Realmente, essa professora não para de falar,

-Andy, é assim mesmo que posso te chamar Né?, .......queria saber sobre como você esta se sentindo, o que aconteceu para você ficar..... e nós professores estamos preocupados..... seus pais estão felizes? ......_ olho bem nos olhos dela, e percebo que ela quer me ajudar, mas ajudar no que? Estou super bem, é os outros que não me entende, por enquanto prefiro não a responder, nem se eu quisesse não conseguiria falar_ percebo pela sua lista, que mudou para essa escola no começo deste ano, por mais que passou ...... não sei se vc esta se adaptando aqui.. _ faz praticamente muito tempo que estou aqui, e agora que ela quer conversar? Francamente, será que ela não percebe que eu entendo as frases cortadas?e que haa serio chega. Abri meu caderno novamente escrevi um trecho, rasguei a folha e deixei em cima de sua mesa, indo embora.

Ando apressadamente pelo corredor, pessoas vazias sem emoção querendo mudar o mundo... hã, é cada coisa

Como sempre, voltar para casa é reconfortante, posso ir andando daqui até lá, é um quase final do meu dia. Se eu gosto de minha nova família? Sim gosto, só que eles é assim como todos, só não entendo o motivo deles terem me adotado, eles são ricos, não precisariam de mim, ou melhor, ninguém precisa, principalmente de um garoto problemático que não fala, maravilha. Ando pela rua, com este sol de matar, não vi este clima, e a minha mania de usar preto, piora meu calor,

Entrar em casa e ter que falar com todos, acaba se tornando uma rotina, passei muitos anos sozinhos, até meus 10 anos, afinal, tenho alguns reflexos de como eu vivia antes dos 10 anos, antes da família Andrômeda me adotar, mas não, não me lembro por completo, e nem quero me lembrar, de qualquer forma, todo esse tempo me parece uma bagagem de experiência para saber a importância de ao menos cumprimentar os familiares, e a todos, demorou mas aprendi a fazer isso, principalmente antes de eu fechar a porta de meu quarto, e me trancar para o mundo.

Claudete e Estevam, meus pais, Jonatans e Julian, meus irmãos gêmeos, que ainda tem 6 anos. Agora, tenho só eles de família, mas ao apertar a mão de cada um como cumprimento, percebo o quando os amo, e o quanto eles dariam suas vidas por mim, ou melhor, já deram, ao me aceitar nesta casa. Minha mãe, Claudete, sempre olha nos meus olhos e me pergunta. Como foi o seu dia, querido? Dou um leve sorriso e inclino a cabeça, ela logo compreende e diz, sem nenhum problema pode ir ao seu quarto ...

Sim, meu quarto, ao abrir a porta, é onde eu me encontro, sou quem realmente sou, abro um leve sorriso, pois aqui começa o meu mundo.

Meus Pais, nunca quiseram saber o que eu faço em meu quarto, imagina se eu fosse um psicopata, qual é a importância minha importância para eles? Isso me dá até graça ao pensar, olho para o lado e o vejo, eles acham que não percebo a câmera que instalaram perto de minha escrivania, como se eu fosse fazer algo de perigoso neste quarto, pelo menos não agora. O que me alegra de os ter, é já que eles me vigiam, são os únicos á saber o que penso e o que faço, pois pelo que vejo, não contaram a ninguém, e muito menos, me perguntaram, do porque....

-Andy meu bebê vem jantar...- hoje foi minha mãe que me chamou para jantar? Papai e mamãe, sempre trocam para me alertar sobre o jantar,

Desço as escadas, e já saio em frente a mesa de jantar, faço meu prato e me sento, esperando todos se sentarem para assim, agradecer a Deus pela comida, dessa vez foi o papai que orou, e eu apenas sigo os bons modos desta família.