyler, Nath, Eric e Andrew.

— Vamos comer alguma coisa? – sugeri, vendo que já se aproximava do horário do almoço.

Na cantina ficamos com uma mesa grande para caber todos. Tivemos que nos espremer um pouco mais quando Jesse perguntou se ele e Alexa poderiam se juntar a nós.

Tyler sabia que meu irmão o odeia e mesmo assim durante toda a refeição fez brincadeiras e provocações por seu time ter ganhado de nós. Meu irmão deve ter se segurado ao máximo para não dá um soco na cara dele, não por mim, afinal ele detesta o nosso namoro, mas pela Amy que faz dele uma pessoa melhor.

Tirando esse pequeno atrito e a cara de mal humor da Alexa que não abriu a boca nem por um segundo, estava tudo bem, nós riamos e conversamos. E tudo parecia bem e normal.

— Amy, posso falar com você? – Jake aproveitou o silêncio para fazer um convite a Amy. Todos se calaram e ficaram tão surpresos quanto eu. Oliver teve a pior reação: parecia chocado. Quase cai na risada, porque sabia que certamente isso poderia ser o resultado do ciúmes dele por eka Amy. Já que Jake vem insistindo muito desde que pediu pra ficar com ela e todos do internato parecem saber dessa história.

Eu sabia que ela estava nervosa com a situação constrangedora, mesmo assim não deixou transparecer. Eu soube porque sou sua amiga e amigos sabem essas coisas sem o outro nem precisar dizer. E ela saiu da mesa com o Jake para conversarem longe dali.

O clima ficou tenso só por alguns segundos depois que eles se foram e tudo voltou ao normal. Mas então, meu irmão levantou da mesa quase derrubando a cadeira pra trás e saiu batendo o pé muito nervosamente quando se faz quando está furioso. E o clima ficou tenso de novo, todos com pontos de interações no rosto se perguntando o que aconteceu ali. Mas eu, talvez a única, sabia bem o que tinha acabado de acontecer ali. Os outros podiam até imaginar. Estava mesmo muito na cara.

— Eu vou atrás dele.

Dei uma rápida corridinha atrás do meu irmão para alcança-lo. Nem me importei quando trombei com Alana pelo caminho. Qualquer problema que eu tinha com ela pareceu insignificante naquele momento.

— Nem ouse a ficar me perseguindo!

Ele não estava mesmo pra conversas. E eu nem tinha porque insistir. Há momentos na vida que não há nada melhor que ficar sozinho e pensar por si próprio. Por um momento eu só fiquei com medo que Oliver fizesse alguma besteira. Coisa típica dele. Coisa típica nossa. Mas fiquei mais tranquila quando o vi tomar o caminho diferente de onde imaginei que o Jake tinha levado a Amy pra conversar.

— Ele tá bem? – Jesse me encontrou pelo caminho quando eu já estava voltando para a cantina.

— Acho que sim. – tentei sorrir achando graça naquilo tudo. — Ué, cadê a Alexa? – olhei para os lados. Nada dela.

— Não sei o que deu nela. Ela agiu meio como o seu irmão. Foi estranho. Mas não me surpreendi. Ela está muito estranha ultimamente.

Nós rimos.

— Queria te contar uma coisa.

Fomos até o jardim e sentamos em um banquinho vazio. Não me importei com a movimentação a nossa volta. Eu só queria conversar. Contar a alguém sobre o meu sonho com o Brandon. E como uma luz do fim do túnel, quando eu olhei para o Jesse ali parado no corredor diante de mim, soube que ele era a pessoa certa para conversar naquele momento. Já que a Amy estava ocupada e meu irmão revoltado.

Não necessariamente ia contar tudo pra ele. Afinal, ele foi o enfoque principal da minha conversa com Brandon. Mas ia contar boa parte. O suficiente para me sentir melhor depois.


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Notas finais do capítulo

Espero vocês no próximo capítulo s2



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