Exit Wounds escrita por clariza, Khaleesi


Capítulo 14
Devil offers me ice cream


Notas iniciais do capítulo

Yo,tudo bem com vocês?então aqui está novo capitulo.espero que gostem e comentem!
Gente é muito desanimador ver que nem metade das leitoras que sempre comentavam nem dão mais um oi,isso desanima a gente de verdade,um mês escrevendo um capitulo grande e arrumadinho pra ninguém nem falar que gostou?ou que não gostou.É frustrante :(
xoxo



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Eu observava as crianças correndo pelo parque a fora, era tão estranho pensar que tudo isso poderia acabar ainda não me sentia disposta a retornar as chamadas dos winchester nem de qualquer outra pessoa,não queria que castiel me encontrasse precisava de um tempo,colocar meus pensamentos em ordem.

Eu era uma arma, meu corpo uma espécie de megazord para os anjos ou demônios, quem conseguisse me controlar e eu era obrigada a escolher um lado e a minha decisão, não importa qual fosse seria catastrófica e destrutiva, mataria milhões de pessoas sem que eu pudesse fazer nada a respeito. Sam e Dean continuavam a insistir que tudo estava certo, mas nem mesmo Castiel se preocupou em mentir para mim.

Fiquei no parque um bom tempo, vendo as pessoas passando por mim, nem sequer me notando nem imaginavam que as vidas delas podiam estar em minhas mãos. Eu estava em Tallahassee,Florida sabia que ninguém conseguiria me encontrar aqui, o clima quente e úmido fazia minha roupa grudar no corpo era sufocante mesmo estando sentada num banco de baixo de uma arvore eu se sentia fritando com um pedaço de Bacon.

─Dia difícil? ─ouvi alguém me perguntar, levantei meu rosto dando de cara com um homem louro, olhos azuis deveria ter uns 35 anos, mas seu rosto estava desgastado como se tivesse passado um grande sofrimento.Apesar do calor infernal suas vestes eram escuras,ele sorria alegremente para mim segurando um sorvete cor de rosa começando a derreter em suas mãos.

─Não aceito comida de estranhos ─ cortei, não adiantou, ele sentou-se ao meu lado ainda sorrindo ainda me oferecendo o sorvete eu não o peguei o encarei com uma expressão desconfiada.

─Mas eu não sou um estranho Marilyn ─eu revirei meus olhos, tudo que eu não precisava agora era de um demônio filho da mãe.

─Saia dele agora e volte pro inferno demônio estúpido. ─disse com meus dentes cerrados, ele sorriu sem que nenhuma fumaça preta saísse de sua boca, arregalei meus olhos em sua direção afastando-me. Eu estava fora do radar dos anjos demônios precisam de muito esforço para me achar, o que diabos era isso?Mas é claro que eu tenho que ser tão sortuda do tal selo de nhoque não funciona em mim.

─O que é você? ─calculei mentalmente a área que eu poderia correr até conseguir fugir dali, mas tudo que eu tinha estava no hotel há duas quadras daqui se eu corresse rápido o suficiente... Mas eu não sabia o que era essa coisa, poderia ser um metamorfo... Bobby tinha me falado sobre eles eu não tinha ideia de como matar um metamorfo e eu não poderia pedir ajuda sem entregar onde eu estava.

─Isso não é jeito de tratar um velho amigo. ─ele torceu o rosto em um biquinho de tristeza forçado ─não lembra mais de mim querida?Lúcifer.

Estreitei meus olhos, como diabos o diabo me achou?e por que ele se daria ao trabalho de vir falar comigo?

─Deve estar pensando como em meu nome eu te achei, não foi fácil, mas te achei sozinha como eu precisava. ─ele riu me estendendo o sorvete mais uma vez, eu o peguei olhando o intensamente antes de lamber o sorvete que derretia em minhas mãos, Lúcifer sacudiu a mão direita a fim de tirar o creme rosado de sua mão, inútil. Eu sorri pra ele.

─Vai precisar de água, sorvete não sai assim, sua mão vai ficar grudenta até lavar.

─Droga, malditos humanos e seus trecos, por que eles não podem comer ambrosia?É mais gostoso e você não fica grudento. ─reclamou o loiro, eu apertei os olhos lambendo mais uma vez meu sorvete de morango que não era o pão que o diabo amassou, mas estava muito bom.

