Srª. Montesinos escrita por GothicUnicorn


Capítulo 18
18


Notas iniciais do capítulo

Agora fica fofo. xo'



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– Eu também, meu amor, senti muito a sua falta.

Não demorou muito até adormecerem, um agarrado ao outro, e Rico dormia em seu bebê-conforto em uma poltrona, próxima a cama do casal. Logo já era de manhã, e José Miguel despertou antes de Ivana, que estava deitada ao seu peito.

– Como é linda. – Pensava ele, passando as mãos sobre os cabelos da amada. Ele ficou deitado para não despertá-la. Quando ela finalmente saiu de cima dele, ainda dormindo, ele pode levantar para ver como Rico estava, e começar seu dia.

– Bom dia, meu filho. – Sussurrou ele, beijando a testa do pequeno.

José Miguel trancou-se no banheiro, e minutos depois já estava pronto. Quando saiu, deu de cara com Ivana, que o esperava para um susto.

–Ah! – Gritou ele, assustado.

– Me vinguei de todos os sustos que levei! – Disse ela, em meio às gargalhadas.

– Me aguarde, moça bonita, isso não ficará assim. – Ele a abraçou por trás, e a beijou no pescoço. – Como dormiu, traviesa?

– Muito bem, pois dormi abraçada a você.

José Miguel e Ivana pediram o café, que foi cheio de frutas, sorrisos e amor, muito amor. Juntos deram banho em Rico, e em menos de duas horas já estavam prontos para ir embora, agora rumo à fazenda Montesinos.

– Vamos, meu amor, leve as malas. – Dizia ela, carregando o menino.

– Olha a folga da madame, e você leva o melhor, não é?

– Claro, você que se vire com as malas. – Tudo estava repleto de gargalhadas e amor.

Eles se instalaram, e ‘caíram’ na estrada, agora finalmente juntos e a caminho de casa. A viagem foi maravilhosa, o silêncio não pairou nenhum instantes, sempre assuntos felizes rodeavam o carro, que trazia a família Montesinos, agora unida e em paz. Chegaram finalmente na cidade, daqui a poucos quilômetros, eles estariam no lugar onde se viram pela última vez, onde tudo aconteceu. Quando chegaram à fazenda, Ivana segurou firme na mão de José Miguel.

– Vamos fazer isso juntos, e se minha mãe disser algo, não ligue, você sabe o que sinto por você. – Ele segurava a mão trêmula de Ivana. Embora trêmula, ela estava confiante, pois estava com os homens que mais amava. Seu marido, e seu filho Rico. Quando entraram na fazenda, Leonor estava sentada de costas para a porta.

– Filho... Ivana?! – Questionou ela, surpresa. – O que faz aqui?

– Ela MORA aqui, mamãe. Vamos, meu amor, leve Rico para o quarto, que já estou indo. – Ivana acatou-o e seguiu para o quarto da cabeça baixa. – Que modos são esses de falar com ela? Você sabe que ela mora aqui, e continuará morando, a senhora querendo ou não. – Ele não esperou a resposta da mãe, simplesmente pegou as malas, e foi em direção ao quarto.

– Onde está mamãe, José Miguel? – Questionou Ivana, procurando a chupeta de Rico.

– Ela foi morar no ‘Los Cascabeles’, na verdade, foi dar um auxílio a sua prima, mas disse que se tudo ocorresse bem, voltaria.

– Estou com saudades, quero vê-la.

– Tudo bem, iremos vê-la, quando quer ir?

– Agora mesmo, yo quiero a mi mamá. – José Miguel cedeu ao pedido da amada, e logo estavam indo para o ‘Los Cascabeles’, visitar Isabel, Valentina e Cecília. Ivana sequer lembrava-se de Alonso, ela quería ver sua mãe, apenas isso. Chegando lá, não tinha ninguém para fora, nem mesmo o infernal Santiaguinho.

– O que será que aconteceu? – Perguntou ela, descendo do carro.

– Não sei, vamos lá ver.

Eles pegaram o menino, e entraram na fazenda. Quando chegaram a casa, Iluminada estava sentada na escada, tão distraída que nem os viu entrar.

– O que acontece, Iluminada? Por que não há ninguém em casa? – Perguntou ela, assustando a moça.

– Que susto, senhora Ivana!

– Desculpe-me, mas o que houve?

– A pequena Cecília está doente, ninguém sabe o que ela tem, levaram-na para a capital hoje de manhã, a senhora Valentina, o senhor Alonso e a senhora Isabel.

