A Minha Vida Mudou novamente escrita por Nessaaa


Capítulo 27
Capítulo 8 - Preparação - parte IV


Notas iniciais do capítulo

Obrigada a todos os comentários, ainda não conseguir responder devido à minha falta de tempo.
Feliz ano novo a todos!
Boa leitura! (:



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[.....] - Shiiu, a noiva vem vindo – murmurou quando escutou os primeiros acordes da musica para a noiva entrar.

Bem, e que o circo comece.

Devagar a noiva começou a surgir enquanto todos – os poucos parentes convidados da parte dos noivos – levantavam-se, a igrejinha no centro da cidade estava quase cheia, havia uns setenta convidados, Carlisle e Esme esperavam mais ou menos isso, não queriam muitas pessoas. É claro que tudo estava na mais perfeita ordem, mesmo que ninguém tivesse ensaiado nada, todos os filhos estavam a postos no altar, com Carlisle no meio, esperando pela segunda vez alguém para tornar-se sua no papel e perante a igreja.

Esme entrou acompanhada por Emmett, que correu para lá quando a música começou, o idiota tinha esquecido que tinha que estar com a própria mãe, o que fez com que muitas risadas soassem. Eles caminharam com graça e leveza até onde Carlisle se encontrava.

Assim que ficaram frente a frente e Emm deu a mão que segurava de Esme para Carlisle, e os dois se apertaram a mão, com o grandão dizendo que era para o doutor cuidar bem dela se não ele nunca mais conseguiria emprego nenhum.

                     Aquele casamento, meus caros, foi no mínimo cômico.                            

Nenhum dos adolescentes ali presente, disfarçou o quanto estavam pouco se lixando pra aquilo tudo, eles só queriam que o padre acabasse logo de falar e que a festa começasse.

- Que merda, - Nessie resmungou baixo – além de ficar perto desse idiota do Black, ainda estou com vestido cheio de frufu! Eca!

- Quieta Renesmee, você só reclama! Pelo amor de Deus!

- E ainda por cima, depois eu vou ter que ficar de sorrisinho pra esse povo todo! – Bella que se encontrava ao lado da irmã, com Edward segurando sua mão, deu-lhe um pequeno beliscão.

- E se houver alguém que queria dizer algo, diga agora, ou se cale para sempre.

 – PORRA, BELLA! – a voz que soou foi de Nessie.

- Minha filha? – o padre assustou-se, com a mão no coração enquanto procurava pelos rostinhos deles quem era que tinha gritado.

- PERDÃO PADRE! FOI FORÇA DE EXPRESSÃO – gritou de volta. – EU OUVI UM AMÉM? – perguntou com a cara de pau que tinha. Todos, a sua volta riram, e os améns foram soltados.

Nessie estava mais vermelha que nunca.

- Caralho, Bella – ela sussurrou para a irmã, que ria ainda – podia ter beliscado um pouquinho mais forte não?! Quase fiquei sem braço porra!

- Desculpe – sussurrou a morena. – Agora calem a boca.

- Nossa, quanta gentileza. – Quem resmungou dessa vez foi Black.

- Pode beijar a noiva – quando então todos perceberam, o casamento enfim, tinha acabado, Carlisle já se preparava para beijar a noiva, e tudo o que Bella via, eram as pessoas chorando e chorando, inclusive, Alice, Rose e Rebecca, enquanto os meninos todos riam.

- Que palhaçada – foi o que Bella murmurou ao passar por Alice, que riu.

- O meu casamento vai ser muito mais emocionante.

- Se você casar, né? – todos os adolescentes gargalharam, enquanto seguiam em uma filha única para fora da igreja, agora haveria a festa.

- Graças a nosso Deus maravilhoso eu vou rancar este vestido!

- E colocar outro Nessie, - Rebecca anunciou – outro menor, calma – acrescentou quando viu a cara da irmã. – vocês são hilárias, a Bella é igualzinha você.

- Vamos, vamos, vamos – Emm passou por todos correndo – FESTA! FESTA! FESTA!

