Paulina estava fazendo a prova do vestido de noiva, era um vestido lindo, todo trabalhado em pérolas e cor de champanhe, com mangas bufantes e uma calda enorme também decorada em perolas , ela estava linda, Paula não conseguia parar de admirar a filha, Paulina estava animada com o casamento apesar de tudo.

Paula: Minha garotinha está linda, nem acredito que daqui a duas semanas você vai se casar.

Paulina: É mamãe, falta pouco.

Paula: Eu estou muito orgulhosa.

Paulina nada disse ficou apenas fitando o nada pensando o quanto sua mãe estava enganada a seu respeito, se soubesse que ela não era mais um moça pura e que estava grávida, com certeza sua mãe ficaria decepcionada com ela. E a última coisa que ela queria era que sua mãe perdesse a confiança que sempre teve nela.

–

Carlos Daniel e vovó Piedade estavam terminando de tomarem chá, estava um dia ensolarado e perfeito, vovó Piedade sempre muito observadora notou a tristeza estampada no olhar de Carlo Daniel, sabia que seu neto estava sendo injustiçado e não precisava de dom nenhum para saber que Leda o estava enganando, ela sempre foi mesquinha, mimada e prepotente e vovó Piedade nunca havia gostado dela.

Vovó Piedade: Calma meu neto, algo me diz que você será muito feliz ainda, você é um homem justo e bem, se livrou de um casamento degradante e eu garanto que você não entrará em outro.

Carlos Daniel: Vovó por isso que eu gostaria que a senhora ficasse sozinho não terei forças, mas com a senhora que sei que vou conseguir sobreviver.

Vovó Piedade apenas abraçou Carlos Daniel em sinal de solidariedade e carinho. Os dois resolveram sair, vovó Piedade sempre foi muito animada e festeira e ficar em casa sem nada para fazer a deixava entediada e nervosa.

Vovó Piedade: Meu neto, eu quero visitar o Alexandre.

Carlos Daniel: Eu te acompanho até a porta e mais tarde eu passo lá para te buscar.

Vovó Piedade: ele é seu padrinho, você não vai ficar lá?

Carlos Daniel: Não vovó. É complicado.

Vovó Piedade: Está bem então.

Carlos Daniel deixou vovó Piedade na casa de Alexandre e foi embora, vovó foi recebida por Alexandre e Fernando que conversavam na sala.

Alexandre: Senhora Piedade, que surpresa boa, esse é o senhor Fernando Martinez, meu futuro sogro.

Vovó Piedade: Encantada, senhor Martinez. Mas e a noiva, posso conhecê-la?

Alexandre: Claro, venha comigo.

Paulina e Paula ainda estava conversando, Paulina tinha acabado de tirar o vestido de noiva e os últimos acertos seriam feitos e até o dia do casamento o vestido estaria impecável.

Alexandre: Paulina, querida, você tem visitas.

Paula: Eu vou descer, vou ver se pai precisa de alguma coisa.

Alexandre deixou as duas a sós e desceu junto com Paula.

Paulina: Desculpe-me, mas eu ainda não conheço a senhora.

Vovó Piedade: Sei que não me conhece, minha querida, mas eu sinto que lhe conheço há muito tempo, pode me chamar de vovó Piedade.

Paulina: Está bem vovó Piedade.

Vovó Piedade: E como vai nosso anjinho?

Paulina: Hã?

Vovó Piedade: O bebê?

Paulina: Como a senhora sabe, o Alexandre..

Vovó Piedade: Ninguém me contou nada, eu vejo as coisas minha querida, e digo que você será muito feliz ainda, e que esse anjinho que você está carregando vai ser uma pessoa muito boa e abençoada e vai unir você ao seu verdadeiro amor.

Paulina: Meu verdadeiro amor? Nem sei se ainda tenho o direito de amar, não depois de tudo o que aconteceu.

Vovó Piedade: Claro que tem minha querida. E você ainda será muito feliz.

Vovó Piedade abraçou Paulina e Paulina sentiu-se confortável, era um abraço caloroso e apertado.

Paulina e vovó Piedade passaram a tarde toda conversando, as duas logo ficaram amigas e Paulina já a chamava de vovó naturalmente como se sempre tivesse feito isso.

Vovó Piedade: Eu gostaria de convidá-la para tomar chá comigo na confeitaria.

Paulina: Com todo o respeito vovó eu vou recusar outro dia eu acompanho a senhora, mas hoje estou muito indisposta e exaurida.

Vovó Piedade: entendo querida, mas da próxima vez, espero que não recuse.

Paulina: Eu não recusarei isso é uma promessa.

Vovó Piedade foi embora, Carlos Daniel a estava esperando na sala, os dois foram até a confeitaria, como sempre vovó foi tomar sue chá de hortelã, não conseguia ficar sem ele.

–

Tobias pediu que um dos guardas levasse um bilhete para cada um dos suspeitos do caso do assassinato da condessa, marcando um encontro com todos na casa do conde para treze dias (um dia antes do casamento de Paulina e Alexandre).

Todos receberam o bilhete e estavam curiosos e preocupados com o rumo que essa descoberta ia tomar.

–

Paulina estava deitada, mas não conseguia dormir, não conseguia parar de pensar em Carlos Daniel.

Paulina: Eu tenho que esquecê-lo, ele não é para mim, mesmo que ele não se case com Leda, sempre vai existir um grande abismo entre nós e eu não posso mais fazer escolhas tenho que pensar no bem do meu filho, mas como dói, essa distancia dói aqui dentro, apesar de tudo o que ele me fez eu sinto sua falta, falta de seu sorriso, de seu abraço protetor, de suas historias, de sua proteção de seu carinho. Carlos Daniel como eu sinto sua falta. Mas você é proibido para mim e eu tenho que me acostumar com isso.

–

Pessoa misteriosa1: Você também recebeu a mensagem do investigador.

Pessoa misteriosa 2: Sim, será que ele descobriu?

Pessoa misteriosa 1: Não sei, mas uma coisa é certa ele não é tapado como o delegado Merino.

Pessoa misteriosa 2: Eu sei, estou com medo, não justo ir para a cadeia por causa de uma mulher sem escrúpulos como a Paola, nós fizemos um favor à sociedade.

Pessoa misteriosa 1: Não temos escolha, tomara que ele não tenha descoberto nada.

Pessoa misteriosa 2: Algo me diz, que ele já sabe de tudo.

Pessoa misteriosa 1: Talvez tenha chegado a hora de pagarmos pelo crime.

Pessoa misteriosa 2: Que assim seja.

–