Exit Wounds escrita por clariza, Khaleesi


Capítulo 9
Letters From The Sky


Notas iniciais do capítulo

Gente esse ainda não é o capitulo,é um bônus que eu tinha escrito há um tempo atras e como não vamos conseguir postar essa semana eu resolvi postar ele.vou fazer um pequeno cosplay de Lana del Rey e dizer que o próximo capitulo está vindo SOON.
Leiam as notas finais,é importante.
beijão



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Minha vida não era perfeita, nem a minha mãe a mãe do ano que cuidava de mim como se fosse mais importante que a sua vida. Eu era uma desajustada, estabanada e coisas ruins aconteciam quando eu estava por perto, as pessoas em sua maioria me odiavam ou tinham medo de mim. Tinha sete anos a primeira vez que eu dei um soco em alguém, a violência estava em minha volta tudo aquilo,pessoas apanhando,fumando crack ou coisa pior estava a minha volta impregnada em mim de uma forma que se tornou habitual.

Ver todo aquele caos, pessoas se destruindo aos poucos era tão comum quanto ir ao colégio. Eu tenho treze anos e já vi mais pessoas fodidas que qualquer um, eu morava num bairro dominado por gangues porto-riquenhas no subúrbio de uma cidadezinha do novo México, espanhol era minha segunda língua e socar as pessoas e quebrar coisas o que eu mais sabia fazer. Era vida que eu tinha e não havia nada que eu pudesse fazer sobre isso, Minha mãe era uma alcoólatra meu pai nos abandonou antes mesmo de eu nascer, a família dela nos abandonou sendo todos eles membros da igreja seria um absurdo a sua filha estar grávida e não ser casada.

Seria nada mais que justo eu dizer que era completamente cética, tudo que eu acreditava era no que eu podia ver tocar e bater, Deus o diabo, demônios, anjos e tudo mais não passavam de balela, não tinha fé nem em mim nem em nada. Mas desde os sete anos algo tinha mudado, as visitas frequentes de Meg haviam me treinado me preparado, eu ainda não tinha fé, mas de alguma forma eu sabia que eles estavam lá. As coisas mudaram quando minha mãe morreu, ela estava possuída. Eu me lembro disso.

Era uma sexta feira e eu tinha me dado permissão de voltar mais tarde para casa, tinha ido ao Taco Bells comer tacos com meus amigos. Brandon tão adoravelmente desencaixado entre nós, garotas problema. Brandon era um bom garoto, boas notas cabelos negros olhos azuis cristalinos pele branca, alguns centímetros maior que eu, sempre pensativo nas suas roupas caras parecia totalmente deslocado em uma escola publica dominada por criminosos. Amanda era morena, olhos escuros e ferozes sempre com uma grossa camada de maquiagem preta, seu longo cabelo castanho vivia preso num rabo de cavalo alto, era irmã mais nova do líder de uma gangue os Night Creepers, Amanda realmente era apavorante, quando andávamos as pessoas saiam do nosso caminho.Crista era como eu,uma garota comum vivendo com apenas um de seus pais e largada a própria sorte,era ruiva olhos castanhos e muito alta pele branca e se vestia como a princesa do wallmart,vestidos delicados,sapatilhas,parecia uma lady londrina perdida no subúrbio.

Eu era como um camaleão, cabelo loiro e longo fios grossos que sempre davam a impressão de serem piores do que eram meus olhos eram verdes e amendoados, cerca de 1,60 minha pele era branca, mas levemente bronzeada algumas sardas irritantes nas bochechas.Eu era tão comum que facilmente me perdiam na multidão,nunca buscava atenção em mim.

Percebi que as coisas seriam diferentes quando cheguei em casa e a minha mãe me chamou de docinho. Minha mãe nunca me agrada, me chama de pestinha,filha do capeta,demônio,projeto de satanás e tudo mas docinho?Nunca. Ela me odeia não que eu seja dramática longe de mim, mas ela sempre me odiou tentou me matar diversas vezes, mas vaso ruim não quebra. Nossa casa era pequena, quase um trailer sempre bagunçado a TV pequena sempre ligada em algum programa ruim, às vezes eu mal conseguia ver o chão devido às inúmeras caixas de comida e garrafas de bebida largadas no chão que raramente era verde abacate, como guacamole.

Eu colei na porta quando ela me chamou de docinho e parecia sóbria, seus cabelos louros finos que um dia deveriam ter sido macios cortados a cima dos ombros bagunçados, seu rosto estava inchado e cansado os olhos azuis secos e repuxados. Aquela não era a minha mãe.

