O Garoto Do Fone De Ouvido escrita por Lis Bloom


Capítulo 11
Histórias e Sombras


Notas iniciais do capítulo

Aproveitando o momento de inspiração e escrevendo mais um capítulos!!! Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/420538/chapter/11

Estava brigada com a Isa, como ela podia ter estragado aquele momento tão perfeito? Ignorei todas as tentativas dela de falar comigo, e logo quando bateu o sino, marcando o final da aula, eu saio correndo, procurando um lugar em que eu pudesse ver a minha mãe chegando e que ninguém viesse me perturbar.

Logo quando a minha mãe chega a casa, eu saio correndo para o meu quarto, ignorando os protestos de minha irmã, que eu bagunçava todas as coisas delas, subi em meu beliche e fiquei olhando para o nada, mais especificamente, para o teto.

Eu ainda não estava acreditando no que tinha acontecido se não fosse a Isa ele teria me beijado, isso significava que ele sentia o mesmo que eu? Primeiro ele tinha se sentado ao meu lado, e um minuto depois ele quase tinha me beijado.

A minha cabeça ainda estava rodando com tudo isso, eu realmente não estava em um sonho? Que no fim acordamos e vemos que tudo não passou de uma mera ilusão.

Meu celular começa a tremer e atendo sem nem ao menos ver quem é

LIGAÇÃO ON:

Isadora: Lara, por favor, me perdoa, eu não sabia que ele estava quase te beijando, você viu que eu tentei remendar o que eu tinha feito.

Lara: Já está feito, nada irá mudar mais.

Isadora: Você me perdoa?

Lara: Tudo bem.

Isadora: Agora fala sério, ele quase te beijou isso significa que ele também gosta de você.

Lara: A minha cabeça está rodando com tudo isso, eu ainda não acredito no que está acontecendo comigo.

Isadora: Eu sei, qualquer coisa pode contar comigo.

Lara: Tudo bem, tchau, tenho que desligar, a minha mãe está me chamando para almoçar.

Isadora: Tchau, até amanhã.

LIGAÇÃO OFF

O que não era verdade, já que a minha mãe nem estava em casa, pois tinha que resolver algumas coisas do trabalho e ainda tinha que levar a minha irmã para a escola.

Como estava apenas a minha avó em casa, resolvo falar um pouco com ela. Vou em direção a cozinha, já que ela sempre ficava lá, e como sempre, ela estava fazendo alguma coisa especial, a minha avó poderia ser considerada uma pessoa passável, mas para mim ela era perfeita, ela era branca, mas como praticamente em toda a sua vida ela trabalhou no campo, tinha a pele meio morena, os cabelos curtos pretos, os olhos castanhos escuros, se chamava Maria.

_ Vó, posso te perguntar uma coisa? – Digo sentando-me em uma cadeira, com os braços sobre a mesa.

_ O que foi? – Fala ela enquanto mexe em alguma coisa na panela.

_ Como foi a primeira vez que você se apaixonou por um garoto? – Pergunto sem rodeios, sem nada mais, ela se vira para mim com uma cara de “porque você resolveu perguntar isso agora?”.

_ Eu tinha 12 anos, eu estudava em uma escola que ainda tinha aqueles métodos rudimentares de palmatória, entre outros, estava no recreio com as minhas amigas quando apareceu um garoto, do meu tamanho para maior, muito branco, o cabelo preto liso até o ombro, naquela época eu era muito bonita, branca, e não desse jeito. – Diz ela apontando para a sua pele. – O cabelo loiro. – Olho para ela espantada. – Sim, eu já fui loira, de nascença. E então ele perguntou se eu queria alguma coisa de lanche, e eu disse que não, mas a partir daí, em todos os recreios ele ficava perto de mim e perguntava se eu queria alguma coisa, eu gostava muito dele, e então um dia ele chegou perto de mim e me deu um selinho, foi bem rápido, mas foi como se ele tivesse me beijado de verdade, depois desse dia os meus pais me tiraram da escola e eu nunca mais o vi, mas vou admitir que até hoje ele ronda os meus pensamentos. – Ela termina de contar a história e continua a mexer em sua panela, mas vejo de esguelha ela passando o dorso da mão em seus olhos.

Aquela era uma história que merecia ter um final feliz, desde o dia em que ela tinha ficado viúva, nunca mais tinha arrumado namorado nenhum.

_ Vó, vou dar uma volta, daqui a pouco eu volto. – Falo, levantando-me e saindo da cozinha, precisava tomar um pouco de ar, logo a ouço dizendo atrás de mim:

_ Tudo bem, mas tome cuidado.

Resolvo andar por umas ruas que eu nunca tinha andado antes, como eu morava perto da escola, não iria me perder tão fácil assim.

Passo por uma rua estreita que nunca tinha visto antes, até que barulhos me chamam a atenção, percebo que está vindo de uma casa simples, toda amarela, com os portões enferrujados, aproximo-me do portão e vejo três sombras por trás da janela, eles estavam praticamente berrando um com o outro, tudo fica em silêncio até que ouço alguém batendo uma porta.

Saio correndo em direção a minha casa, o que tinha acontecido ali definitivamente não era do meu interesse, assim eu pensava.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esse é o último capítulo que posto hoje!!! Se eu não chegar morrendo em casa amanhã eu posto outro, caso contrário, terça.
P.s: AS MINHAS PROVAS ACABARAM, UHUUUUUUUUUUUU!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O Garoto Do Fone De Ouvido" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.