─Por que ninguém tem a receita dessa coisa, e comer a mesma coisa todos os dias deve ser horrível, tipo comer aquelas bombas de nada da escola. É comida, mas não parece.

Ele simplesmente não pareceu entender nada do que eu falava, então continuei a tomar o meu sorvete. O Anjo ex-anjo estava quieto ao meu lado, admirando a paisagem quando via pessoas olhava feio para elas, era obvio que ele odiava os seres humanos, quer dizer ele se rebelou por nossa causa.durantes os anos eu havia juntado milhares de perguntas sobre isso mas agora elas simplesmente não me vinha a mente,tudo que eu conseguia pensar era em Dean gritando como ele me tentaria a seguir seu caminho que as pessoas morreriam por minha culpa mas ao mesmo tempo eu tentava ver as coisas na perspectiva dele...

─Eu sei o que quer, e não. ─falei terminando o meu sorvete e lambendo os dedos.

─Por que não quer conversar comigo?

─Vai tentar me convencer, me fazer dizer sim, mas eu não vou ceder! ─disse virando meu rosto pra ele.

─Não, eu só quero conversar, não sou nada do que eles dizem todos dão suas versões sobre mim. O mal feitor, Filho caído de Deus, perverso eu não sou isso, gostaria que soubesse a verdade sobre mim. Você sabe por que cai?

─Sim, você amava seu pai de mais e bla bla bla,desculpa isso era pra me comover? ─ O diabo riu de mim.

─Eu sou um anjo, mas me atiraram do céu, arrancaram as minhas assas e me forçaram a viver numa jaula suja cercada de demônios tudo por que eu contestei meu pai, isso não te parece bruto?Ser punido por que eu amei muito o meu pai? ─Eu não respondi,eu já tinha ouvido essa ladainha antes nos meus sonhos,eu não tinha pena do tinhoso mas vê-lo agora em “pessoa”tentando me convencer de sua história.Lúcifer tinha olhos tristes enquanto falava,até a sua expressão mudara.

─Sabe, eu me vejo em você, eu era jovem e poderoso tinha ideias de mais na cabeça...

─Eu não sou como você, eu não sou...

─Um traidor?Malvado?Eu não sou isso, sou um idealizador e eu nunca fiz mal, não completamente, eu criei os demônios?Não Marilyn, eles sempre estiveram dentro das pessoas eu só usei as palavras certas, mostrei a verdadeira origem do que ele tinha criado os macaquinhos despelados imperfeitos.

─Hey, eu sou humana.

─Não, querida você é uma das minhas, a minha própria versão dos seres dele, algo mais perfeito e forte, planejei nos mínimos detalhes. Devo admitir você é mais que o esperado. ─Sua voz era firme eu o encarava meio enojada, não sabia se era nojo de mim mesma ou dele.

─Eu me recuso a machucar as outras pessoas ─disse firmemente.

─Mas se você não manipular as pessoas até elas se matarem, você definha até morrer, faz parte de sua natureza. ─comecei a me irritar com isso ele havia me criando pra ser um monstro.

─Eu não quero ser um monstro ─ minha foz estava baixa e triste.

─Você é tão monstro quando eu. ─respondeu-me calmamente com um olhar angelical.

─Você não é um monstro ─ comecei a falar, lúcifer sorriu pra mim delicadamente ─É um anjinho mimado que quer descontar a sua frustraçãozinha no meu planeta, Quer se rebelar por que deixou de ser o brinquedinho brilhante, você se rebelou por que era uma vadia mimada não suportou perder o foco e não me olhe assim que você sabe que é verdade. ─ tomei fôlego ─ Me criou como um monstro por um capricho me fez por quer uma vingança, mas nem tem um motivo concreto. Quer que eu lute ao seu lado, mas tudo que você criou tirou alguma coisa de mim, nascer me tirou uma família um amor de uma mãe de um pai, eu não mereço amor?Matou os meus amigos que eram a única coisa próxima que eu tinha, me colocou pra viver com seus demônios no meio de um subúrbio cheio de gangue cercada por toda aquela maldade e violência. Esse é o seu grande plano pra eu ir pro seu lado?Por se for você realmente precisa ir num psicólogo por que terapia reversa não funciona comigo.

