–Você está... Linda. –O Timmy disse assim que eu cheguei à sala. Senti minhas bochechas corarem.

–Obrigada. –Dei um sorriso tímido e o abracei.

–Bom, então vamos? –Meu pai perguntou.

–Sim. –Respondi e nós fomos em direção ao carro.

Meu pai e o Timmy ficaram conversando o caminho inteiro. Acho que o meu pai gostou do Timmy.

Chegamos ao restaurante. Pedimos a comida e ficamos esperando ela chegar. O celular do meu pai tocou e ele foi atender.

–Você é muito linda. –O Timmy disse segurando as minhas mãos. Ele estava sentado à minha frente e o meu pai, que havia saído por alguns minutos, ao meu lado.

–Obrigada. Você também é muito lindo. –Ficamos um tempo só nos olhando. –Timmy, por acaso você conhece uma menina de cabelos ondulados e olhos verdes? A Elizabeth?

–Sim, conheço. Por quê?- Ele perguntou tirando as suas mãos das minhas.

–Porque ela me recebeu tão bem no meu primeiro dia de aula, e eu nunca mais a vi.

–Hm, eu acho que ela foi morar com os tios dela. –Ele deu de ombros.

–Ah... –O meu pai retornou à mesa e logo nossos pedidos chegaram.

Meu pai e o Timmy conversaram mais e quando acabamos de comer, fomos embora.

– Timmy, foi um prazer te conhecer. Vejo que você é bom rapaz para a minha garotinha. Vou deixar vocês a sós. - Meu pai disse subindo as escadas.

Olhei para o Timmy que tinha os olhos fixos nos meus. Ele se aproximou e passou a mão em meus cabelos.

–Finalmente sozinhos. –Ele disse e logo depois soltou uma risada. Fiz o mesmo.

Ele colocou a mão na minha cintura e eu passei meus braços pelo seu pescoço. Ele sorriu e me beijou. Fechei os meus olhos e me deixei levar pela sensação. Depois do nosso longo beijo, ficamos abraçados.

–Amor. –Ele disse depois de um tempo.

–Oi. –Respondi completamente sedada pelo seu perfume, que era muito bom.

–Eu tenho que ir. –Nos separei um pouco para poder ver o seu rosto.

–Já?- Fiz biquinho.

–Sim. –Ele disse me dando um selinho.

–Ah não. – Fomos caminhando de mãos dadas até a porta.

Abri a porta.

–Quer ir ao parque amanhã?- Ele perguntou um pouco tímido.

–Claro. –Respondi e ele sorriu.

–Te busco às 9. Se você não estiver acordada, eu mesmo vou te acordar. –Ele disse e eu ri. -Tchau. –Ele disse me abraçando e logo depois me dando um selinho.

–Tchau.

Ele foi embora. Fui para o meu quarto e tomei um banho. Deitei na minha cama assim que sai do banheiro e peguei o meu celular que tinha uma mensagem não lida. “Boa noite, linda.”, o Timmy havia me enviado. Sorri e respondi “Boa noite, amor.”.

*****

–Nat, amor - Alguém me chamou e eu fiz força para conseguir abrir meus olhos.

Vi o Timmy na minha frente com um sorriso lindo. Sorri tentando ficar completamente acordada.

–Vai se arrumar. –Ele disse dando uma leve risada e eu percebi que estava completamente bagunçada.

Puxei o coberto, cobrindo a minha cabeça.

–Você não pode me ver assim. –Reclamei e o Timmy riu novamente. –Não estou brincando.

–Ok, eu vou te esperar lá embaixo. –Ele beijou a minha testa através da coberta.

Esperei ele sair e fui me arrumar. Depois de pronta desci as escadas.

–Bom dia. –Eu disse dando um beijo na testa do meu pai.

–Bom dia, filha.

–Bom dia. –Eu disse para o Timmy e dei um selinho rápido nele.

–Filha, vá tomar café. – Meu pai disse.

–Não precisa senhor Wints. Nós vamos passar em algum lugar para tomar café da manhã. –O Timmy disse e eu olhei pra ele com cara de “nós vamos?”.

–Vamos? –Eu perguntei pegando na mão do Timmy.

–Sim. –Ele disse.

–Tchau, pai. – Eu disse dando um beijo na bochecha do meu pai.

–Tchau, filha. Tchau, Timmy. –Fomos caminhando em direção à porta. –Cuide bem da minha princesa.

–Pode deixar. –O Timmy respondeu e eu ri sem graça.

Saimos da minha casa.

–Nós vamos a pé, pode ser? –O Timmy perguntou.

–Claro. –Caminhamos até a Starbucks, que era bem perto da minha casa.

–O que você vai querer? – O Timmy perguntou enquanto eu sentava em uma mesa.

–Um cappuccino. – Respondi e ele foi pegar as nossas bebidas.

–Aqui. –Ele disse colocando o meu copo na minha frente e sentando.

Tomamos nossas bebidas e fomos para o parque. Sentamos em um banco que ficava em frente a um laguinho.

–Como foi a noite? –Ele perguntou quebrando o breve silêncio que tomou conta de nós dois.