O Conde escrita por Renata Ferraz


Capítulo 25
1º hipótese


Notas iniciais do capítulo

Bom dia, gostaria de me desculpar, tenho andando muito ocupada, final de ano, estou cheia de trabalho na faculdade e semana que vem são as provas, espero conseguir postar logo.
Gostaria de agradecer aos comentarios e dizer que a fic está na reta final, então comentem bastante. beijosssssss



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Os dias passaram voando e faltavam apenas um dia para o casamento de Paulina e Alexandre. Carlos Daniel a cada dia ficava mais triste, sabia que muito em breve perderia a chance de ficar com sua amada para sempre e quanto a Paulina esta apesar de determinada seu coração era um mar de incertezas, ela amava Carlos Daniel, sabia da verdade, porém seu coração estava ferido e ela estava acuada, Alexandre o tempo todo a ajudava, ele era um ótimo amigo, um perfeito cavalheiro e se compadecia da dor da pobre menina.

Paulina estava descansando em seu quarto, estava sonolenta devido a gravidez e não percebeu a movimentação na casa, como também havia se esquecido que era o grande dia em que seria revelado quem matou sua irmã que nunca chegou a conhecer, a casa estava vazia exceto pelo escravos, seus pais estavam passeando pela cidade, enquanto Alexandre resolvia os últimos preparativos do casamento, Paulina estava a sós com seu devaneios quando começa a escutar batidas bruscas na porta e estas eram incessantes. Paulina presumindo que as escravas estivessem ocupadas fazendo seus afazeres corriqueiros, resolveu atender a porta e qual não foi sua surpresa ao depara-se com Carlos Daniel, ofegante, desconsolado e choroso.

Carlos Daniel: Precisamos conversar.

Paulina: O que você está fazendo aqui? Irei me casar amanhã, não é certo você ficar me visitando.

Carlos Daniel: Paulina me escute, nós precisamos conversar você deve estar pensando que eu sou um monstro.

Paulina: A patrícia me contou o motivo de seu casamento, eu não tenho raiva de você, mas quero que você respeite a minha decisão, você vai casar-se com Leda e eu me casarei com Alexandre, como deveria ter sido desde o começo.

Carlos Daniel nada disse apenas fitou o nada e depois olhou fundo nos belos olhos de Paulina e via que apesar dela estar firme como uma rocha, a qualquer momento essa muralha de certeza poderia cair e se despedaçar, apesar de não admitir Paulina estava triste com o casamento e isso resplandecia em seu olhar, Carlos Daniel sem pensar em mais nada deu um breve beijo nos lábios da amada e para sua surpresa foi correspondido, a teimosia de Paulina não conseguia vencer aquilo que estava aflorado em seu coração. O beijo foi calmo, ambos necessitavam disso e queriam que ele fosse prolongado, o amor há muito esquecido, o carinho, a ternura que ambos sentiam estava explicito nesse beijo, quando este cessou, Paulina ainda ofegante ficou olhando Carlos Daniel incrédula pela atitude de ambos.

Paulina: É melhor você ir embora, sabe que não podemos.

Carlos Daniel chegou bem perto e sussurrou em seu ouvido.

Carlos Daniel: Eu te amo, minha vida.

Depois que disse isso, foi embora deixando Paulina desconcertada e confusa.

Tobias e o delegado Merino estavam na casa do conde, arrumando todos os preparativos para a grande noite, eles ficariam na sala de jantar, pois a mesa era grande e caberiam todos no mesmo cômodo.

Delegado Merino: Senhor Sammet, está tão certo assim dos assassinos, você tem certeza que foram eles mesmos?

Tobias: Sim delegado, está tudo tão alvo, eu só me culpo por não ter percebido antes.

Delegado Merino: É que parece tão improvável.

Tobias: Relaxe delegado, hoje à noite você terá seus assassinos e decidirá o que fazer com eles embora eu já saiba a resposta, bem pelo menos é o que eu faria.

Delegado Merino: entendo senhor Sammet, mas apesar de tudo foi um assassinato e encobrir os assassinos não está passando por minha cabeça.

Tobias: E quem disse que serão encoberto, darei duas hipóteses, use a que achar mais conveniente.

Delegado: Sim senhor Sammet, usarei a que for mais conveniente.

Patricia e Rodrigo estavam indo para a casa do conde, iam mais cedo para ficarem um pouco com vovó Piedade, estavam nervosos com as revelações que seriam feitas e precisavam de um tempo de descontração e conversa.

Edmundo e Luciano estavam juntos na confeitaria, estavam tensos, devido a noite e as revelações que se aproximavam.

Douglas e Leda Estavam conversando, Douglas estava inconformado com o casamento de Leda, sempre achou que se casaria com ela, já que eram bastante íntimos, mas escondiam isso de todos, e também o que estava por vir o estava deixando nervoso e preocupado.

Estephanie e Willy almoçavam como se fosse um dia como outro qualquer, mas era possível ver o quão tensos e preocupados os dois estavam.

Carlos Daniel chegou em casa e foi direto para seu quarto deixando vovó Piedade preocupada.

