– Mas vocês o salvaram, não é mesmo? Meu filho está vivo, não está? – Disse José Miguel, que a estas horas chorava como um bebê.

– Sim, por um milagre os dois estão bem. – Disse o médico com um sorriso no rosto.

O alívio foi total na sala, Isabel comemorava com orações e muitas lágrimas o nascimento de seu primeiro neto. José Miguel correu até o telefone para e avisar sua mãe, que comemorava também o nascimento do menino.

– Doutor, eu posso vê-los? – Disse o pai mais bobo do mundo, com um sorriso largo no rosto.

– Pode ver sua esposa, ela está descansando, pois passou a tarde toda tentando trazer o bebê ao mundo, mas o garoto ainda está sobre cuidados especiais, mas em breve o senhor o verá.

– Entendo, então quero vê-la.

O Doutor guiou José Miguel e Isabel até o quarto, eles mal podiam esperar para ver como seguia a mais nova mamãe. Eles entraram, e ela estava começando a despertar. José Miguel acordou-a com um beijo, o beijo mais terno e doce que pudera dar a sua amada esposa, que acabara de lhe dar seu primeiro filho.

– Como você está, meu amor? – Disse terno, enquanto acariciava seu rosto ainda suado. – Você sofreu muito, minha vida?

Fraca e rouca, ela mal podia movimentar a mandíbula para respondê-lo. Ele entendeu, e se afastou, mas antes deu um beijo em sua testa.

– Não se preocupe, ela está fraca, mas uma boa noite de sono a recuperará por completo, e amanhã de manhã poderá vê-la desperta e sorrindo com seu filho nos braços. – Explicou o médico os deixando no quarto com a paciente.

José Miguel levou sua sogra para a casa, e retornou ao hospital, assim como prometera estaria sempre ao lado de sua esposa. O dia começava a surgir, e ele já estava desperto, esperando a mulher de sua vida acordar. Ele não via à hora de vê-la bem, e conhecer seu filho.

– José Miguel, onde você está? – Disse desesperada, enquanto procurava com as mãos o corpo do amado.

– Estou aqui, Ivana, do seu lado. – Ele levantou-se e foi até o interruptor acender a luz. – Agora me vê?

– Desligue essa coisa, meus olhos doem. Sim, eu estou te vendo, e estou brava com você. – Disse Ivana, sentando-se na cama com cara de menina mal criada.

– Brava por que, minha vida? – Disse ele, que já estava enchendo-a de beijos por todo o rosto e boca.

– Você me abandonou. Eu sofri sozinha aqui, você nem para segurar minha mão. Senti-me só a mãe do seu filho, não sua esposa. Eu esperava muito mais de você. – Disse ela, com uma expressão de pena. – Onde está nosso filho?

Pela primeira vez Ivana realmente se importara com seu filho, que para ela era como um peso, mas agora que viu seu rostinho, seu pensamento sobre ele mudou totalmente, ela só queria saber de ficar com ele o tempo todo, talvez ainda não o amasse, mas não queria se afastar dele.

– Eu ainda não o vi, na verdade eu vi, mas de tão longe que não enxerguei nada, apenas uma pequena criatura tão graciosa e linda quanto à mãe. – Disse ele, beijando as mãos de Ivana, enquanto ela ainda afastara-se dele.

– Não tente me comprar, os elogios não mudam o que estou sentindo.

José Miguel sentou-se na cama, e com beijos quentes foi fazendo com que a expressão de menina má que Ivana trazia, se transformasse em uma expressão de puro prazer, que pedia seu corpo, porém nada podia acontecer, ela ainda estava fraca e tinham que respeitar o ambiente hospitalar.