Valentina escrita por Stephany Pevensie
Notas iniciais do capítulo
Oi! Já aviso que esse capítulo está meio doido hehe
A cada segundo vinha mais água, e bem mais rápido. Muita água caiu pelos buracos.
– O que faremos? - gritou Valentina.
Antes que Leonard pudesse responder, a água finalmente chegou até eles. Estava terrivelmente gelada. E não foi só isso, o chão sumiu do nada e um redemoinho - Valentina queria saber como aquilo era possível - se formou, e eles estavam indo para o meio dele.
Muita água entrou pela sua boca. Curiosamente era água salgada. Também não conseguia enxergar direito o que estava acontecendo. Leonard havia agarrado seu braço, e com o outro braço segurava com toda a força que podia o cristal. Valentina fechou bem os olhos para não entrar mais água ainda.
Estavam rodando tanto no redemoinho que começou a se sentir enjoada. Então, finalmente chegaram ao centro do redemoinho e caíram - ela acabou se separando de Leonard. De alguma forma, só eles caíram, a água não.
O impacto com o chão não foi delicado. Ela havia caído de barriga para baixo, e com a cabeça para o lado. Assim, pelo menos não caiu de cara no chão, podendo quebrar o nariz ou pior.
– Ai! - exclamou abrindo os olhos.
Perto dela, Leonard já estava se levantando. Ele havia caído de costas, abraçado com o cristal.
– Não foi uma queda bem planejada - disse Leonard ajudando-a a se levantar. Percebeu então que os dois estavam completamente seco, assim como o local que estavam. Mas o mais impressionante era o que estava acima deles.
Lá em cima estava o redemoinho. Nem uma gota de água sequer caia. Ele continuava lá rodando. Era bem interessante ver aquilo. A luz do sol que entrava pelos cristais, iluminava o redemoinho, fazendo assim que o reflexo da água aparecesse no chão.
– Isso é estranhamente lindo - comentou Valentina - Mas, só queria saber para onde foi aquela água que havia caído antes - disse olhando em a sua volta.
– Também queria. Se para mim, que nasci no mundo com magia, já achei que esse está sendo o dia mais louco da minha vida, imagino o que você está pensando - disse Leonard abrindo a mochila (que incrivelmente havia continuado presa ao ombro de Leonard, assim como a de Valentina) e guardando o cristal cuidadosamente.
– Que esse dia está sendo o dia mais incrivelmente louco da minha vida. Parece mais um dos sonhos sem sentido que tenho praticamente todas as noites.
– Talvez você tenha sonhado com isso, e agora se tornou realidade - disse ele dando um sorriso torto - Agora vamos dar o fora daqui.
O lugar que haviam parado era circular, e só havia uma saída. Um buraco escuro, grande o suficiente para eles entrarem um de cada vez, e só conseguiriam entrar engatinhando.
– Primeiro as damas - disse Leonard.
– Você deve ter se esquecido do fato de que a única iluminação que podemos ter para enxergar alguma coisa nesse troço, é a luz que vem do garoto-tocha. E esse garoto, por um acaso, é você - argumentou Valentina.
– Ainda não decidi se fico feliz ou infeliz por você não ser burra - disse Leonard se abaixando para entrar no buraco, quando estava prestes a entrar olhou para ela por cima do ombro e disse: - Garoto-tocha? Foi esse o melhor apelido em que conseguiu pensar?
– Falou o garoto que me apelidou de Tulip.
Leonard revirou os olhos e entrou no túnel.
Logo Valentina viu que ele havia feito o feitiço para iluminar o caminho.
– E então? - perguntou Valentina.
– Aparentemente é seguro, mas mesmo que não fosse, teríamos que vir por ele não é mesmo? - pelo eco que sua voz fez e pelo fato de a luz que saia do buraco ter diminuído, ela supôs que ele já estava um pouco distante.
Ela se abaixou e seguiu pelo túnel. Leonard estava a quase um metro a frente. Se não fosse pela luz dele estaria um breu. Era bem abafado e o teto era baixo, tão baixo que as costas de Valentina quase roçavam nele e ela teve que deixar a cabeça um pouco abaixada, para não acontecer isso com a cabeça também.
– Acha que esse túnel é muito extenso? - perguntou.
– Não tenho ideia.
Conforme avançavam o túnel ficava mais íngreme. Quando conseguiu sentir vento, já estavam a bastante tempo engatinhando lá dentro. Suas costas já estavam começando a doer, e suas mãos e joelhos pior ainda.
– Devemos estar chegando ao fim, finalmente - disse Leonard após um suspiro.
Demorou mais dez minutos até eles conseguirem ver o fim do túnel. Leonard acelerou e praticamente se jogou para fora de lá. Ficou deitado na grama. Valentina também se apressou e se deitou na grama. Suas costas não aguentavam mais.
Ela tirou a mochila e botou ao seu lado - antes de entrar no túnel ela havia posto a mochila na sua frente ao invés das costas - e percebeu que as palmas de suas mãos estavam imundas. Olhou para o joelho, a calça estava igualmente suja naquela parte.
– Cansei - disse Leonard - Vamos ficar aqui só mais cinco minutos antes de prosseguir.
Rapidamente passou pela cabeça de Valentina o fato de estarem muito expostos, estavam longe das árvores. Tanto que dava para ver claramente o céu num tom de azul lindo e as nuvens.
– Agora que estamos voltando para... Qual o nome mesmo?
– Passou semanas conosco lá e sequer sabe qual é o nome daquela parte do Vale? - disse Leonard fingindo irritação - Que decepção. Fique sabendo que se chama Ert.
– Não é culpa minha se não me disseram. Enfim, acha que a volta para o Ert vai ser mais rápido do que quando viemos de lá para cá?
– Depende. Se não ocorrer nenhum imprevisto. Ok, acho que já passamos tempo demais aqui procrastinando. Poderemos descansar bastante quando chegarmos ao Ert.
Alguma coisa dizia a Valentina que esse descanso não seria tão grande quanto Leonard pensava.
***
Felizmente a volta foi mais rápido. Não viram nenhum sinal das tropas de Milano e o colar não começou a brilhar nem nada.
Quando chegaram no Ert, todos pareciam estar em suas casas. Todos exceto uma menina fada. Que assim que os viu começou a gritar:
– Eles voltaram!
Imediatamente pessoas apareceram nas janelas e portas. Pessoas e criaturas, na verdade.
Logo apareceu Mago Copérnico, com Alessa logo atrás.
– Achei que fossem demorar mais. Que bom que fizeram tudo tão rápido - disse Copérnico.
– Para mim demoraram tanto que comecei a achar que estivessem mortos. Comidos por ogros - debochou Alessa.
– Quase fomos mortos por um lobisomem, serve? - disse Leonard.
Alessa arregalou os olhos.
– Devem estar cansados e com certeza querem ficar limpos. Assim que estiverem prontos, venham até minha casa e contem cada detalhe - disse Copérnico - Realmente espero que não tenham passado por muitas situações ruins.
– Não foram muitas - falou Valentina como se aquilo não fosse nada - Já passei por piores.
– Duvido muito - retrucou Alessa.
– Alessa, por favor - disse Copérnico.
Leonard entregou sua mochila para Copérnico.
– Missão dada, missão cumprida. O cristal está ai. Agora vou gastar toda a água da casa de Alessa, com licença.
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Assim como com ''As Aventuras de Thalia'', talvez eu não poste o próximo capítulo semana que vem. Espero que tenham gostado, e até breve ;)