A Minha Vida Mudou novamente escrita por Nessaaa


Capítulo 14
Capítulo 7: Perdidos - Parte III


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura :)



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Durante todo esse tempo eu nem havia pensado em Tanya, ou em nosso bebê, eu queria mais era curtir com Bella, a garota a qual eu descobri que amara. (tempos depois...) Escutei alguns barulhinhos, pequenos barulhos de gotejar. Ping, ping, ping. Continuei andando.

A floresta agora se fechara sobre nós era uma mata onde seria difícil nos encontrar, meu celular não tinha área, estava sem bateria e o de Bella, ela havia esquecido em casa. Idiota! Ah, eu sei que a amo, foi força de expressão. Havia uma pequena trilha e então como os barulhos de gotas foram ficando mais e mais altos, eu continuei pela trilha até terminá-la.

Ao ver tudo aquilo, meu coração se encheu de uma alegria enorme, que se não fosse por Bella em meu colo, eu teria pulado, jogado os braços para cima e sambado.

 - Ah, obrigada, Deus! - soltei um gritinho de alegria, o que foi bem gay.

Eu via ali tanta mais tanta água, que uma onda de alivio invadiu meu peito, por finalmente conseguir acalmar a cede de Bella.

Ali, um pouco acima do rio, se encontrava um pequeno lugar, que parecia ter sido feito para nós dois, havia uma grande árvore cheia de flores e que parecia ser realmente um bom lugar para se acampar por uns tempos.

A água ali seria muito bom para nós, que não tínhamos comida nem nada. Ali seria nossa (casinha, bem irônico isso) por esta noite. Aconcheguei então Bella ali, deitada, de barriga para cima.

 Ela então se remexeu e virou-se para o outro lado suspirando. Fiquei um momento a observando de boca aberta, juro que mais um pouquinho cairia baba. Comecei então a arrumar algumas coisas. Meu primeiro pensamento foi:

- O que vamos comer? – coloquei a mão em minha cabeça, agora eu falava sozinho!Ótimo para mim!

Olhei para a água límpida, eu precisava bebê-la, precisava de um banho! Fui até a beirada e então me afundei na água cristalina, era tão bom lavar a alma, assim – pensei eu – poderia me esquecer desse amor que descobri por Bella. A água limpa. Purifica. Tomara que assim seja comigo. Terei de evitá-la, não conseguirei agüentar-me estando tão perto dela.

Depois de um tempinho ainda na água, eu vi ali, um peixe lindo, todo colorido, e então, a fome voltou com tudo. Claro! Terei de pescá-lo! ÓBVIO!

Andei até a margem e então pensei em como eu poderia fazer essa proeza. Coloquei a mão no bolso de meu shorts e pequei o chaveiro que eu tinha desde os tempos de moleque, onde eu saia para acampar sozinho com Emm e Jazz.

Então tirei dali um pequeno canivete, nós usávamos para cortar pequenos pedaços de lenha para fazer fogueira.

Então, como fui bem ensinado num daqueles acampamentos de verão, pequei um pedaço de madeira e comecei a afiar sua ponta. Meus dedos longos e brancos sentiram em fim sua ponta.

Tudo bem que eu DEMOREI horas pra tentar deixar daquele jeito, mas é que eu não tinha mais tanta prática quanto antigamente. Tirei a camiseta e deixei-a num cantinho, adentrei a água novamente, e ali comecei minha caça ao peixe.

(uma hora depois...)

 Eu estava ainda tentando pegar aquele maldito peixe. Mas, assim que eu lançava minha lança, ele se afastava. Eu estava quase desistindo, quando resolvi lançar pela última vez. Detalhe: DE COSTAS! Nunca eu em sã disposição conseguiria pegar um peixe de COSTAS!

Enfim, joguei minha lança, e ela então quicou e fez um barulho beem estranho. Então, me virei, devagar, esperando que o peixe já tivesse levado minha lança com ele.

Mas então arregalei meus olhos ao constatar que eu tinha enfim, conseguido meu tão esperado peixe!

Piscando os olhos intensamente, achando que era uma bela miragem, eu fui até lá, e levantei minha lança, para cima e gritei:

- Sou demais! Há!

Andei até o lugar onde se encontrava Bella, e onde eu havia feito uma fogueira pequena, com os gravetinhos que eu pegara.

Acendi a fogueira com a caixinha de fósforos que eu encontrei na bolsa de Bella. Depois, espetei o peixe com um graveto, e o pus para assar. Tudo natural! Perfeito! Então arrumei um lugarzinho com folhas de uma árvore enorme, assim, daria pelo menos para nos manter em um lugar “limpo”. O crepúsculo caia sobre nós em grande estilo.

