POV.Carter

Como é bom poder descansar depois daquela luta, vencemos por pouco. Infelizmente Mike não teve muita sorte, a Harpia arranhou sua barriga fazendo um horrível ferimento. Sua recuperação é lenta, mas ele ainda sim parece estranho, não sei, ele não estava assim antes de chegarmos. Ele não diz uma palavra desde que chegamos, fica quieto observando as coisas.

Todos os outros estão “normais”, mas não podemos sair antes de Mike se recuperar.

–Oi Mike - digo.

–Ola – diz ele, sua voz parece fraca.

–Como vai sua recuperação? – pergunto

–Bem. – fala, mas ele tem um olhar distante – Mas agora mudando completamente de assunto, você não esta achando nada de estranho por aqui?

–Tipo o que?

–Sei lá, tudo parece muito artificial como... Aquela mulher ela esta ali parada a mais de horas, e aquelas pessoas ali na beira da piscina falam sobre a mesma coisa dês de que chegamos.

–Agora que você disse... E verdade, eles fazem a mesma coisa dês de que chegamos.

–Está tudo muito estranho – diz ele –Vai falar com os outros e eu vou arrumar as nossas coisas, não quero ficar nem mais um minuto aqui.

–Certo – digo.

...

Quando termino de explicar para os outros, Mike chega com as nossas coisas. Ele já parecia bem melhor, então me lembrei da Ambrósia deve ter feito efeito. Então cada um pega suas coisas e Percy diz:

–Vamos logo antes que eles...

–Antes que eles o que? – pergunta o porteiro.

Percy pega sua caneta e a destampa e acerta o porteiro com sua espada que vira pó em menos de um de um segundo.

–Vamos – digo começando a correr.

Corremos por um bom tempo até Mike pedir para ir mais devagar, só ai que me lembrei que ele ainda não estava cem por cento.

–Bom – diz JJ –Hoje nós aprendemos uma lição valiosa.

–É mesmo? – pergunta Mike - Qual é?

–Nós não podemos parar só na parte da lição valiosa?- pergunta JJ.

–Só você mesmo JJ. – fala Mike rindo.

Mas a risada não dura muito. Uma bola de fogo passa perto de sua cabeça. Lestrigões de mais de dois metros de altura, atiravam galhos em chamas em nossa direção. A única coisa que me veio na cabeça foi correr. E coincidentemente foi o que todos fizeram. Era uma bola de fogo atrás da outra.

Corremos por um tempo e percebi que não ia dar muito certo correr, uma hora ou outra eles iriam nos acertar. Olhei para JJ. e vi que nossa ideia maluca era a mesma. Começamos a correr o mais rápido o possível e nos escondemos um de um lado e outro do outro atras de arvores e nos preparamos. Mike e Percy passaram, então contamos até três nos dedos e atacamos com nossas espadas cortando dois dos quatro lestrigões ao meio. Mike se vira e arremessa duas facas que fazem os lestrigões se desintegrarem.

Após isso ouvimos um barulho a nossa direita. Nos aproximamos devagar e só então percebemos que não eram monstros, nós estávamos a beira de uma rodovia.

Já era finde de tarde. O movimento na rodovia era pouco, chances de arranjar uma carona... Zero. Caminhamos pela rodovia.

Após algum tempo de caminhada e achamos uma placa que dizia:

São Francisco 80 km

–Nossa, eu não aguento andar nem mais 1 quilometro- fala JJ. sentando na rodovia.

–Eu sei, mas temos que continuar, não podemos acampar na beira da rodovia, e nessa floresta eu não entro mais. - diz Percy.

–Vamos JJ. - digo - agente para no próximo ponto.

–Aaaa daqui a... - ele não terminou de falar, ele começou a olhar pra cima.

Me viro na direção em que ele olha e vejo três quatro pégasos descendo do céu. Eram as meninas do acampamento: April, Izzy, Julie, e uma garota que eu não sei que é. Os pégasos pousam.

–Vocês querem uma carona?- Pergunta julie.

–Claro - respondemos juntos.

Pov. Hannah

Apos terminarmos com... Eu não sei muito bem o que era aquilo, mas apos terminarmos com ele o amarramos. Acho que não foi uma boa idéia, mas não temos nem uma opção.

A noite ainda não estava nem perto de acabar. E Annabeth continua com a idéia de que não devemos acender nada que entregasse nossa posição. Sendo assim ficamos caminhando no escuro por um bom tempo.

Ouvimos "passos" se aproximando muito, muito rápido. Mas para minha surpresa não tentou nos atacar, era um cachorro, mais especificamente um filhote de collie. Annabeth brandiu sua adaga e apontou-a para ele.

–O que você está fazendo?- Pegunto - Não pode atacar ele.

–Se agente não atacar ele vai.

–Ele é inofensivo.

–Logico um inofensivo cachorro com dentes de bronze celestial.- continua Annabeth.

Ignoro e me aproximo dele divagar. Ele parecia assustado. Aproximei minha mão na direção de sua cabeça, um ponto entre seus olhos é sensível que os deixa imobilizados. Ele rosna mas não faz nada. Encosto no ponto entre os olhos e ele amolece, e se deita.

–Pronto, agora é só carregar.- digo.