Assassino De Aluguel escrita por marychristine


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá leitoras! Antes que me perguntem, sinto muito, mas é que meu computador estava estragado e no 'concerto' uahsuhas'...
Prometo postar outro capítulo amanhã mesmo para compensar o atraso. Eu não desisti da fanfic!
Obrigada aos que comentaram e favoritaram a fanfic :D
Boa Leitura *_*



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- Por que ainda não fez o almoço? – Pergunta minha mãe assim que entro em casa.

Eu havia perdido a noção do tempo, ficando por horas fora do apartamento. Ainda me lembrava do misterioso homem cujo, até então, era meu vizinho. Seu olhar pesado sobre o meu ainda me cegava, mesmo ele não estando aqui, me encarando com aqueles diamantes esverdeados. E a forma como seus fios se iluminavam em um tom dourado próximos à fresta de luz, que transpassava pela velha janela amadeirada do fim do corredor, era encantador. Ouço o pigarrear de minha mãe e sua cara enfurecida me encarando.

- Desculpe mãe. Vou preparar o almoço agora. – Respondi saindo de meus devaneios. Meus belos devaneios.

- Agora não dá tempo, sua imprestável. Em quarenta e cinco minutos tenho que voltar ao trabalho. – Resmungou pegando alguns trocados na bolsa chamativa de cor prata.

- Chama aquilo de trabalho. – Ironiza Trudy. Escondo a gargalhada que se formava por entre vários nós na minha garganta e observei o tapa ardido que minha irmã recebera em seu rosto.

- Tome isto menina. Vá comprar algo decente no boteco ali da esquina. Eles vendem comida em dias de segunda. – Renée joga algumas moedas no chão da sala e saio pegando uma por uma, contando e vendo se era o suficiente.

- Mãe, isso aqui não é o suficiente para todos nós. – Questionei derrotada.

- Então terá que passar fome. – Ouvimos um barulho de choro agudo. Eu reconhecia esse som tristonho de longe. Peter. Droga! Como pude esquecer? – Que choro mais irritante. Vamos, Isabella, acalme esse garoto antes que eu mesmo dê a ele uma razão para chorar.

- Certo. – Assenti.

Corri em disparada até o quarto, destrancando a porta e a abrindo logo em seguida.

- O que houve meu anjo? – Me aproximei do meu pequenino, abraçando-o apertado.

- Meu carrinho quebrou. – Encarei seu brinquedo, com as peças todas espalhadas pelo chão. Tirei meus braços que estavam envoltos de Peter e peguei o brinquedo, guardando-o na sacola. Quero dizer: Peguei aquilo que restou dele.

- Irei consertá-lo, tá bem? Volto logo.

Ele assentiu, correndo pra debaixo de sua velha cama de cor branca. Quando sentia medo, costumava se esconder ali, bem como ensinei. Antes de sair, pensei em trancar a porta novamente, mas temi que o mesmo chorasse com a minha ausência aqui. Respirei fundo ao ouvir o barulho do telefone e antes que ouvisse minha mãe obrigar-me a atendê-lo me aproximei do mesmo, atendendo o telefone.

- Alô?

- Gostaria de falar com a senhora Swan. Ela se encontra?

- Quem gostaria?

- Sou a Diretora Maggie do Forks Hight School.

Eu já sabia sobre o que ela gostaria de falar. Havia mais de um semestre que não vou a escola e ela costuma ligar uma vez por semana para perguntar o que havia acontecido comigo. Minha mãe havia me proibido de fazer tudo aquilo no qual tanto gostava e a escola estava incluída nessa sua regra absurda. Segundo ela, eu estava rebelde demais, quando tudo que fiz foi arrumar o quarto da mesma sem sua permissão. Suspirei pesadamente e tentei fazer a voz mais fina que consegui, imitando a irritante voz de minha mãe.

- Está falando com ela.

- Senhora Swan, venho através deste lhe perguntar sobre sua filha, Isabella. Tenho tentado a mais de seis meses entrar em contato com vocês. Isabella não vem a escola mais, suplico que me dêem uma explicação.

Lágrimas se espalhavam por toda a extensão do meu rosto, solucei algumas vezes agradecendo internamente por Maggie ser tão gentil a ponto de esperar a minha calmaria. Enquanto chorava pensava em várias idéias sobre o que dizer em relação a mim mesma. Poderia dizer tudo, menos a mais pura das verdades.

- A Isabella... – Pigarreei. – Ela morreu.

