Perto Demais Para Te Amar escrita por Jenny


Capítulo 4
Capítulo 4 - O novo Scott




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Derek Hale é um moço muito perturbado. Quando ele era criança, sua família foi assassinada por aqueles que se dominavam caçadores. Ele e sue tio Peter foram os únicos que sobreviveram.

A adolescência de Hale foi resumida em mortes também. Seu único amor, Clarice foi morta pelo seu tio.

O amor dos dois começou como qualquer amor de adolescentes. Eles se conheceram nos corredores da escola que ambos frequentavam. Derek nunca contou o que ele era, mas Clarice sabia que ele era diferente.

Quem não gostou nada do amor que crescia neles, foi Peter.

Peter perdeu sua mulher quando os Argents, a família de caçadores, invadiram a casa onde os Hales moravam. Peter ia ser pai. Sua mulher estava grávida de sete meses.

Um dia, Peter perseguiu Clarice. Ele a desejava morta.

- Clarice, Clarice. Como você pode ser tão ingênua? Não percebe que ele não é como você. Ele é igualzinho a mim – falou Peter parra a garota que agora já estava no chão.

Clarice pedia por misericórdia. Ela confessou que sabia o quem era Derek, mas Peter não quis saber. Com um único golpe, cortou a garganta da única pessoa que seu sobrinho havia amado.

Derek nunca soube que quem matou Clarice tinha sido seu tio. Ele culpava os caçadores, principalmente Chris Argent, o líder deles.

- Scott, você nunca deve acreditar nos caçadores. Eles matam pessoas como a gente, eles matam quem a gente ama. Você tem que tomar cuidado – Derek aconselhava Scott.

Minha noite foi, basicamente, tentar acalmar minha mãe. Scott tinha voltado e minha mãe tentava entender o porquê do sumiço do meu irmão.

Meu irmão explicava que ele precisou ficar distante da gente para o nosso bem. Era claro que minha mãe não acreditou.

- Melissa, Melissa. Seu filho é um bom menino. Ele nunca mentiria pra você – ela repetia.

Decidi ir dormir, afinal amanhã tinha prova de filosofia.

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Acordei no meio da noite lembrando-se do que Scott falou. Por que será que ele precisava nos salvar? E por que ele precisou desaparecer? Mesmo querendo saber, tinha medo da resposta.

Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho dos vidros da janela do quarto do meu irmão. Corri para o quarto ao lado na esperança de que nada de ruim tivesse acontecido com meu irmão. Mas era tarde demais.

Ao lado do Scott tinha um moço, um pouco familiar com meu professor de filosofia (por que esse homem não sai da minha cabeça). Ele não estava tentando machucar ninguém, mas eu acho que ele não gostou muito da minha presença. Seus olhos encontraram os meus. Ele parecia ter medo de mim, uma garotinha totalmente inofensiva.

- Scott, o que está acontecendo? – perguntei.

Nesse momento, aquele moço começou a se transformar. Pelos começaram a nascer em seu rosto, garras cresciam e seus olhos assumiram um tom de azul que eu só tinha visto uma vez na vida.

-NÃO! – gritou Scott.

Mas já era tarde, eu já fora atacada. Pensei que era meu fim, mas verdade era que meu irmão estava lutando com o mais velho. E não era simplesmente meu irmão. Era meu irmão transformado, era meu irmão lobisomem.

- Ai meu Deus, o que é isso? O que diabo é isso? – assustada perguntei.

- Jenny, eu posso explicar. – disse Scott, já em sua forma humana, com a voz rouca. Eu senti que ele queria chorar. – Tudo começou no dia em que a primeira morte aconteceu. Eu saí atrás de descobrir o que estava acontecendo. Passei quase o dia inteiro procurando, mas não encontrei nada. Decidi então vim para casar, mas no caminho, fui atacado por aquilo que vem causando as mortes. Era uma dor inexplicável...

-... Foi quando eu o encontrei. – disse o moço.

- E quem, diabos, é você? – perguntei.

- Derek.

Derek era grosso e tinha uma postura fria em relação ao mundo. E também tinha um dom de querer matar as pessoas.

- E como é que funciona, você sabe essa coisa de lobisomem? – perguntei.

- É meio complicado. Na lua cheia a gente perde um pouco a cabeça. A vontade de matar é incontrolável.

Olhei direto para o Derek.

- O que? Eu não queria te matar. – ele me respondeu, quase tendo certeza do que se passava em minha cabeça.

- É por isso que aquilo está matando as pessoas? Por causa da lua cheia?

- Não. Esse caso é mais complexo. Essa pessoa mata por prazer. – concluiu Derek.

Continuamos conversando sobre o novo momento do meu irmão até o amanhecer. Derek foi embora antes que minha mãe acordasse.

O café foi silencioso. Minha mãe fez poucos comentários sobre o desaparecimento do meu irmão. Já eu tentava absorver todos os detalhes do novo Scott.

- Você vai contar para o Stiles? – perguntei enquanto caminhávamos até a escola.

- Claro que sim – Scott demorou a responder.

Quando chegamos à escola, Stiles veio todo animado em nossa direção.

- Vocês não vão acreditar. Fui aceito para o time de lacrosse! – exclamou ele.

- Parabéns cara – falou Scott.

