Dear Potter escrita por Koshome
Notas iniciais do capítulo
Olá, gente!
LEIAM AS NOTAS FINAIS!
Godric Hollow
11:21 p.m
A noite estava fria e tenebrosa. O céu nublado e as ruas completamente vazias assustavam a todos. Elas se abrigavam em suas casas e deitavam perto da lareira com seus amantes e crianças e ali ficariam durante toda a madrugada. Os adultos alertas, abraçavam seus filhos, cobertos com um grosso edredom até o nariz. O medo ali era palpável.
Todas as casas estavam escuras, menos a dos Potters.
Os Potters, ao contrário dos vizinhos, emanavam felicidade e animação naquela fria noite de maio. Toda a família estava na sala de estar, brincando e rindo como se fosse uma agradável manhã. Lily, a mãe, estava sentada no tapete felpudo da sala, trançando o cabelo avermelhado da pequena aniversariante, que olhava encantada para a flor branca que seu pai acabara de lhe dar.
“Sua mãe estava com uma flor dessa no cabelo no dia do nosso casamento”.
Logo que seu pai falou essa frase a jovem correu para o lado da mãe e implorou para a mesma trançar seu cabelo com o lírio. A ruiva mais velha soltou uma leve risada e puxou a garota para o chão enquanto o pai foi correr atrás do bebê gordinho que dava apressados passinhos em direção ao pobre gato da família.
Como foi mencionado anteriormente, aquele era o aniversário de três anos de Elisabeth Lily Potter, uma inteligente e apaixonante garotinha que encantava a todos com suas covinhas infantis, seus olhos azuis e seu cabelo ruivo que agora chegava até um pouco abaixo dos ombros. Ela poderia ser facilmente comparada com uma delicada boneca de porcelana.
Seu pai, o brincalhão James Potter, chamou mais cedo os seus mais próximos amigos para um simples jantar e um pequeno bolo surpresa no final. Sirius Black, Remus Lupin e Peter Pettigrew foram os convidados para o jantar, onde Remus e Sirius ficaram paparicando seus respectivos afilhados e Peter ficou estranhamente encolhido em um canto , e para a surpresa de todos, sem comer nada.
- Pronto, querida. Agora me dê a flor, por favor. - Lily falou delicadamente, assustando a filha que logo tratou de entregar o lírio para a mãe com um sorriso envergonhado.
Ela terminou de arrumar a flor e olhou orgulhosa para o seu trabalho. Deu um beijo na testa da criança e percebeu que seu marido conseguira o filho, que soltava fortes gargalhadas.
- Onde eu desligo esse garoto, Lils? - Ele perguntou arfante procurando alguma coisa no corpo do filho, como se realmente acreditasse que ele tivesse um botão para desligar - Não é possível ele ficar acordado todo esse tempo e ter essa energia sobrando.
- Nem vem, James. Ontem foi o meu dia de cuidar dele de madrugada e hoje é o seu - Ela retrucou se levantando, indo em seguida para a cozinha.
- Lils! Por favor, só você consegue fazer ele dormir! - James implorou indo atrás da esposa com um biquinho nos lábios - Eu juro que deixo você em paz por... Duas semanas. Duas semanas sem a acordar de madrugada pra nada, que tal?
Lily revirou os olhos, entornou o copo d'água que bebia e foi em direção ao marido erguendo os braços e pegando o garotinho no colo.
- Duas semanas, ein. Se você me acordar essa madrugada para... - Ela começou a falar, porém um forte barulho ecoou pela casa e fez algumas coisas caírem no chão - Os meninos...?
- Não - James falou ficando com um ar sério de repente - Aqueles idiotas nunca viriam pela porta da frente.
James andou rapidamente para a sala sacando a varinha e indo em direção a janela, empurrando delicadamente a filha para o lado da mãe, que o seguia apertando Harry com força. Ela rapidamente apertou a mão da filha e olhou para o marido começando a ficar tensa.
- James?
Uma explosão aconteceu na entrada da casa e Elisabeth berrou começando a chorar junto de seu irmão.