Vovó Piedade: O que está acontecendo meu neto?

Carlos Daniel: É a Paulina vovó, amanhã ela vai casar-se e não há nada que eu possa fazer para impedir.

Vovó Piedade: Sempre há uma esperança.

Carlos Daniel: Dessa vez não vovó, Paulina vai casar com Alexandre e eu me casarei com a Leda, só um milagre mudaria nosso destino tão triste e cruel.

Vovó Piedade abraçou seu neto bem forte e palavras não precisavam ser ditas, eles conversavam com o silêncio e no silêncio se entendiam.

Estava anoitecendo, todos estavam chegando à casa do conde, para uma noite surpresas e revelações, Alexandre também estava lá, queria estar ao lado do afilhado nesse momento tão difícil, Paulina estava em casa, estava descansando e passando suas ultimas horas como uma mulher solteira ao lado de seus pais.

Edmundo, Douglas, Luciano, Willy, Estephanie, Leda, Rodrigo e Patricia, todos já estavam assentados na grande mesa da sala de jantar, Carlos Daniel, Alexandre e vovó Piedade também já estavam posicionados, Tobias e o delegado Merino ainda revisavam alguns documentos antes de dar inicio à grande reunião.

Tobias: Boa noite a todos, estamos aqui para enfim colocar um ponto final no caso do assassinato da condessa. Eu tenho duas hipóteses apesar de eu saber qual é a verdadeira peço que vocês não descartem nada e ouçam tudo com muita atenção.

Carlos Daniel: Sim, senhor investigador.

Paulina e seus pais estavam sentados na sala perto da lareira, Fernando como sempre lendo um livro e Paula admirava sua filha emocionada. Paulina começou a sentir-se mal e foi correndo até o banheiro. Paula a seguiu.

Paulina estava vomitando, estava fraca e tonta e Paula observava a tudo muito desconfiada.

Paula: Tem alguma coisa que eu deva saber?

Paulina: Não estou entendendo, mãe.

Paula: Está me entendendo sim. Você estava tão apaixonada pelo conde, aceitou muito rápido o casamento com Alexandre mesmo ele tendo te liberado do compromisso, e você acha que eu não percebo as coisas, não é de hoje que você anda passando mal, está sempre quieta e cabisbaixa pelos cantos, agora conte-me o que realmente está acontecendo, se bem que eu já tenho minhas suspeitas.

Paulina: Está bem, eu conto mãe, eu estou com tanto medo, só me abrace, por favor não me condene, eu não queria que nada disso estivesse acontecendo.

Paula: Você é minha filha, eu nunca iria te condenar, estou aqui para te ajudar minha querida, pode confiar em mim, me conte.

Paulina: Eu estou grávida, mãe.

Paula: Esse filho é do Carlos Daniel?

Paulina: Sim, eu fui uma tola, uma fraca e me entreguei a ele, mas eu tinha tanta certeza deque nós íamos ficar juntos.

Paula: E o Alexandre, ele sabe?

Paulina: Sim mamãe, ele sabe e disse que assumiria meu filho, que não ia me deixar desamparada.

Paula: Alexandre sempre me surpreendendo.

Paulina: Ele é um bom homem. Mãe eu posso te pedir uma coisa.

Paula: Sim minha filha.

Paulina: Dorme comigo essa noite, eu estou com medo e sua presença sempre fez eu me sentir protegida.

Paula: claro que sim, você sempre vai ser minha menininha que tem medo de trovões e relâmpagos.

As duas se abraçaram e foram para o quarto de Paulina e deitaram juntas, igual como faziam quando Paulina era criança.

Tobias: Bem começarei com a primeira hipótese. No dia do assassinato logo pela manhã o conde descobriu que sua esposa o traia, e que o escravo estava sendo forçado a tal ato. Paola tentou negar, mas o estrago estava feito, então ela procurou um de seus amantes e cúmplice, o pintor Donato, e juntos os dois planejavam matar o conde envenenado na hora do brinde. Deixe-me colocar vocês a par dos acontecimentos, Paola era viúva e ocultava isso de todos, pois ela havia matado seu antigo marido envenenado com a ajuda de Donato, pouco depois ela conheceu o conde e o restante vocês já conhecem, voltemos ao nosso foco. Paola estava decidida a matar Carlos Daniel, só que Donato não concordava, ele sabia que ela não ia parar e que depois arrumaria outra vitima e resolveu dar um ponto final na história. Na noite do crime ele convenceu Paola de que a ajudaria e logo depois fez um acordo com o escravo que Paola havia molestado, o escravo como conhecia muito bem a casa, foi até a biblioteca e pegou o punhal do conde e o entregou a Donato. Depois que a condessa subiu para seu quarto os dois entraram bem sorrateiramente e a mataram.

Carlos Daniel: Mas essa sua historia não bate com os acontecimentos, o punhal estava comigo o tempo todo.

Tobias: Como eu disse senhor conde essa foi a primeira hipótese e como eu disse também não a descarte. Agora vamos para a segunda hipótese que na minha opinião foi o que realmente aconteceu.


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