Início da Festa 

A festa estava ocorrendo no jardim da casa dos Cullen’s no Canadá, todos já tinham ido para lá, comemorar o casamento, a casa estava cheia, parecia haver muito mais gente ali do que na igreja. A música soava alta, e todos estavam dançando e curtindo muito.

- Vamos, vamos, a noiva vai jogar o buque! – alguém anunciou.

Quase todas as mulheres da festa foram para mais perto, para tentar pegar o buque. As únicas que não se mexeram, foram Bella, Nessie e Becca. Alice também não tinha ido muito longe, mas tinha dado uns passos para o lado onde ela achou que o buque mais ou menos cairia, assim como Rose.

- Vocês não vão lá? – questionou Ricardo para Becca, enquanto a abraçava.

- Ah, não, aqui está muito melhor – riu.

- Um! – fez Esme – Dois! – Três!

O pequeno buque então foi lançado, deu três piruetas antes de cair nas mãos pequenas e brancas dela, que gritou, horrorizada, enquanto via vários pares de mãos para cima dela, tentando desesperadamente pegar o mesmo buque.

- Não! – gritou! – É MEU!

 - Meu DEEEUS! – gritou Nessie que ri desesperada enquanto via o buque nas mãos da pequena Alice, que saiu rindo triunfante.

- Caiu na minha mão, VADIAS! – gritou chegando mais perto de Jasper.

- Amor, não precisava faz...

- Não termine sua frase Jasper Hale Cullen! Não termine! – rosnou arrumando o vestido e logo em seguida o cabelo – caiu em minhas mãos!

- Pensei que você nem quisesse pegar o buque, Allie.

- Bellinha, Bellinha, são coisas da vida.

- Você é louca, isso sim.

Alice deu as costas para ela, rindo. E Bella se aconchegou mais ao peito de Edward.

- Eu te amo – ele sussurrou.

- Você sabe que eu também.

- Vem comigo? – pediu manhoso, e ela, como sempre cedeu.

Como eles estavam em sua própria casa, os dois subiram para o quarto de Edward, que não ficava tão longe assim do de Bella. Antes que eles pudessem chegar lá, Edward puxou-a para um beijo quente, encostando-a na parede mais próxima, pressionando o corpo dele contra o dela.

- Edward... – gemeu ela. – aqui não.

- Estamos chegando, estamos chegando – ele riu puxando-a para a primeira porta que encontrou. Que era o banheiro.

- O banheiro? – riu Bella – credo!

- Novas experiências, Bella. – ele a abraçou, e por um momento Bella sentiu que aquele seria um último abraço. – Não importa o que aconteça, ok? Eu vou te amar, sempre.

- Edward, - Bella sentiu as paredes da garganta se fecharem – porque está dizendo isso? Nada vai acontecer, nada vai nos separar, não diga isto.

- Eu não sei Bella, mas eu só queria que você soubesse, eu...

Isabella olhou para ele, e num momento viu tudo girar, ela colocou sua mão molhada no terno dele, e Edward viu quando ela ficou branca, muito branca.

- Está tudo bem? – perguntou ele.

Ela inspirou fundo antes de olhá-lo nos olhos e dizer:

- Está tudo bem.

- Vamos sair daqui e eu vou pegar uma água pra você.

- Obrigada.

Eles desceram de mãos dadas, a festa ainda estava agitada e todos se divertiam, Carlisle e Esme passariam a noite fora, num hotel que tinha ali mesmo no Canadá, e os adolescentes ficariam sozinhos, mas isso não seria problema nenhum.

Assim que a festa acabou e todos os parentes foram embora, os adolescentes foram para seus respectivos quartos, e adormeceram. Nem todos estavam tão felizes com essa união de Carlisle e Esme, agora eles querendo ou não eram uma família mesmo, de papel passado.

Três semanas haviam se passado desde o casamento de Carlisle e Esme. Três longas semanas na qual todos os dez adolescentes brigaram, se reconciliaram, brigaram de novo. Mas isso já era normal, é claro que era.