Do lado de fora da casa, as pessoas assustadas com as explosões observaram um estranho quebrar uma barreira e uma bela casa aparecer no meio de um terreno baldio e rapidamente entenderam o que acontecia. Muitos ficaram em choque até que uma uma mulher loira aparatou, começou uma correria de pessoas que queriam pegar sua família e aparatar com pressa.
Novamente dentro da casa, James arregalou os olhos e virou-se para a família.
- Merda! Lily, é ele. - Berrou o homem desesperado.
Lily sentiu as lágrimas quentes correrem por suas bochechas rosadas e correu para abraçar James, que deu um rápido beijo em seus lábios e a empurrou em direção a escada, virando seu corpo em direção à porta.
- Eu te amo. - Eles falaram juntos e Lily correu para o andar de cima com as crianças.
Elisabeth soltou a mão de sua mãe e correu para o lado de seu pai.
- Pai!
- Lizz, vá para perto de sua mãe. - Ele falou sem olhar para a criança ao seu lado.
- Mas pai, eu quero ficar com você. - Ela gritou abraçando as pernas do pai, que começava a se desesperar. A segunda barreira logo seria quebrada e então eles estariam perdidos.
Ele se agachou perto da garota e deu um forte e rápido abraço. Apontou a varinha para a cozinha, sussurrou algumas palavras e logo uma pequena faca vinha em sua direção.
- Vou deixar isso em suas mãos. Proteja-os. Eu te amo. - Ele falou rapidamente entregando o objeto para a garota, que olhou para o pai que voltara a fitar a porta.
- Mas pai, eu… Eu também te amo, papai. - Ela disse quando outra explosão soou. A garotinha correu para as escadas e subiu tomando cuidado para não se cortar, e virou-se a tempo de ver seu pai olhando para ela e duas lágrimas passeando pelo seu rosto quando a porta foi arrancada do seu lugar.
Elisabeth correu para o quarto e sua mãe a agarrou e colocou-a ao lado do seu irmão no berço, abraçando os dois ao mesmo tempo, começando a sussurrar algumas palavras desconhecidas pela garotas.
Um brilho verde entrou no quarto pelas frestas da porta e Lily voltou a chorar compulsivamente, murmurando o nome do marido repetidas vezes.
- Odeio gatos - Ouviram uma voz fria e um miado doloroso antes do sangue começar a se espalhar pelo chão do corredor.
Não demorou muito para a porta explodir e os três olharem para a figura encapuzada que entrou no quarto.
- Saia da frente, mulher tola. Pegue a menina e fuja. Eu só quero o garoto. - A voz sombria soou fria e cortante, assustando a garotinha, que apertou a mão gorda do irmão.
- Por favor, tenha piedade. Ele é apenas um bebê. Deixe meus filhos vivos. Eu faço qualquer coisa - Ela implorou abrindo os braços protetoramente.
- É sua última chance, sangue-ruim. Pegue sua filha e saia da minha frente.
- Eu não vou abandoná-lo, Voldemort. Se quiser meu filho terá que passar por cima de mim. - Ela bradou olhando com firmeza para o autointitulado lorde.
- Perdeu sua chance. - Ele falou escondendo um sorriso malígno por baixo do capuz. Segundos depois a pequena viu verde novamente e sua mãe caiu morta no chão.
Quando Lord Voldemort levantou um pouco a cabeça Elisabeth pôde enxergar os olhos vermelhos brilharem em divertimento e pela primeira vez ela sentiu o desespero tomar conta do seu pequeno corpo. Seus pais estavam mortos e o medo de perder seu último familiar nublou sua mente. Ela abraçou seu irmão, que começava a chorar novamente, e ficou de costas para o monstro que agora gargalhava.
Ele apontou a varinha para os garotos e sussurrou as palavras que já estavam gravadas na mente da pobre criança.
"Avada Kedavra"
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Estou alguns meses atrasadas, mas eu tenho um motivo bem especial para isso: Dear Potter é o meu xodó e eu amo escrever essa fic, então repostar Dear Potter é o meu presente de aniversário. Sim, hoje 02/10 é o meu aniversário o/
Não, a maratona ainda não vai começar porque estou tendo alguns problemas de revisão, mas assim que terminar de revisar serão 2 capítulos por semana o/
Bem, muitos beijinhos pra vocês e boa noite =D