Ivana se desesperou, e voltou-se para José Miguel, que carregava Rico.

– Pobre Cecília, tão pequena. Obrigada, Iluminada, vou ligar para eles. – Quando ela voltava-se para ir embora, ouviu uma voz infantil chamar seu nome.

– Tia Ivana! – Era Santiaguinho, que descia as escadas de encontro a ela. De primeiro instante ela quis sair correndo, mas pensou bem e ficou.

– O que queres, Santiago? – Resmungou ela.

O garoto desceu as escadas, e inesperadamente a abraçou. A cabeça do menino encostada a sua barriga, fez com que ela ‘involuntariamente’ acariciasse os cabelos do garoto, que puxava sua mão, para que ela ficasse do mesmo tamanho que o dele.

– Venha aqui, tia, eu preciso falar com você. – Ela finalmente agachou para ficar a altura do pequeno.

– O que você quer, com a tia Ivana? – O ódio que ela sentia pelo pequeno desaparecera com aquele abraço. Ele só disse a José Miguel o que entendeu, e não era sua culpa, ele tinha pouco mais de sete anos.

– Tia, a tia Valentina me explicou que você não estava namorando o papai, e agora eu entendi, e eu fiz muito mal em contar para o tio José Miguel, então me desculpe, tia Ivana, pois ela me disse que você ama muito o tio José Miguel, e ela é casada com o papai, então vocês não estão namorando, e você e o tio José Miguel tem até um bebê. A senhora me desculpa?

Ivana não pode resistir a aqueles olhinhos fitando-a com pena, aquelas mãozinhas pequenas envoltas em seu pescoço, os pequenos lábios rosados entreabertos esperando que ela respondesse.

– Sim, meu amor, a titia desculpa você. – Ivana o abraçou apertado, e uma lágrima correu seu rosto. – Está tudo bem, meu amor. Tudo bem.

Ela se levantou, e sorriu para José Miguel, quando eles estavam indo embora, o garoto gritou novamente.

– Fiquem comigo, todos foram embora, e a Iluminada é chata. – Eles riram, e Iluminada cruzou os braços, porém também ria. – Fiquem, vamos brincar?

Eles pensaram por um tempo, não ficariam, mas tiveram uma ideia.

– Quer ir para a casa conosco, rapaz? – Disse José Miguel,voltando-se para o garoto.

– Quero sim, vou brincar com os brinquedos do bebê. – O garoto estava entusiasmado com a ideia. Eles riram, e ela continuou.

– Santiaguinho, ele é muito pequeno, e os brinquedos dele são apenas ursinhos de pelúcia, vamos pegar alguns brinquedos seus, e algumas roupas, e você vai ficar conosco. – Os quatro subiram até o quarto de Santiaguinho, e juntos arrumaram as coisas, enquanto Rico, ficava deitado sobre a cama do menino.

– Tia, posso levar meu dinossauro?

– Pode levar o que quiser, meu amor.

José Miguel enquanto arrumava as malas do garoto, observava Ivana com admiração, pois embora tivesse sofrido muito por algo que ele disse, aprendeu a perdoar. – Pronto? As malas já estão feitas, só faltam os brinquedos que vocês estão enrolando para pegar.

– Não estamos enrolando, amor, olhe, eu sou um bombeiro. – Ivana colocou no alto da cabeça um chapéu de brinquedo.

– Você é a ‘bombeira’ mais linda do mundo. – José Miguel puxou-a para um beijo. – Já estão prontos, bombeiros?

– Sim! – Gritou Santiaguinho, segurando uma mochila cheia de brinquedos. – Vamos embora, e quero brincar muito.

Ivana agarrou Rico, e segurava na mão de Santiaguinho. Enquanto José Miguel descia com as malas.

– Por que sempre fico com as malas? – Reclamava ele, enquanto descia a frente dos três.

– Porque eu mando, e fico sempre com o melhor. - Ela olhou para os meninos, e continuou descendo as escadas. – Iluminada, levarei o Santiaguinho para a casa, quando voltarem, avise-os. – Ivana pensou um pouco. – Melhor, eu os aviso.

Eles deixaram a casa, e enquanto Ivana colocava Rico na cadeirinha, José Miguel e Santiaguinho colocavam as malas no porta-malas. Quando finalmente tudo estava pronto, partiram para a fazenda Montesinos.


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