O céu estava num tom alaranjado, deixando o clima bem tenso, mas lindo. Deste ponto de vista agora a floresta me parecia bem mais assustadora do que do aconchego de meu lar.

Sentei-me de frente para a água, e esperei, esperei a noite cair sobre meus ombros, e tornar a floresta numa imensa escuridão. Esperei esquecer-se de tudo, esperei voltar para casa, tomar um banho quente, ler, ouvir minhas melhores músicas ficar com minha família, naquela paz gostosinha.

Esperei por tanta coisa, mas nada aconteceu. Nada! Apenas o zumbido dos grilos me acompanhavam agora, Bella dormia ainda, e eu tive plena certeza que eu ficaria a noite toda acordada, ela dormira a tarde toda praticamente. Olhei a lua. Agora bem alta devido à hora. Estava cheia, brilhante, espetacular.

Um suspiro pesado me fez assustar. Então olhei para trás e sorri para a pequena figura pálida que vinha em minha direção cambaleante.

 Ela sentou-se ao meu lado com um pequeno bocejo.

- Boa noite Bella-adormecida! – sussurrei- lhe. Ela riu devagarzinho, ainda com sono.

 - Boa noite Edmund. – sorriu ao falar meu nome.

- Ed...

- Ward – completou-me, - é que é legal vê-lo todo chateadinho pelo nome novo.

 Ri, ela era bem doida mesmo. A doida que você ama, pensei comigo. Ainda bem que se lembrava de meu nome

- Olha, eu bem que tentei lembrar, mas não consegui o que houve? – perguntou.

- Quando? O dia todo?

- Não, - respondei tristonha – hoje, pouco antes de eu dormir.

- Ah, claro, essa hora! – olhei-a pela primeira vez, naquela noite. Seus cabelos estava em grandes cachos nas pontas, seu rosto estava pálido, devido à hora que passara mal.

 – Bem, você ficou bem mal e acho que desmaiou.

- ah, certo, entendo. – seu semblante mudou – onde estamos?

- Bem, na verdade, nem eu sei direito, mas sei que achei este lugar e alegre-se, há muita água! – mexi os braços para tentar mostrar o quanto de água nós tínhamos.

 - U-A-U! – exclamou ela. – mas, cadê a água?

- bem aqui. – ofereci a ela, uma pequena Cumbiquinha, aquelas que você encontra perto das árvores, elas são de madeira de meio que redondas, como um coco. – Beba. – ordenei.

Ela bebeu toda a água, e fiquei contente quando ela devolveu-me vazia.

Ouvi o pequeno ronco de seu estomago, percebi que ela ficara envergonhada, por que corou.

 - Não precisa ficar com vergonha, é normal sentir fome! – bati devagarzinho em sua barriga, ela riu e depois suspirou alto.

- Não me lembro de nada ainda, mas confio plenamente em você e não sei por quê. Meu rosto foi do choque ao medo, ela ainda não se lembrava de nada, mais que merda!

 - Não se preocupe – tentei deixar minha voz o mais natural possível, - tudo ficará bem, prometo – nem eu mesmo acreditava se ficaria. Ela assentiu com a cabeça devagar.

(momentos depois...)

- Senhorita. – cumprimentei-a com a cabeça, enquanto fingia puxar uma cadeira invisível, Bella riu divertindo-se da situação, ela sentou-se ao chão e cruzou as pernas como um indiozinho.

Já perceberam que depois que você descobre que está apaixonado, tudo ficar no diminutivo? Pois é, é beeeeem assim! Sentei-me de frente para ela, que me olhou sorrindo de orelha a orelha.

Linda como sempre, ela tomara banho enquanto eu terminava o “jantar”. Falei que ela deveria ir apenas à beirada, e foi o que fez. Toda obediente.

Comemos conversando, ela queria saber tantas coisa. Coisas sobre mim, sobre os meus pais, sobre os pais dela, nossos irmãos, ela queria saber absolutamente sobre tudo!

 - Edward... – ela me chamou assim que estávamos quase terminando o peixe.

- Sim? – perguntei olhando para ela.

- Nós... – murmurou constrangida – Nós... Somos... Namorados? – corou ficando totalmente vermelhinha.

- Oh – exclamei quase engasgando. Contar ou não a verdade? – Err... Nós... Bem Bella, nós... Não somos! – ela abaixou o rosto, e tive a plana certeza de que ficara magoada.

- Mas... – acrescentei – eu adoraria ser!

Bella levantou o rosto e sorriu tanto, que meu coração apertou-se.