Algo novo tinha acontecido, algo que era perceptível aos olhos de todos. Nessie e Jake já não brigavam mais como antes, eles se olhavam diferente, como se os dois estivessem escondendo um segredo só deles.

- O que é que está acontecendo entre vocês? – perguntou uma vez Rose enquanto estava na sala sob os braços de Emm.

- Com quem? – Nessie perguntou revirando os olhos.

- Com vocês dois. – apontou para ambos, sentados no mesmo sofá, a uma distância consideravelmente perto.

- Conosco? – Jake riu olhando Nessie – Nada de diferente.

- Olhem pra cara de bobos de vocês, é lógico que alguma coisa aconteceu!

- Nada aconteceu, vocês estão todos bêbados e drogados! Eu nunca teria nada com o Black! Ele é um idiota!

- Você é uma pirralha – ele riu.

Assim, eles continuaram com as provocações e rindo descaradamente um do outro, Bella sentiu sede, e foi levantar-se para ir até a cozinha.

Foi quando tudo aconteceu de novo, aquela já era a terceira vez em três semanas que sentia isso.

Ficou zonza quando levantou e logo sentiu a bile subir pela garganta, ela ia vomitar. Não, não!

Sentiu os olhos arderem, o choro viria junto com certeza, e nem ela sabia o porque.

- Bella? – Becca chegou perto da irmã e colocou a mão sob o ombro desnudo,  - Tudo bem?

Ela assentiu com a cabeça e tontura foi mais forte.

- Edward – gritou Becca – Pelo amor de Deus, me ajude aqui!

- Bella! – Edward gritou pegando-a nos braços, - Meu Deus!

Bella pôs as mãos na testa, a tontura passando devagar enquanto ela tomava ar pelas narinas e soltava pela boca.

- Estou bem – sussurrou. – Estou bem, Edward! – se enfezou com ele quando ele novamente perguntou passando a mão por seus cabelos. O humor dela mudava agora tão rápido que nem ela mesma entendia.

- Ok, ok – suspirou ele sentando-se no sofá irritado – não precisa ser grossa!

- Desculpe – ela sussurrou com a voz fraca, de novo ela sentia que ia vomitar. – Mais que MERDA! – exclamou saindo em disparada para o banheiro mais próximo.

Assim que ela terminou de colocar tudo para fora, foi para seu quarto cansada. Cansada de tudo, se sentia doente... estranha, mas não tinha como falar com Carlisle, não queria deixá-lo preocupado.

Ela acabou adormecendo ali mesmo.

(...)

BELLA POV

Quando acordei, o sol batia forte em minha janela, eu havia dormido por horas e nem sequer notado, e não teria levantado agora, se não fosse por esse maldito enjôo. Eu já nem sabia mais o que eu colocava pra fora, eu mal estava comendo, e merda! Acho que eu teria que ir mesmo num médico! Porém sozinha, já que eu tinha certeza que não era nada de muito importante.

Tomei um longo banho, e como hoje estava fazendo um calor agradável, me vesti com um vestido soltinho branco com desenhos de folhas no fim, calcei uma sapatilha preta e deixei os cabelos soltos, peguei a primeira bolsa que vi na frente e fui para a garagem.

Ao passar pela sala eu notei que estava muito silenciosa, o que era muito estranho, pois normalmente as pessoas dessa casa acordavam mais do que cedo, mas não me importei, talvez fosse eu que tivesse acordado cedo.

Ao chegar na garagem, os únicos carros que estavam ali era o meu e a moto do Jake, então quer dizer que eles haviam saído sim, para algum lugar e não me levaram. Vagabundos! Até Edward tinha saído! Mais que Viado! Tudo bem que ontem eu tinha dado umas patadas nele, mas meu! Ele poderia ter vindo me avisar que estava saindo! Balançando a cabeça, eu tirei esses pensamentos da cabeça, concentrando em abrir o carro e partir para o hospital sem mais ferimentos para voltar boa e curadinha

(...)