Tentei abrir a porta, ates mesmo de conseguir ela fez com que a porta se trancasse nem mesmo sair do lugar, o que diabos estava acontecendo?Sentia meu corpo tremer de medo, alguma coisa estava errada a coisa que usava o corpo da minha mãe sorria pra mim, enquanto falava o quando eu era aguardada, que minha hora estava próxima, que eu seria finalmente o que tinha de ser por que ele tinha grandes planos para mim. Por um momento achei que tinham colocado crack na minha comida ou coisa pior que por um homem se colocou entre eu e a coisa, como esse homem teria entrado aqui se eu estava mais grudada na porta que lagartixa?Mas ele era real, estava lá um sobretudo marrom claro cabelos bagunçados ele foi até a minha mãe e colocou sua mão na cabeça dela,falando alguma coisa numa língua que eu não entendia.

Um grito escapou a minha garganta quando uma fumaça grossa saiu da boca dela, eu me aprecei em sair da casa me confundindo com as fechaduras de tão desesperada que eu estava, aquele homem tinha matado a minha mãe!E ele provavelmente estaria atrás de mim. Talvez ela tenha se metido com as drogas e estivesse devendo a ele, eu não tinha dinheiro e a menos que ele fosse um pedofilo eu não poderia pagar a divida. Quando a porta se abriu eu me atirei no escuro sem olhar pra trás, eu precisava fugir.

Corri até dar de cara com um muro no meio da rua, caindo de bunda no calçamento úmido e frio, periferia pensar que era um muro de concreto por que o tal assassino de mães loucas não poderia ter chegado ali tão rápido. Uma mão foi estendida em minha direção, levantei meu rosto vendo que era o mesmo homem de casa, comecei a tentar me afastar dele, mas deveria estar parecendo um cachorro limpando a bunda, só que ao contrario.

─Olha moço, eu não tenho dinheiro pra pagar a divida da minha mãe!Eu sei que o senhor deve estar muito bravo com ela, mas, eu não tenho ligação, eu nem sabia que ela se drogava! ─comecei a implorar pela minha vida, por mais que ela fosse uma droga, mas eu não queria morrer e aquela coisa preta que deveria ser a alma sair pela minha boca. ─E eu sou uma criança não posso trabalhar e agora eu provavelmente vou pra um abrigo de menores, isso já não é castigo o suficiente?Aposto que o senhor vai achar isso uma bela vingança sabe?Rir da minha cara imaginando aquelas garotas lesbicas depravadas me afogando na privada e tentando corromper a minha pureza.

O homem não parecia ligar pra minhas suplicas e coisas ruins que iram acontecer, seu olhar estava no horizonte sua expressão preocupada, a rua escura me impossibilitava de ver com clareza seu rosto, apenas podia ver um par de olhos azuis brilhantes preocupados. Quando finalmente olhou para mim disse.

─Temos que ir agora, Marilyn. ─Tomei um enorme susto, como ele sabia o meu nome e por que em nome de Jesus cristo ele achava que eu iria há qualquer lugar com ele?

─Quem porra é você?E por que desgraça no universo acha que eu sairia com você? ─perguntei.

─Sou castiel, um anjo do senhor. Seu linguajar é ímpio e ofensivo. ─ele disse, eu reprimi uma risada, um anjo do senhor?Ele parecia um corretor de imóveis que estava fumando as pedras do seu caminho.

─Ok, eu sou Kim Kardashian, uma vadia rica. ─respondi, ele era louco comecei a me levantar, eu poderia prestar um boletim de ocorrência e ir morar com algum dos meus amigos,um louco invadiu a minha casa matou a minha mãe me perseguiu eu o tinha,poderia levá-lo a delegacia e dizer que era a salvação, ele era pirado mesmo.

─Não entendi a referencia, Vamos Marilyn, temos que ir, os demônios estão chegando. ─ele disse fazendo menção a segurar o meu braço, eu me afastei preparando-me para correr de novo com sorte ele me seguiria até eu encontrar um policial fazendo ronda.

─Olha seu, anjo do senhor, o que te leva a crer que eu iria a algum lugar com você, você matou a minha mãe. ─ele torceu o rosto.

─Eu não matei a sua mãe, eu a exorcizei.

