Charlie e o Curioso Mundo de Sophia escrita por mgsx


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Bom este capítulo está bem pequenininho, então não tem desculpa para não ler. rs



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Estendi a mão para segurar a de Sophia e agarrei o braço dela. Puxei-a com tanta força que me desequilibrei e caí no chão com ela ao meu lado. Sophia já estava a salvo, agora era eu é quem estava em perigo. Eu tossia, não conseguia respirar e um aperto sufocante dominava meu peito. Era assim que acontecia sempre que eu me metia em alguma coisa que me causava muita adrenalina. Enquanto eu estava ali no chão com muita falta de ar, consegui ver Dakota fechando a janela e correndo em direção a filha. Ela ainda não devia ter percebido que eu estava “ferido”.

- Me aju... me... ajude Dakota. – Pronunciei em meio às tosses –

Foi neste momento que Dakota percebeu que eu estava mal. Ela veio em minha direção perguntando o que estava acontecendo, mas eu já não conseguia falar mais nada. Aos poucos fui fechando os olhos e algumas perguntas eram lançadas em minha mente.

- Será que estou morrendo? O que vai acontecer agora? Se eu estiver morrendo, tenho um motivo para me orgulhar. Salvei a vida de uma pessoa. – Foi tudo o que se passou em minha mente naquele momento–

Eu já não conseguia respirar, aos poucos eu fui ficando inconsciente. Eu podia ouvir Dakota gritando meu nome, gritando por socorro.

Era sufocante aquela sensação. Eu tentava respirar. Tentava puxar para dentro o ar e soltá-lo, mas parecia impossível. Meu peito doía e parecia que era o fim. Foi quando eu apaguei.

[...]

Aos poucos fui abrindo os olhos. Eu estava em um lugar todo branco, deitado em uma cama e coberto com um lençol azul. Provavelmente eu estava em um quarto de hospital, meu peito ainda doía um pouco, mas eu já conseguia respirar normalmente.  Olhei para o lado e vi minha avó cochilando. Ela estava sentada em uma cadeira ao lado da cama onde eu estava. 

- Vó Maria! – Sussurrei -

Minha avó abriu os lados e sorriu.

- Graças a Deus você acordou meu filho. – Disse ela –

- Onde estou? E o que aconteceu? – Perguntei –

- O que deu em você para se arriscar daquele jeito?  Você podia ter morrido.

Sorri.

- Foi preciso. Sophia podia cair de lá de cima se eu não a ajudasse. Eu não me arrependo de feito aquilo, foi... Foi a primeira vez que faço algo de útil para alguém.

- Não diga isso Charlie! – Repreendeu-me – Você é um tesouro, um neto querido. Seu avô e eu agradecemos a Deus por você existir em nossas vidas.

- Se eu sou um tesouro, porque minha mãe e meu pai não me quiseram? A senhora não sabe como eles me fazem falta. – Falei em quanto lagrimas e mais lagrimas desciam sobre o meu rosto. –

- Charlie, você tem ao seu avô e a mim que te tratamos como um filho.

- Eu sei... Mas... Mas não é a mesma coisa vó. É diferente de ter um pai e uma mãe. Todo dia eu penso em o que eu devo... – Fiz uma pausa para enxugar as lagrimas que não paravam de sair dos meus olhos. Respirei fundo e continuei. –o que eu ter feito para eles não me amarem. Eu vejo os pais beijando os filhos, abraçando... me pergunto por que eu não posso ter aquilo, o que eu fiz para merecer tudo isso?  A dor da rejeição é imensa, vó.

Minha avó também chorava.

- Charlie, eu sei que é difícil. É difícil para mim também ficar longe da minha filha. Judite não manda noticias, na verdade eu nem sei se ela ainda está viva. Me dói ver você sofrendo deste jeito mas...

Interrompi

- Iria me ajudar muito se vocês me falassem o nome do meu pai.  – Falei –

- Para que você quer saber disso? Não irá mudar nada em sua vida. – Ela respondeu –

- Pelo contrário, vai mudar muita coisa. Pelo que sei minha mãe sumiu do mapa e não deixou e nem deixa nenhum rastro de onde ela esteja. Se vocês me dissessem pelo menos o nome do meu pai, eu... Eu tentaria achar ele. Eu arrumaria um jeito de localiza-lo e dizer toda a verda... - Fui interrompido. –

- Não! – Disse minha avó Maria em um tom alto de voz. – Você não precisa saber de nada!

- Mas vó, eu tenho esse direito. – Protestei –

- Chega desse papo. Está tudo bem do jeito que está.

Eu sabia que minha avó tinha um motivo muito grave para não querer me contar nada sobre os meus pais. Mas por mais que ela negasse em me contar, eu ainda ia querer saber sobre o que ela escondia.

- Tudo bem vó. Já percebi que terei que descobrir tudo sozinho. E não pense que alguma coisa vai me impedir, porque eu não vou descansar até descobrir toda a verdade sobre os meus pais. – Afirmei –

Minha avó abaixou a cabeça como se não quisesse mostrar que se sentia incomodada com o que eu havia dito. Ela se levantou e saiu do quarto em que eu estava hospedado. 


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Notas finais do capítulo

Desculpem. Fiquei sem tempo para escrever por isto este capítulo está pequeno. Espero que tenham gostado.



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