─Não querida, eu te criei te pus naquele lugar por que se estivesse num lugar com um papai e uma mamãe cuidando de você, como uma princesinha não chegaria á um ano de vida, você precisava daquilo tudo e ainda precisa. Você não é um monstro, nunca foi não será por que você é muito preciosa para esse mundo ele não serve pra você, é poderosa de mais pra isso tudo. No meu reino, você poderia ter tudo que sempre quis. ─O tom sedutor dele tocou os meus ouvidos se impregnando no meu subconsciente. Tudo que eu quisesse. Mas eu queria tantas coisas, queria ter uma família talvez se eu quisesse poderia ter amigos, não seria uma aberração, viveria numa casa azul de cerquinha branca como nos filmes clichês poderia um dia ter a minha própria família... Mas o meio que lúcifer me oferecia, o tom sedutor eu o conhecia era o mesmo que eu usava quando queria alguma coisa. Ele estava me manipulando.

─Desculpa, não estou interessada em ser megazord da luciferlândia. ─O anjo caído pareceu confuso com a minha referencia a Power rangers, uma ruguinha surgiu em sua testa.

─Desculpe a ignorância, mas o que é um megazord? ─ele estava genuinamente confuso, eu sorri para ele mordendo o lábio inferir reprimindo uma risada ele sorrio de canto pra mim os olhos azuis se estreitando ─É que eu passei os últimos milhões de anos trancado numa jaula no fundo do inferno, um lugarzinho quente, fedido um nojo só.

─Você fica muito gay falando assim, parece o diabo das meninas superpoderosas e ele usava uma saia de tutu cor-de-rosa e blush ─disse rindo sem vergonha para ele que parecia totalmente alheio as minhas referencias da cultura pop americana. O que tornava tudo sem graça, tendo em vista que ele não compreendia nenhuma delas e eu ficava como uma deficiente mental rindo de coisas que só eu compreendia.

─Peço encarecidamente que pare de citar desenhos infantis. ─mesmo com uma cortada violenta seu tom me dizia que ele estava confuso e até um pouco alegre, tipo brincando. O diabo é bom.

─Ok, vou parar. Mas não consigo parar de te imaginar usando um tutu! ─a expressão facial de lúcifer ficou sombria, ele não achava legal a ideia de usar um tutu, o que era uma pena por que ficaria muito engraçado. Ficamos em silencio por alguns instantes. Lúcifer era estranhamente sedutor, todo o meu corpo e a minha mente sabiam que ceder a ele era uma enrascada, que eu não podia fazer isso nem só por me dizerem que era errado, mas eu sabia que era. O seu tom melodioso, a ingenuidade quase infantil e a sua coisa de “nunca vou contar mentiras” Essas eram suas principais armas. Ele não precisava usar forças, seu poder era esse, conquistar as pessoas pelas suas palavras, sem mentiras apenas uma forma de verdade que todos sonhávamos, o anjo caído era uma grande poça de areia movediça com o melhor dos tesouros no centro, todos se arriscariam para pegá-lo mesmo que a possibilidade de fazê-lo sendo mínima.

Porém, uma vozinha que eu tentava reprimir com violência dizia que talvez, só talvez ele não fosse tão mal, afinal eu era sua criação eu era sem duvidas cria do diabo e que talvez ceder fosse o melhor a fazer. Eu poderia me controlar, poderia seguir o seu lado e viver. Poderia expandir os meus poderes, poderia ser tão poderosa a ponto de impedir o apocalipse. Mesmo sendo uma ideia totalmente absurda.

Eu era uma grande pizza dividida aos pedaços, por que outra parte do meu ser aquela parte que sufocava o team lúcifer, dizia que eu deveria confiar no Dean. Ele não deixaria nada acontecer, que junto poderíamos parar o apocalipse. Mesmo que isso nos custasse nossas próprias vidas, esse era o preço que ele estava disposto a pagar e eu ainda tinha duvidas se estava disposto a isso, altruísmo nunca foi o meu forte. Mas valia a pena me sacrificar por bilhões de pessoas.