Stiles sempre quis participar de qualquer time da escola, mas nunca tinha conseguido. Mas como a escola estava com sérios problemas envolvendo o uso de drogas pelo time, qualquer um estava podendo fazer parte do tal desejado time de lacrosse.

Apesar disso, sorri para ele. Eu estava orgulhosa dele.

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O dia passou voando. Quase não prestei atenção nas aulas, pois não conseguia esquecer minha madrugada. Meu irmão estava sofrendo e eu não podia fazer nada.

Lydia continuou me perseguindo para saber o que tinha acontecido com meu irmão. Por que ela precisava saber de tudo? Claro que eu continuei a ignorando.

Na aula de Ed. Física, eu e o Danny ficamos conversando enquanto ensaiávamos nossa coreografia para o show de talentos. Nós erámos parceiros de dança já fazia uns cinco meses. Esse tempo, nosso único objetivo era conseguir uma vaga para a grande competição de dança que acontecia entre as escolas. E o único jeito de ganhar a vaga é vencendo o show de talentos.

- E o seu novo boy? – perguntei.

- Henry é muito perfeito. Pensei que nunca fosse me apaixonar de novo.

Fiz minha prova de filosofia logo após o almoço. Nosso professor, Sr. Hale, continuava me deixando nervosa. Na saída, fui interrompida por ele.

- Sua prova é exemplar Sra. McCall.

- Obrigada, Sr. Hale.

- A senhorita já pensou em participar das reuniões que acontecem sobre filosofia?

O modo que ele me olhava me arrepiava. Sua voz era calma, mas autoritária.

- Nunca pensei sobre isso, professor.

- Pense a respeito e me procure.

Na saída, Stiles estava encostado em seu jipe me esperando. Ele parecia impaciente, como se estivesse me esperando há quase um século.

- Jenny, eu preciso da sua ajuda. Scott está estranho. No meio do treino, ele saiu correndo e eu fui atrás dele. Ele começou a berrar e me agarrou. – Stiles falava me mostrando um arranhão no seu braço.

Eu sabia o que estava acontecendo, mas Stiles não fazia ideia o porquê do comportamento estranho do seu melhor amigo.

- Ele estava passando por momentos difíceis lá em casa. Quando isso acontecer de novo, não vá atrás dele – aconselhei Stiles.

Stiles me ofereceu uma carona e eu aceitei. No caminho comentei que achava estranho o novo professor e ele concordou comigo. Quando cheguei a casa, Stiles falou baixo para mim.

- Jenny, tome cuidado...

- Você também.

Quando eu saí, ele continuou.

-... Eu te amo.

- Mãe, cheguei.

Na sala, um moço estava sentado conversando com minha mãe. Era o mesmo moço de ontem à noite. Era o Derek.

- Querida, esse moço falou que precisar conversar urgente com você. Você o conhece?

- Sim, conheço mãe.

Minha mãe nos deixou a sós na minha pequena sala. Fiquei procurando saídas para o caso de ele decidir me atacar de novo.

- O que você está fazendo aqui?

- Scott.

- O que tem ele?

- Ele não pode ficar por ai sem nenhuma proteção.

Enquanto ele falava, reparei na pulseira que ele usava. Estava escrito: HALE.

- Hale... – falei.

- O que?

- Você é um Hale. Que nem meu professor.

- Seu professor?

- Sim, Peter Hale.

Derek se levantou quando escutou o nome Peter. Acho que ele o conhecia.

- Scott, precisa da gente. Jenny, você vai me ajudar ou não?

- Claro. Eu faço qualquer coisa pelo meu irmão.

Scott tinha sido convocado para a detenção, pois ele havia faltado muitos dias seguidos. Ele não ficou feliz de ter que chegar meia hora atrasado no trabalho. De acordo com suas contas, ele perderia vinte dólares por dia.

A sala de detenção sempre era composta pelos mesmos alunos. John, o cara que fumava atrás das arquibancadas. Marie, uma garota que sempre faltava nas provas. E Bob. Bob era o tipo de menino que todas as garotas desejam ter.

Scott sentou no fundo, esperando que ninguém notasse sua existência. Ao seu lado, um novo rosto compunha a sala. Era Alisson.

- Você não costuma vim aqui, né? – perguntou ele intrigado.

- Na verdade sou nova na escola. Não sabia que a Sra. Harris não gostava de piadas sobre felinos.

Scott sorriu. Era a primeira vez depois de tudo que havia acontecido com ele, que ele conseguiu sorrir. E o motivo era a nova garota.

- Talvez sua piada não tenha sido tão boa assim.

Os dois continuaram conversando até que o sinal tocou. Era o final da detenção.

- Acho que é isso. Foi legal te conhecer – falou Alisson.

- É, foi.

Scott caminhou até o estacionamento. Seu pensamento era resumido no som da risada da garota misteriosa.

- Alisson. Meu nome é Alisson Argent – a garota gritou da porta da escola.

Scott sentiu algo estranho. Ele reconheceu o nome da família da garota. Derek já havia contado algo sobre eles. Algo sobre o que eles fazem. Scott tentou se lembrar de que era e quando se lembrou de quem eram eles, desejou não ter se lembrado.

- Eles caçam lobisomens – surrou Scott.


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