As Criações escrita por Sky Salvatore


Capítulo 25
Capítulo 24 - Um Ano Depois


Notas iniciais do capítulo

Hoooy !

Vocês comentaram tão rapidinho que eu quis postar um ainda hoje !

Não me matem , Okay ?



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POV Theo – Um Ano Depois

Os anos passaram rápido demais, parecia que foi ontem que eu conheci Tessa de carne e osso, bati nela e me apaixonei. Agora ela estava presa há um ano, e eu não conseguia tirá-la de lá. Ao menos ela estava quase com o corpo igual ao antigo, eu, Aylin e Rachel levávamos comida escondido. Seus cabelos estavam maiores na altura do pescoço e voltaram a ser ruivos.

Há um ano nós planejávamos atacar a cúpula e agora estávamos bem perto.

Acordei pela manhã com a notícia de Rafaela de que os rebeldes de Palmwoods haviam conseguido matar seus líderes. Nós não sabíamos como os mais jovens eram tratados nos outros distritos, eu sabia que em Sidartha eles eram livres e só precisavam ir à escola. A maioria dos outros viviam para o militaríamos como nós e estudavam em casa.

Se muitos se juntassem não era difícil acabar com o fraco governo dos outros lugares, eles eram treinados e isso bastava. Mas, o que ninguém entendia era que a Cúpula não era apenas um governo. Era a central do mundo. Eles eram bons demais.

Sidartha se formou com o resto do povo, só que esse “resto” se juntou e criou uma mega cidade onde todos sonhamos em viver, enquanto o resto de nós fomos escravizados e obrigados a nos tornarmos militares e assassinos.

Rafaela tinha um plano, e até agora tinha dado certo.

–Nós vamos infiltra-los aos poucos aqui na Cúpula – disse Rafaela – Eles serão só mais um dos recrutados, com os estudos voltados para pessoas como a Tessa e você eles não vão ter controle.

–Isso pode dar certo – concordou Adam.

–Ou pode matar todos nós – disse.

–Nós temos que tentar.

Foi isso que eles me disseram. E por isso a uma hora dessas os mais inteligentes, fortes e audaciosos de Palmwoods e Fourtword estavam escondidos em nosso campo de treinamento. Treinando como nós.

Desde os sobrenaturais o governo não vem mais aqui, eles acham que não precisam mais disso. Enquanto isso nós treinávamos, não vi Tessa essa semana. Estávamos programados para atacar no final de semana.

Tudo daria certo há um ano eles só se preocupavam com os sobrenaturais e nos deixaram de lado.

Katrina uma garota de Palmwoods estava tendo dificuldades para mexer com o arco e flecha, pedi que Aylin a ajudasse. Tessa tinha ensinado bem suas amigas, mas segundo ela a garota era insuportável.

Ela tinha longos cabelos negros que estavam arrumados em duas tranças laterais, um corpo volumoso como o de Tessa e grande olhos verdes.

Katrina era um desastre com o arco, mas era ótima nas armas. Eu não achava ela insuportável, era uma garota legal e nós conversávamos as vezes, ela era líder daquele grupo que veio para cá. Por isso nós estávamos sempre no mesmo ambiente.

–É bem simples – disse tentando ensiná-la – Respire fundo e se concentre, o arco mata mais do que a arma. É importante que todos saibam usar.

–Sou melhor com armas – disse ela – Não usamos arco e flecha onde eu morava. É comum eu não saber, me disseram que uma tal de Tessa pode me ensinar a usar.

Ela não sabia sobre Tessa, porque ninguém tinha a audácia de falar sobre a Tessa comigo aqui.

–Ela é realmente a melhor que eu conheço – digo – A melhor em tudo.

–Oh, ela é a criação perfeita não é isso? Ouvi falar muito de pessoas como ela – falou animada – Será que ela me ajudaria? Eu não quero atrapalhar no dia.

–Ela ajudaria, mas ela não está aqui – digo mudando a voz – Está presa.

–Sinto muito Theo, eu não sabia – diz envergonhada – Me desculpa.

–Tudo bem – minto – Apenas não fale mais nela.

Quando eu disse aquilo só depois percebi o significado daquelas palavras. Eu falava de Tessa como se ela já estivesse morta, alguém que morreu e que eu não queria me lembrar.

–Não deve ser tão difícil, você lidera pessoas e não consegue lidar com o Arco? – pergunto mudando de assunto.

Ela sorri.

–Meu pai adorava arco e flecha e quando os militares chegaram no Aska o arco não o salvou, eu os matei com uma arma – disse – Então, não acredito que o arco seja tão útil.

Todos nós perdemos alguma coisa. Todos nós.

–Apenas continue treinando – digo sério.

[...]

–Como assim executada? – grito para todos na sala ouvirem.

–É o que diz a carta – fala Rafaela.

–Me deixe ler isso – pego a carta da mão dela.