Desliguei o telefone sem em nenhum momento parando para ouvir a doce voz de Maggie, a saudade dela era tanta que me doía. Não só dela como dos meus melhores amigos, Rosalie e Jasper, gêmeos que até então, me davam milhares de conselhos em relação a turbulenta família na qual possuía. Corri para fora do prédio, caminhando vagarosamente pelas ruas de Forks. O local era uma calmaria sem fim. Me sentia um pequeno grão de areia na multidão. Enquanto ia até um restaurante a 10 quadras dali (Onde rezei internamente para que meus amigos ainda trabalhassem lá), costumava imaginar como seria a vida das pessoas que passavam por mim. Se seriam tão boas quanto a que eu imagino ter um dia ou tão ruins quanto a que eu tenho. O restaurante era todo amadeirado, com dois vidros enormes na entrada dali. O letreiro do restaurante Doug’s já estava velho e não iluminava tanto quanto antes. Fazia tanto tempo que não ia ali mais, que podia jurar que aquilo não era o famoso restaurante onde vendia o melhor purê de batata da região. Entrei ali, procurando automaticamente por Rosalie e Jasper quando ouço um grito histérico. Acredite ou não, o grito não era de Rose.

- Rosalie. Veja só quem está aqui. Bella! – Ele se aproxima me dando um abraço de urso, como senti falta de tudo aquilo.

- Jasper. Como todos vocês estão?

- Isabella? Oh meu Deus, é você mesmo. Pensei que meu irmão tinha bebido mais vodkas do nosso estoque escondido de papai. – Diz Rosalie, já ao meu lado, me aninhando para perto de si. Jasper revira os olhos e cruza os braços ofendido, me fazendo rir. – Como está querida?

- Na medida do possível. Doug, me dê quatro pratos prontos, por favor. – Grito para o pai de meus amigos que assentiu correndo para cozinha preparar o que eu havia pedido.

- Por que não vai mais a aula? – Perguntou Jasper sentando-se ao meu lado.

- Sabem como é a dona Rénee. – Dei de ombros.

- Essa mulher é maníaca. Sua família devia morrer, menos o fofo do Peter claro. – Rosalie acaricia minhas mãos ao mencionar o nome do meu pequeno irmão.

- Falando nele, como ele está? – Jasper se aproxima empurrando sua cadeira para mais perto, como se o estado do meu irmão fosse um segredo.

- Bem, obrigada por perguntar. – Lembrei de seu carrinho quebrado e entreguei para Jasper. – Seria abuso lhe pedir que concerte o carrinho do pequeno? É o único brinquedo que ele tem.

- Claro que não, imagine, Jasper adora concertar as coisas. Vamos Jasper, concerte o carrinho. – Rosalie disse dando tapinhas nas costas do irmão que correu com os pedaços do carrinho em mãos, pronto para arrumar o objeto de madeira.

Sorri agradecida para a Rosalie e continuamos ali conversando sobre coisas inúteis após fugir do assunto família. Adorava isso neles. Quando sabiam que o assunto me pertubava, fugiam do assunto na hora. Doug se aproxima com a comida que havia pedido e lhe dou os trocados que contei. Abracei todos os meus amigos, sem antes me esquecer do quanto eram importantes para mim e o quanto eu sentia saudades dos mesmos. Caminhei para fora do restaurante com o maior cuidado do mundo. E para meu inferno astral esbarro em alguém deixando a comida se esparramar pela calçada. Grunhi em frustração e levanto-me, pronta para xinga qualquer um que houvesse o feito.

- Seu idiota.

- Eu sinto muito.

Encarei o homem a minha frente. Era ele, e novamente me prendo nessa imensidão verde que eram seus olhos enquanto seus lábios se curvam em um sorriso honesto.

- Não, não. Eu que sinto, não devia ter te chamado de idiota. – Me desculpei-me, amaldiçoando minhas próximas gerações.

- Posso pagar pra você? – Ele pergunta, me deixando de certa forma confusa.

- O quê?

- A comida.

Processei por alguns segundos a situação. Droga, minha mãe vai me matar!

- Não é necessário. – Sorri fraco.

- Eu insisto. – Ele entra comigo novamente pelo restaurante fazendo com que todos os olhos ali, inclusive os de Rosalie e Jasper, parassem diretamente no de nós dois. Segurei-me internamente para ignorar a todos eles. O homem no qual ainda desconhecia até mesmo nome, pede a comida para Doug que volta alguns minutos depois. Sorri agradecida para o meu vizinho e corri de volta para casa.


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Notas finais do capítulo

Respondendo às perguntas de vocês, sim, Edward Cullen é o vizinho da Bella que troca poucas palavras com ela durante o dia :D...



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Beijos *_*