─O que acontece se eu não for pro seu lado? ─perguntei, encarando-o.

─Você irá para o lado de Miguel ─ disse forçando suas vistas a encarar o sal escaldante da florida.

─Mas se eu não for lutar por Miguel ─ rebati.

─Lutará por mim.

─Você não entendeu, se eu escolher nenhum dois. Escolher o meu lado. ─disse colocando meu cabelo atrás da orelha, ele finalmente tirou seus olhos do sol, fitando-me como se eu tivesse graves problemas mentais.

─Desculpe meu docinho, mas você não tem essa opção no cardápio. Mas se você não ajudar Miguel e não estiver disposta a me ajudar de livre e espontânea vontade, será minha.

─Serei obrigada?

─Sim, Naturalmente você me pertence, se não me escolher, mas não apoiar Miguel será automaticamente tomada como meu lado, e infelizmente serei obrigado a te forçar jurar obediência e total submissão aos meus propósitos.

─Eu vou ser obrigada a ser a sua vadia? ─eu estava horrorizada.

─Vadia é uma palavra muito feia, grossa, eu prefiro subordinada. ─encarei ainda chocada, eu sempre achei que tivesse uma escolha o que aconteceu com a droga do livre arbítrio?Rolei os olhos em sua direção.

─Vadia e subordinada, grande diferença. Mas o fato é que eu tecnicamente não tenho uma escolha, Isso não é justo. ─reclamei meus olhos enchendo de lagrimas.

─Não chore querida, não é tão ruim e alem do mais lhe prometi que seria verdadeiro não justo. ─Prendi as lagrimas que ameaçavam rolar pelo meu rosto,queria apenas sumir e nunca mais voltar queria morrer.

─Eu posso me matar─retruquei.

─Eu te traria de volta ou Miguel, você é importante de mais para ser perdida.

Respirei fundo, algumas lagrimas teimando em cair isso não era justo.Era cruel,me sentia como um porco no abatedouro apenas esperando a minha hora chegar,sendo alimentado a vida inteira apenas para satisfazer as necessidades alheias.

─Sam é a sua casca ─Disse com o resto de autocontrole que eu tinha ─Dean é a de Miguel, e eu sou o quem?Quem dos seres místicos terá a honra?

─Ninguém, será apenas você. ─Mais uma onda de choque penetrou o meu corpo. Todo esse tempo eu achava que algo tomaria o controle do meu corpo, que eu poderia quem sabe se eu sobrevivesse a isso tudo achar um jeito de me perdoar ou me punir até ser o suficiente, mas agora. Eu estaria consciente, eu era uma arma de destruição em massa plenamente consciente de suas funções sendo pilotada por um soldado sem piedade.

─Eu vou estar consciente... ─disse sem perguntas que eu já sabia a resposta, o diabo sorriu para mim angelicamente, enquanto meu rosto se inundava de lagrimas teimosas e raivosas, por mais que eu tentasse me manter eu não conseguiria mantê-las dentro das orbitas. Eu estava ferida por dentro sentia como se a minha alma estivesse sendo esfolada. Doía o fato de eu não ter opções, estar no olho do furação sem um porão fundo para me esconder.doía saber que eu seria obrigada a matar pessoas,devastar o planeta e continuar viva no meu do caos que eu criei.

─vá embora. ─disse com meus dentes cerrados.

─Não faça assim querida, estou lhe contando o que todos aqueles que você julga bons mentem pra você, o tempo todo.

─Pare e me manipular! ─gritei atraindo a atenção dos passantes.

─Não estou te manipulando, você é esperta de mais. Não posso dizer nada para lhe ajudar por que se eu o fizer quebrarei a minha promessa de não mentir, Mas mesmo que não veja isso agora estou fazendo o melhor que posso por você meu doce, Mesmo que não escolha o meu lado quero ter certeza que fez tudo que podia com os poderes que lhe proporcionei. Quero que quando chegar a hora lute com tudo que tem seus poderes no pico. Linda devastadora como nos meus planos. ─disse ainda no seu tom sedutor, inclinando e beijando-me na cabeça antes que eu o mandasse ir de volta pro inferno ele já havia desaparecido.

─Filho da puta.