- Olha, eu gosto de você – ela disse – é inexplicável, porque nunca senti nada parecido antes.

- eu te entendo! Pode ter certeza! – meu murmuro foi calmo.

Nós já tínhamos comido, escovados os dentes, e agora nos encontrávamos onde eu antes estivera sentado. Bella ao meu lado, se balançava para frente e para trás devagar.

 - Está com frio? – perguntei.

- N-ã-a-a-a-o. – respondeu batendo os dentes. Levantei-me e fui até a mochila onde peguei a pequena blusa de frio para ela.

Bella vestiu-se e agradeceu sorrindo. Passei meu braço em volta de sua cintura e puxei-a para mim. Olhei para a lua, tão linda;

- Está vendo aquela lua? – a percebi assentindo e olhando para cima – ela é tão intensa como qualquer outra coisa, ela é grande como o amor, é perfeita como as flores.

- ela é linda – sussurrou. Olhei para Bella, que ainda olhava a lua, então, ela virou seu rosto e ficamos frente a frente.

Com um suspiro profundo, minha consciência me alertou de que se eu a beijasse, provavelmente eu morreria por ela; e se eu não o fizesse eu nunca mais teria a chance de ficar com Bella.

Subi meus dedos até seus cabelos e com a outra mão, puxei-a mais para mim. Colados e ofegantes, aproximei meus lábios do dela esperando por sua reação.

 Ela não se moveu, apenas fechou os olhos esperando pelo BEIJO Rocei levemente meus lábios no dela ainda de olhos abertos, a vi suspirar entregando-se para mim, Bella separou os lábios esperando por mim. Com a ponta da língua, toquei seu lábio inferior, depois o coloquei entre os dentes e o puxei.

Devagar, sem quer assustá-la. Então, enfim, colei meus lábios ao dela. Minha língua invadiu sua boca, a procura de explorá-lo, de sentir o gosto, guardá-lo na lembrança pelo resto de minha vida.

 Explorei tudo, cada canto, enfim, encontrei sua língua assim que a tocamos algo explodiu dentro de mim, dentro do meu peito, estilhaços com sensações gostosas me invadiram,começamos uma dança sincronizada devagar, calma, apaixonante.

Minha mão foi para seu rosto, e o segurei como porcelana, delicadamente. Ouvi o pequeno gemido vindo dela e soube que era errado, mas eu não conseguia parar, eu já estava bem ofegante e ela também; suguei seu lábio inferior, queria que ela se lembrasse de mim, então o mordi, com uma última dança de nossas línguas, me separei dela ofegante e dei-lhe um pequeno selinho.

Não abri os olhos ao afastar minha boca da sua, ela estava perto demais ainda, não queria que aquele momento acabasse.

Então me separei dela, abri os olhos, mas não tive coragem de olhar para ela. Eu podia sentir seu olhar em meu rosto.

- Desculpe-me... Eu não... – gaguejei.

 Mas ela me calou com um dedo.

 - Tudo bem, tudo bem. – murmurou-me.

Levantei-me entristecido, poxa, agora é que vou ficar mais maluco louco por ela. Deite-me no lugar que eu arrumei para ficar. Bella ficaria do outro lado, longe de mim, onde ela havia dormido hoje à tarde.

Fechei os olhos e esperei ser morto. O gosto dela estava em minha boca, eu queria mais, muito mais! Droga! Quando dei por mim, mãos e corpo quente deitaram ao meu lado.

- Não tenha medo... – murmurou em meu ouvido – nós pertencemos um ao outro, certo? – abraçou-me delicadamente.

- Certo – murmurei também. E fechei os olhos pronto para dormir, depois disso, cai num sono, onde os sonhos giravam em torno de Bella.

[...]

(...)

Acho que dormi, porque não me lembravam mais onde me encontrava. Sem abrir os olhos eu percebi que ainda estava escuro e que um corpo caia sobre o meu delicadamente.

Meu cérebro reagiu a aquele cheiro; ISABELLA. Não me mexi, apenas não queria acordá-la, mas eu sabia que ela não dormira.

- Bella? – chamei-a. Ela se mexeu um pouquinho se sobressaltando em ouvir minha voz.

- Sim? – murmurou. Abri meus olhos e me deparei com a mais escuridão que já vi em toda minha vida.

O tempo mudara. Nuvens encobriam o céu, a lua e todo o resto deixando a floresta na mais pura escuridão. Sentei-me rapidamente; DROGA! Chuva não! Respirei fundo. Tudo bem, se chover teremos de nos esconder, numa caverna provavelmente. Pouco importa, só teríamos que nos esconder. -

 Edward! - murmurou meu nome. – Edward! – um pouquinho mais alto.