Já era a noite quando cheguei em casa, cansada, morta por dentro, e chorando. Chorando muito!

Isso não podia estar acontecendo, não podia! Era inacreditável. Eu me recusava a acreditar em algo assim.

 Ao adentrar a mansão não tão mais silenciosa como hoje pela manhã, eu parti para meu quarto, fungando, pensando em como tudo seria daqui para frente.

- Bells? – Jake me parou na porta de meu quarto, eu abaixei a cabeça para tentar esconder as lágrimas – o que aconteceu? – perguntou.

- Ai meu Deus, Jake! – sussurrei me jogando nos braços dele, que me acalmou por todo o tempo passando as mãos pelos meus cabelos sem perguntar mais nada.

- Nessie! – ele meio que falou – Nessie espere! – gritou mais alto me afastando. – Nessie! – ele olhou para mim como se perguntasse se poderia ir. Eu assenti com a cabeça.

- Vai ficar tudo bem? – perguntou me dando um beijo na testa, no qual eu apenas assenti, vendo ele descer atrás de Renesmee.

Tentei me desligar de tudo, e adentrei meu quarto, a primeira coisa que vi foi a cama, e foi nela que me joguei tentando esquecer o dia de hoje, tentando esquecer tudo! Enrolei meu corpo e abracei os joelhos, e pela décima vez eu senti meu coração se esvaziar com o medo e depois se encher de um novo sentimento, que eu não sabia se queria sentir: Proteção.

(Narrador observador)

Naquele mesmo dia...

O telefone tocou alto e estridente, tirando a atenção do homem que terminava sua pequena refeição na sala de estar. Por um momento, torceu que a ligação não fosse importante, mas quando viu o nome daquela pessoa ali no visor, quase não ousou atender, porém, lembrou-se que ele ainda era parte de sua família, e que independente que ele houvesse omitido durante todos esses anos, ele poderia perdoá-lo.

- Alô. – sua voz foi firme, mas ao fim deu um pequena tremida, ele queria tanto perdoá-lo, dizer que agora sabia de toda a verdade, que sua mãe o tinha enganado durante todo esse tempo.

- Filhão? -  a voz do homem foi um sussurro rouco do outro lado, ele pigarreou para a voz sair mais forte. – Tudo bem?!

- Pai! Estou ótimo e o senhor? – perguntou sabendo que pela voz dele, seu pai não se encontrava nadinha bem.

- Levando, filho. Como estão as coisas por aí?

- Tudo ok por aqui, o senhor que não me parece tão bem assim, aconteceu alguma coisa?

- Olha é por isso que estou te ligando, você sabe que se não fosse tão importante assim, eu nem ligaria, mas... Eu preciso de uma coisa, urgente, eu sei o quanto você me odeio e tudo mais, porém sou seu pai, e queria... queria que fizesse algo por mim.

- Qualquer coisa, pai. E... eu não te odeio, eu soube de tudo, e soube que não foi você quem mentiu. – seu pai ficou quieto, o rapaz ouviu um suspiro longo de alivio do outro lado.

- Então ela resolveu contar para vocês a verdadeira história? – perguntou.

- Sim... Na verdade não foi ela, ela mesma que contou, foi a Ginna. – seu pai gargalhou alto.

- A filha doida do Jenks?

- Ela mesma, - riu

- O  que ela está fazendo ai?

- Bem, ela veio passar uns tempos, mas já foi embora, logo após ter falado tudo.

- Entendi, mas então filho, - ele ouviu a tosse fraca e rouca – Desculpe, eu... não estou muito bem.

- Tudo bem pai.

- Então, eu... eu preciso de alguém para cuidar de mim, alguém para administrar minha empresa, alguém para me ajudar. – ele parou suspirando – eu não estaria te pedindo isso, se não fosse tão urgente e tão importante, filho.

- E... e você quer que eu vá para New York? Tem certeza? Cuidar da sua empresa? Mas pai... você sabe que eu não tenho nenhuma formação e ...