Juntei meus joelhos próximos ao queixo deixando meu rosto descansar fechei os meus olhos as lagrimas caindo desenfreadamente,alguns soluços rompendo meu peito e eu já sentia o muco preencher as minhas narinas.Inclinei a minha cabeça para o céu,eu estava feria mais furiosa.

─Tem alguém ai?Seus panacas deveriam cuidar de nós!De mim!Ajudem-me eu nunca pedi nada, mas peço agora,eu preciso de ajuda não posso levar tudo isso sozinha. ─Falei baixinho sem me importar das pessoas me acharem estranha. ─Alguém,por favor.

Esperei inutilmente alguma resposta.Olhei ao redor e não havia sinal de nada diferente como em algum filme nem nenhum sinal de anjo, nem mesmo Castiel aparecia, mais uma vez, totalmente ignorada.

─Isso não apareçam suas galinhas ─ Bufei irritada e me levantei pronta pra ir embora

Ouvi um barulho leve atrás de mim,me virei cheia de expectativa e um cachorro estava,lá me olhando com os olhos brilhantes,abandando o rabo.

─Maravilha, era tudo que eu precisava. ─Peguei um galho um pouco perto de mim e joguei longe, o cachorro saiu se perdendo nas pessoas que estavam no lugar, fechei meus olhos usando um pouco de concentração e quando abri,eu estava cercadas por carros velhos e retorcidos.Segui andando batendo minha perna várias vezes até chegar junto do impala, é um carro lindo, e apesar de tudo é o mais próximo que eu tenho de casa agora.Olhei para o carro estacionado na entrada da casa, o preto lustroso era convidativo assim como os bancos macios de couro que sempre foram um bom abrigo para mim.

Subi em cima do capô e deitei me apoiando no vidro, o céu estava lindo, ainda estava longe do por do sol, mas, se pudesse ficaria ali a todo momento, esquecendo do resto do mundo e do resto dos meus problemas parecia uma enorme ironia que fosse verão,a epoca mais querida do ano e eu me sentisse como um grande pedaço de merda.

─Mary? ─Ouvi Dean me chamar e andar até perto de mim, ele estava apreensivo e isso era uma merda.

─Eu estou bem! ─ Disse fechando meus olhos ─ Não estou tendo pensamentos suicidas ou cortando meus pulsos.Mostrei meus pulsos ─ obrigada por perguntar.

─Deixa de besteira, eu vim aqui dizer que daqui a pouco é o enterro do Tyler ─ Dean falou tentando parecer casual mas eu podia sentir o tom de cautela na voz dele, idiota.

─Não é meio óbvio que eu não vou? ─ respondi, sentido o carro afundar e Dean estava se sentando ao meu lado.

─Posso saber o por quê? ─ Dean me olhou e eu encarei ele de volta.

─Eu vou chegar lá, oi você é a mãe do Tyler? oh, ótimo eu queria pedir desculpas por matar o seu filho de 14 anos acidentalmente, sabe, não foi por que eu quis na verdade eu estava esperando que ele me chamasse pra sair. ─respondi acida.

─ Mary eu sei que tudo isso é horrivel mas você precisa enfrentar isso sabe? Eu vou te dar a escolha porque não consigo te forçar a ir, eu sei que é terrivel, to só te dando um conselho. ─ Dean me puxou devagar me dando um abraço leve e eu me aconcheguei junto dele, poderia dizer aquelas merda clichês como "oh, agora me sinto segura, oh estou a salvo" mas ja cheguei a um ponto aonde sei que nada disso é verdade.Eu senti meus braços inconscientemente passaram em volta dele, eu podia me acostumar com isso, não sentia vontade de rebater ou fazer alguma piada.

─ Sabe que eu sempre vou esta aqui né? - Dean falou um pouco baixo ainda sem se mexer.

─Seria bom se eu não tivesse que precisar - respondi

─Eu sei.

Não sei por quanto tempos nos ficamos lá,mas quando ele finalmente conseguiu me arrastar para dentro era noite,e milhões de estrelas salpicavam o céu ,eu sabia que nunca mais as coisas ficariam bem e que elas nunca ficariam normais,mas eu sentia que eu tinha uma família,eu tinha um lar.


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