– Edward! – um pouquinho mais alto. A ignorei tinha de pensar em algo, em como achar uma caverna...

- Edmund! – bramiu ela.

- Droga, Swan! É Edward! - Quando digo a porra de seu nome errado você escuta! - Tá, tá! – suspirei – o que quer?

 - Acho que temos um probleminha... – virei-me para ver onde ela se encontrava e me assustei ao ver ali um animal tamanho mostro. Sem duvidas um rinoceronte, ou um cachorro do mato, ou uma onça. Claro que estava mais para onça, leão, sei lá o que seria aquilo. Sei que era bem grande e bem feroz.

 - Deus! – gritei.

- Cale a boca idiota! – bateu em meu braço quando a puxei para perto de meu corpo.

- Que dentes grandes ele tem. – murmurei morrendo de medo.

- Jura? – ironizou – acho que os dentes são para fazer picadinho de Cullen, melhor!

Se eu não estivesse me borrando de medo, eu teria até rido. O bicho deu um passo na nossa direção, nos afastamos e então ele rugiu um rugido feroz e tenso.

 - Vamos morrerrrrrrr! – falei como uma bichinha cagona.

O animal avançou mais uma vez lenta e demoradamente, como se quisesse nos matar devagar e dolorosamente.

Tremi ao pensamento e encostei Bella na grande árvore, senti o corpo dela ficar tenso à medida que o bichano avançava então ela murmurou em minha orelha:

- Bem... Talvez essa seja a minha última chance de dizer-lhe isso, mas... – ela parou indecisa sobre falar ou não, deixei que decidisse e então, após um longo e profundo suspiro ela continuou – Edmund, eu gosto de você, realmente eu gosto!

- Bella, - sussurrei – eu... Te... – ouvi sua respiração acelerar-se e depois como se ela a tivesse prendido. Mas, contudo, eu não podia dizer que a amava, não, não podia era errado demais! – Te... Desejo sorte, ok? Nossa, que merda de “te desejo sorte foi essa?”.

Ela não sorriu, apenas continuou com a respiração presa. Assim que o animal feroz rugiu novamente, me vi já virado de frente para ela. Seu rosto a centímetros do meu, sua boca perto da minha o suficiente para fazer meu estomago ficar estranho.

A pequena e delicada mão dela passou por todo meu braço, fazendo-me arrepiar deixando um rastro de fogo.

Lá no meu subconsciente eu sabia que estava de costas para o inimigo – a onça, sei lá o que era – e não me importava se agora ela me atacasse, apenas que fosse a mim e não Bella.

Não me importei com mais nada, apenas com seu toque e o fogo que emanava de seus dedos.

Subi minha mão para seus cabelos e os prendi ali, com a outra mão, percorri seu braço, do cotovelo até os ombros, indo até sua cintura, puxei-a para mim. Ofegante, ela deixou escapar um tímido gemido. Aproximei minha boca da dela, devagar, esperando por sua reação.

Ela apenas fechou os olhos e... Esperou.

Beijá-la era o que eu mais queria naquele momento. Podia ser errado, idiota, mas era o que meu coração mandava. Quando me aprontei a fazê-lo, o som de algo caindo ao chão, num baque surdo me fez virar nos calcanhares e olhar além da escuridão para o bicho que corria a todo vapor, com o pedaço de peixe que tinha sobrado de nosso jantar.

Graças a Deus, que o que ele levava na boca agora não era um de nós dois.

- Ufa – senti Bella relaxar e depois escorregar na árvore até o chão. – Perdidos e além de tudo ainda por cima quase mortos por um bicho selvagem! – soltou outro suspiro profundo, me virei ficando em sua frente

 – Que maravilha! – seu sarcasmo tinha sido forte.

- Ótimo mesmo! – murmurei ranzinza. Também escorreguei ficando ao seu lado em silêncio, com o tempo, Bella passou a deixar-se em meu colo e eu acariciava seus belos cabelos.

- Bella? – chamei-a com tanto sono que minha voz mal passou de um sussurro. Eu tinha de fazer essa pergunta, ela já me queimava a todo o dia de hoje.

- Sim? – ela bocejou logo em seguida, morta de sono.

 - Você ainda... Não se lembra de... Nada? Olhei para seu rosto quase adormecido.

- Não... Apenas pequenos flechs que vem de vez em quando, nada mais. Sim, como ela mesma havia dito àquela hora QUE MARAVILHA!

- amanha, procuraremos a saída e vamos ao médico e para casa, cansei de brincar de Lost. - Ouvi seu pequeno sorriso e ali, caímos num sono com medos e temores.


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Notas finais do capítulo

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