A vida é feita de escolhas, isso pode parecer clichê mas a verdade é essa, a partir do momento em que escolhemos um caminho e não paramos para pensar nas consequências dos nossos atos que mais tarde, serão grandes erros.

Errar tudo mundo erra, outro clichê , entregando é só cometendo erros que aprenderemos o que é certo ou talvez , continuamos agindo sem pensar não pensando no futuro o que pode acontecer com as pessoas que amamos, ou descobrimos que amamos mais só nos damos conta quando é tarde demais.

Eu não me lembro do dia certo em que cheguei aqui, embora tenha vagas lembranças de tentar envolver minha barriga com os braços e proteger minha filha que estava em meu ventre mais eu não podia afinal meus pulsos estavam presos por algemas.

Eu fiz tudo o que pude para que minha pena fosse reduzida, trabalhei muito, usei toda minha força de trabalho para que eu pudesse sair dessa prisão e ficar junto de minha filha e quem sabe, talvez do Jacob. Porém não importava o quanto eu trabalhasse não seria o suficiente para compensar todas as duas vidas que tirei, sem dó, nem piedade.

Hoje onze anos depois, eu finalmente estou saindo desse lugar, confesso que tenho medo do que vou encontrar lá fora, minha filha tem onze anos agora, eu não pude vê-la crescer, nem dar os primeiros passos, nem me chamar de "mãe". Ela foi tirada de mim assim que nasceu, de todas as coisa que já vivi essa foi a pior delas, te-lá segurado apenas uma vez. Jacob ate tentou trazer-lá contudo, eu me recusei a conhecer Sarah - O nome foi Jacob quem escolheu foi em homenagem a mãe dele - Não queria que ela tivesse uma mãe como eu, queria a felicidade , uma coisa que eu nunca tive na minha vida, apenas nos meses anteriores da minha prisão junto com Jacob. Logo depois de um tempo eu me neguei a vê-lo também, ele tinha que continuar a vida dele, encontra alguém melhor pra ela, uma mãe para minha filha.

Já fazem dez anos que não tenho noticia dos dois. Ter que avisar Jacob que eu finalmente iria sair, significava que a imprensa também saberia então não seria uma boa ideia. Eu teria de me virar sozinha pelo menos nos primeiros meses me estabilizar, só que precisaria de ajuda.

Liberdade, estar livre é um sinônimo de felicidade, pelo menos pra mim, assim que sai dos portões um carro preto me aguardava, ate que uma loira com salto alto e de olhos escuros saiu dê-lá, ela não muda mesmo, pensei comigo mesma. Ela tirou o óculos e me olhou seria.