Safe And Sound escrita por GarotaDoValdez
Notas iniciais do capítulo
Continuação do 2º capitulo *-*
Boa leitura!
Eu a abraço, e sinto suas lágrimas molharem meu casaco. Passo as mãos nas costas da menina, tentando acalmá-la, mas sei que não posso. Eu estaria seguindo para a Capital junto com o irmão mais velho dela em questão de minutos em direção a morte. Se eu não estava calma, imagina se ela estava, percebendo que poderia perder duas pessoas importantes para ela? Talvez só uma, mas... ainda seria ruim.
- Diana... escuta...- me separo de minha amiga e limpo com força as lágrimas debaixo dos meus olhos antes que meu nariz fiquei vermelho. - Preciso que você fique firme. Quero que você seja forte. Por mim e pelo Aiden, ok? Eu vou morrer e você sabe disso, mas seu irmão tem chances de ganhar isso e...
- Fay - a menina respira fundo duas vezes para parar de tremer - sabe, eu fiz o Aiden prometer que ele vai ficar o mais longe possível de você na arena, assim, se um de vocês morrerem, o outro não vai ver. - é uma estratégia, mas se ficarmos longe um do outro e nos mantermos vivos... pode acabar num encontro bem sangrento.
- Diana, isso não importa.
- Importa sim! Importa se eu quiser que um de vocês dois voltem pra casa! Por favor, promete que você não vai ficar junto do meu irmão nos Jogos.
Afirmo com a cabeça, incapacitada de falar alguma coisa.
- E você não vai morrer, Fay, não vai! Você tem chances, você é inteligente, esperta...
- Só com programas captadores de energia e livros. - sacudo a cabeça, tentando impedir mais lágrimas - Isso é a vida. Não é um telefone ou uma televisão. É uma espada e uma lança, uma arma e uma faca, é vida ou morte.
- Eu acredito em você, Fay. Acredito que você consegue fazer isso. Por mim? - ela faz cara cachorro pidão, e eu esboço um pequeno sorriso.
- Por você, amiga. - Nos abraçamos de novo, e quando o Pacificador aparece na porta, Diana tem um novo acesso de pânico.
- Eu acredito em você Faith! Cuida do Aiden! Fica viva! Eu... - eu consigo mais ouvir minha amiga, porque a porta se fechara pela segunda vez.
Caminho pelo quarto esperando que mais alguém venha, mas ninguém aparece. Lágrimas brotam dos meus olhos de novo e eu pisco para acabar com elas. Não posso chorar, dissera Lana. Vou parecer fraca e vulnerável.
Imersa em meus pensamentos, não ouço a porta abrir, mas sinto dois braços abraçarem minha cintura e sei que minha família entrar no quarto.
Me viro em direção a minha mãe, me segurando muito para não voltar a chorar.
- Me desculpa, mãe! Me desculpa por ser escolhida, desculpa! - digo sem pensar, apertando meus braços em volta do pescoço dela.
- Filha, você vai ficar bem, tá? - a mulher me sola, e quando olho para o rosto dela vejo que esteve chorando mais que Diana - Você vai ficar bem, você vai vencer, você tem que vencer!
- Faith - meu pai me chama. Quando me viro em sua direção vejo uma lágrima escorrer pela sua bochecha e o abraço. - Faith, filha, eu te amo mais que tudo! E eu acredito em você, acredito! Você vai ganhar esses Jogos, pequena! Você vai ganhar!
- Ganhar quais jogos? - ouço a voz fina de Hope perguntando - Onde a gente tá? Por que você estão falando que acreditam na Faith ,assim, de repente?
- Hope tá certa - me solto do meu pai e me viro a tempo de ver Layla falando falando.
- Eu também amo a Fay e acredito nela, mas de repente o papai e a mamãe começaram a chorar sobre isso? O que foi?
Por que eu fui ter irmãs menores que são prodígios? Por quê?
- Eu vou viajar, meninas - digo. Não é uma mentira, mas não é a verdade completa. - Papai e mamãe estão chorando porque vão sentir saudades. Eu estou indo para um lugar que tem vários jogos, e a mamãe diz que eu vou ganhar todos. Ela acredita em mim.
- Por que a gente não vai junto com você? - a garotinha de 8 anos pergunta.
- É só para pessoas com mais de doze anos - respondo com dor no coração.
- Por quanto tempo você vai ficar lá? - dessa vez a pergunta de Layla me pega. Viro para trás, em busca de uma resposta dos meus pais, mas eles apenas voltam a chorar.
- Eu... Eu não sei. - digo.
- Você vai voltar, né, Fay? - Hope volta a perguntar, me abraçando. Minha irmã se junta ao abraço, e não demora muito para meus pais virem também.
Repentinamente o Pacificador abre a porta e é a minha vez de ficar em pânico. O homem uniformizado leva minha família para fora da sala e eu grito:
- Eu vou voltar, Hope, prometo!
A porta se fecha.
- Amo vocês - murmuro baixinho.
De repente, Shawny está na entrada da sala junto com Aiden.
- Vamos? - ela diz, sorridente.
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