Consequências Do Destino escrita por Rayanne Price


Capítulo 7
Capítulo 7 Mas uma perda




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Inspirando o ar mais profundo que pode, Melinda se virou para ver seu tio, que a fitava da janela do carro.

Ah Droga! Droga!

Seu tio fez um sinal para que entrasse no carro.

___Então vai com ele? _sorriu alto. ___Tenho que ir, agente se vê novata _sussurrou em seu ouvido.

Melinda estremeceu.

Ela sentia os joelhos trêmulos, prendeu a respiração e caminhou até o carro adentrando.

___Quem era aquele garoto? _disse enquanto dava a partida do carro.

Melinda tentou processar a pergunta. Estava nervosa. Mordeu o lábio inferior com tanta força que acabou sangrando.

____Um amigo. O conheci hoje na escola. _respondeu, olhando pela janela algumas casas que passavam de acordo com a velocidade do carro.

Amigo? Por que falei isso... Ele é apenas um idiota que conheci dá pior maneira possível.

Assentiu.

___Esta se sentido melhor? _perguntou enquanto estacionava o carro na garagem da casa.

___Sim, não queria ter preocupado o senhor e a tia Ângela. Desculpa. _exclamei fitando-o.

___Não precisa pedir desculpa. _retrucou, tocando em seu ombro.

Melinda sorriu.

___Vamos entrar, sua tia preparou uma sopa de dar água na boca. _exclamou. Saíram fechando a porta do carro.

Melinda entrou na frente. Viu um vulto passar pela cozinha, adivinhou que fosse sua tia.

___Tia? _perguntou entrando na cozinha.

___Oi Melinda, nem vi você chegando. _sorriu, enquanto cortava alguns legumes na pia.

___Que cheiro bom. Tio Roland disse que estava fazendo uma sopa de dá água na boca, e ele tinha razão, o cheiro tá ótimo. _comentou, destampando uma das panelas e apreciando o cheiro.

___Cadê o seu tio? _perguntou, colocando os legumes cortados na panela.

___Ele estava na garagem. Estranho ele não ter entrado ainda _arqueou a sobrancelha. Fitou porta que havia adentrado.

Sua tia correu em direção há garagem. Seus olhos mostravam preocupação.

Melinda não entendeu sua reação. Preocupada fez o mesmo percurso de sua tia.

___Ah! Meu Deus! _gritou.

Ele estava desmaiado, poucos centímetros da porta do carro. Sua tia Ângela estava chorando compulsivamente do seu lado.

Melinda empalideceu.

___Melinda chama uma ambulância. Rápido! _disse entre soluços.

Suas pernas estavam bambas. Melinda engoliu em seco, desviou o olhar de seu tio caído e correu ate a sala, pra telefonar.

___Alô? Preciso de uma ambulância, Pelo amor de Deus. _murmurou enxugando as lágrimas que não paravam de escorrer sobre seu rosto.

(...)

Parece um pesadelo. Um dos meus terríveis pesadelos noturnos. Essa dor que está presente, me puxando para dentro, exigindo ser sentida.

Por que, Todos que eu amo sofrem consequências? Por quê? As palavras se repetiam em sua cabeça.

Estava no hospital. Caminhava de um lado para o outro tentando se acalmar.

Seu tio Roland havia sido socorrido. Estava internado.

Melinda chorava compulsivamente. Como se as lágrimas quentes que desciam de seu rosto, confortasse-a de algum modo. O medo invadia seu corpo. Queria o colo de sua mãe, o abraço carinhoso e protetor de seu pai.

Ela estava frágil. Sentou no chão ali mesmo. Colocou as mãos sobre o rosto limpando as lágrimas que insistiam descer. Seus olhos ardiam.

Já era madrugada. Melinda estava exausta.

___Querida trouxe café pra você. _disse sua tia Ângela. Oferecendo-lhe o café, sentou-se perto. Seus olhos demostravam tristeza.

____Ele vai morrer? _seus olhos encheram-se de lágrimas.

Sua tia não respondeu. O silêncio ecoou entre o corredor do hospital.

Ele não pode. Ele não pode Repetia como uma ladainha, até que as palavras saíram de sua boca.

___Ele tá muito doente. _sua voz saiu fraca, lágrimas desceram de seus olhos.

Melinda abraçou-a

____Sinto muito. _prossegui. ___Mas não é justo ele ir. Ele é uma boa pessoa. Não é justo tia. _exclamou, enxugando as lágrimas.

___Faz um ano que ele descobriu que esta com uma doença terminal. Mas não quis terminar o tratamento, se sentia cansado _fez uma pausa limpou o nariz que escorria. ___Ele me disse que queria esperar a hora de ir. _ disse.

Levantou-se do chão quando o médico veio em sua direção.

____Eu já volto Melinda _exclamou afastando-se.

Melinda tentou processar a informação de sua tia. Ela não aguentaria, mas uma perda. Estava inconformada, mas uma pessoa que amava, iria deixa-la.

Ela se levantou do chão e caminhou pelo corredor procurando um filtro com água.

Mas algo há fez se desviar de seu destino. Ela avistou um garoto de cabelos ruivos conversando com uma enfermeira. Estava impaciente. Passava a mão nos cabelos desalinhados quando seu olhar percorreu o corredor. A enfermeira afastou-se.

Ela voltou a caminhar ate o filtro para beber água, quando sentiu uma mão grande e forte tocar seu ombro. Virou-se lentamente.

Seus olhares se encontraram. Melinda estremeceu.

Era ele...


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