–Belle, eles estão chegando- desse Matheus, um garoto de cabelos negros e olhos azuis travesso, que estava em cima do ônibus junto com sua irmã Luiza.

Dois homens se aproximavam do ônibus, chamado de “oaz” (ônibus anti zumbi), não eram muito altos, mas tinham uma forma meio atlética, o que com certeza ajuda em um apocalipse zumbi. Eles corriam com uma mochila cheia e armas na mão.

–Estão vindo dois- avisou Matheus- não erra o alvo em!

A garota apontou a arma para a cabeça dos zumbis, após revirar os olhos para o irmão, e atirou no primeiro, que poderia ter sido um homem de negócios antes de tudo isso, pois usava um terno que agora estava sujo de sangue e outras coisas, ela acertou e foi mirar no outro, que começava a correr atrás dos homens.

–fica parada coisa feia- pedido ela.

Ele estava chegando perto dos homens e ela atirou e por pouco não acertou o ombro de um dos homens, mirou de novo e acertou-o no peito o fazendo cair, o homem moreno que usava uma machadinha e se chamava Juliano da Cunha terminou de matar o zumbi.

Eles finalmente chegaram ao ônibus, deixaram as mochilas no chão e se sentaram no sofá.

–Valeu Luiza, por quase me acertar- disse sarcástico Roberto, um dos homens que acabara de entrar.

–Foi mal- respondeu ela- mas estava tentando te ajudar, ok?

Logo depois Isabelle, uma mulher de 23 anos e cabelos cor de rosa, entrou no ônibus e pediu para Math dirigir.

–Eba- comemorou ele.

–Mas vê se não dirige como da última vez- falou Belle severa- quase batemos.

–ok,ok- respondeu saindo do posto de gasolina onde estavam.

– e ai, como foi?- perguntou aos homens- pegaram o que?

–pegamos alguns remédios, comida e duas garrafas de água que estavam jogadas, mas estão lacradas- respondeu Juliano.

– e algum zumbi?

–encontramos dois, mas não eram grandes coisas.

De repente sentiu-se uma freada brusca.

–Matheus- gritaram em uni som.

–foi mal- se desculpou- mas quase atropelei uma dessas coisas.

Math se referia a um zumbi, que estava batendo no ônibus, tentando entrar. Belle pegou sua arma que possuía silenciador e Math abriu a porta. De forma rápida Belle atirou na cabeça do zumbi e voltou para Oaz.

O Oaz era um ônibus que foi, de certa forma, feito para um apocalipse zumbi, as janelas eram blindadas e fora porta de entrada ainda possuía duas outras saídas, uma no teto e outra por baixo, e era como uma casa completa por dentro, com 9 camas e um banheiro, entre outras coisas. Era simplesmente perfeito para quem quer continuar vivo .

–para onde vamos agora Belle?- perguntou Luiza.

–vamos parar em algum lugar um pouco longe da cidade para dormimos e veremos o resto depois.

–vai ser assim?-perguntou Luiza- vamos ficar indo de um lado para outro sem saber aonde ir?

–não acho que tenha algum problema nisto. - respondeu Beto.

–não há muitos planos para fazer em um momento como esse- respondeu Belle- vai ver se encontramos mais pessoas.

Belle estava muito pensativa esses dias e todos desconfiavam que ela estivesse escondendo algo. E finalmente Juliano perguntou.

–Belle está tudo bem? parece que está escondendo algo de nós.

Todos a olharam enquanto ela se decidia se falava ou não.

–ok! Foi algo que escutei a dois dias atrás em um radio. Nele uma pessoa dizia que o Acre esta livre de infecção e não tem zumbi.

Todos sorriram felizes, porque apesar de um apocalipse zumbi parecer legal se tornava muito cansativo.

–mas não sei se é verdade- continuou- o que isso lembra?

– Atlanta.

–temos uma escolha agora, ir para o Acre ou continuar como está.