Aos Líderes,

Informamos que a recrutada Tessalha Gatwik, criação de número 1 vai ser executada na próxima sexta feira. Ela tem dons que são prejudicais aos outros recrutados.

Como ela era do batalhão de vocês, informamos que a morte não será assistida. O corpo estará disponível no dia seguinte depois das duas da tarde, será cremado por segurança não sabemos o quão toxica ela é.

Governo da Cúpula

Como alguém escreve uma carta daquela? Dizendo que vai matar alguém? Eles ficaram um ano com ela, e agora iriam matá-la?

–Eu vou tirar ela de lá nem que eu morra – digo.

–Cara, você vai matar todos nós – diz Adam.

–Eu prometi que ela não morreria, prometi que a salvaria não posso simplesmente deixar que ela morra – digo.

–Ela não vai morrer.

Na minha cabeça apenas vinha ela falando “dois filhos e um cachorro?” Mas, eles tinham razão eu não podia estragar tudo contudo não podia deixar ela morrer.

–Eu só preciso vê-la.

POV Tessa

Acabou assim, como quem para de respirar durante o sono. Eles me avisaram pela manhã que eu seria executada, que eu não era mais útil e que ultimamente só tinha causado problemas. Um ano causando problemas, esse é o tempo que me deram. Passaria os meus últimos dias trancada.

O bom era que eu tinha visto Theo e minhas duas amigas quase todos os dias, menos essa semana. Eu sabia que eles estavam planejando algo mas, não sabia o que. Me contar aqui não era seguro.

Imaginava o que Theo teria pensado quando abriu a carta falando que eu morreria. Será que se importou? Eu sabia que tinha se importado. Tinha medo de que ele começasse a gostar de alguém, depois que eu morresse. Porque até agora não via saída para mim.

Eu não era mais tão bonita assim, meus cabelos estavam maiores mas cresciam de vagar por causa dos remédios. Meu corpo voltara ao normal ou quase isso, porque eles traziam comida para mim.

Tudo o que eu queria era que a porta fosse aberta e alguém dissesse “visita” mas, nada. O silêncio era assustador.

Carolyn se materializou ao meu lado. Eu estava acostumada com ela.

–Logo vamos nos encontrar – digo tentando parecer engraçada.

–Isso não tem graça, Tessalha – diz ela – Ainda espero que o paspalho do seu namorado apareça.

–Ah, ele vai – digo sem ter certeza – Ele vai aparecer.

–É ao menos o garoto te ama – disse ela.

POV Theo

A uma hora daquelas toda a Cúpula sabia sobre a execução da “criação perfeita” Aylin e Rachel esperavam algo de mim, eu queria bater em todos e tirar minha Tessa de lá. Todos esperavam que eu fizesse alguma coisa, eu não podia fazer nada esse era o problema.

Se fosse simples como todos julgavam ser eu não tinha deixado minha garota sofrer por um ano inteiro.

Estava sozinho na sala de treinamento, eu não queria gritar com ninguém porque eu estava pensando em como salvar a Tessa. E não queria ninguém me atrapalhando.

Katrina entrou na sala perdida olhando para os lados, só então se deu conta da minha presença. Ela era atrapalhada.

–Desculpa, não sabia que você estava aqui – disse ela.

Apenas sorri. Não queria companhia.

–Estava procurando a Rafaela – explicou – Ela queria falar comigo, sabe onde ela está?

–Não faço ideia, e para ser bem sincero nem quero saber – disse.

Rafaela tinha me irritado com sua falta de consideração por causa de Tessa, então eu não queria vê-la.

–Está bem – falou saindo.

–Desculpa, eu só não estou em um bom dia – disse.

–É por causa da carta? Todos ficaram sabendo. Eu sinto muito.

–É o que todos me dizem – falei irritado – Mas, ninguém pensa em algo para me ajudar. Eu não quero que sintam muito.

Katrina se sentou ao meu lado no chão.

–Eu só tenho um conselho, faça o que eu não fiz pelo meus dois irmãos e pelo meu namorado – disse ela – Faça pela sua Tessa o que não fiz por eles.

–E o que você não fez por eles?

–Eu deixei que o governo os matasse, deixei que eles matassem meus dois irmãos e meu namorado. Deixei Theo porque eu fui fraca, porque eu estava cega de ódio para acabar com Fourtword e deixei que eles fossem embora, deixei que fossem mortos. Eu os tratei como mortos antes de estarem.

Era o que eu estava fazendo com a Tessa, matando ela.

–Ser líder tem um peso que ninguém consegue entender a não ser o dono do cargo – diz ela em um sussurro.

–Eu não desisti dela – digo – Tessa é o amor da minha vida.

–É por isso que ao contrário de mim ela tem sorte de ter você. Eles tinham a mim e eu os deixei.

Eu não deixaria a Tessa, nunca.


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Notas finais do capítulo

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