- Não precisa de formação, querido. Eu vou te ensinar tudo, e claro que você vai para uma das mais requisitadas escolas universitárias daqui. Você já não acabou a escola?

- Já pai. Mas...  – ele foi interrompido quando ia dizer que aquele não era seu sonho, que ser um cara que ficava na diretoria de um empresa administrando tantas outras pessoas não era seu maior sonho.

- Filho, eu estou morrendo. – o pai falou tremendo, ele não dizia essa frase desde que descobrira que estava com um tumor maligno – não sei quanto tempo ainda vou viver.

- Pai – ele gemeu com os olhos fechados – como assim?

- Um tumor, grande, espalhando seu veneno por mim.

- Há quanto tempo, pai? Há quanto tempo você sabe?

- Há uns cinco meses. – suspirou – me desculpe eu devia ter dito antes, mas eu achei... achei que poderia contornar a situação, que eu poderia viver mais, que o tumor sumiria.

- Mas ele só aumentou, é claro. – o jovem homem concluiu.

- Só. – ele fechou os olhos enquanto pensava no que fazer, seu pai estava morrendo, pedindo a ele que largasse tudo aqui e fosse para outro lugar administrar uma empresa enorme na qual ele mal conhecia.

- Pai... eu tenho uma vida aqui, demorei para conquistar algumas coisas, e agora eu as tenho, não sei... não sei se poderia largar tudo.

- Eu não pediria que deixasse sua vida se não fosse algo realmente importante.

- Eu sei, pai. E... tudo bem – suspirou pensando na besteira que estava fazendo, mas aquele homem que estava morrendo era seu pai, independente de tudo o que ele tivesse feito anteriormente, abandonado todos, e depois aparecido para enfeitiçar sua mãe adotiva, batido nela e tudo mais. Ele era seu sangue e mudara. – eu... vou.

Mal sabia ele que aquela resposta mudaria sua vida e a de todos para sempre.

(No dia seguinte)

Ela sabia que teria que contar para todos o que estava acontecendo, sentia-se tonta, e enjoada ainda, eles logo perceberiam que ela não andava bem. E é claro que seu pai logo acharia que ela estava com a mesma doença que sua mãe, quem dera que fosse isso mesmo.  Ela já estava pronta para descer para o café da manhã quando uma voz a parou.

- Bella! – gritou Jasper – Bella! – ela virou-se para fitá-lo.

- Oi, - sorriu tímida – o que foi, Jazz?

- Hum... é... Você viu o Edward por ai?

- Jazz, não o vejo desde de ontem, desculpe.

- Ah tudo bem então! Ok! Ok!

- Aconteceu alguma coisa com ele? – ela perguntou com o coração batendo forte no peito, talvez até mesmo Jasper conseguia ouvi-lo.

- Nada que eu saiba que tenha aconteceu, você sabe de alguma coisa?

- Fui eu quem perguntei primeiro, Jazz – ele riu.

- Não sei de nada, Bells, e o namorado é seu.

Eles desceram as escadas juntos, rindo ainda, mas quando chegaram até a mesma, ela estava cheia, todos com rostos preocupados, olhando para Jasper e Bella que desciam as escadas tranquilamente.

   - Aconteceu alguma coisa? – Jasper perguntou vendo quando Carlisle tinha na mão um papel, ela estremeceu, seu estomago revirou e ela quase desmaiou ali mesmo ao perceber que o papel era parecido com o que ela tinha pego no hospital, mostrando seu diagnostico.

- Pai... – Bella estremeceu, ele lhe lançou um olhar acusatório, como se dissesse que sabia que aquilo aconteceria.

- Bella sente-se, Jazz também. – pediu o anfitrião tendo Esme ao seu lado, com os olhos vermelhos de tanto chorar. Ele não podia ter descoberto, pensou ela. Ele não podia ter achado aquilo, tudo estava errado! Isso era um sonho – pensou ela.

