Depois de Jeyne Poole tê-la informado que Bran e Rickon estavam vivos, ela mandou que perguntassem se alguém tinha visto lobos gigantes em algum lugar, informar que seus irmãos ainda estavam vivos seria potencialmente perigoso, se os outros achassem que eles estavam mortos ninguém os procuraria, mas por seus lobos não, não havia nenhum relato que Theon Greyjoy havia matado os lobos também, e se por algum milagre eles ainda estivessem vivos Bran e Rickon certamente estaria com seus com Verão e Cão Felpudo, ela tinha certeza, se Lady não tivesse morrido Sansa nunca teria ficado longe dela. Depois de um mês ela ouviu relatos sobre um grande cachorro negro na Ilha de Skagos, ela mandou um dos seus homens em segredo, e logo após o casamento de Asha Greyjoy ela recebeu uma carta dizendo que lá ele encontrara junto com o lobo uma mulher selvagem, e um menino de cabelos ruivos.

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Rickon parecia tanto com Robb que Sansa ficou sem ar ao reencontrá-lo, mas ele se movia diferente, havia algo meio selvagem na sua postura, era difícil de explicar. Ela o abraçou bem forte e sorriu, esse sorriso desapareceu após ele dizer

“Mãe ?”

Era uma reação compreensível menino não a via desde que tinha três anos, e freqüentemente diziam que Sansa se parecia com sua mãe, mas ainda assim aquela reação deixou Sansa sem palavras.

Há alguns anos atrás outro menino chamara Sansa de mãe, ele era irritante e carente, e ela quase permitiu que ele fosse assassinado, esse caminho não tomado ainda a atormentava as vezes, a possibilidade de ser como o regicida que empurrara Bran da janela, ou como a Montanha que matara os filhos de Elia Martell a sangue frio no saque do Porto Real anos antes dela nascer. Petyr Baelish disse varias coisas para ela antes da sua execução, ela se lembrava de todas as palavras, mas as que mais a marcaram foi uma que Petyr disse mais para si mesmo do que para ela, que ela parecia com Cat, mas que ele podia ver agora que por dentro ela era bem mais como Ned, a amargura no tom da voz dele doeu, mas não as palavras. Era verdade que ela era como Ned, ela queria ser misericordiosa, ela queria só mantê-lo preso, ou perdoá-lo até. Seu pai havia sido misericordioso com Cersei Lannister e ele havia pagado com sua vida por isso, ela decidiu que não cometeria o mesmo erro. Na ocasião ela segurou a espada e cortou a cabeça de Petyr Baelish como era a tradição de sua família de nunca usar carrascos para execuções, a arma tinha sentido pesada contra a sua mão, e ela chorou mais tarde e durante varias semanas depois de noite quando estava sozinha mas na hora ela olhou Petyr nos olhos, ouviu as suas últimas palavras e colocou a espada para uso em silêncio, séria e solene como a situação requeria. Em retrospecto Sansa acha que foi esse o momento em que os homens do Norte deixaram de vê-la como a como sendo apenas a irmãzinha de Robb, mas uma Rainha Stark em seu próprio mérito. Em seis meses nasceria um outro menino ou menina que um dia a chamaria de mãe, e que dependeria dela para ser protegido do que havia no mundo, isso a deixava tão feliz tanto quanto a assustava. E naquele momento havia mais um na sua frente dizendo aquela palavra.

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“Mãe ?” Rickon perguntou de novo.

Dessa vez Sansa não viu como não responder :

“Não, eu sou Sansa, sua irmã, se lembra ?”

“Você e Arya costumavam brigar o tempo todo” ele disse um tanto hesitante.

Isso fez Sansa sorrir.

“Sim, nós costumávamos”

“Ela está aqui também ?”

“Não, mas eu vou encontrá-la também e trazê-la para casa um dia ,do mesmo jeito que eu encontrei você”

Ela colocou seus braços ao redor dele de novo, ela não era sua mãe, mas dali em diante o protegeria como se fosse.