Charlie e o Curioso Mundo de Sophia escrita por mgsx


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo na minha opinião é o que vai dar um gás na história. Então não deixe de ler.



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Fiquei no hospital em observação por apenas um dia. Logo eu já havia ganhado alta. Depois da discussão que tive com minha avó, eu não havia conversado com ela. Por mais que ela quisesse o melhor para mim, por mais que ela tenha cuidado e me amado desde que nasci eu achava injusto ela não querer me contar nada sobre meu pai.

Quando cheguei em casa - depois que saí do hospital - fui para o meu quarto. Eu estava determinado em descobrir tudo sobre o meu pai. Mas como eu iria fazer isso? Eu não tinha nenhuma pista, nada. Mas eu não iria desistir do meu grande sonho facilmente assim. Eu arrumaria um jeito. Faria o possível e tentaria o impossível para descobrir minha origem.

Eu andava de um lado para o outro quando meu avô entrou de surpresa em meu quarto.

- Charlie? – Chamou –

- Oi!

- Vim te avisar que te matriculei na escola do bairro. Hoje eu irei comprar o seu material escolar e amanhã você já começa a estudar. Acho que você deve gostar de lá.

- Que bom. Eu iria perguntar sobre isso para o senhor ainda hoje. – Foi tudo o que consegui dizer. –

- Ótimo. É bom ver que você está animado. – Disse ele – Qualquer coisa é só...

-Ta! – Falei interrompendo-o –

Meu avô Joseph acenou e fechou a porta do meu quarto. Tudo indicava que ele não sabia da discussão que havia ocorrido. Mas para mim isso não importava. Se eu perguntasse a ele sobre isso só iria causar ainda mais conflitos e mal-estares em minha própria casa.

[...]

O dia havia passado rapidamente e a noite finalmente havia chegado. Eu havia ficado no quarto o dia inteiro. Não queria correr o risco de sair e encontrar minha avó. O clima já não estava muito bom entre ela e eu. Não queria piorar as coisas.

*

Eu estava deitado em minha cama ouvindo musica em meu celular quando percebi que alguém estava batendo na porta do meu quarto.

- Pode entrar! – Gritei –

- Charlie! - Era minha avó Maria. – O jantar está pronto querido. – Disse ela parecendo estar triste com aquele desconforto. –

- Ok. Já vou descer.

Tirei os fones de ouvido e os guardei no bolso junto ao meu celular. Desci até a sala de jantar e vi meus avós conversando. Ao perceberem que eu estava chegando, os dois logo pararam de falar e me esperaram sentar junto a eles.

- Estavam falando de mim? – Perguntei –

Minha avó Maria e meu avô Joseph se olharam e acenaram que sim.

- Sim Charlie! Estávamos falando sobre você. – Disse meu avô –

- Ah! E o que eu fiz para vocês falarem de mim nesta seriedade? – Perguntei fingindo que não sabia. –

- Estávamos falando sobre a sua curiosidade de saber sobre os seus pais. – Afirmou minha avó em um tom de voz firme –

Acenei com a cabeça que havia entendido. Eu não queria brigar novamente, então apenas fiquei calado.

- Eu sei que é difícil Charlie, mas sua mãe foi embora. Tudo isso agora é passado. Não há porque reviver algo que não vai mudar nada em sua vida. – Meu avô me olhava atentamente enquanto eu colocava a comida no prato. –

Depois de ouvir o que meu avô acabara de falar eu não aguentei ficar apenas calado.

- Vocês não entendem mesmo! Eu posso explicar, explicar e explicar novamente que vocês não entenderiam.

- É porque não há o que entender. Estamos certos Charlie. – Retrucou minha avó –

- Não, não estão. – Falei depositando toda a raiva que sentia na comida. Eu a jogava no prato com toda a força. – Não é só a opinião de vocês que é importante. Não são só vocês que estão certos. Entendam uma coisa, eu não vou desistir de tentar descobrir tudo sobre os meus pais.

Minha avó cerrou os punhos.

- Tudo bem Charlie! Vou lhe contar tudo. – Disse ela –

- Você vai fazer o que? – Perguntou meu avô para a esposa –

- É isso mesmo que você ouviu Joseph. Vou contar toda a verdade para Charlie. Não é isso que ele quer tanto saber?

- Você vai me contar tudo? – Perguntei meio desconfiado. Eu não acreditava que ela me contaria tudo o que eu desejava saber. O meu grande sonho. O sonho de saber tudo sobre meus pais seria revelado ali, naquele momento. – Então diga! O que é tão precioso assim que vocês não puderam me contar em todos esses anos? Tem que haver algo que...

- Sua mãe era uma prostituta. – Afirmou minha avó me interrompendo –

- O que? – Perguntei enquanto algumas lagrimas se formavam em meus olhos. – O que a senhora disse?

- É isso mesmo que você ouviu. Sua mãe engravidou de um cliente dela.

- Isso não é verdade! Você só pode estar mentindo. – Gritei –

- Ela não está mentindo Charlie. Eu também não acreditei quando soube. – Disse meu avô –

- Quando ela soube que se engravidou tentou abortar, mas eu consegui impedi-la. O seu pai eu não sei quem é. – Ela desviou o olhar para baixo. – Sua mãe dizia que sabia quem era, mas não contou para mim e nem para o seu avô. –Minha avó se levantou e veio ao meu encontro – Quando você nasceu ela não quis ver você. Ela te rejeitou. Não quis ver o seu lindo rostinho. – Disse ela enquanto passava a mão sobre o meu rosto e enxugava minhas lagrimas. – Depois que sua mãe Judite ganhou alta do hospital ela veio para casa e arrumou as coisas para ir embora. Eu tentei convencê-la a ficar para cuidar de você, mas ela não quis ficar. Ela apenas deixou uma quantidade de dinheiro significativa e depois foi embora. A ultima coisa que ela me disse foi para eu não contar nada sobre ela para você. Foi por isso que eu nunca quis te...

- Cala a boca! – Gritei. Eu estava em choque. Não queria acreditar no que minha avó Maria dizia. – Tudo isso é mentira! Você está mentindo.

- Desculpa Charlie. Mas não é mentira. –Disse meu avô se levantando e passando a mão sobre a minha cabeça. –

- Tira a mão de mim. – Eu não sabia o que eu sentia. Acho que era uma mistura de raiva e tristeza. Levantei da cadeira em que eu estava sentado e corri para fora de minha casa. Bati a porta com força quando saí e a primeira coisa que vi foi a Lua cheia. Ela estava tão linda naquele dia. Parecia que Deus estava tentando me consolar com a beleza que ela transmitia. Eu enxugava as lagrimas do meu rosto, mas elas não paravam de sair dos meus olhos castanhos. Sentei no gramado que dividia minha casa da de Dakota e olhei para o céu estrelado. –A minha mãe uma prostituta? A minha própria mãe? Isso não está acontecendo. Não pode ser verdade. - Encolhi-me colocando minha cabeça sobre meus joelhos e voltei a chorar. –

De repente ouvi um movimento. Levantei a cabeça e vi uma garota andando de bicicleta. Eu logo enxuguei minhas lagrimas, mas ela percebeu minha tristeza e veio em minha direção.

- Ei, tudo bem? – Disse ela –


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Notas finais do capítulo

e tenham gostado. Divulguem a fanfic pf. Abraços...



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