Sim, mais uma vez disseram-me que iria ser fácil, aliais quem disse isso estava errado, pela segunda vez, sou trocado de família, é triste viver isso, com 15 anos, aliais, é triste viver...

Ando pelo corredor dessa escola, meio desnorteado, observo cada um dos alunos, e juntamente eles me observam, faz 7 meses que estou neste escola, e ainda não me acostumei com isso. Sou o primeiro a chegar na sala, e a sair também, sempre ouço o sinal de que a aula vai começar, e estou sentado, na primeira carteira, com o caderno aberto vendo meus colegas de classe ainda entrarem na sala, e a professora logo em seguida.

É incrível, só foi todos entrarem que a bagunça começa, é estranho estar em um lugar com muita gente, e todos os dias meu sofrimento é o mesmo, enfrentar meus colegas falantes, eles não percebem o quanto irritam?

–Andy? _Nossa, a lista de chamada, ser o primeiro, é horrível, minha sorte é sentar a frente do professor, faço um gesto para que a professora perceba minha presença, até porque eu não falo, sim, mais um tormento para minha cabeça, em contra partida eles olham em minha direção, e logo prossegue ao próximo.

–Briana?

–Briana? _a professora repete –ai não, como é chato a piada que esta garota faz comigo

–Estou aqui professora, não ouvi o sem nome responder,

–Briana, que coisa, já falei para parar com isso, ele tem sobrenome, Andy, sabe da dificuldade dele, você é assim com todos os professores? Parece que só na minha aula que perturba o pobre coitado,

–Okay professora, ele apenas esta fingindo, aposto que grita quando sai um novo mangá nas bancas, _ouvir isso toda vez é constrangedor, ainda mais, por eu não ter atitude e mandar a Briana calar a boca, juntamente com a risada dos outros colegas,_ Né, Andy? Há, Professora relaxa, ele sabe que fazemos isso porque gostamos dele_ me viro lentamente para encara-la e com um sinal positivo aceno a cabeça_ viu prof?

– Tudo bem, vamos acabar por aqui, _nossa a professora só percebeu isso agora? Quando todos já estavam rindo de mim?_ e você Andy_ enfatizou o meu sobrenome, já vi que não é boa coisa_ ficará depois da aula, quero falar contigo_ me virei lentamente e acenei novamente com a cabeça positivamente, aliais, é assim que me comunico.

Professora retornou ao seu assento, e continuou a chamada, em meio a multidão de zunido que o pessoal fazia. Você deve estar pensando que sofro bullying, mas não é bem assim, é disso que tento convencer meus novos pais mas não consigo, na grande maioria das vezes, sou deixado de lado, mas sabe que prefiro viver assim, não quero ser cercado de pessoas, principalmente dessas pessoas vazias, então, para mim, tanto faz me tirarem como zoação, já deixei de me importar faz tempo. Sento perto da janela, e isso me faz pensar, em aulas chatas como essa, de educação, ética e saúde, na boa, quem merece algo assim? Não tem lógica, aprender como se comportar, a cada vez acho que eles querem moldar tanto as pessoas, que as mais ingênuas caem nisso. Olho para o relógio, e finalmente já vai bater o sinal, finalmente por um lado, porque terei que ouvir o sermão da professora,

–Tudo bem turma por hoje, podem ir, e não esqueçam a lição de casa, e Andy, já sabe.