─È claro, ela vinha vomitando meleca verde há dias e fazendo xixi no tapete muito obrigado, salvou a minha vida. ─Ele agarrou o meu braço com força, seu rosto parecia tentar processar a minha referencia. Tentei me soltar, mas o corretor pirado era forte, prendi meus pés no chão, mas mesmo assim ele me arrastou pelas ruas vazias e silenciosas, olhei em volta algumas poucas pessoas estavam em suas janelas observando a movimentação, eu sabia que ninguém faria nada, esse era o tipo de bairro aonde ninguém colocava a mão no fogo por ninguém. Fui arrastada pela rua mal iluminada como se fosse um pedaço de papel velho, no hospício deveria ter uma academia por que o anjo pirado era forte. Não tinha como eu me livrar dessa, algumas lagrimas rolavam pelos meus olhos talvez ele fosse colocar comento nos meus pés e me jogar dentro do rio ou coisa pior. O Chad cara que morava do outro lado da rua e fora preso antes de ontem por posse de drogas e provavelmente a única pessoa que teria impedido isso havia me contado coisas horríveis sobre o que os chefes de boca de fumo faziam com quem não pagavam as suas contas. Eu não acreditava nessa coisa de um demônio possuiu a minha mãe, isso nem sequer existe.

─Moço, por favor, eu juro que dou um jeito, eu nunca mais faço nada de errado, prometo tirar notas melhores me formar e advocacia e quando alguém da sua gangue for preso eu faço o possível pra tirar ele da cadeia, só não me mata.

─Não vou te matar vou te levar para um lugar seguro. ─ele respondeu.

─Um lugar seguro? ─perguntei incrédula.

─Sim, eles irão cuidar de você. ─respondeu distraindo, me levanto até um carro, um cadilac.

─Eles quem?Quem vai cuidar de mim?Por que eu? ─perguntei, enquanto ele me carregava até a porta do carro abrindo-a e eu me recusei a entrar.

─Você foi escolhida por ele, faz parte da sua missão. ─ele disse ─Agora entra temos que ir antes que eles no alcancem.

─Minha única missão na vida é ir pra faculdade e ter uma vida melhor que isso moço. ─eu disse pro lunático, quem no alcançaria eu não queria entrar ali.

─Não minha filha, sua vida é mais do que isso, mas precisa aprender o que aconteceu hoje com a sua mãe é só um começo, algo maior está por vir muito maior e mais poderoso que aquilo precisa aprender a se livrar e que caminho escolher, precisa entender o quão as suas decisões são importantes e não afetam só você.Precisa ser treinada,se elevar ao Maximo seu potencial. ─seu tom era tão firme que eu quase acreditava nas lorotas dele.

─você por acaso tá me dizendo que eu sou um x-man? ─falei irônica.

─Um o que?Você é um Baalihan. ─respondeu naturalmente como se todo mundo no universo soubesse e convivesse com esse nome em alguma língua esquisita que ele falou,olhei mais uma vez pra ele. O rosto torcido em preocupação olhos azuis de cachorrinho que caiu da mudança e precisa de um lar amoroso, cabelo bagunçado a barba por fazer, muito bonito pra ser tão louco.

Entrei no carro por que não tinha escolha, esse cara tava muito alto muito chapado, ele entrou do lado do motorista desajustadamente como se não tivesse costume de dirigir, colocando seu cinto e me obrigando a colocar o meu e ponderando um segundo antes de ligar o carro e sair do lugar. Ele dirigia tão bem quanto e eu e eu era péssima. Depois de algumas arrancadas que quase fizeram a minha cabeça desgrudar do pescoço o carro começou a se movimentar quase normalmente, milhões de perguntas bombardeavam a minha cabeça. E eu só pensava o jeito mais rápido de fugir dele, se eu era essa coisa de balahahalam que ele falou por que eu não sabia?Quero dizer eu era tão bizarra quanto qualquer outra garota de treze anos. Virei-me para ele para começar a bombardeá-lo com minhas perguntas até que ele ficasse tão louco e me soltasse antes de abria à boca ele se virou em minha direção esticando a sua mão e tocando com dois dedos na minha testa me obrigando a cair num sono profundo.


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Notas finais do capítulo

Eu e a Khaleesi temos conversado um poucos e eu queria perguntar uma coisa pra vocês.Vocês perceberam que nós fazemos muitas referencias literárias,e queremos saber se vocês acham melhor diminuir?Por que algumas pessoas podem nem fazer ideia do que estamos falando e tal,ou podemos fazer no final notas explicativas,como fazemos de alguns conceitos americanos,o que vocês acham?