- Cadê o Edward? Eu só falo se ele estiver aqui! – levantou-se ela, com as mãos sobre a barriga, Bella não ia deixar ninguém se quer tocar nela, a não ser ele.

- Bella... sente-se nós...

- Eu já disse! Só falo se Edward estiver aqui! – Carlisle a fitou, com o olhar carregado de preocupação, como ele ia contar aquilo para ela? Como?!

- Bella, é sobre isso que queremos falar, sobre ele.

- O que? Aconteceu alguma coisa? Ai meu Deus! – gemeu ela, não agüentaria perder ele também – conta pai! O que houve?!

- Bella... Edward... Edward... ele... – Carlisle não conseguiu terminar a frase e quem terminou por ele com a voz embargada foi Esme;

- Foi embora, Isabella.

- O que?! – gritou ela, com os olhos já ardendo – como embora? Do nada? Pra onde?! – gritou de novo – VOCÊS ESTÃO BRINCADO NÃO É? PAI! – ela chorou – ME FALA!

- Ele... Bells, ele deixou uma carta só... eu... não sei dizer o porque, ele deixou só isso. – estendeu a ela o papel que ele segurava, que não era o seu. Sua visão ficou turva pelas lágrimas, ela soluçou alto, seu peito balançando, nem sequer notou que segurava a barriga ainda, ela não podia acreditar que ele se fora.

- Eu leio, Bella – falou Nessie pegando a folha de sua mão e ajudando Bella a sentar-se no sofá, ela notou que sua irmã tremia, e muito.

- Bem – pigarreou – “Tentarei ser o mais breve possível nessa carta, provavelmente vocês estarão reunidos ai na sala lendo isso, e eu estarei em um avião, não se preocupem, eu estou bem, e estou com meu pai. Não agüento mais viver assim, longe de tudo e todos num país que nem sequer eu conheço, desculpas é o que eu peço e desejo toda a felicidade do mundo para todos vocês.” – Renesmee olhou todos na sala, os quais tinham expressões abatidas e alguns choravam, como Alice desconsolada – ah, tem um PS aqui no final, “Não me procurem, estarei longe o suficiente.”

- Não pode ser, não pode ser -  Bella murmurava, seu coração diminuiu de tamanho, agora ele estava vazio, Edward havia deixado-a sem falar nada... Sem consultá-la, sem saber como ela ficaria sem ele... E agora mais essa, ainda mais agora ele se fora, ainda mais na parte mais difícil da vida dela, na qual ela teria que agüentar todo o peso do mundo sozinha, ela gemeu fechando os olhos. O que faria agora? Sim, só restava a ela contar a todos, se seria expulsa de casa, lixada, ou qualquer coisa do tipo, ah isso já não importava mais, porque agora ela já não sentia nada, estava entorpecida demais, presa na amargura e na tristeza.

Ela afastou esses pensamentos, enxugou as lágrimas com as costas da mão e finalmente se deu conta de que se ele havia ido embora sem ao menos falar com ela, sem ao menos se dar ao trabalho de perguntar se estaria tudo bem, sem nem ao menos terminar com ela... Que ela não se importaria mais, isso não valeria a pena, e a partir de hoje, o nome dele estaria proibido para ela, Bella reuniu todas as forças que sobraram dela e se levantou segurando a barriga ela encarou Carlisle e soltou aquilo que a estava atormentando durante tanto tempo.

- Pai, estou grávida. 



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Notas finais do capítulo

OOMGGGGGGGGGGGG!
Demorei pra vir aqui né!? Eu sei, estavaaa meeeeega ocupada,
):
Ahhhh, um coisa,
Fim da Segunda Fase: Canadá:
Marriage and disappointments
(Casamento e decepções.)
*..........................*.......................*
FIM do capítulo Oito: Preparação.
A partir dessa outra fase que entraremos agora avançaremos no tempo, ok ? E qualquer dúvida será esclarecida nesses outros capítulo, ok ?
Obrigadaaa, beeijos e atée maisss (: